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Tem uma frase muito comum que diz: “aprenda a vender seu peixe”. Essa expressão remete à habilidade de sermos mais convincentes nas negociações e conseguirmos fechar vendas, seja de ideias, serviços ou produtos. 

Mas, nesse artigo, nós vamos te ensinar a vender o peixe, no sentido literal. É isso mesmo, nos referimos ao animal aquático, símbolo da quaresma e que está na mesa de milhares de brasileiros todos os dias.

Uma peixaria tem tudo para ser um excelente negócio, graças a vários fatores. Um deles é que o Brasil é um país que oferece uma grande variedade de pescados. Além disso, o seu clima privilegia a pesca o ano inteiro. 

Outro motivo é o crescimento da venda de peixes, como consequência do aumento do consumo. De acordo com o site Canal Rural, em 2021, a oferta aumentou 4,7% no país, em relação a ano anterior. Esses dados apontam que a piscicultura representa a atividade de produção animal que mais se desenvolveu nos últimos anos. A tilápia é protagonista nesses números. Segundo o site do PeixeBR, foram disponibilizadas 534.005 toneladas, um crescimento de 9,8% sobre o ano de 2020 (486.255 t). Soma-se a isso o fato de que o peixe consiste em alimento saudável e rico em proteína, vitaminas e minerais, além de trazer outros benefícios para a saúde. Mas, ao investir nesse modelo de negócio, é importante estar por dentro de algumas dicas.

Localização

A instalação de uma peixaria deve levar em consideração diversos fatores. Alguns deles são o fluxo de pessoas que passam pelo local e a facilidade de acesso, pois quanto mais conveniente, próximo, acessível e cômodo for o seu estabelecimento, melhor será a sua movimentação e venda dos produtos.

A qualidade do ponto comercial também é um fator que deve ser colocado “à mesa” na hora de montar o plano de negócio. Nesse sentido, é muito importante saber se o imóvel atende às necessidades operacionais (capacidade de instalação, água, luz, esgoto, telefone) e se é de fácil acesso (transporte, estacionamento).

As instalações também precisam ser observadas. Escolha uma opção que ofereça um espaço adequado para vendas e estoque (câmara frigorífica/local de armazenagem) e que tenha banheiro e ventilação. Também é importante tomar conhecimento da planta do imóvel, para saber se houve aumento ou diminuição da área e se ele está regularizado. Todo cuidado nesse momento é pouco.

Estoque

Guardar alimentos não perecíveis requer muito cuidado, principalmente para evitar contaminação, estragos e desperdícios. No caso dos pescados, eles devem ser armazenados frescos. O peixe de boa qualidade tem odor fresco/marinho e deve ser armazenado a uma temperatura abaixo dos 3ºC. O mau cheiro é sinal de que há processo de deterioração em curso.

Os produtos devem estar bem distribuídos, para que o gelo os mantenha devidamente resfriados, e ser armazenado em caixas plásticas limpas e etiquetadas, colocadas sobre estrados. Espécies diferentes devem ser separadas em caixas e pilhas diferentes. Mantenha a câmara ou local de armazenagem sempre fechado, limpo e higienizado e longe da exposição solar.

Além disso, é fundamental que você confira o que determina a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Acompanhe a cartilha orientativa.

Organização

Um ambiente organizado, limpo e apresentável, ainda mais quando se trata da venda de alimentos, nunca é demais e sempre passa mais segurança aos clientes. Por isso, mantenha as condições higiênicas estipuladas pelos órgãos reguladores.

Os funcionários precisam estar devidamente uniformizados (avental, luvas e máscara, por exemplo) e o local deve dispor de orientações sobre a higienização das mãos, incluindo a frequência e as etapas.

Cuidar de verdade do espaço influencia a forma de trabalho e a impressão transmitida ao consumidor, além de garantir vantagens para o seu negócio.

Fornecedores e logística

Para garantir o fluxo ideal de vendas e a empresa funcionando de acordo com as suas expectativas, é fundamental uma cadeia de fornecimento eficiente. Imagina contar com uma margem alta na época da Páscoa, por exemplo, e ter um problema na entrega às vésperas? Por isso, qualquer empresa, seja qual for seu porte, precisa ir em busca de uma rede parceira relevante, que se reflita de forma positiva na cadeia produtiva da empresa.

Outro ponto ao qual você deve estar atento é a logística, principalmente na etapa de transporte, pois, caso ela seja realizada de forma errada, pode levar à perda de produtos e, consequentemente de faturamento.

Nesse caso, é preciso controle. Ao acompanhar por onde anda cada item, as chances de contaminação e exposição a fatores que ameaçam a integridade dos produtos diminui, o que torna os processos operacionais muito mais seguros.

Divulgação

Depois de tanto cuidado para abrir seu negócio de pescados, nada mais justo do que divulgá-lo e torná-lo conhecido, não é mesmo? Afinal, todo empreendedor quer fazer com que o seu negócio seja reconhecido e comentado: daí vem a importância da divulgação.

Comece promovendo sua empresa nas redes sociais, como Facebook, Instagram e Twitter. Crie conteúdos que engajem. Dicas de como limpar um peixe e guardar no congelador, por exemplo, geram engajamento porque são úteis para o dia a dia. Fale da sua empresa, mas também aposte em tendências e informações relacionadas ao seu nicho.

Defina o perfil de público da sua empresa e marque presença. Não precisa postar dez vezes em apenas um dia, mas faça algumas postagens semanais criativas. Isso, às vezes, é suficientes. Invista em boas fotos ou vídeos reais que aproximem a sua empresa do público.

No seu plano de negócio, separe um valor para eventualmente promover algumas publicações. O alcance orgânico (não pago) não tem o fôlego de antigamente. Plataformas como Facebook e Instagram têm um gerenciador de negócios que auxilia a patrocinar e monitorar os resultados (curtidas e engajamento).

Vender o peixe não é simples como parece, mas, tomando as medidas necessários, seu negócio prospera. Quer saber mais sobre aquicultura? Fique atento ao conteúdo do portal Sebrae.

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