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As empresas brasileiras já ocupam um espaço relevante no mercado interno. A participação do software nacional é largamente predominante nos mercados em que atuam as empresas classificadas como voltadas aos serviços de baixo valor agregado, segmento em que se observa baixa intensidade tecnológica, reduzidos ganhos de escala e limitadas externalidades de rede.

No segmento de serviços de alto valor, existe uma participação equilibrada entre as firmas nacionais e estrangeiras na composição da receita operacional.

Políticas públicas relativas ao setor devem ser centradas no aumento do porte médio das empresas brasileiras, aspecto crucial para a inserção competitiva destas nos segmentos mais produtivos e tecnologicamente mais complexos.

Um instrumento para tal, como, por exemplo, o estímulo a fusões e a aquisições contribuiria não apenas para a ampliação da participação de mercado das empresas brasileiras, mas, sobretudo, para suas estratégias inovadoras e de imposição de padrões tecnológicos.

Há espaço para uma adequada coordenação entre as diversas políticas públicas e a valorização da função fomentadora por parte das compras governamentais nos segmentos mais dinâmicos do mercado.

As empresas que adotaram sistemas de certificação de qualidade de software têm probabilidade maior de exportar. As variáveis produtividade, orientação ao cliente e escolaridade média do trabalhador também se mostram positivamente associadas à probabilidade da firma de software se tornar exportadora.