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Você já ouviu falar em turismo de naufrágio? Essa opção turística é baseada no mergulho para explorar embarcações naufragadas na costa brasileira. A modalidade vem crescendo muito porque oferece um atrativo a mais em relação ao mergulho comum: além de conhecer mais da fauna marinha, é também uma oportunidade de entrar em contato com parte da nossa história por meio desses objetos adormecidos no fundo do mar. 

No Brasil, onde o litoral se estende ao longo de oito mil quilômetros, existem as condições perfeitas para aventurar-se no mar por meio do mergulho. Este tipo de turismo exige a necessidade de acompanhamento profissional, o que abre excelentes oportunidades para empresas especializadas. Experiência e segurança são pré-requisitos fundamentais para empreendedores que buscam negócios nesse segmento, sempre com foco em garantir ao turista as melhores condições.

Opções de belos lugares para mergulhar não faltam. Ao longo do litoral e também nas ilhas, turistas que se aventuram embaixo d’água descobrem um mundo totalmente diferente, cheio de belezas e surpresas.

Conheça os tipos de mergulho

Existem dois tipos de mergulho: livre e autônomo. O livre é realizado com apoio de snorkel e máscara. Mais complexo, o autônomo exige a realização de um curso, pois a descida é feita com equipamentos completos na companhia de um instrutor. Qualquer pessoa pode viver essa experiência inesquecível, desde que receba orientações de um profissional regulamentado. Por isso, capacitação constante é um pré-requisito importante para o sucesso no segmento.  

Uma modalidade que encontra terreno fértil no Brasil é o mergulho de naufrágio. Na prática, o mergulhador vai explorar embarcações que, por motivos diversos, afundaram e acomodaram-se no fundo do mar. Algumas dessas embarcações funcionam como verdadeiros museus submersos, em que mergulhadores podem explorar os tesouros arqueológicos. Ilhabela, Guarapari e Fernando de Noronha, entre outros destinos, guardam restos de naufrágios que podem ser visitados em mergulhos turísticos.

Os navios naufragados revelam a história dos mares do país e também são habitat da diversidade da vida marinha, cheia de cores e surpresas. Além disso, são importante fonte de oportunidades e renda, pois geram empregos nas localidades onde o passeio se realiza. O potencial é enorme: estima-se que no litoral brasileiro há mais de 20 mil navios naufragados que datam desde a época do descobrimento.

Saiba onde praticar turismo de naufrágio no Brasil para oferecer aos seus clientes

Naufrágio Pinguino – Angra dos Reis (Rio de Janeiro)

Localizado nas águas próximas à Ilha Grande, em Angra dos Reis, esse naufrágio - de um navio cargueiro do Panamá - ocorreu em 1967 e foi causado por um curto-circuito que resultou em um incêndio incontrolável. Em dois dias, a embarcação estava a 18 metros de profundidade, onde encontra-se até hoje. Por ser um destino concorrido, é recomendável contratar o serviço com antecedência. Só é possível apreciar o navio pelo lado de fora.

Naufrágio Corveta Ipiranga – Fernando de Noronha (Pernambuco)

Essa embarcação brasileira naufragou em 1983, aproximadamente oito horas depois de se chocar contra uma rocha. Hoje, encontra-se em profundidade de pouco mais de 60 metros. O Corveta Ipiranga é considerado um dos principais naufrágios do Brasil por ainda manter a estrutura e grande parte dos objetos, visto que não puderam ser resgatados junto com os tripulantes. É indicado somente para quem realmente possui experiência nesse tipo de mergulho e com profissionais especializados.

Naufrágios Espera 7 e Dianka (Paraná)

Esses dois naufrágios referem-se a duas balsas que foram “afundadas” de propósito em 2001, como parte de um programa que tinha como objetivo estimular a formação de um recife. A distância entre elas é de pouco mais de nove quilômetros e ambas apresentam excelente visibilidade. Além disso, há uma forte presença da vida marinha, o que torna esse destino muito procurado. 

Naufrágio Madre de Dios – Ilha de Boipeba (Bahia)

Na Ilha de Boipeba, mais especificamente na Ponta dos Castelhanos, no sul da ilha, o navio espanhol Madre de Dios se chocou contra os recifes, em 1535, vindo a afundar em seguida. 

Tipos de mergulho de naufrágio

Para oferecer turismo de naufrágio, alguns mergulhadores realizam treinamento adicional para aumentar a segurança do mergulho entre destroços. A modalidade é dividida em três subtipos:

• Não penetração: quando os turistas nadam sobre e em volta dos destroços.
• Penetração limitada: quando o mergulho para apreciar a embarcação naufragada ocorre em ambiente suspenso, com limite de até 40 metros de distância linear cumulativa até a superfície.
• Penetração total: quando os mergulhadores vão mais fundo no ambiente suspenso no naufrágio. Essa modalidade é considerada como um tipo de mergulho técnico, que requer experiência adicional significativa, treinamento e equipamento. 

Agora que você já conhece alguns dos naufrágios no Brasil que mais fazem sucesso entre os mergulhadores, escolha a modalidade que mais se adequa ao potencial, defina um destino e navegue em novas oportunidades de negócios. 

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