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A adesão à Web 3.0, ou Web3, e ao metaverso pode render excelentes oportunidades de negócio aos empreendedores do comércio digital, especialmente para empresas do mercado da beleza, que podem se conectar com seus clientes por meio de comunidades virtuais, explorando novas experiências e produtos. Alguns segmentos já começaram a usar os non-fungible tokens (NFT), ou tokens não fungíveis, para promover ações inovadoras e que oferecem benefícios aos consumidores. 

A beleza, por exemplo, se faz presente no mundo virtual graças aos primeiros experimentos com cosméticos de realidade aumentada e colaborações virtuais. Agora, as marcas estão se aprofundando na Web3 para conquistar seguidores e mundos próprios e para vender maquiagens virtuais e físicas. 

Algumas marcas de moda e beleza, como Nyx, Nars e YSL Beauty, têm investido em inovações dentro do metaverso e dos NFTs. Além de vender produtos, elas têm aberto lojas virtuais e comunidades dentro da Web3, sinalizando uma mudança de estratégia para o setor. Esse novo mercado tem se expandido pelo próprio caráter de inovação, sempre presente na história da moda e da beleza. 

A Nyx Professional Makeup, por exemplo, está construindo a primeira Organização Autônoma Descentralizada (OAD) de beleza, com o objetivo de criar sua própria comunidade de Web3. Batizada de Gorjs, a OAD é voltada ao aceleramento de carreira de maquiadores 3D, proporcionando a eles acesso a capital e tecnologia. A comunidade oferecerá um passe de acesso em NFT, que qualquer um pode comprar, e uma primeira coleção de artistas NFT da marca.

A YSL Beauty revelou seu espaço virtual desenvolvido pela plataforma Web3 Arianee e, em 2021, a Nars abriu uma loja virtual para vincular as vendas à sua estratégia Web3. Novas marcas nativas do metaverso, como a Bakeup, estão testando estratégias digitais para construir relacionamentos com os clientes nesses meios digitais. 

Toda essa movimentação indica mudanças nas estratégias de vendas dos negócios de beleza no metaverso. Até agora, as marcas dependiam amplamente de parcerias com empresas de tecnologias, principalmente de esportes e games, como a Roblox, para se posicionar na Web3. 

Como a beleza desempenha um papel importante na identidade e na autoexpressão também nas plataformas on-line, os usuários têm visto seus avatares como uma extensão de sua identidade real e experimentado cada vez mais maquiagens virtuais. Segundo pesquisas, um em cada cinco usuários atualiza seu avatar diariamente, testando novas maquiagens.

O que muda com a Web3

Antes da hiperconectividade proporcionada pela internet, as marcas costumavam ter muita audiência, mas nenhuma relevância. Com a Web2, focada nas mídias sociais, o desafio está no fato de que a audiência só se converte em venda se o cliente percebe que a marca tem propósito e valor. 

Já no caso da Web3, os NFTs geram renda contínua aos seus proprietários, pois funcionam como uma espécie de certificado digital, baseado em blockchain, definindo originalidade e exclusividade a bens digitais. Hoje, o grande problema da Web2 é a forma como nossos dados são compartilhados e usados. A Web3, por outro lado, nos dá a posse das nossas próprias informações, de modo que compartilhá-las tem muito valor. 

As possibilidades que a Web3 proporciona são infinitas: plataformas, mídias e tecnologias inovadoras surgem constantemente, mudando a maneira como as empresas se relacionam com seus clientes e como contam suas histórias. À medida que as empresas mudam continuamente sua abordagem, é possível extrair lições de campanhas bem-sucedidas do passado e aplicar esses conceitos para criar um marketing relevante e significativo, usando as novas ferramentas disponíveis. Marcas de qualquer tamanho e segmento podem criar uma estratégia relevante e ágil.

Ainda é difícil entender como milhões podem ser gastos em algo que não parece real. Mas a explicação para o sucesso do metaverso está na sua característica imutável, uma vez que os NFTs são impossíveis de hackear, tornando-se universalmente visualizáveis e acessíveis. A abordagem de marketing da Web3 vai além do tradicional alcance, conscientização/percepção e engajamento: estamos falando de produtos focados em comunidades.

Não é mais só jogada de marketing: o mercado de beleza está lucrando - e muito - com mundos construídos na realidade virtual. Saiba como o metaverso pode alavancar as vendas digitais neste artigo do Sebrae.

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