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O uso da energia elétrica para mover automóveis, caminhões, motos e até aviões vem crescendo em todo o mundo por conta do alarmante aquecimento do planeta, agravado pelos efeitos dos gases de efeito estufa. Seja por meio de baterias carregáveis na rede comum, seja pela incorporação da energia solar e eólica. Ou ainda na forma de veículos híbridos, que funcionam com um sistema elétrico e um motor de combustão interna (bicombustível ou combustível fóssil). 

Os grandes obstáculos ainda são o abastecimento, já que as baterias têm duração bem menor do que um tanque de gasolina ou álcool, e o alto preço dos veículos, que, espera-se, cairá com a disseminação da mobilidade elétrica, 

No Brasil 

No Brasil, já funciona a Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica (PNME), cuja finalidade é gerar práticas que garantam o desenvolvimento sustentável. A plataforma é composta por representantes do governo, indústria, sociedade civil e universidade, e cria metas de longo prazo, envolvendo o desenvolvimento tecnológico, mercado e políticas públicas. 

Uma novidade importante foi anunciada recentemente: a instalação da BYU, indústria chinesa especializada na fabricação de veículos totalmente elétricos e que ocupará a antiga propriedade da Ford em Camaçari, Bahia. Já existem no país cerca de 100 postos de recarga, a maioria, próximos a rodovias.

O funcionamento 

A mobilidade elétrica envolve, além da produção de veículos, as redes de abastecimento, fornecedores e estações de carregamento. A energia provém de fontes externas e é armazenada em baterias. Os sistemas também incluem conectores e tecnologias de integração, tecnologias híbridas e outros mecanismos de suporte.  

Os principais componentes dos veículos são baterias, tomadas de carga, motores elétricos, inversores que convertem corrente contínua em corrente alternada, transmissões e carregadores de bordo.  

As vantagens 

Além da proteção ao meio ambiente, a mobilidade elétrica propicia várias vantagens. Para começar, o custo da energia, que é inferior à dos combustíveis fósseis e tende a ser reduzido com a popularização do sistema. 

De acordo com especialistas, os veículos elétricos também apresentam cerca de 90% de eficiência energética. Já os motores de combustão interna têm eficiência de 30% a 40%. Ou seja, entre 60% e 70% de toda a energia produzida é dissipada na forma de calor, que aquece os motores. 

Os motores elétricos e os demais sistemas utilizados são mais simples que os dos veículos movidos à combustão, o que torna a manutenção mais fácil. E a tecnologia de mobilidade elétrica também está em evolução constante. Por exemplo, com o uso de novas baterias com íons de lítio, que permite maior aproveitamento.  

No caso dos veículos híbridos, nos perímetros urbanos, a emissão de gases poluentes pode chegar a zero.  

Energia solar 

A combinação entre mobilidade elétrica e energia solar forma uma das matrizes mais eficientes, baratas e sustentáveis já desenvolvidas. Isso porque a energia solar já é utilizada para gerar eletricidade em muitas residências e empresas.  

Instalar painéis solares para o abastecimento também dos veículos não é, então, difícil nem caro. E, também, ela escapa da flutuação dos preços da eletricidade fornecida pelas redes tradicionais. E mesmo que a energia elétrica não seja produzida em casa, o proprietário pode obter créditos junto à concessionária, que irão reduzir sua conta de luz.  

O futuro da mobilidade elétrica já é presente, não é mesmo? Então, que tal pensar em adotá-la em sua casa, empresa ou mesmo encarar essa nova cadeia como uma oportunidade de negócios? O Sebrae estará sempre ao seu lado!

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