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Fri Aug 25 11:34:24 BRT 2023
Inovação | INOVAÇÃO
O Metaverso e experiências para o consumidor da Beleza

Entenda como o metaverso pode ser utilizado por marcas de beleza se destacarem e captarem a atenção dos consumidores com uma experiência diferenciada

· Atualizado em 25/08/2023
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“O metaverso tá on” foi tema da palestra da Semana ABIHPEC de Mercado, evento da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) realizado em setembro passado. Ministrada pela expert em análise de tendências Iza Dezon e a jornalista especializada em beleza Vânia Goy, a palestra foi inspirada em um episódio do Ciao Bella, podcast sobre beleza e bem-estar idealizado pela dupla.

De acordo com Iza Dezon, “o metaverso é um ambiente digital capaz de ampliar a experiência e a vivência, ultrapassando a noção de identidade virtual para além de um @ que usamos nas redes sociais”.

“Essa vivência digital, que ainda temos hoje e que funciona à base desse @ ou de alguma forma de usuário que acessamos em uma rede virtual, será substituída por nosso próprio personagem ou avatar. Isso vai acontecer porque nós vamos desenvolver uma identidade virtual, que não é um código, nem um nome de usuário, mas que terá muitas outras características”, explicou a expert.

Durante a palestra, a especialista ressaltou que quando falamos em metaverso, falamos em internet 3D, comunicação e diversão. “Mas também falamos de negócios e moedas digitais”, acrescentou.

Apesar de parecer algo novo, Iza Denon lembrou que o metaverso é a evolução da realidade aumentada, que tem pelo menos 40 anos, mas que agora está acessível. “Ou seja, não é uma tecnologia nova, a verdade é que agora está começando a ficar democrática, pois todo mundo pode acessá-la através do celular”, declarou.

“Marcas como a Google gastaram milhões para criar os óculos de realidade 3D e não perceberam que o portal para esses mundos digitais seria através do objeto que passa a maior parte do tempo na nossa mão, o celular”, comentou.

Vânia Goy apresentou números referentes aos negócios bilionários que foram movimentados recentemente a partir do desejo de estar no metaverso. Entre os cases citados pela jornalista está a compra da holding de jogos eletrônicos norte-americana Actvision Blizzard pela Microsoft por US$ 68,7 bilhões, o maior valor da história da indústria dos games. “Outro negócio relevante é a compra da desenvolvedora de videogames Zynga pela Take-Two Interative, que desembolsou US$ 12,7 bilhões”, listou.

Como uma forma fácil de explicar o metaverso, a jornalista mencionou o caso da Match Group - detentora do aplicativo Tinder - que recentemente adquiriu a empresa sul-coreana Hyperconnect para desenvolver o Single Town, um espaço virtual onde os solteiros poderão se encontrar através de avatares.

Segundo Vânia Goy, essas transformações resultarão em uma mudança de D2C (Direct to Consumer) para D2A (Direct to Avatar), onde as comunidades serão consideradas verdadeiras meta-sociedades.

“Quando olhamos para a história do avatar, a verdade é que o seu avatar tem toda liberdade para ser um personagem complementar, diferente ou igual a você”, comentou Iza Dezon, que destaca que o metaverso apresenta diversas oportunidades de inovação e construção de comunidades que estão começando a surgir no mercado de beleza.

“Por proporcionar novos espaços e camadas de realidade, o metaverso se torna um grande chamariz para marcas de beleza se destacarem e captarem a atenção dos consumidores. No metaverso já é possível criar seu avatar para vestir e maquiar, além de usar criptomoedas e fazer compras que podem existir ou não no mundo tangível”, salientou a expert em análise de tendências.

Ainda de acordo com Iza, no metaverso também já é possível atrelar as vivências da loja física a uma experiência mais fluida e imersiva no ambiente online. “Isso ajuda a transformar a compra digital em algo mais cativante e personalizado”, frisou.

“Acredito que um dos pontos interessantes é pensar que as novas experiências estão acontecendo a partir de plataformas de games, que é onde temos mais tecnologia para criar avatares e experimentar esse mundo 3D”, acrescentou Vânia Goy.

Apesar dos games estarem associados ao universo masculino, a jornalista lembra que as mulheres também possuem representatividade nessa área. “Existem muitos tipos de games, por isso o público feminino também experimenta esse cenário virtual”, reforçou. 

Como exemplo, ela cita exemplos de marcas da indústria da beleza e da moda que já estão explorando os games, como o jogo Gucci Garden, que oferece uma imersão dentro da plataforma Roblox para convidar amigos e comprar itens exclusivos para avatares, e a ativação Skinclusive, criada pela Gilette Vênus em parceria com a série de jogos Animal Crossing, para a criação de avatares que ajudem todas as mulheres se sentirem celebradas.  

Uma marca brasileira que apostou nessa novidade é a O Boticário, que lançou uma ativação para o jogo Avakin Life que - com ou sem ajuda da assistente virtual Thaty - permitia que os consumidores interagissem com o portfólio da marca através dos BotiCoins.

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