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O que vem à sua mente ao pensar na ideia de beleza? Claro, a beleza pode estar ligada aos assuntos mais variados, por isso vamos ser mais claros: o que seria uma pessoa bonita para você? É provável que tenha imaginado um padrão, ao menos de imediato. Mas será que essa beleza que você pensou de cara é uma beleza inclusiva?

A ideia de beleza foi reinventada de acordo com os contextos de diferentes épocas e culturas. Assim, sempre existiu um padrão a ser atingido - o que, para muitas pessoas, era, e ainda é, inalcançável.  

Hoje, no entanto, existe um movimento de mudança em relação a esses padrões de beleza (ainda bem!). Em um mundo de redes sociais e pluralidade de vozes, a autoaceitação é a ordem da vez e, a partir dela, entendemos a importância de se promover uma beleza inclusiva nos negócios e na vida.

Quando falamos em autoaceitação, trazemos à tona também a importância de perceber a beleza sem mascarar ou transformar o que é próprio de cada indivíduo, como o tipo de cabelo, a cor de pele ou a idade

É esse, portanto, o conceito de beleza inclusiva: a beleza que contempla todas as peculiaridades dos indivíduos. Em resumo, é a beleza da diversidade, que não promove padrões ou uma estética que só atende a um tipo específico de público.

Nas revistas, nos anúncios de marcas e até nas passarelas, o século 21, mesmo que num processo lento, vem desenvolvendo constantemente o conceito de beleza inclusiva e o colocando em prática.

Isso significa também uma nova demanda de produtos de beleza para consumidores cada vez mais específicos. 

Como a diversidade é realmente muito ampla, a beleza inclusiva é um conceito que pode se desdobrar para vários públicos e aspectos. Alguns exemplos consistem nas diferenças étnicas, etárias e de gênero.

Por muito tempo, a maioria das propagandas e, consequentemente, dos produtos cosméticos foi voltada para um padrão de beleza majoritariamente branco e magro. A cultura de Hollywood predominava na busca pela estética “perfeita” promovida por uma imagem como a de Marilyn Monroe, com seus famosos cachos loiros e pele clara.

Além, é claro, da maioria das princesas e príncipes propagados por filmes animados ao longo do século passado. O imaginário de que existia uma estética perfeita - e branca - era disseminado desde a infância.

Acontece que, principalmente no Brasil, tons de peles mais escuros representam a maioria da população. E, com a beleza inclusiva, é preciso pensar em produtos e serviços para pessoas com diferentes tipos de pele e cabelo. Mulheres com cabelos crespos, por exemplo, têm cada vez mais cuidado do cabelo natural, com a autoaceitação e o empoderamento de si. 

Desse modo, é prioritário, e não opcional, que os negócios de beleza pensem em produtos para esse tipo de cabelo e pele - e para todos os outros.

Também é fundamental pensar em produtos para pessoas desde a primeira infância até a melhor idade. Afinal, a beleza não tem idade. 

Pessoas idosas têm vida social ativa e precisam de produtos que atendam às suas necessidades diante de uma pele mais fina e sensível, da queda de cabelo e de outras particularidades trazidas pelo tempo. 

Adolescentes, por sua vez, começam a se preocupar em cuidar da acne e das mudanças do corpo. 

Soma-se a isso o fato de que as gerações Z e Alpha são mais conectadas e conscientes a respeito de questões como responsabilidade social e sustentabilidade. É necessário, portanto, pensar nesses aspectos para o desenvolvimento de produtos com ingredientes mais naturais, por exemplo.

Se você é empreendedor do ramo da beleza, precisa ter a mente aberta e pensar fora da caixinha. Um fator que já está ultrapassado é fazer divisões para produtos e serviços para homens e mulheres. A beleza inclusiva busca englobar as diferentes formas como cada um quer se expressar, independentemente do que é normatizado.

Ter esse olhar para a diversidade e entender como investir e adequar produtos e serviços para cada público, além de ser fundamental para os negócios, promove ações e pensamentos mais humanizados.

Desse modo, a inclusão na beleza oferece oportunidades a todos, tanto nos negócios como aos clientes, e amplia a possibilidade de conquistar o respeito de pessoas com diferentes perfis.

A evolução da beleza inclusiva ainda é lenta, então quanto mais serviços e produtos estiverem presentes em seu salão, maior será o seu movimento e a competitividade no setor. Aposte na inclusão e saia na frente!