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Empreendedorismo | NEGÓCIO
Como aumentar a eficiência reprodutiva de vacas leiteiras?

A eficiência produtiva é uma meta muito importante para a produção de leite, já que indica mais animais no rebanho.

· 10/02/2023 · Atualizado em 10/02/2023
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A eficiência reprodutiva é um aspecto importante para a lucratividade dos produtores rurais que lidam com bovinos — não só para aqueles que criam exclusivamente com a intenção de abate, mas principalmente para os que produzem leite.

Por isso, investir em métodos de criação e tecnologias que auxiliem o aumento dessa taxa é essencial para esses produtores. Mas como fazer? Neste texto, vamos apresentar algumas dicas para melhorar a eficiência reprodutiva. Confira!

Qual é a importância da reprodução de vacas leiteiras?

Quando falamos de uma boa reprodução das vacas leiteiras, também estamos nos referindo à rentabilidade. Afinal, a eficiência desse processo é um sinal de aumento progressivo do rebanho, mesmo com as possíveis taxas de descartes.

Além disso, não podemos esquecer que o desempenho da reprodução tem uma relação direta com a quantidade de leite diário, logo, quanto melhor for, mais chances de manter uma produção eficiente.

Quais são os índices para avaliar a eficiência reprodutiva?

O monitoramento da reprodução desses animais não é algo recente. Ao longo das décadas, por perceber o impacto dessa medida para a lucratividade do negócio, muitos estudos foram realizados, trazendo diferentes formas de mensurar quando o nível de reprodução de um rebanho é satisfatório.

Para ajudar você, separamos algumas das principais taxas usadas. Confira!

Detecção de cio

Essa taxa serve para avaliar quantas vacas estão no cio em seu rebanho. Para detectar, é necessário ter funcionários disponíveis, pois é preciso checar os animais, no mínimo, três vezes ao dia por 20 a 30 minutos.

Sabemos que o número é alto quando a porcentagem é de 60 a 70% para todas as vacas do rebanho. Agora, se a taxa for menos de 40%, é importante o produtor reavaliar o manejo, pois alguma coisa está acontecendo.

Taxa de prenhez

Primeiro, para entender como funciona essa taxa, é fundamental saber o que significa o termo “vacas elegíveis”. Essa classificação corresponde a fêmeas vazias, que já passaram do tempo voluntário de espera, e há a possibilidade de ficarem prenhas.

Sendo assim, a taxa de prenhez busca identificar se as vacas elegíveis estão mesmo em condições de engravidar no período. Para encontrar a porcentagem certa, é necessário multiplicar a detecção de cio mais a taxa de fecundação. O objetivo é que o número ultrapasse 20%.

Período de serviço e intervalo de parto

Aqui, a contagem está relacionada ao número de dias, isto porque o período de serviço é a quantidade de dias entre o parto e o início de uma nova gestação. O ideal é que isso leve em média de 50 dias a 5 meses.

Já quando se trata do intervalo entre os partos, o ideal é um período de 13 a 14 meses para grupos de alto desempenho. Esse tempo de espera é importante, pois pode significar mais fertilidade na inseminação, além de diminuir o número de vacas recém-paridas com problemas. Por outro lado, há menos bezerras e produção de leite diário.

Descarte por problemas na reprodução

Existe um número ideal para o descarte de vacas por falhas na reprodução. A quantidade ideal é de uma para cada três fêmeas nessas condições. No entanto, é bem comum que esse número exceda em muitas fazendas.

Se isso estiver ocorrendo, é um indicativo de que é preciso avaliar as condições do rebanho como um todo. Por exemplo, as técnicas de inseminação, o nível de fertilidade do sêmen, a sanidade dos animais, a alta consanguinidade, entre outros.

Como aumentar a sua eficiência de reprodução?

A boa notícia é que assim que conseguimos avaliar o rebanho e entender quais são os problemas que afetam os animais (e até o modo como são cuidados), é possível encontrar soluções e, assim, aumentar a eficiência reprodutiva.

A seguir, separamos as principais formas. Continue!

Atenção à qualidade do sêmen

É comum que, quando se trata de reprodução, a atenção geral fique nas fêmeas, especialmente, em dar condições para que o período de parto seja o melhor possível. No entanto, os machos também precisam de cuidados, até porque representam 50% do sucesso da reprodução, em particular, na qualidade de seu sêmen.

Algumas técnicas, como o armazenamento e descongelamento da substância, pode afetar a sua qualidade. Além disso, são outros fatores a sanidade e o nível de fertilidade para a monta natural dos touros.

Se a inseminação artificial é um recurso bastante utilizado na sua fazenda, é importante avaliar a qualidade das centrais, principalmente em relação à fertilidade. Também deve-se ter muito cuidado com a técnica de descongelamento, sempre evitando que o sêmen seja exposto à temperatura ambiente.

Capacitação adequada dos inseminadores

Uma parte importante da inseminação é o desempenho dos inseminadores, já que eles são responsáveis pelos bons resultados da taxa de serviço e concepção. Afinal, entre os trabalhos desses profissionais está a observação do cio e a execução da inseminação e a deposição do sêmen. Eles também devem ser responsáveis pela higiene tanto dos materiais quanto dos animais nesse processo.

Portanto, é fundamental o contrato de pessoas especializadas, funcionários que tenham formação para cuidar de todos os processos, pois eles têm relação direta com a efetividade da reprodução.

Implementação de protocolos hormonais

Essa é uma estratégia essencial para aqueles que precisam lidar com o baixo nível de cio no rebanho. Existem algumas técnicas relacionadas a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF ) que utilizam manipulações hormonais para estimular e sincronizar o cio e a ovulação. Dessa forma, fica possível determinar horários para a inseminação.

No entanto, é importante ressaltar que o uso de protocolos hormonais não funciona de forma eficiente em qualquer tipo de rebanho, apenas naqueles em que a taxa de detecção de cio é menor do que 50%. Porém, independentemente disso, é recomendado realizar uma avaliação para implementar a IATF da maneira correta.

Investimento em cuidados para a sanidade dos animais

Existem algumas doenças que afetam diretamente o comportamento do rebanho. Por isso, a observação será o primeiro cuidado para descobrir se os animais não estão bem. Por exemplo, existem doenças que causam cios repetitivos, abortos e até a morte dos embriões.

Em rebanhos que são confinados é bastante comum a doença do casco, que, por sinal, impede que o cio aconteça. A mastite clínica é outra enfermidade que leva à mortalidade embrionária por causa da hipertermia.

É muito comum que a repetição de cio ou as falhas no desenvolvimento do feto seja um indicativo de doenças como brucelose, diarreia viral, leptospirose, campilobacteriose etc.

Quais tecnologias podem ajudar nesse sentido?

Além das técnicas, é muito importante que o produtor rural conte com a ajuda da tecnologia. Até porque só o bom tratamento externo aos animais não é o suficiente para que as taxas de reprodução sejam eficientes. Neste contexto, algumas manipulações internas, como o uso da biotécnica, são essenciais.

Melhoramento genético

Em alguns casos, o maior problema da baixa taxa de reprodução está ligada à própria genética do animal. Por isso, é necessário uma intervenção mais profunda, que inclui a modificação genética, para que as próximas linhagens sejam melhores.

Sendo assim, existem duas formas de pôr em prática o melhoramento genético. Primeiro, por meio de técnicas biotecnológicas, segundo, incentivando a monta com animais que tenham as características genéticas desejadas.

Transferência de embrião

Essa é uma das técnicas utilizadas para aqueles que querem fazer o melhoramento genético. Ela consiste em estimular o hormônio dos ovários de vacas com uma boa genética e realizar a inseminação artificial, obtendo embriões para serem transferidos para outra fêmea.

Logo, a vaca com boa genética é capaz de produzir de 10 a 20 bezerros contra apenas um que ela teria normalmente. É uma técnica muito boa para fins comerciais de bons materiais genéticos.

Fertilização em vidro

Também conhecida como FIV, é uma maneira de acelerar a geração de bezerros com bom material genético. Ela acontece da seguinte forma: primeiro, se coleta os ovócitos das fêmeas e o sêmen dos machos. Esse material é levado para o laboratório e fundido no local, formando o embrião, que é transferido para os receptores.

Inseminação artificial

Por fim, a inseminação artificial é uma técnica um pouco mais simples, que consiste no depósito do sêmen de forma artificial no corpo da vaca. Claro que, para dar certo, é necessário que a fêmea esteja no cio.

Para a implementação correta dessa técnica, é fundamental o acompanhamento dos ciclos de cio, além de um sistema de identificação das vacas.

Para os produtores de leite, é importante compreender que a eficiência reprodutiva do seu rebanho é fundamental para obter o sucesso e, obviamente, lucratividade. No entanto, esse processo é muito mais complexo do que apenas esperar a época da monta desses animais.

Quando o assunto é sucesso na produção de leite, é essencial o monitoramento dos períodos de cio, além de atenção com os aspectos genéticos, pois eles influenciam muito na eficiência reprodutiva. Por isso, utilizar tecnologias que ajudem a acompanhar o rebanho e a tornar os processos reprodutivos mais eficazes é crucial nesse momento.

Este texto foi útil para você? Entendeu como a eficiência reprodutiva das vacas é fundamental para o aumento da produção de leite? Continue aprendendo e acesse o nosso post sobre a importância da presença digital!


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