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Tue Mar 14 23:02:46 BRT 2023
Empreendedorismo | COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR
Turismo étnico: uma oportunidade na Amazônia

O turismo étnico cresce junto com a globalização. A Amazônia apresenta um potencial imenso para esse mercado que deve ser considerado, com destaque para Roraima

· Atualizado em 14/03/2023
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Há viajantes que adoram conhecer as tradições e o estilo de vida dos povos locais, questionar suas concepções de mundo e aprender com o diferente. Para esse turista que se enquadra neste perfil, uma ótima alternativa é o chamado “turismo étnico”. O Brasil oferece muitas oportunidades neste segmento, com destaque para a Amazônia, onde vive uma série de pessoas em aglomerados tradicionais.

Mas, o que é turismo étnico? Nessa prática, a principal atração turística não é um lugar, mas o modo de vida e a história de um povo. Segundo o Ministério do Turismo, “esse tipo de turismo envolve as comunidades representativas dos processos imigratórios europeus e asiáticos, as comunidades indígenas, as comunidades quilombolas e outros grupos sociais que preservam seus legados étnicos como valores norteadores de seu modo de vida, saberes e fazeres”.

O turista que procura esse tipo de viagem tem a oportunidade de entrar em contato com visões de mundo além da cultura ocidental dominante. Isso pode ser feito por meio da conexão direta com pessoas de uma comunidade, conhecendo sua história em primeira mão, participando de atividades do seu dia a dia, vivenciando suas manifestações populares e muito mais. Outro aspecto importante é a preservação dessas culturas com a exploração do turismo, que colabora em muito com a atividade econômica dessas regiões. 

Turismo étnico, bom para quem vai e para quem fica

Se bem planejado, o turismo étnico pode trazer diversos benefícios para as comunidades anfitriãs. Abaixo, alguns exemplos de vantagens do turismo étnico para quem o oferece:

Mais valorização da identidade cultural por parte do próprio grupo: ao receber visitantes interessados na sua cultura, os anfitriões podem sentir-se mais motivados a enxergar o valor das tradições locais, que, muitas vezes, são desvalorizadas pelo nosso sistema socioeconômico. De acordo com especialistas, isso pode ajudar as novas gerações a manterem vivas as memórias e os costumes daquele povo.

Preservação da memória e representatividade: é uma importante oportunidade para cada povo contar sua história pelo seu próprio ponto de vista. É possível narrarem suas lutas históricas pelo turismo.

Geração de renda com protagonismo da comunidade: muitas das pequenas comunidades étnicas no Brasil passam por sérias dificuldades de subsistência. Nesse contexto, o turismo pode ser também um ótimo recurso para o desenvolvimento socioeconômico local. Em muitas comunidades, a renda obtida por meio do turismo permite que os moradores possam continuar vivendo no seu lugar de origem e mantendo seus hábitos culturais, em vez de ter de buscar emprego fora dali.

O ideal, no entanto, é que sejam respeitadas as premissas do turismo de base comunitária, que prevê o protagonismo da população local e coloca as necessidades da comunidade em primeiro lugar. O que muitas vezes acontece, nesse caso, é a mercantilização das culturas locais, ou seja, um processo em que as tradições daquele povo são ofertadas de maneira artificial para agradar os visitantes.

Fazer turismo étnico não é visitar comunidades consideradas “exóticas” para fetichizar seus moradores, tratar o lugar como um zoológico e publicar fotos nas redes sociais. É essencial lembrar que o bem-estar dessas pessoas deve estar em primeiro lugar.

Na Amazônia, terreno fértil para o turismo étnico

O Brasil desponta nesse tipo de turismo, por tratar-se de um país que mantém suas culturas locais vivas. Por exemplo, estima-se que no país existam, hoje, cerca de trinta comunidades indígenas que nunca entraram em contato com os ocidentais, sem contar as inúmeras com as quais o contato é mínimo. 

Essas comunidades isoladas encontram-se, em sua maioria, no norte do país, na Amazônia. A seguir, vamos destacar um bom exemplo de como trabalhar o turismo étnico no Brasil, com destaque para o extremo norte do país – Roraima.

Situado na região norte do Brasil, fazendo fronteira com a Venezuela e com a Guiana, Roraima é o estado menos populoso do país, com aproximadamente 600 mil habitantes. Em relação ao turismo, Roraima é um dos estados menos explorados turisticamente pelos brasileiros, que, muitas vezes, desconhecem todas as belezas e maravilhas, além da cultura e história que este lugar tem a oferecer aos seus visitantes. 

Certamente, a atração mais conhecida do estado é o Monte Roraima, um monte situado na cidade de Uiramutã, a cidade mais ao norte. Este ponto é conhecido por demarcar a fronteira do país com seus vizinhos, além de ser uma área de preservação ambiental bastante visitada pelos interessados em turismo ecológico e também por pesquisadores.

Em relação à sua cultura, Roraima foi construída com base na miscigenação, principalmente entre brancos e indígenas. Destaca-se que a influência indígena está muito presente no cotidiano roraimense, na dança, na música e até mesmo na culinária.

Ir para Roraima é viver uma experiência de turismo responsável. Uma parceria do poder público que envolve diversas entidades e operadores turísticos locais, que busca respeitar o querer e interesse das comunidades indígenas em receber turistas.

Fomentar o desenvolvimento sustentável de comunidades indígenas por meio do turismo étnico e ecológico é a proposta da Cooperativa Indígena de Turismo do Estado de Roraima Moori Paata ("beleza da terra" na língua Macuxi). A ideia nasceu há pouco tempo. A cooperativa tem como objetivo mostrar que os indígenas estão atentos às oportunidades de mercado, mas reconhecem que ainda não estão prontos para atender à demanda ideal a curto prazo. 

A proposta é explorar as belezas das cachoeiras e também das paisagens para, posteriormente, organizar-se e criar infraestrutura adequada para atender os turistas, como pousadas e restaurantes. Acredita-se que a permanência de turistas nas reservas indígenas Raposa Serra do Sol e São Marcos (em Pacaraima, norte do estado) se dará de maneira legal, segundo as exigências dos indígenas, pela agência que os representa. 

No turismo étnico indígena, podemos transformar cultura e história em experiências diferenciadas, que podem gerar ótimos negócios para os empreendedores locais, além da preservação dos hábitos e costumes desses povos. É importante fornecer as condições e qualificação para os indígenas tornarem-se empreendedores para garantir que esse processo seja liderado por eles, mas há espaço para todos. Conheça mais sobre a criatividade desse mercado e invista no turismo étnico! 

Saiba mais sobre o turismo étnico no extremo norte do país, assistindo à palestra da analista do Sebrae, Ana Clévia Guerreiro: Turismo Étnico – uma experiência sustentável, realizada na ABAV Expo 2022.

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