Aqui você vai encontrar respostas para as principais dúvidas que empreendedores têm sobre finanças e descobrir o que fazer para organizá-las de forma efetiva.
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Para uma empresa sobreviver e se manter num mercado cada vez mais competitivo, torna-se necessário que a empresária tome suas decisões apoiada em informações precisas e atualizadas.
“E onde encontro essas informações?”, você pode se perguntar. A resposta é: por meio de uma boa gestão financeira. Veja a seguir respostas para as 9 principais dúvidas que empreendedores têm na hora de lidar com as finanças e aprenda a maximizar seus resultados por meio de dados.
1. Qual é a diferença entre os custos fixos e os variáveis?
Os custos fixos, como pró-labore, aluguel, salários, encargos, energia elétrica e telefone, não variam em decorrência das vendas. Já os custos variáveis, como os de compra de produtos, impostos e comissões, por exemplo, são diretamente ligados às vendas, oscilando conforme o aumento ou a redução das receitas.
Nos custos fixos, existe um parâmetro que normalmente é deixado de lado pelos empreendedores, o pró-labore, seja para melhorar os resultados financeiros, enganando a si mesmo, ou simplesmente porque o valor retirado é totalmente variável e de data incerta, o que acaba causando um transtorno para o controle do fluxo de caixa.
Lembre-se: o valor de retirada das sócias ou proprietárias deve ser fixado, assim como as datas.
2. O que é o fluxo de caixa e qual é a sua importância?
A função dessa ferramenta é informar a empresária sobre a situação da movimentação diária dos recursos financeiros, disponibilizando as informações pertinentes aos pagamentos, recebimentos e saldo realizados e a serem realizados, de forma diária.
A composição do fluxo de caixa pode variar muito, porém, as informações devem ser estruturadas diariamente e de forma acumulada.
O resultado acumulado do fluxo de caixa, quando negativo, pode significar o óbvio: a empresa está gastando mais do que sua receita permite.
Mas existe a situação ideal: o saldo está positivo, portanto, a empresa está conseguindo cumprir as suas obrigações, realizando o oposto do citado acima.
É por meio dessa ferramenta, então, que o empresário poderá manter suas contas sempre em equilíbrio.
3. O que é e como calcular o Ponto de Equilíbrio da minha empresa?
O Ponto de Equilíbrio (PE) informa ao empresário o faturamento mensal mínimo necessário para cobrir os custos (fixos e variáveis), informação que muitas vezes é vital para a análise de viabilidade de um empreendimento ou para a adequação da empresa em relação ao mercado.
Fórmula para calcular o Ponto de Equilíbrio em reais (faturamento):
Ponto de equilíbrio contábil = Custos e despesas fixas / Margem de contribuição
Lembre-se de que, para chegar à margem de contribuição, basta fazer o cálculo:
Receita – Custos e despesas variáveis.
4. Como posso saber se a empresa está obtendo lucro?
Utilizando o Demonstrativo de Resultados do Exercício — DRE. A função dessa ferramenta é informar se a empresa está obtendo lucro ou não nas operações pertinentes a um determinado período, geralmente de um mês.
Saiba como fazer um demonstrativo de resultados
O DRE possibilita diversas análises, como a do Lucro Líquido ou Prejuízo.
Se a empresa estiver com valor negativo, pode significar:
- Faturamento abaixo do Ponto de Equilíbrio: menor que o necessário para pagar custos e despesas;
- Custos fixos elevados em relação ao faturamento;
- Formação dos preços de venda com margens muito baixas de lucro ou até mesmo zeradas ou negativas: possivelmente os preços estão sendo calculados sem a inserção dos custos fixos;
- Despesas financeiras muito elevadas devido, provavelmente, ao desconto de cheques ou duplicatas.
5. Como separar os gastos pessoais das finanças da empresa?
Um dos erros mais comuns cometidos pelos donos de pequenos negócios é misturar o orçamento da empresa com o das contas pessoais. Para evitar os problemas advindos dessa junção, siga estas três dicas simples:
a) Tenha contas bancárias separadas;
b) Defina o seu pró-labore;
c) Anote tudo que é retirado da empresa, seja em forma de produto ou serviço.
6. O que é Capital de Giro?
Quando uma empresa inicia suas atividades, recebe dois tipos de investimentos: o primeiro, considerado como investimento fixo, servirá para a aquisição das máquinas, móveis, prédio, ferramentas e para investir em itens do ativo imobilizado.
A outra parte dos investimentos vai compor uma reserva de recursos para ser utilizada conforme as necessidades financeiras da empresa ao longo do tempo. É o chamado Capital de Giro. Esses recursos ficam alocados nos estoques, nas contas a receber, no caixa ou na conta-corrente bancária.
Administrar o Capital de Giro da empresa significa avaliar o momento atual, as faltas e as sobras de recursos financeiros e os reflexos gerados por decisões tomadas em relação às compras, vendas e à administração do caixa.
Quer saber mais sobre o Capital de Giro e entender melhor como calculá-lo? Clique aqui.
7. Como formar o preço de venda adequado ao mercado?
Saiba como calcular o preço de venda com uma das fórmulas mais utilizadas no universo empresarial:
Preço de Venda = Custo do produto ou serviço x Índice de comercialização
Para encontrar o índice de comercialização, você precisa somar:
- Os percentuais dos impostos de comercialização, como o SIMPLES, ICMS, ISS;
- O percentual do custo fixo: custo fixo dividido pelo faturamento mensal médio anual;
- O percentual das comissões e frete;
- O percentual referente à margem de lucro desejada ou possível do produto ou serviço.
Em seguida, será necessário subtrair de 100% o resultado obtido e depois dividir por 100 para que o número fique de forma centesimal. Por fim, divida 1 pelo número encontrado.
A fórmula:
(100% - (% Impostos + % Custo fixo + % Comissão + % Frete + % Margem de lucro)) / 100
Depois de encontrar o resultado dessa fórmula, dívida 1 pelo resultado obtido.
Exemplo do cálculo do preço de venda:
Custo do produto = R$ 9
Imposto = 4%
Comissão = 3%
Custo Fixo = 25%
Frete = 6%
Margem de Lucro = 15%
Cálculo do índice = (100-(4+3+25+6+15)) = 47 / 100 = 0,47 = 1 / 0,47 = 2,1277
PV = 9 X 2,1277 = 19,15
8. Como reconhecer se o custo dos produtos ou serviços é competitivo no mercado?
Conseguir identificar a competitividade de venda de um produto ou serviço, antes mesmo de disponibilizá-lo ao mercado, é uma informação que não pode ser desprezada.
Para isso, é preciso conhecer a metodologia de cálculo do Custo-alvo, ou do custo de compra, que atenda as expectativas de margem de lucro da empresária.
O Custo-alvo informa o custo que você deveria conseguir de um determinado produto ou serviço para oferecer um preço de venda compatível com o praticado no mercado.
A fórmula do custo-alvo é a seguinte:
Custo-alvo = Preço de venda do concorrente / Índice de venda utilizado pela sua empresa
Exemplo de cálculo do Custo-alvo (CA):
Preço de venda do concorrente = R$ 18,00
Índice praticado na sua empresa = 2,1277
CA = 18 / 2,1277 = 8,46
Esse é o Custo-alvo que a sua empresa deve procurar ter junto aos fornecedores.
9. Quais relatórios gerenciais preciso ter no meu negócio?
Para gerenciar com eficiência a área financeira de qualquer empresa, torna-se necessário implantar alguns relatórios gerenciais para que se faça o acompanhamento periódico.
Saiba quais são e aprenda a fazer os principais relatórios gerenciais da área financeira:
Controle das Vendas Realizadas
Apuração dos Resultados da Empresa
Fluxo de Caixa
Balanço Gerencial
Sabia que quanto mais informada você estiver sobre notícias, tendências e pesquisas relacionadas a finanças, melhor poderá tomar decisões para a sua empresa? Então acesse e conheça o Radar Sebrae, seu guia sobre finanças e crédito.
Fonte: Planejamento Sebrae no Nacional Cartilha: as 40 perguntas mais frequentes dos empresários
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A principal obrigação do MEI é pagar a “mensalidade” do MEI todos os meses, no dia 20. É muito importante esse pagamento, pois é através dele que você terá acesso aos seus benefícios previdenciários. Às vezes, nos deparamos com uma pessoa MEI que diz coisas assim: “ah... eu não paguei porque não tive tempo de ir na Sala do Empreendedor ou no Sebrae para emitir minha guia e eu não sabia como fazer isso”. Pois neste artigo vamos mostrar como é simples emitir a guia DAS-MEI. Inicialmente precisamos dizer que o MEI tem muitas opções para realizar a quitação das suas parcelas mensais. Aquela que consideramos a melhor opção é o débito automático. O MEI só precisa autorizar uma vez, e o débito ocorre automaticamente todos os meses, bastando controlar para garantir que tenha saldo suficiente no dia 20 de cada mês. 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Neste caso, precisa ter uma conta pessoa física ou jurídica no Banco do Brasil e, no dia em que desejar pagar, acessar o Portal do Empreendedor e escolher a opção pagamento on-line. Finalmente, temos a opção de gerar a guia DAS-MEI tanto pelo Portal do Empreendedor como pelo app MEI, da Receita Federal, ou pelo app Meu Sebrae, disponibilizado pelo Sebrae. Após gerar a guia DAS-MEI, você poderá escolher a forma de efetuar o pagamento conforme as opções descritas abaixo: Imprimir a DAS-MEI, se dirigir a uma lotérica ou agência bancária e realizar o pagamento; Utilizar o QR Code gerado e realizar o pagamento pelo internet banking ou pelo aplicativo do seu banco por meio de Pix; Utilizar o código de barras e pagar pelo internet banking ou pelo aplicativo do seu banco. Abaixo descrevemos algumas opções para você gerar/emitir a sua guia DAS-MEI. Passo a passo fácil pelo app Meu Sebrae Primeiro, você deve entrar na sua loja de aplicativos, App Store ou Play Store, e baixar o app Meu Sebrae. 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Passo a passo pelo app MEI da Receita Federal Na loja de aplicativos, App Store ou Play Store, baixe o app MEI. Na tela inicial do aplicativo, inserir o CNPJ, escolher a opção “Emitir DAS”; selecionar o ano e o mês para o qual você quer emitir a guia DAS; ela estará disponível e tem opção de exibir/salvar/compartilhar ou copiar o QR Code para pagar por meio de Pix. 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Sat Jun 29 00:03:34 BRT 2024
Como abrir um MEI
Abrir um MEI e obter um CNPJ é facil, mas antes de abrir é importante se atentar para os direitos e deveres. Cada vez mais, brasileiros que trabalham por conta própria reconhecem a importância de se registrarem como microempreendedores individuais (MEI). Segundo levantamento divulgado pelo Ministério da Economia em março de 2022, com dados da Receita Federal e a participação do Sebrae, 3,9 milhões de pequenos negócios foram criados em 2021, um aumento de quase 20% em relação ao ano anterior. Destes, 3,1 milhões – ou cerca de 80% do total de Cadastros Nacionais de Pessoas Jurídicas (CNPJs) – optaram por serem microempreendedores individuais (MEI). Quais as vantagens de ser MEI? Direito de emitir notas fiscais para seus clientes, evitando a perda de negócios, pois, além de dever do empresário, a emissão do documento é direito do consumidor; Tributação reduzida, com pagamento mensal do documento de arrecadação (DAS-MEI); Acesso a benefícios previdenciários, como o auxílio-doença, em caso de incapacidade de trabalhar por problemas de saúde, entre outros. Mais adiante falaremos mais sobre os benefícios. Mas vale lembrar que, para desfrutar de tudo isso, o primeiro passo é ter um CNPJ ativo, ou seja, registrar a empresa. O registro no portal do governo é de graça. O único custo para se manter como MEI é o recolhimento mensal do imposto, desde que o empreendedor não ultrapasse o teto de receitas anual de R$ 81 mil – o que provoca a cobrança de multas por excesso de faturamento. Fique atento: inscrição como MEI não tem custo! Muitas pessoas, quando vão procurar o endereço virtual para abrirem sua empresa como microempreendedores, acabam clicando em links de sites que cobram para fazer o registro, em troca de assessoria técnica para o empreendedor. Além de oferecer conteúdo sobre empreendedorismo e o universo empresarial, tais páginas trazem orientações – às vezes personalizadas – para abrir, alterar ou cancelar o CNPJ MEI, bem como dicas para a declaração anual. Porém, se você não quer contratar esses serviços adicionais, tenha a certeza de estar entrando no verdadeiro Portal do Empreendedor. Nunca imprima boleto nem faça Pix se não tiver certeza de que aceita comprar tais serviços. A inscrição como MEI no governo é de graça! Passo a passo – como Abrir um MEI Grátis em 2024 É necessário realizar login no ambiente gov.br (que centraliza o acesso do cidadão a diversos serviços sociais e outros portais do governo). Se o empreendedor não tem esse cadastro prévio, deve fazê-lo em https://sso.acesso.gov.br. Após o acesso ao ambiente gov.br, o empresário precisará criar seu MEI no Portal do Empreendedor. Acesse e siga as instruções fornecendo as informações solicitadas. Como já dissemos, a formalização é gratuita! Acabou? Não se esqueça do pagamento mensal das contribuições. Uma dica: embora a declaração de receitas seja anual (analogamente à das pessoas físicas, que todos os anos declaram o Imposto de Renda conforme a sua faixa de renda), não deixe acumular vários meses de contribuições para só resolver as pendências na época de sua declaração como MEI (já que os débitos impedem o envio da declaração). Além de o montante ficar alto, há correção do montante com a cobrança de juros mensais! Quanto pagar para se manter como MEI em 2024? Conforme o ramo de atividade, a contribuição mensal do MEI varia entre de R$ 70,6 a R$ 76,6 a depender do ramo de atividade e Mei caminhoneiro pagará mensalmente entre R$ 169,44 a R$ 175,44. Veja neste vídeo como abrir o MEI (CNPJ), publicado no canal Sebrae Talks Que atividades o MEI pode desenvolver? Ser microempreendedor não significa estar restrito em sua atuação profissional. A lista de atividades cadastradas já cresceu bastante desde que foi criada. Confira as aqui. Ainda ficou com dúvidas? O Sebrae ensina tudo que você, empreendedor ou aspirante, precisa saber sobre o MEI. Quer continuar sua jornada para se tornar MEI? Acesse agora um curso preparado pelo Sebrae e inicie sua trajetória empreendedora hoje mesmo!