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Sat Feb 11 01:47:32 BRT 2023
Inovação | SUSTENTABILIDADE
Saiba por que os debates da COP 27 podem afetar o mercado de energia

Países signatários comprometeram-se com o cumprimento das metas para reduzir os impactos negativos das mudanças climáticas ao meio ambiente.

· Atualizado em 11/02/2023
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Em novembro de 2022, as atenções de todo o planeta estiveram focadas na COP 27, a 27ª reunião anual da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), realizada na cidade de Sharm El-Sheikh, no Egito. No evento, os 198 países signatários voltaram a comprometer-se com o cumprimento das metas para reduzir os impactos negativos das mudanças climáticas ao meio ambiente. O setor energético, mais uma vez, foi chamado a adotar medidas para a redução das emissões de CO2 que provocam o aquecimento global. O evento ainda discutiu ações para minimizar os impactos da produção de energia. 

A Aliança de CEOs “Líderes Climáticos” divulgou, no COP 27, uma carta aberta conclamando líderes mundiais a trabalharem em parceria com o setor privado para conter o avanço da temperatura no planeta em 1,5 graus Celsius. Empresas de produção de energia são signatárias do documento, que reconhece os progressos feitos até o momento, mas alerta para a necessidade de diminuir as emissões para que o aumento da temperatura do planeta não ultrapasse o limite estabelecido.  

“Os governos devem aumentar suas ambições e decretar mudanças políticas para fechar essa lacuna, caso contrário, enfrentamos uma ameaça significativa à existência da vida humana e da natureza”, pede a carta aberta. 

O documento propõe, ainda, que os líderes mundiais estabeleçam metas baseadas em ciência para reduzir pela metade as emissões globais até 2030 e atingir o zero líquido até 2050, no máximo. 

Política climática eficiente depende da paz 

Por vídeo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, chamou atenção para a necessidade de paz para a efetivação de uma política climática eficaz. Ele destacou que a guerra entre Ucrânia e Rússia afetou a cadeia energética, prejudicando a busca da neutralização das emissões de gases de efeito estufa globalmente. O motivo do retrocesso foi a crise energética global provocada pelo conflito, forçando dezenas de países a retomarem a geração de energia a carvão. 

Em mesa redonda sobre transição energética na COP27, foi estabelecido que a transição justa significa garantir que a ação climática global e local proteja o planeta, as pessoas e a economia. Isso significa adotar equipamentos eficientes e até mesmo trocar a matriz energética quando for possível. 

Energia hidrelétrica

No Relatório Especial de Mercado de Energia Hidrelétrica de 2021, a Agência Internacional de Energia (AIE) demonstra que a fonte hidrelétrica representa quase um terço da capacidade mundial de fornecimento flexível de eletricidade, mas há potencial para ampliar esse volume. O documento diz ainda que nenhum país chegou perto de alcançar 100% de energias renováveis sem energia hidrelétrica no mix, o que reforça a importância desta matriz para a cadeia produtiva.

A produção de energia hidrelétrica sustentável é, portanto, fundamental para atender à crescente demanda mundial por fontes renováveis de eletricidade. Por isso, durante a COP 27, a International Hydropower Association (IHA)  levou aos governos mundiais algumas propostas para desbloquear barreiras ao desenvolvimento do setor, incluindo a apresentação de uma comissão com foco no planejamento climático e o anúncio da criação de uma aliança global de energia renovável.

A IHA defende que os investimentos em energia hidrelétrica sejam incentivados por meio de mecanismos financeiros e licenciamentos simplificados e que as práticas sustentáveis estejam inseridas na regulamentação governamental.

Hidrogênio verde

Outro assunto abordado na Conferência foram as oportunidades na produção de hidrogênio verde. De acordo com o Hydrogen Council e a McKinsey, o investimento global em hidrogênio verde alcançará pelo menos US$ 300 bilhões até 2030, sendo que US$ 80 bilhões já estão aplicados em projetos em fase de planejamento, investimento, construção ou operação. Do total de projetos, 85% estão localizados na Europa, Ásia e Austrália. 

Mas, o Brasil também apresenta um forte potencial para o desenvolvimento deste mercado, em função da diversidade de fontes geradoras de energia limpa, como a energia hidrelétrica, a solar e a eólica.

O Complexo Industrial Portuário de Suape (PE) já divulgou, inclusive, a instalação de uma futura planta industrial produtora de hidrogênio verde no país. Além disso, durante a COP 27, a vice-governadora do Ceará, Izolda Cela, anunciou que o estado já possui 24 acordos firmados com grandes empresas, como a ENGIE, para implantação de usinas de hidrogênio verde, que devem alavancar a geração de emprego e renda.  

A mobilização mundial para reduzir as mudanças climáticas é uma realidade que ganha cada vez mais importância e pode ser revertida em benefícios para quem produz energia limpa. Acompanhar as tendências e debates sobre o tema é fundamental para identificar as boas oportunidades que vão ajudar a salvar o planeta.

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