Aprenda a captar recursos para o seu negócio sem comprometer o planejamento e o controle financeiro
A decisão de investir e financiar o crescimento da empresa deve ser baseada em informações e controles financeiros precisos, para que os recursos buscados sejam utilizados para alavancar o negócio e não para cobrir deficiências de gestão financeira.
A utilização sistemática de instrumentos de gestão financeira permite uma administração efetiva dos recursos captados pela empresa e indica a capacidade real de pagamento da dívida a ser contraída.
Isto é fundamental para evitar que o empreendedor, ao obter crédito, crie problemas ainda maiores, ao contrair uma dívida que não conseguirá quitar.
Passo a passo para acesso ao crédito
- Escolher a instituição financeira onde pretende obter crédito
- Ter bom relacionamento com a instituição financeira
- Manter um cadastro positivo
- Solicitar limite de crédito compatível com a necessidade de sua empresa
- Disponibilizar informações cadastrais, financeiras e gerenciais confiáveis
Requisitos para facilitar o acesso ao crédito
- Plano de Negócios
- Condições cadastrais
- Disponibilidade de garantias reais
- Contrapartida de recursos próprios
- Faturamento comprovado
- Situação de regularidade dos impostos
- Saúde financeira da empresa
- Competitividade do negócio
- Experiência e competência empresarial dos administradores
- Tempo de atividade da empresa
Dicas para financiamento
- Avalie – Identifique suas necessidades e tenha certeza de que o financiamento é a melhor solução
- Calcule – Analise se o lucro da sua empresa é suficiente para quitar o financiamento
- Previna-se – Leve em conta as taxas extras cobradas, como seguro e tarifas de abertura de crédito
- Pesquise – Estude as diversas linhas disponíveis e compare as vantagens oferecidas pelo mercado
- Prepare – Tenha em mãos a documentação exigida e também o Plano de Negócios ao conversar com o gerente
- Separe – Não misture o caixa da empresa com o pessoal. Fuja da tentação de recorrer ao crédito pessoal para financiar o negócio
- Analise – Entenda o motivo do crédito, a finalidade, o momento ideal, o valor ideal de recursos e a linha de crédito adequa
Os bancos são obrigados a informar aos proprietários das micro e pequenas empresas todas as despesas das operações de crédito e financiamento.
O chamado Custo Efetivo Total (CET) engloba taxas, tributos, juros, seguros e despesas incidentes na transação e deverá ser expresso sob a forma de percentual anual.
Essa medida possibilita ao empreendedor conhecer o custo real do crédito obtido junto às instituições financeiras e facilita a comparação de preços entre os produtos oferecidos pelos bancos, incentivando a concorrência entre eles e contribuindo para a queda de tarifas.
Capital de giro é o conjunto de valores necessários para a empresa fazer seus negócios acontecerem.
Em geral, de 50 a 60% do total dos ativos de uma empresa representam a fatia correspondente a este capital.
Quanto maior a necessidade de investimento nos estoques, mais recursos financeiros a empresa deverá ter, o que justifica a importância do capital de giro.
Administrar o capital de giro da empresa significa avaliar o momento atual, as faltas e as sobras de recursos financeiros e os reflexos gerados por decisões tomadas em relação às compras, vendas e à administração do caixa.
O capital de giro contribui para o crescimento dos pequenos negócios, pois permite o investimento na melhoria da gestão.
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O contador e o MEI
Apesar da legislação dispensar o MEI de efetuar os registros contábeis, existem algumas ações que são mais complexas, principalmente, em relação à contratação de funcionários. Além disso, nos últimos anos o número de Microempreendedores Individuais vem crescendo consideravelmente. É fundamental que os escritórios de contabilidade ofereçam suporte a esse público, já que eles podem se tornar clientes fiéis e contribuir para o aumento da receita do escritório. Os profissionais de contabilidade têm um papel fundamental no desenvolvimento das microempresas. Atualmente, as empresas estão demandando profissionais com uma visão mais inovadora, capazes de projetarem cenários futuros e anteciparem situações. O seu cliente deseja se formalizar como MEI? Para que seja realizada a formalização como MEI é muito importante que as exigências estabelecidas pelo estado e pelo município sejam atendidas, como a consulta prévia e as licenças específicas da atividade. Apesar da formalização ser efetuada diretamente no Portal do Empreendedor, cumprir as exigências é essencial para a legalização do negócio. Acesse a cartilha Microempreendedor Individual - Como se Formalizar O seu cliente deseja contratar um funcionário? A legislação permite que o MEI contrate apenas um funcionário que receba um salário mínimo ou piso da categoria, se houver. Esta contratação segue as mesmas regras das contratações realizadas pelas demais empresas, mas possui algumas especificidades. Acesse a cartilha Como Contratar Funcionários O seu cliente deseja migrar para outra forma jurídica? Se o seu cliente deseja migrar para outra forma jurídica, não será necessário efetuar a baixa da empresa. Neste caso, poderá ser feita a migração da empresa mantendo o mesmo CNPJ. Passo a Passo - Aprenda a Realizar a Migração do MEI para o Simples Nacional O seu cliente deseja baixar/cancelar a empresa? Além da realização da baixa no Portal do Empreendedor, para efetivar esse processo é preciso cumprir algumas obrigações acessórias: Realizar a Declaração (DASN) - Situação Especial Pagar as guias (DAS) em atraso e a relativa ao mês de baixa Lembre-se que quem fizer a baixa da empresa até 30/04 terá até 30/06 para entregar a Declaração de Situação Especial. Se a baixa for realizada em qualquer outra data, a entrega da Declaração deverá ocorrer até o último dia útil do mês subsequente. Passo a Passo – Aprenda a Efetuar a Baixa do Microempreendedor Individual Passo a passo - Aprenda a Fazer a Declaração Anual do MEI (DASN)
May, 2019
Saiba como avaliar se sua empresa está dando lucro ou prejuízo
Qual é a melhor forma de saber se o meu negócio dá lucro? Muitos empresários acreditam que a resposta é: fluxo de caixa. Mas, o que muitos não sabem, é que esse recurso, que mede a situação financeira do empreendimento, mostra que o empresário pagou todas as despesas do negócio, porém, não esclarece se ele teve lucro ou não. Em outra situação, pode indicar que ele sofre financeiramente com o caixa apertado, no entanto, não conclui com exatidão se o negócio está operando com prejuízo ou em ascensão. Para avaliar se a empresa está dando lucro ou prejuízo, é essencial apurar o resultado. Trata-se de uma forma de gestão econômica, fácil de ser adotada e que possibilita conhecer os números no fim de determinado período, que pode ser um mês, trimestre, semestre ou ano. A apuração de resultado ajuda a identificar falhas na gestão financeira do negócio, que podem estar na precificação inadequada, nos custos e despesas variáveis ou nos custos e despesas fixas. Por meio dela, é possível determinar o ponto de equilíbrio para que o empreendimento seja economicamente sustentável e gere lucro. Mas, como apurar o resultado mensal? O resultado mensal consiste na diferença entre tudo aquilo que foi vendido e usado durante determinado período. A avaliação pode ser aplicada tanto no encerramento do último mês quanto no planejamento de meses seguintes, em negócios de qualquer segmento. Porém, um resultado mensal negativo não significa exatamente que a empresa está operando com prejuízo, pois existem fatores sazonais que interferem nos resultados, a exemplo das sorveterias que abrem durante o inverno; das fábricas de ovos de chocolate, no período que antecede a Páscoa; e do agronegócio, que depende das épocas de safra para faturar. Portanto, para uma avaliação adequada de lucro ou prejuízo, a apuração de resultado deve ser feita por um período mínimo de seis meses. Para obter uma informação confiável a partir da apuração de resultado, é fundamental que a empresa mantenha seus controles financeiros organizados e atualizados: controle de estoque e controle de despesas fixas, retiradas pró-labore e todas as vendas do mês, independente se foram ou não recebidas. O empresário deve atentar-se para os dados que entrarão no cálculo, uma vez que a utilização incorreta dos números pode comprometer toda a informação. O primeiro equívoco a ser evitado é confundir faturamento com recebimento. Um erro muito comum é incluir no faturamento, que reflete o total de vendas realizadas no mês, o que foi recebido, como pagamento de vendas a prazo, feitas em meses anteriores. Outro erro recorrente refere-se aos custos variáveis. Não se deve incluir no custo da mercadoria vendida tudo aquilo que foi adquirido pela empresa - essa informação refere-se, apenas, aos valores dos produtos que foram vendidos. No entanto, muitas empresas não fazem controle de estoque e, ao invés das vendas, utilizam os dados das compras realizadas no mês de forma inadequada. Com a apuração de resultado é possível verificar como andam os esforços de melhoria da empresa e medir o seu desempenho, obtendo indicadores, como margem de contribuição, ponto de equilíbrio e lucratividade, que são importantes para avaliar quais ações práticas podem ser adotadas em caso de prejuízo. Beatriz de CarvalhoAnalista do Sebrae Minas
June, 2017
Aprenda a calcular o capital de giro da sua empresa
Quando uma empresa inicia as suas atividades, recebe dois tipos de investimentos. Um deles é considerado como investimento fixo para investir em itens do ativo imobilizado (aquisição das máquinas, móveis, imóvel, etc.). A outra parte dos investimentos vai compor uma reserva de recursos para ser utilizada conforme as necessidades financeiras da empresa ao longo do tempo (capital de giro). Esses recursos ficam alocados nos estoques, nas contas a receber, no caixa ou na conta corrente bancária. Capital de giro é o conjunto de valores necessários para a empresa fazer seus negócios acontecerem. Em geral de 50 a 60% do total dos ativos de uma empresa representam a fatia correspondente a este capital. O estoque de uma empresa é formado e mantido em função das necessidades do mercado consumidor e está sempre sofrendo mudanças de investimentos. Quanto maior a necessidade de investimento nos estoques, mais recursos financeiros a empresa deverá ter, o que justifica a importância do capital de giro. Além disso, quanto mais prazo você oferece ao cliente ou quanto maior for a parcela de vendas a prazo no seu faturamento, mais recursos financeiros a empresa deverá ter. Portanto, as decisões de compras e vendas não podem ser tomadas sem nenhum critério. O empresário deve fazer uma análise dos recursos financeiros da empresa disponíveis. Se o recurso não existe, a empresa terá que optar por empréstimos, o que acarreta em pagamentos de juros, diminuindo a margem de lucro do negócio. Administrar o capital de giro da empresa significa avaliar o momento atual, as faltas e as sobras de recursos financeiros e os reflexos gerados por decisões tomadas em relação às compras, vendas e à administração do caixa. Fatores que levam à diminuição do capital de giro Redução de vendas Crescimento da inadimplência Aumento das despesas financeiras Aumento de custos Cálculo do capital de giro Normalmente, o capital de giro líquido (CGL) é influenciado pelo volume de vendas, compras, custo das vendas, prazos médios de estocagem e pagamento de compras. O capital de giro líquido e o fluxo de caixa estão diretamente ligados. Fórmula do capital de giro líquido: CGL = AC – PC AC: ativo circulante (caixa, bancos, aplicações financeiras, contas a receber, etc.)PC: passivo circulante (fornecedores, contas a pagar, empréstimos, etc.) A determinação do volume dessa reserva financeira deve levar em conta o grau de proteção que se deseja para o capital de giro. Para calcular o Capital de Giro você precisa: Manter um fluxo de caixa detalhado Saber os recursos (lucro) da empresa Definir o tempo de duração do recurso para sua constante reposição Dicas para prevenir a insuficiência do capital de giro Mantenha o controle da inadimplência Renegocie dívidas para o longo prazo Reduza custos e despesas O capital de giro pode auxiliar os pequenos empreendimentos por meio de uma estratégia econômica sólida e eficaz, para que o empreendedor tenha recursos para aplicar em outros empreendimentos ou investir ainda mais em seu negócio.