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Wed Jan 04 13:11:47 BRT 2023
Mercado e Vendas | AMBIENTE DE VENDA
O artesanato como expressão cultural da Região Sudeste

A miscelânea de povos da Região Sudeste, a mais urbanizada do Brasil, e a diversidade dos materiais utilizados promovem e destacam os produtos dos artesãos.

· Atualizado em 04/01/2023
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O processo de urbanização do mundo contemporâneo distancia cada vez mais homens e mulheres das origens e das histórias de suas famílias, já que a produção em escala industrial é o que dá o tom do consumo. Neste contexto, o artesanato é uma forma de manter as tradições por perto, assim como a ligação com um processo de produção conectado à cultura e à arte dos povos. 

Na Região Sudeste, a mais urbanizada do país, o artesanato de povos tradicionais que se dedicam a essa atividade não apenas leva esse sentimento de simplicidade para dentro das casas, como também dá um novo significado à vida na cidade.

O artesanato existe desde antes da chegada do homem branco ao Novo Mundo, antes de 1500. Ele foi uma das atividades exercidas pelos indígenas, tanto como expressão cultural quanto para a criação de utensílios necessários para a vida cotidiana naquela época.

Atualmente, a atividade artesã é classificada como aquela realizada individualmente ou de forma associada e/ou em cooperativas. Os artesanatos, por sua vez, são os produtos feitos manualmente - embora possam contar com a ajuda de utensílios e ferramentas que ajudem na segurança e na qualidade das peças.

O Sebrae valoriza o artesanato e também ajuda os artesãos a melhorar o desempenho de seus negócios. Conheça o nosso curso e confira vários desses trabalhos.

A Região Sudeste

A Região Sudeste do Brasil é composta pelos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, cada um com características bem marcantes.

O Rio de Janeiro abrigou por muito tempo a capital do Brasil, sendo o centro político nacional e atraindo a atenção do mundo também pelas belezas das suas praias.

Devido ao seu intenso fluxo cultural, o artesanato é muito diversificado. Os artesãos são muito criativos, utilizando fibras de coco, taquara, cipó e bambu para confeccionar cestos, balaios e abanos, acessórios indispensáveis devido às altas temperaturas da região. E não podemos nos esquecer dos tecidos: bonecas de pano, colchas e toalhas de retalho também marcam o artesanato fluminense.

Já São Paulo tem o município mais populoso e abriga o centro financeiro do Brasil. Por isso, tem grande diversidade cultural, sendo o lar de árabes, asiáticos e europeus. Embora o seu interior tenha sido colonizado por italianos e japoneses, sua cultura também tem influências indígenas e africanas.

Derivado da miscelânea cultural, o artesanato de São Paulo vai da cerâmica rústica ao trançado de fibras naturais, especialmente em cidades do Vale do Ribeira, onde se concentra a maior população tradicional do estado. Os artesanatos derivados de materiais reciclados, como garrafas PET e latas de alumínio, também se fazem presentes.

Ainda se destacam na Região Sudeste os bordados e o artesanato feito com barro. Diferentemente dos bordados do Nordeste, nessa região os bordados são feitos por meio de técnicas livres que se caracterizam por composições criativas.

Em Minas Gerais, são característicos o artesanato de cerâmica produzido pelas Bonequeiras do Vale do Jequitinhonha, as tecelagens artesanais e o artesanato de entalhe em madeira,  tradição herdada do seu passado barroco.

Já o Espírito Santo tem um artesanato bastante conhecido por suas panelas de barro, uma tradição regional que chama atenção ao redor do mundo. As Paneleiras de Goiabeiras, inclusive, foram o primeiro bem cultural registrado pelo Iphan como Patrimônio Imaterial no Livro de Registro dos Saberes, em 2002.

O artesanato como negócio

Depois da Revolução Industrial, os produtos artesanais passaram a ser deixados de lado e trocados pelos industrializados, que podem ser feitos em grande escala e de forma muito mais rápida.

Esse movimento, porém, está sendo revertido graças à forte valorização cultural contemporânea, de modo que o artesanato vem ganhando força novamente. Assim, os produtos artesanais brasileiros ganham espaço por sua diversidade e se fortalecem como uma grande oportunidade de exportação.

O Sebrae pode ajudar os artesãos a melhorar seus processos de produção, adequar suas estratégias de negócios e até mesmo a exportar. Conte com a nossa consultoria!

Conheça algumas técnicas artesanais dos estados do Sudeste

SÃO PAULO

Arte indígena

Em Campinas, a Ameríndias tem mais de 10 mil peças de mais de 150 etnias indígenas.

(Fonte para fotos: Loja Ameríndia Arte Indígena - Artesol)

Cerâmica

O Polo Cerâmico do Vale do Ribeira, na região de Apiaí, utiliza técnicas de rolinho, rolete ou cordel para a produção de panelas, cuias, reservatórios de água e até urnas funerárias.

(Fontes para fotos: Arte nas Mãos - Polo Cerâmico do Alto Vale do Ribeira - Artesol / Arte Looze - Polo Cerâmico do Alto do Ribeira - Artesol)

Madeira

Em Ribeirão Preto, no norte paulista, a loja Atelier de Rua oferece móveis produzidos com madeira de demolição.

(Fonte para fotos: Loja Atelier na Rua - Artesol)

Palhas

De cestos a luminárias, a loja Retrobel, em São José do Rio Preto, tem uma gama de produtos artesanais feitos com palhas trançadas.

(Fonte para fotos: Loja Retrobel - Artesol)

RIO DE JANEIRO

Técnicas diversas

Localizada em Niterói, a loja Martinica comercializa de tapetes e cortinas a móveis rústicos e objetos decorativos, unindo trabalhos em crochê, tecidos, cerâmica e madeira.

(Fonte para fotos: Loja Martinica - Artesol)

Técnicas diversas

A loja Arunã, no Rio de Janeiro, expõe e comercializa produtos de artesãos que trabalham com cerâmica, bordados e madeira, produzindo objetos decorativos, bonecas e até quadros.

(Fonte para fotos: Loja Arunã - Artesol)

Fomento aos artesãos

O estado do Rio de Janeiro tem diversas iniciativas de fomento à produção artesanal, como o Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (Crab), na capital fluminense, o Instituto Colibri, em Paraty, e o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, também na capital.

(Fonte: Rede Artesol - Artesol)

MINAS GERAIS

Tecelagem

As artesãs de Uruana de Minas buscam na natureza do cerrado a matéria-prima para tingir os novelos de algodão que, mais tarde, fiandeiras, crocheteiras e tecelãs usarão para produzir peças como bolsas, toalhas e bonecos para serem vendidas no comércio local. Com uma técnica ancestral indígena e ecologicamente correta, o algodão é pigmentado com sementes, cascas, folhas e frutos, como  a casca do murici e do jatobá, a folha de manga, do baru e do eucalipto etc. 

(Fotos: Associação dos Artesãos Cores do Cerrado de Uruana de Minas (Central Veredas) - Artesol)

Trançado

Em Chapadão do Norte, os artesãos da Arca (Associação dos Artesãos de Santa Cruz de Chapada do Norte) produzem, utilizando técnicas do trançado em couro, da marcenaria e da cestaria, móveis como bancos, cadeiras e mesas, além de cestos e bolsas. Eles também fazem instrumentos musicais, como tambores, caixas de folia e pandeiros, típicos do congado, uma manifestação cultural de origem afro-brasileira.

(Fotos: ARCA - Associação dos Artesãos de Santa Cruz de Chapada do Norte - Artesol)

Entalhe

O artesão Amilton Trindade Cardoso produz, em Prado, esculturas utilizando técnicas de entalhe em madeira que aprendeu com seu sogro.

(Fotos: Amilton Trindade Narciso - Artesol)

Bordado

As mulheres da Acoma (Associação Comunitária Mãe Ana), em Serra das Araras, inspiram-se em Guimarães Rosa para produzir seus bordados.

(Fotos: ACOMA - Associação Comunitária Mãe Ana - Artesol)

ESPÍRITO SANTO

Bordado

Rodeadas pela exuberante natureza capixaba, as artesãs da Artesanato Pássaros Caparaó, em Divino de São Lourenço, representam mais de cem espécies de pássaros nativos usando  técnicas de bordado ponto-cruz, bordado livre e crochê.

(Fonte para fotos: https://artesol.org.br/passaroscaparao)

Cultura indígena

Valorizando as culturas dos povos Guarani e Tupiniquim, a Tupygua utiliza sementes, fibras vegetais, peças com miçangas, cipó e palha para a produção de cestarias e trançados. A produção artesanal é dos indígenas das aldeias Córrego do Ouro, Comboios, Areal e Pau-Brasil. 

(Fonte: Artesanato Tupygua - Artesol)

Entalhe

Com técnicas de entalhe, os pios de madeira produzidos em Cachoeiro do Itapemirim reproduzem os sons de mais de 45 aves. Inicialmente utilizados para caçar pássaros, atualmente os pios são  vistos como instrumentos de conhecimento, preservação e valorização da natureza. Sua produção começa no corte da madeira em pedaços, que depois serão entalhados e receberão os furos para a imitação de cada som.

(Fonte: Fábrica de Pios Maurílio Coelho - Artesol)


 

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