Utilizar recursos de pessoa física para colocar na empresa é uma prática que já foi adotada por 60% dos donos de pequenos negócios. A revelação consta na segunda edição da pesquisa Hábitos de Uso de Produtos Financeiros, realizada pelo Sebrae para medir os hábitos bancários de empreendedores como pessoas físicas.
Entre microempreendedores individuais (MEI), esse hábito é ainda mais frequente. De acordo com o levantamento, 63% dos MEI usam as contas de pessoa física para pagar despesas da empresa, seguido por 54% das microempresas e por 51% das pequenas empresas. “Quanto menor e menos estruturado o negócio, mais os empreendedores cometem esse erro”, pontua o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
Quando a análise é feita por setor, empresários dos da Agropecuária e de Serviços são os que mais recorrem a esse recurso, com 65% e 64%, respectivamente, afirmando que já pagaram despesas da empresa com a conta de pessoa física. Entre os empreendedores da Construção Civil, a prática é adotada por 58%; da Indústria, 57%; e do Comércio, 56%.
Melles lembra que separar as contas entre pessoais e da empresa é uma das primeiras recomendações que o Sebrae faz para qualquer pessoa que planeja abrir o próprio negócio. “Confundir a gestão da empresa e da pessoa física é um dos maiores erros que os empresários podem cometer. Isso torna o controle do orçamento da empresa praticamente impossível e pode comprometer seriamente a saúde financeira do negócio”, frisa o presidente do Sebrae.
Veja dicas para evitar esse erro:
Como evitar confusões na gestão financeira de PMEs
1. Tenha contas bancárias separadas
2. Defina o seu pró-labore
3. Anote tudo que é retirado da empresa, seja em forma de produto ou serviço
4. Faça um plano de contas
5. Não desista e tenha constância
Metodologia
A segunda edição da pesquisa Hábitos de Uso de Produtos Financeiros pretende conhecer os hábitos dos empresários em relação ao uso de produtos financeiros como pessoa física. Foram feitas 6.126 entrevistas por telefone entre 07 de dezembro de 2022 e 20 de janeiro de 2023. O erro amostral é de 1,25% para resultados gerais. O intervalo de confiança é de 95%. A primeira edição foi realizada em 2015.
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