Apostar nesse nicho de mercado é um grande diferencial competitivo para quem quer empreender sem abrir mão da sustentabilidade
Uma empresa ecoeficiente é aquela que reduz os impactos ambientais nos sistemas de produção através de práticas de redução e otimização.
A ecoeficiência tornou-se um dos grandes fatores de competitividade entre as empresas, já que os consumidores tem optado por produtos e serviços que não causam impacto ambiental.
Os negócios sustentáveis fazem parte de um novo modelo empresarial, pois produtos e serviços ambientais baseiam suas estratégias na adoção de práticas que favoreçam o meio ambiente, abrangendo todo o ciclo de vida do produto - da matéria-prima à eliminação.
As práticas sustentáveis geram benefícios econômicos e sociais sem a necessidade de altos investimentos.
Por meio da mudança de postura, as empresas podem reduzir custos e desperdícios na produção, aumentar a eficiência da gestão e fortalecer a marca.
A mudança não é somente estrutural, mas comportamental, já que o negócio deve adotar procedimentos éticos, principalmente na forma como lida com seus colaboradores.
Benefícios da produção e consumo sustentável
- Resguardar o meio ambiente
- Estimular a redução das emissões
- Fomentar compras públicas sustentáveis por meio da oferta de bens sustentáveis
- Desenvolver a competitividade das empresas brasileiras
- Fomentar a inovação sustentável no setor produtivo brasileiro
- Estimular os consumidores ao consumo sustentável
Segundo a Green For All, organização americana que estuda e promove a economia sustentável, os 10 tipos de negócios sustentáveis com mais chances de sucesso são:
- Alimentação - Produtos orgânicos
- Energia - Placas de energia solar
- Transporte - Conserto e venda de bicicletas
- Varejo - Roupas com algodão orgânico e sem corantes
- Limpeza - Produtos de limpeza ecológicos
- Reuso - Renovadora de roupas e móveis
- Construção - Telhados verdes, tijolo ecológico
- Paisagismo - Adequação de layout de edificações
- Tecnologia - Consultorias e análises de gastos energéticos em data-centers, reciclagem de produtos eletrônicos
- Financiamento - Fundos de investimento para empreendedores sociais, organizações de microfinanciamento
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A sustentabilidade tem se solidificado nos últimos dez anos como a força propulsora de novos modelos econômicos que se pautam no equilíbrio de valores financeiros, sociais e ecológicos. No palco das mudanças para uma economia sustentável, estamos assistindo ao protagonismo crescente dos pequenos negócios. As pequenas empresas são a parcela da economia que mais cresce no cenário mundial e que garantem o maior contingente de empregos. Sua operação, a maioria na área de serviços e uma menor parcela na área de manufaturados, afeta os sistemas ecológicos e sociais. Segundo o estudo Challenges and Opportunities for SMPs and SMEs (Desafios e oportunidades para pequenas práticas e pequenos negócios) realizado pela IAC International Accountants Federation (Federação Internacional de Contabilidade), os pequenos negócios têm enfrentado pressão crescente na relação com o meio ambiente, pois fazem parte da cadeia produtiva que gera impactos importantes na biosfera. Ecoeficiência O termo ecoeficiência foi lançado em 1991 pelo WBCSD (World Business Council for Sustainable Development) e diz respeito ao uso inteligente dos recursos. Uma empresa ecoeficiente é aquela que reduz os impactos ambientais nos sistemas de produção através de práticas de redução e otimização. As práticas geram benefícios econômicos e sociais sem a necessidade de altos investimentos, pois podem apresentar resultados com redução de custos, menos desperdícios e mudanças nos procedimentos. Diante disso, por enfrentarem limitações em seus investimentos, os pequenos empreendimentos podem tornar-se ecoeficientes por baixos custos e ao mesmo tempo, ganhar imagem pública favorável.
Dezembro, 2018
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Boas práticas geram benefícios econômicos e sociais sem a necessidade de altos investimentos.
Dezembro, 2018
Como destravar a inovação na sua empresa
Inovar é um verbo utilizado em inúmeras áreas, dentro de contextos diversos. Inovar significa introduzir novidade dentro de um sistema preestabelecido. Primeiramente, é necessário distinguir os conceitos de inovação e de invenção. Uma inovação é respaldada por uma invenção. Porém, nem toda invenção culmina numa inovação. O inventor pode perfeitamente criar algo novo, mas se sua criação não produzir valorização econômica, não podemos dizer que se trata de uma inovação. Aliás, inúmeras invenções sequer chegam ao estágio da valorização econômica. Ao vermos o sucesso fulgurante de certas empresas inovadoras como a Apple ou o Google, somos imediatamente convencidos dos benefícios da inovação. Contudo, grande parte das empresas ainda inova pouco, ou mesmo evita inovar (de maneira radical, em todo caso). Ao contrário do que parece, essa escolha é racional. A verdade é que o processo de inovação é extremamente custoso. Custoso em despesas de P&D para a criação de um novo produto, em novos equipamentos para produzi-lo, em investimentos variados para a utilização de novos materiais no processo produtivo, bem como para a implantação de um novo processo ou de uma nova organização do trabalho. Além disso, a inovação pressupõe, entre outras medidas, a reorganização da cadeia de suprimentos, o recrutamento de novas competências e o lançamento de campanhas de comunicação que irão abrir lugar no mercado para o novo produto. Além de custosa, a inovação é arriscada. O risco da inovação é essencialmente comercial. Os novos produtos podem não encontrar seu público, pois perturbam os hábitos de consumo do cliente, que se vê mais desconfiado do que entusiasmado perante a novidade. As inovações comportam, paralelamente, riscos técnicos. Não é incomum que uma nova tecnologia precise vencer sua própria fragilidade e suas imperfeições antes de ser completamente dominada. Inovar para não morrer A pressão dos concorrentes diretos é, obviamente, a principal razão dessa obrigação de inovar, que se confunde com a obrigação de se manter competitivo num mercado dinâmico. A maioria das empresas, em particular as de micro e pequeno porte, adapta-se a inovações concebidas e desenvolvidas por terceiros. Mas não podemos pensar que existe uma inovação passiva. A adoção de uma inovação existente no mercado sempre exigirá um esforço individual, mesmo que reduzido, de adaptação e de aperfeiçoamento. Dito de outra forma, a nova tecnologia ou o novo produto acarretarão, certamente, uma evolução do processo produtivo, da organização do trabalho e da estrutura de competências da empresa. Habilidades necessárias para inovar Habilidades científicas e técnicas: capacidade de gerenciar, adquirir e criar conhecimento e tecnologias inovadoras Habilidades de mercado: conhecimento e antecipação do mercado-alvo para produzir as inovações que ele espera Habilidades de integração ou combinação: permitem à empresa reunir e combinar disciplinas e aptidões para criar novas aplicações ou novo conhecimento Habilidades organizacionais: capacidade da empresa de se transformar no intuito de se adaptar à mudança Habilidades gerenciais: capacidade da organização (e de seus dirigentes) de colocar a criatividade e a inovação no centro da estratégia empresarial As habilidades necessárias para a produção de inovação são múltiplas, mas todas requerem que as empresas sejam capazes de explorar, de maneira eficaz, os recursos disponíveis para imaginar o novo. A empresa inovadora é uma empresa que, mesmo estando segura de sua própria identidade, continua aberta às mudanças e às propostas vindas do ambiente externo. Os colaboradores se reconhecem nesta identidade inovadora e compartilham de seus valores. Da mesma maneira, a importância da governança não deve ser negligenciada. As empresas mais inovadoras são comandadas por dirigentes com perfis empreendedores, que ousam tomar decisões estratégicas audaciosas para redefinir os rumos do negócio. 10 conselhos para estimular a inovação na sua empresa 1. Dê o primeiro passo Dê o exemplo e encoraje a inovação junto dos empregados. Faça da inovação uma prioridade estratégica. Seus colaboradores têm um enorme potencial de inovação, mas é preciso catalisar a criatividade deles. 2. Evite o pensamento vertical, reflita horizontalmente Ideias frutíferas não são exclusivas de uma função ou de um cargo. Boas ideias se encontram em todos os cantos e níveis da empresa. Elimine os intermediários e deixe que elas circulem livremente. 3. Atribua a responsabilidade da inovação a uma pessoa Isso não significa que esta pessoa deva inventar tudo sozinha. Porém, ela deverá se assegurar de que suas ideias interessantes serão desenvolvidas. 4. Nunca diga “não” logo de início Novas ideias podem ser inconvenientes. Mesmo assim, elas merecem uma chance. Uma ideia totalmente irrealista gerará, quem sabe, outra muito mais forte e estruturada. Inovar é "sair dos trilhos". 5. Dê tempo à inovação Equipes permanentemente sobrecarregadas não podem ser mobilizadas para inovar. Dê aos colaboradores o tempo necessário para que pensem em soluções inovadoras. 6. Dê lugar à inovação Dedique à inovação um espaço reservado que possa ser livre e permanentemente acessado por todos os colaboradores da empresa. 7. Crie uma rede de relacionamentos propícia à inovação Busque a inspiração na fonte. Relacione-se com pessoas que têm uma visão original do ofício. Seja curioso. Interesse-se pelo trabalho de certos pesquisadores, acompanhe a evolução de spin-offs ou de outras empresas inovadoras. Elas são o combustível da sua criatividade. 8. Envolva clientes e fornecedores Clientes e fornecedores podem lhe fornecer feedbacks preciosos. Escute-os. 9. Experimente Não espere que um projeto inovador esteja quase pronto para colocá-lo em prática. Aproveite o lançamento para testá-lo. 10. Ouse fracassar Ninguém é infalível. Recusar-se a errar ao menos uma vez vai contra todo o espírito da inovação. Inovar é render-se aos riscos, ainda que meticulosamente calculados. Manoel de Rezende Castello BrancoAnalista do Sebrae Minas