Fique por dentro do modelo de negócio dos food trucks.
Vender comida de rua é uma das formas de renda mais populares em países em desenvolvimento, segundo a descrição da autora Bianca Chaer no livro "Comida de rua, o melhor da baixa gastronomia paulistana".
Embora seja uma atividade antiga, os modelos de venda de comida de rua começaram a inovar a partir da primeira década do século XXI, com a modalidade do food truck.
Eles voltaram à tona com a crise econômica norte-americana, que levou diversos restaurantes a fechar as portas. Sem opção, os chefs vislumbraram na rua a oportunidade de oferecer alta gastronomia a baixo custo.
No Brasil, muitos empresários viram a possibilidade de empreender e expandir seus negócios ou abrir um primeiro restaurante num modelo diferente, itinerante, sem a necessidade de adquirir ponto comercial ou outros encargos.
Sites de busca e compartilhamento pelas redes sociais são boas ferramentas para impulsionar o setor, que começou a organizar-se nacionalmente, visando a dar opções de alimentação saudável, rápida, barata e ainda como alternativa de turismo, com o oferecimento de comidas regionais.
Inicialmente, a cidade de São Paulo destacou-se pelo pioneirismo nesse setor, com muitos empreendedores copiando o modelo de sucesso em Nova York e outras cidades americanas.
O sucesso logo repetiu-se em outros estados, e hoje é possível encontrar food trucks em todos os estados brasileiros.
O que em princípio virou uma "nova moda" e até incentivou o empreendedorismo, hoje, já sofre com dificuldades no mercado. Assim como todo empreendimento, é preciso realizar uma boa análise de mercado antes de iniciar um negócio.
No entanto, como já mencionado, o modelo de negócio dos food trucks, que inicialmente era inovador, acabou ficando saturado pela grande quantidade de caminhões de pequeno porte, adaptados, que passaram a circular nas ruas das grandes cidades. A redução dos negócios decorreu, principalmente, da elevação dos preços finais dos produtos aos consumidores, empecilhos legais para circulação dos food trucks nas cidades e o despreparo de muitos empreendedores, que não possuíam a expertise necessária para conquistar e fixar espaço no mercado. Quem deseja entrar no mercado de food trucks ou mesmo apenas manter-se ativo, precisa ser inovador e diferenciado, sempre em conexão com os anseios dos consumidores.
O empreendedor pode, por exemplo, focar em eventos festivos e de negócios para conquistar seu público-alvo. Entre outros detalhes, focado nos clientes, o empresário pode trabalhar com embalagens práticas e de fácil manuseio para quem come de pé. Os produtos devem ser levados em porções, de forma que o processo de montagem não demore mais que cinco minutos. A rapidez, no entanto, não poderá comprometer a qualidade. Boa comida e tempo de espera adequado fazem a diferença na hora do cliente escolher onde comer.
A chave do sucesso é a constante inovação para que os pratos ofertados sejam sempre um atrativo aos olhos dos consumidores. Para sobreviver no mercado, o empreendedor deve prestar atenção aos movimentos da concorrência. Uma tendência é a migração do empresário do food truck para pontos fixos, porém, sem abandonar o projeto original, ou seja, o veículo somente é utilizado em ocasiões específicas e em complemento às atividades do restaurante fixo. Isso porque o ponto fixo facilita o pré-preparo dos alimentos e também agiliza serviços de entrega (delivery). Por exemplo, há cidades em que os food trucks se reúnem em determinados dias da semana em um local pré-determinado, sendo uma oportunidade para o empresário ganhar duplamente, no restaurante fixo e na unidade móvel. É importante destacar que a maioria dos empresários que não conseguiram sobreviver no mercado oferecia apenas um produto mediano, quando o correto seria tentar a diferenciação por meio da oferta de um produto e serviço superior ao oferecido pelos concorrentes.
Ao empreendedor iniciante e que não tenha experiência no ramo, uma ótima opção é passar uma pequena temporada em um negócio já estabelecido, de forma que possa entender o funcionamento do mercado, conhecendo fornecedores e a dinâmica do negócio, estratégia muito comum nas franquias. Além disso, é fundamental conhecer profundamente a dinâmica do mercado e a regulamentação vigente na localidade onde pretende se instalar.
Pode-se definir food truck como uma cozinha móvel, um restaurante sobre rodas, de dimensões pequenas, que transporta e vende alimentos de forma itinerante.
A infraestrutura necessária para montar um food truck deve ser planejada para poder atender às necessidades de preparação e comercialização dos alimentos, atendendo as exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) municipal e estadual, da Prefeitura, do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
A legalização de um food truck gera um gasto significativo e variável de acordo com a legislação local. Como empresa, é necessário ter registro na junta comercial do município, bem como solicitar o alvará de funcionamento na prefeitura municipal, que é pago.
Deve-se adquirir um CNPJ, realizando a inscrição junto à Receita Federal para efetuar o recolhimento de impostos. Um food truck pode ser compatível com a opção por um regime tributário como o Simples Nacional, na categoria MEI (microempreendedor individual), que comporta micro e pequenas empresas, também.
A maioria dos veículos é formada por trailers, furgões, caminhonetes ou caminhões adaptados. Os modelos e o custo para adequar-se às diversas legislações variam bastante, e o investimento pode, inclusive, superar o de pontos fixos.
O investimento pode variar de R$ 50 mil a R$ 70 mil ou chegar a montantes mais altos, em torno de R$ 200 mil, dependendo da tecnologia utilizada. No planejamento de qual veículo comprar, o empresário deverá levar em conta que tipo de produto deseja comercializar, quais equipamentos serão necessários dentro do veículo para garantir a segurança dos alimentos vendidos e quanto poderá investir, além das questões relativas à parte elétrica e hidráulica e ao material de divulgação da marca, como adesivagem e pintura.
O empreendedor pode comprar um modelo e adaptar conforme suas necessidades, ou adquirir um já pronto. Há, ainda, a opção de investir em uma franquia. Hoje, há diversos modelos de negócios sobre rodas (chopp truck, esmalteria sobre rodas, estande de vendas sobre rodas, spa, tatuagem, pet shop etc.), o que abre ainda mais mercado para adaptações de trucks entre diferentes segmentos.
O sucesso do negócio está diretamente vinculado às decisões estratégicas que o empresário deve adotar para não ser surpreendido pelas variações do mercado. Para tanto, o empresário necessita basear-se em um planejamento e revê-lo de tempos em tempos, bem como ter um apurado controle de seu processo produtivo, identificando os gargalos e pontos que oneram o produto final.
Uma boa sugestão é que o empreendedor invista em um sistema de controle que gere relatórios de vendas relativos para cada item do cardápio e a margem de contribuição como resultado final, por exemplo:
- Identificar qual é o alimento que está saindo mais, dado que indica a aceitação do público.
- Saber qual é a bebida mais solicitada.
- Conhecer o produto com menor saída – importante dado para que sejam coletadas informações junto aos consumidores, de forma que se defina a alteração de sua composição ou a descontinuidade de produção.
- Entender se determinado produto faz sucesso igualmente em todos os eventos e praças em que o empresário vende os produtos.
- Verificar se há variações nas vendas.
Essas informações são vitais para o controle de estoques, redução de custos, adoção de promoções pontuais, e até mesmo a remodelagem do negócio, garantindo sua sobrevivência.
O Sebrae elaborou a publicação "Food truck: modelo de negócio e regulamentação" para ajudar o empresário interessado nesse tipo de negócio.
São basicamente quatro principais pontos abordados: modelo de negócio, gestão e mercado, relação entre ambulantes e restaurantes, e, regulamentação.
Modelo de negócio
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Modelos de operação com trucks: revenda de alimentos elaborados previamente e venda de alimentos manipulados (finalizados) no food truck.
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Todos os trucks com a licença sanitária e o Termo de Permissão de Uso (TPU) podem trabalhar em área privada e pública. Em área pública, o local é previamente definido pela prefeitura (nos estados que têm legislação), enquanto em área privada é negociado entre as partes.
Gestão e mercado
Conhecer e planejar os diversos aspectos de mercado e também de gestão é fundamental para o estabelecimento do negócio e a manutenção da sua sustentabilidade. A adoção de práticas de gestão e busca por orientação em marketing e administração são atividades necessárias e determinantes para o sucesso do negócio. O Sebrae dispõe de soluções que podem apoiar você. Veja o calendário das soluções presenciais ou conheça nossos conteúdos e cursos sobre os mais diversos temas de gestão.
Food truck: relação entre ambulantes e restaurantes
O uso de espaços privados tem sido cada vez mais utilizado. O mercado de alimentação fora do lar é disputado por diversos tipos de atividades: ponto fixo, ambulantes, caminhões itinerantes, feiras, bancas, entre outros. Há necessidade de regrar os trabalhos com vistas ao sucesso de todos, sem que um impacte negativamente no outro e juntos melhorem a oferta gastronômica do Brasil.
Regulamentação
Legislação
Inicialmente, o Brasil tinha apenas dois estados (Rio de Janeiro e São Paulo) com legislação em vigor para cozinhas sobre rodas. Hoje, há outras cidades com leis que demarcam as condições de uso dos equipamentos, a necessidade do termo de permissão de uso, as obrigações dos permissionários, a exigência de seguir as legislações sanitárias existentes.
Além disso, está em tramitação um projeto de lei (216/19) que trata sobre a temática em âmbito nacional.
Sanitária
- Anvisa
No Brasil, há legislação de âmbito nacional (RDC 216 e RDC 49), que orienta todos os aspectos relativos às boas práticas. Todos os proprietários de food trucks devem seguir as normas e orientações, para que garantam a elaboração de alimentos seguros, livres de contaminação.
- Bombeiros
Para trucks, a segurança dos eventos está baseada no regramento da brigada de incêndio e no Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI) para eventos. A utilização de energia elétrica, gás e produtos químicos, se não for corretamente planejada e executada, poderá representar riscos ao proprietário que trabalhará no caminhão e aos clientes que estão próximos aos trucks, no momento das vendas.
Constituição da empresa
- Microempreendedor individual (MEI): é o empresário que fatura anualmente até R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais); é optante pelo Simples Nacional e não tem participação em outra empresa como sócio ou titular; tem no máximo um único empregado, que recebe um salário-mínimo ou o piso salarial da categoria profissional; e exerce uma das atividades elencadas na Resolução 58/2009, atualizada pela Resolução 78/2010, de acordo com a Lei Complementar 128/2008, alterada pela Lei Complementar 139/2011.
- Microempresa: são empresas que faturam anualmente valor menor ou igual a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais). O teto de faturamento tem como base os valores estipulados para adesão ao Simples Nacional (regime de tributação simplificado), conforme Lei Complementar 123/2006, alterada pela Lei Complementar 139/2011.
Legalização para veículos
É o único do setor de alimentação fora do lar que exige adequação às regras do Denatran. O planejamento da cozinha seguindo as regras existentes, assim como a realização das manutenções preventivas e programadas, garantirá o correto funcionamento do truck.
Há uma variedade gastronômica a ser explorada pelos food trucks: brigadeiro gourmet, hambúrgueres, crepes, tapiocas, tacos, massas, sanduíches naturais, sorveterias, comida vegetariana, entre outros. Além disso, os food trucks podem ofertar refeições completas, pensando em almoço ou jantares. Vale destacar que o correto posicionamento do produto em relação ao perfil do cliente que se pretende conquistar deve ser uma grande preocupação ao se planejar um negócio com alimentação.
Quando o food truck já está em operação e deseja conquistar novos clientes para aumentar o faturamento, uma dica é criar ou participar de eventos que promovam a cultura de comida de rua na localidade onde atua.
Ainda que seja um diferencial, trabalhar na rua também tem suas desvantagens. O clima, por exemplo, é um fator que influe no faturamento. E o consumidor já não vê novidade em comer sem conforto um alimento que ele encontra em um restaurante com o mesmo preço e qualidade: é preciso apresentar um produto autêntico, com preço justo e estrutura adequada para consumo. Além disso, a agilidade no atendimento é uma característica observada pelos clientes. Para facilitar o trabalho e reduzir o tempo de espera, os alimentos podem estar previamente preparados. A contratação de funcionários também deve ser pensada de maneira que a qualidade do atendimento não sofra interferência nos horários de pico. Outro aspecto que interfere na agilidade do atendimento é a limitação da capacidade produtiva, decorrente da utilização de equipamentos compactos. Muitas vezes, o consumidor desconhece essas particularidades. Com isso, em momentos de grande fluxo, é importante comunicar aos clientes de maneira clara a previsão de entrega do alimento pronto, evitando que esse tempo resulte em insatisfação.
Ideias de negócio
Com a ajuda do Sebrae, é possível descobrir todos os passos para implementar esse modelo, posicionar-se no mercado e conhecer de que forma organizar o empreendimento para ser bem-sucedido. Saiba como montar um food truck.
Vá além
Conheça alguns conteúdos relacionados que podem ajudar a montar e aprimorar o seu negócio:
- Cartilha do empresário: apoio à categorização dos serviços de alimentação (em PDF)
- Programa qualidade na mesa: melhoria na qualidade do atendimento para bares e restaurantes (em PDF)
Conheça alguns cursos a distância oferecidos pelo Sebrae:
Boas Práticas nos Serviços de Alimentação
Assista aos vídeos a seguir e fique por dentro do negócio
Conheça a Norma Técnica ABNT NBR 16700:2018 - Food truck - Adaptação, instalação, operação e manutenção - Classificação e requisitos, que estabelece a classificação de food truck, bem como os requisitos para adaptação veicular, instalação, operação e manutenção de food truck.
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Sat Nov 23 00:01:42 BRT 2024
Como vender mais na Black Friday: estratégias para o sucesso
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Sat Nov 23 00:01:34 BRT 2024
Baixe planilha gratuita de precificação para vender nos marketplaces
Quem decidiu expandir seus negócios para plataformas do tipo marketplace deve se ligar na precificação, ou seja, na definição do valor cobrado pelos produtos e serviços oferecidos. Cada um dos gigantes brasileiros do setor possui suas próprias regras, o que influencia a margem de lucro do empreendedor que busca a parceria. Saber qual preço cobrar é sinônimo de vender bem. Por isso, o Sebrae criou uma planilha pra ajudar o empreendedor a chegar no valor ideal para se manter na vitrine de uma grande loja virtual. A Calculadora de Marketplace ajuda a definir montantes justos, mantendo o equilíbrio para se negociar on-line com rapidez, visibilidade e, claro, mais retorno para o negócio. Quais são os custos para entrar (e ficar) no marketplace? O marketplace representa uma forma viável de alavancar seus negócios utilizando o serviço de grandes marcas com custos reduzidos. Mas eles existem, não é mesmo? Os principais são: Taxas sobre as vendas: é um percentual ou comissão sobre o faturamento com a venda de cada produto, que vai de 5,99% a 30%, dependendo do marketplace. Frete: quando o envio é feito pela operação do próprio marketplace, é cobrado um fixo que varia de acordo com a categoria e as características do produto, bem como com o relacionamento do vendedor com a plataforma. Além disso, é preciso estar em dia com a documentação que costuma ser exigida, principalmente pelas grandes redes de varejo, antes da autorização para vender no espaço virtual. Ex.: Inscrição na Receita Federal como pessoa jurídica (CNPJ); Certidões negativas de débitos tributários, trabalhistas e previdenciários; Contrato social atualizado; Aquisição de sistema para emissão de nota fiscal; Contrato assinado com a empresa de marketplace. É possível calcular os números ideais para operar em marketplace? A resposta é “sim”! E, para facilitar a sua vida, você pode baixar a planilha de precificação para marketplaces, que também pode ser chamada de calculadora de marketplace. Desenvolvida pelo Sebrae, ela é uma ferramenta de apoio na construção da estratégia de preços para a venda on-line de seus produtos/serviços. Quais são os requisitos para usar a calculadora de marketplace? Ao usar a calculadora de marketplace, é importante verificar: Os produtos que irá comercializar; A taxa da categoria dos produtos; Quanto pagará de frete; Qual a margem de contribuição desejada; Caso já venda em marketplaces, a quantidade de produtos vendidos para analisar e construir a melhor estratégica de margem x giro; Os preços praticados pelos concorrentes. Ah, vale lembrar que, com a Calculadora de Marketplace, você também poderá estimar o impacto dos descontos praticados. A planilha está em formato xlsx (planilha editável), bem simples de usar. E então, que tal descobrir agora mesmo se você está cobrando preços adequados pelos seus produtos? Onde eu encontro a calculadora de marketplace? Você está a um clique de ter a sua! Baixe AQUI a calculadora de marketplace do Sebrae e seja um craque na precificação! Quer mais informações sobre marketing em seu empreendimento? Participe do nosso grupo do Telegram. Telegram Sebrae Marketing Digital Conteúdos exclusivos sobre o mercado digital. Conecte-se com ideias e dicas de sucesso para o seu negócio.
Sat Nov 23 00:01:30 BRT 2024
Black Friday: vendas à vista ou a prazo?
Agendada oficialmente para o dia 29 de novembro, já é hora de preparar o seu negócio para a janela de oportunidades de vendas e de novos clientes que a Black Friday pode te proporcionar. Dito isso, fica o questionamento: incentivar as vendas à vista, oferecendo descontos ou oferecer as vendas a prazo para os clientes? Oferecer parcelamentos no crédito é, de fato, a opção que costuma atrair clientes em seus momentos de decisão de compra. Porém, essa é uma opção que deve ser pensada e acompanhada de perto por parte dos empreendedores, visto que a grande quantidade de parcelamentos pode causar desequilíbrio no caixa mensal e impactar o financeiro do negócio.
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Conheça o sistema de franquias
As franquias O sistema de franquias, devido ao grande número de marcas e redes hoje espalhadas pelo Brasil e pelo mundo, é familiar a todos nós. Mesmo sem estudar profundamente o assunto, sabemos que uma empresa, por ser franquia, tem o direito de utilizar a marca de outra e comercializar seus produtos e serviços. E gera no consumidor a expectativa de ver o mesmo modelo de negócio nos diversos locais onde ele se deparar com aquela marca. Mas não existe uma definição única para franquia. De forma simplificada, podemos dizer que é um modelo de negócio que consiste na concessão do direito de uso de uma marca fornecida pelo seu proprietário (o franqueador) a um investidor (o franqueado). Assim, ele pode replicar em diferentes locais um formato reconhecido e bem-sucedido de exploração de mercado. A franquia de negócio formatado (business format franchising) é a que melhor tem representado os sistemas comercializados atualmente. Esse modelo se caracteriza pela existência de um contrato no qual uma empresa detentora de uma marca ou patente (franqueador) utiliza o sistema de franquias para expandir seus negócios, concedendo a outros (franqueados) o direito de uso de sua marca ou patente e de exploração comercial do que tiver sido desenvolvido ou testado por ela. Para reproduzir corretamente o modelo e se beneficiar de um negócio experimentado e bem-sucedido, o franqueado deverá receber orientação para a instalação e a operação da unidade franqueada, mantendo o padrão exigido e remunerando a franqueadora pela concessão dos direitos e pela transferência desses conhecimentos. Termos utilizados O termo franquia é utilizado tanto para designar o sistema quanto a pessoa jurídica que participa de uma rede de franquias (a unidade franqueada). Já franchising é comumente empregado para se referir à estratégia de distribuição e comercialização de produtos e serviços. A seguir, veja outros termos que fazem parte desse modelo de negócio. Franqueador: pessoa jurídica detentora dos direitos sobre determinada marca ou patente que formata um modelo de negócio e cede a terceiros (franqueados) o direito de uso dessa marca ou patente e do know-how por ela desenvolvido, sendo remunerada por eles pelo uso desse sistema. Franqueado: pessoa física ou jurídica que adere à rede de franquias idealizada pelo franqueador, mediante o pagamento de um determinado valor pela cessão do direito de uso da marca ou patente e transferência de know-how, e se compromete a seguir o modelo por ele definido. Royalty: remuneração periódica paga pelo franqueado pelo uso da marca e pelos serviços prestados pelo franqueador. Geralmente é cobrado um percentual sobre o faturamento bruto. Taxa de franquia (franchise fee ou taxa inicial): valor único estipulado pelo franqueador para que o franqueado possa aderir ao sistema, pago na assinatura do pré-contrato ou contrato de franquia. Essa taxa também remunera o franqueador pelos serviços inicialmente oferecidos ao franqueado. Alguns franqueadores cobram um percentual da taxa de franquia no momento da renovação do contrato. Fundo de propaganda (ou fundo de promoção): montante referente às taxas de publicidade pagas pelos franqueados e pelas unidades próprias dos franqueadores e que deve ser utilizado para ações de marketing que beneficiem toda a rede. O franqueador, que costuma ser o administrador do fundo, deve prestar contas periódicas aos franqueados. Conselho de franqueados: tem caráter consultivo e é constituído pela franqueadora e por um grupo de franqueados, principalmente para a administração do fundo de propaganda. Circular de Oferta de Franquia: documento que, segundo a legislação brasileira, deve ser entregue pelo franqueador ao candidato a franqueado até dez dias antes da assinatura do pré-contrato, contrato ou pagamento de qualquer valor. Em resumo, ela deve ser entregue por escrito e ser redigida de forma clara, contendo as informações sobre a franquia, a rede de franqueados e tudo que será exigido do franqueado antes e após a assinatura do contrato. Contrato de franquia: documento que contém todas as regras da aquisição da franquia. Ele confirma a aceitação, pelo franqueado, de todas as regras, normas e taxas a serem praticadas. Território de exclusividade: delimitação do espaço geográfico onde determinado franqueado terá exclusividade de operação para que não haja concorrência desleal. Licenciamento de uso de marca x contratos de franquia Ainda que muitos empresários confundam contratos de franquia com licenciamento de uso de marca, algumas diferenças podem ser apontadas para facilitar esse entendimento. Os contratos de licenciamento, para que tenham validade perante terceiros, têm que ser averbados/registrados no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). No caso das franquias, a averbação é facultativa para contratos internos e só é necessária para os contratos cujos franqueadores sejam domiciliados no exterior. As franquias são regidas pela Lei 13.966/19, também conhecida como a Lei de Franquias. O seu contrato é mais complexo que o de licenciamento de marca, pois inclui a transferência de know-how e uma série de direitos e obrigações entre as partes, o que permite ao franqueado replicar o modelo de negócio. Assim, os contratos de franquia incluem o licenciamento da marca, mas não se resumem a isso. A Lei de Franquias determina que o franqueado receba a Circular de Oferta de Franquia (COF). Contratos de licenciamento podem ser questionados na Justiça e considerados uma forma disfarçada de franquia se incluírem a transferência de know-how e o cumprimento de exigências típicas dos contratos de franquia empresarial. Por essas e outras razões, tanto detentores de marcas e patentes quanto aqueles que desejam ter o direito de comercializá-las precisam saber claramente, na hora de redigir ou de analisar o contrato, se estão diante de um simples licenciamento do direito de uso da marca ou da transferência de um modelo de negócio formatado, neste caso, uma franquia. Negócio próprio? Ao optar pela abertura de uma empresa, os empreendedores devem se perguntar se desejam abrir um negócio próprio ou investir em uma franquia. Mas, para decidir, é preciso comparar. Em um negócio próprio, o empresário terá a liberdade e a responsabilidade integral pela decisão sobre o que, onde, por quanto, para quem e como vender. Caberá a ele ter a ideia, criar a marca e promover ações de marketing para lançá-la no mercado, definindo o perfil de cliente a ser atendido, escolhendo o ponto e os canais de venda a serem utilizados, buscando informações sobre a legislação pertinente e conhecendo o tamanho e as características do mercado em que pretende atuar. Todos esses fatores, aliados à afinidade com a atividade a ser desenvolvida e à sua competência gerencial, serão fundamentais para o sucesso do negócio. Se o empreendedor optar por investir em um modelo de negócio já existente, com a marca em início de expansão ou estabelecida no mercado, uma forma possível é aderir a uma franquia. Por sua característica de reprodução de um modelo testado, que já apresenta resultados, a abertura de uma franquia envolve menos riscos que um negócio próprio, embora não se possa falar em risco zero. Para participar de uma rede de franquias, o empresário precisará estar disposto a renunciar a parte de sua liberdade de atuação, uma vez que deverá seguir um padrão definido pelo franqueador e permitir que seja verificado o seu cumprimento. Por outro lado, além de receber suporte para a abertura da empresa, escolha do ponto e inauguração, ele será treinado para operar seu negócio. Saiba mais Conheça os modelos que fazem sucesso no mercado de franquias.
Sat Nov 16 00:02:21 BRT 2024
Como produzir vídeo marketing com orçamento limitado
O vídeo marketing é uma tendência do meio digital que tem crescido muito nos últimos anos. Mas um dos obstáculos de trabalhar com vídeo marketing é o valor do investimento necessário para produção, edição e divulgação do material. Essa estratégia pode ser usada em todos os momentos da jornada de compra do cliente (atração, conversão, fidelização). E também para outros objetivos como publicidade, educação, relacionamento, divulgação, bem como fortalecimento da autoridade e presença on-line. Investir em vídeo marketing é uma forma de acompanhar o hábito de consumo de conteúdo dos seus clientes, fazendo com que seu negócio esteja mais presente e se torne mais relevante. Além disso, é uma maneira de contribuir para o aumento das vendas e também para a reputação da sua marca. Para construir uma estratégia de vídeo marketing com pouco dinheiro, é preciso: 1. Definir objetivos específicos Um dos maiores erros do marketing digital é investir em um canal pelo fato de que a concorrência está investindo nele. Se você quer começar a trabalhar com vídeo marketing, é preciso compreender o problema que sua estratégia irá solucionar. A sua intenção é atrair mais clientes? Seu objetivo é ter visibilidade? Engajar mais seus clientes? Existe uma infinidade de soluções que o vídeo marketing pode oferecer para a sua empresa. Quando se tem um objetivo definido, fica mais fácil saber quais serão os recursos aplicados e como mensurar os resultados. 2. Construa um MVP para o projeto A qualidade da sua estratégia de vídeo marketing não está relacionada ao volume de dinheiro que você aplica, e sim à forma como você a estrutura. O MVP, ou Mínimo Produto Viável, é uma estratégia bastante utilizada pelo empreendedorismo em startups e em pequenas empresas. Seu objetivo principal é validar um modelo de negócio com baixo orçamento. A base do MVP, como o nome sugere, é começar com o mínimo para que o produto possa funcionar. À medida que os usuários apresentarem feedbacks, novas funcionalidades serão agregadas e o projeto será ampliado. Na sua estratégia de vídeo marketing, faça um brainstorm de tudo o que você gostaria de fazer. Em seguida, selecione apenas a funcionalidade básica para que seu vídeo possa ir ao ar. Com isso, você reduz o escopo do projeto e o risco de falhas. Você pode ir ampliando-o à proporção que ele der retorno. 3. Pense fora do YouTube Um dos grandes erros cometidos por quem começa a trabalhar com vídeo é limitar a estratégia apenas ao YouTube. O vídeo marketing engloba redes sociais, lives, webinars e outros formatos. O YouTube é, de fato, um espaço com audiência enorme, porém a concorrência é bastante acirrada. Pensar em outras plataformas permite que você construa estratégias mais eficazes. Você pode conversar com seus seguidores nos stories no Instagram e no Facebook, por exemplo. Essa ação simples aproxima a sua empresa do seu cliente. Construir um webinar educativo para seus leads também pode gerar mais vendas. 4. Utilize recursos internos Começar uma estratégia de vídeo marketing não exige, necessariamente, um estúdio de gravação ou equipamentos de última geração para que tenha sucesso. Tais equipamentos podem auxiliar na qualidade do vídeo, porém o que tem importância é o seu conteúdo. Priorize agregar valor ao usuário. Se o seu objetivo é aumentar a sua autoridade no assunto, por exemplo, peça que alguém da sua equipe produza pílulas educativas sobre produtos ou serviços. Além de passar maior credibilidade ao seu usuário, também valoriza seus profissionais e utiliza menos recursos financeiros. Buscando melhorar a satisfação do cliente, por exemplo, a equipe de vendas e a de marketing podem produzir vídeos listando as vantagens do produto. Podem oferecer dicas para que o consumidor utilize o item da melhor forma. Existem inúmeras possibilidades. Trabalhar com orçamento reduzido exige bastante planejamento, criatividade e foco. Mas, não é impossível. Pelo contrário, é uma oportunidade disponível para todos. Artigo escrito a partir do texto do Sebrae Minas: Como trabalhar vídeo marketing com pouco dinheiro Aproveite os cursos do Sebrae:Marketing digital para sua empresa: primeiros passos Marketing digital para sua empresa: reforçando sua presença
Sat Nov 16 00:02:16 BRT 2024
Como aplicar a ética digital no seu negócio?
Com o avanço das novas tecnologias, a ética digital se torna cada vez mais necessária. Novas ferramentas e softwares inteligentes, além dos algoritmos, estão transformando o mercado e as relações entre empresas e clientes. Entende-se por ética, no sentido amplo, o conjunto de princípios morais que guiam as pessoas. A ética digital diz respeito aos valores e princípios que uma empresa adota nas suas interações digitais. A segurança e a privacidade dos dados são discussões que podem ser feitas no âmbito da ética digital, por exemplo. As organizações precisam considerar, em primeiro lugar, o que é moralmente desejável para o cliente. Não pensar apenas no que a tecnologia pode fazer ou no que a regulamentação permite. Para muitas empresas, promover a ética digital deve começar com um processo de conscientização sobre o conceito. Outras ações que podem ser implementadas são: Aplicação de medidas para reduzir a corrupção interna; Exigência de civismo e ética na aprendizagem dos colaboradores; Realização de avaliações tendo a ética como um critério; Promoção de políticas de transparência e auditoria; Criação de incentivos para a ética nas decisões que impactam a sociedade. Separamos alguns pontos essenciais para o desenvolvimento da ética no negócio digital. Confira! A transformação digital ocorre de maneira rápida e o empreendedor deve cuidar da responsabilidade ética nos negócios para poder acompanhar tantas mudanças. As novas tecnologias trazem mais acessos e compartilhamentos, mas precisam ser utilizados em benefício do cliente, ou seja, com ética. Para saber mais, leia os textos a seguir: Como adotar práticas ESG e se tornar uma marca responsável Conheça a cultura da cooperação e descubra como ela atua
Sat Nov 02 00:01:13 BRT 2024
Cliente fidelizado quer desconto na Black Friday. Aproveite a data!
A Black Friday tornou-se um fenômeno de antecipação das vendas de final de ano, já que ela representa uma ótima oportunidade para satisfazer seus clientes. A busca por presentes somada aos índices de menor poder de consumo fazem da Black Friday um evento estratégico para o início das compras de Natal. Ações entre essas duas datas contribuem para a construção do relacionamento com os clientes, o que reflete em melhores resultados a curto e a longo prazo. O consumidor moderno está ainda mais engajado, consciente e disposto a realizar as suas compras de Black Friday através de canais digitais. Por isso, soluções de logística, como a compra on-line com retirada na loja física, são relevantes e eficientes. O principal foco deve estar não somente na atuação nos canais on e off-line, mas na integração para oferecer maior conveniência e uma experiência positiva ao consumidor. Certamente, os produtos mais procurados mudam conforme a faixa etária e outras variáveis de consumo, provocando escolhas voltadas à durabilidade, qualidade e propósito, com compras realizadas com forte convicção e melhor custo-benefício. Entender a movimentação dos principais setores para planejar a Black Friday e ter melhores resultados é fundamental. Mesmo que seu segmento não seja nenhum desses, não desanime e confira cinco estratégias para vender e fidelizar mais clientes nessa data. 1. Ofereça descontos para as próximas compras Muitos clientes aproveitam a Black Friday para antecipar as compras de Natal, mas é importante criar estratégias para que eles voltem o quanto antes à sua loja. Nesse sentido, embora atrair novos consumidores seja sempre bom, fidelizar os que você já tem traz muitos benefícios, além de ser mais barato. Uma boa estratégia para fazer o cliente voltar é utilizar-se de descontos para as próximas compras. Outra ação é a utilização de cashback, que retribui parte da arrecadação como descontos futuros. Assim, quando o cliente faz uma compra, ele recebe de volta uma parte do dinheiro gasto, impulsionando a fidelização. Também existe a possibilidade da colaboração entre empresas para a construção de programas integrados e divisão de base de clientes. Além disso, o compartilhamento de descontos e benefícios entre redes de contato pode ser uma ótima oportunidade por meio das seguintes ações: Compre na Black Friday e ative o desconto na compra do Natal. Indique um amigo e ganhe desconto. Presenteie um amigo para que ele ganhe desconto na próxima compra. 2. Aumente seu ticket médio Aproveite a oportunidade para estimular o aumento do ticket médio, seja por meio de kits promocionais, combinando produtos de maior e de menor margem, ou oferecendo descontos progressivos. Alguns critérios para escolher os produtos para a Black Friday: Os que têm maior margem para desconto. Os que estão parados no estoque. Os produtos “isca”, ou seja, que são baratos, vendem bem e são porta de entrada para outros itens. Conhecendo bem seus produtos e fazendo uma boa estratégia de precificação, ficará mais fácil pensar nesse mix. Apesar de qualquer ação promocional, a venda a qualquer custo não é uma alternativa. É essencial considerar que o momento de retomada é sensível para a maioria dos consumidores. E, nesse sentido, entender o que seu cliente busca e conseguir oferecer de forma pertinente o que ele precisa será uma das melhores dicas para uma venda adequada. 3. Envie mensagens para a sua base de clientes Abaixo, estão elencadas estratégias de comunicação e marketing que podem ajudar no impulsionamento das vendas de final de ano do seu negócio: Sem deixar de respeitar a Lei Geral de Proteção de Dados, trabalhe bem a comunicação com sua base de clientes, informando como sua loja participará da Black Friday, isto é, se será na loja física, nos canais digitais ou em ambos. Informe quais produtos terão condições diferenciadas e os requisitos para a ativação das promoções. Produza textos comunicando as promoções, usando cores fortes e bem impactantes, para combinar com o apelo que a data tem. Suas campanhas de Black Friday podem estar em vários canais (e-mail, redes sociais etc.), então escolha os que vai usar e crie um cronograma de divulgação. 4. Tenha uma presença ativa em suas redes sociais A busca por produtos costuma subir muito durante a Black Friday e nos períodos que a antecedem. Aproveite esse aumento de tráfego para ampliar sua base de seguidores e, assim, possibilitar um maior alcance de suas divulgações orgânicas nas redes sociais. Lembre-se de atualizar as capas de suas páginas com uma arte impactante. Aproveite os recursos do Facebook, como a inserção de vídeos na imagem de capa, para chamar a atenção dos seus seguidores e mostrar os produtos que estarão em oferta na Black Friday. Utilize o WhatsApp e o Telegram para fazer a manutenção do pré e do pós-venda. 5. Explore diferentes promoções Apesar do forte apelo para liquidações e grandes descontos, o cliente pode estar à procura de um bom negócio que não seja necessariamente o menor preço. Assim, é importante apresentar que o valor do negócio é interessante. O valor envolve tanto o custo do produto em si quanto o custo logístico, a segurança transacional, as garantias, a confiabilidade, a marca e o atendimento. Em resumo, o valor é algo percebido e o lojista deve se apropriar desse conceito em sua abordagem com o cliente. Atenção: Algumas lojas costumam adiantar suas campanhas de Black Friday, começando alguns dias ou semanas antes da data oficial. Se suas vendas forem exclusivamente on-line, não se esqueça de garantir que seu site irá funcionar perfeitamente nessa data, porque o fluxo de usuários provavelmente estará bem acima do normal. Aproveite a oportunidade e integre canais físicos e on-line. Não se esqueça de que é preciso considerar as orientações estabelecidas pelos órgãos de saúde para evitar aglomerações e manter as medidas de segurança no varejo físico - principalmente em relação a uma ativação promocional agressiva como na Black Friday. Qualidade no atendimento ao cliente sempre deve ser uma prioridade no seu negócio. No entanto, em datas especiais, você, empresário, deve estar com a atenção redobrada, já que a excelência no atendimento é o que garante a construção do relacionamento com o cliente a longo prazo. Veja também: Você está preparado para a Black Friday?
Fri Oct 25 11:01:06 BRT 2024
Você está preparado para as oportunidades da Black Friday?
A Black Friday tornou-se um fenômeno de antecipação das vendas de final de ano e, por acontecer em uma época lucrativa do ano, é importante preparar-se para o evento próximo às festas natalinas. A busca por melhores ofertas, promoções e descontos, filas enormes em lojas físicas e disputas presenciais por produtos estão entre algumas características dessa data. Nos últimos anos, as opções on-line passaram a fazer parte do evento com resultados significativos. Pensando nisso, o que o empresário pode fazer para se destacar nesse meio tão competitivo e lucrar bastante nessa época? Como lucrar mais na Black Friday? Primeiramente, é importante lembrar que o cliente busca promoções reais e relevantes. Vai se sair bem a empresa que realmente mostrar os benefícios e os descontos de seus produtos. Como muitas vendas são on-line, os clientes terão maior facilidade para comparar os preços atuais com os praticados anteriormente. Não vale tentar o famoso “metade do dobro”, pois muitos já estão fazendo busca de preços há algum tempo, monitorando produtos e verificando se as ofertas da Black Friday são realmente compensadoras. Além de ser honesto com seu cliente para manter a credibilidade da sua empresa, outro ponto extremamente importante é o planejamento. Por isso, invista tempo elaborando cada ação que você e a sua equipe irão executar. 1. Faça promoções sem ter prejuízo Pense sempre que você deve ter uma margem de lucro, mesmo com descontos. Nesse sentido, a análise de preço é essencial para que uma precificação incorreta dos seus produtos não lhe traga prejuízo. Para evitar as más práticas, pense em criar promoções reais, que você possa cumprir, oferecendo descontos planejados. 2. Ofereça descontos em compras adicionais Além dos descontos, você também pode utilizar outras formas de chamar a atenção do consumidor, até porque nem sempre é possível abaixar o preço dos produtos sem perder a margem de lucro. Uma boa alternativa é oferecer descontos para itens adicionais, incentivando novas compras. Quanto mais produtos o consumidor adquire, maior é o desconto, o que o instiga a levar algo que já desejava há tempo e que agora parece ser mais vantajoso. Veja outros tipos de promoção: Kits de produtos. Sorteios. Vendas adicionais. Garantia extra ou frete grátis. Cupons de desconto para outras compras. Brindes. 3. Prepare sua equipe Todos da empresa precisam saber exatamente quais serão as ofertas disponíveis para que estejam prontos para atender um número maior de clientes. Para empresas com poucos funcionários, destacar-se dos grandes concorrentes é um desafio, mas, com planejamento e treinamento adequado, as chances de dar certo são enormes! O atendimento precisa de atenção, tanto em lojas físicas quanto on-line, e deve ser especializado, atencioso, receptivo e, acima de tudo, humanizado. Essas ações podem ser seu diferencial no momento da venda. 4. Organize seu estoque Organize a quantidade de produtos que você terá disponível para a Black Friday, analisando previamente seu estoque para conseguir enxergar o que pode entrar em promoção ou quais itens são altamente procurados e podem atrair clientes. Você precisa ter produtos de acordo com a projeção de vendas para a data. Para um momento diferente como esse, é primordial que você revise o seu estoque para evitar problemas, como vender mais peças do que consegue enviar. Com planejamento, é possível fazer pedidos aos fornecedores com antecedência para evitar imprevistos e até aumentar a margem para negociações. 5. Planeje sua campanha de marketing O consumidor precisa saber que sua empresa oferecerá benefícios na Black Friday. Com ações planejadas e antecedência, sua empresa atingirá mais pessoas e não correrá o risco de divulgar seus produtos em cima da hora. Para esse planejamento, é preciso entender como seus consumidores estão se comportando, pois eles mudam frequentemente, principalmente com as opções tecnológicas. Além disso, abuse da criatividade e atratividade nos anúncios. Uma boa tática é criar expectativas do que terá no período de Black Friday, pois isso desperta a sensação de que algo especial está chegando. 6. Tenha metas Você precisa ter claro o que deseja alcançar para facilitar a definição do orçamento de campanhas e dos preços de venda dos produtos, estabelecendo metas e resultados que você deseja atingir durante esse período, como: Número e volume de vendas. Receita estimada. Engajamento de clientes atuais e potenciais. 7. Analise seus resultados de anos anteriores Se você já fez alguma promoção de Black Friday, veja o que deu certo, o que deu errado e o que trouxe mais retorno. Analisar métricas é sempre importante para não cometer o mesmo erro. É a sua primeira Black Friday? Não tem problema. Colete informações de ações promocionais anteriores, como o Natal ou outra data comemorativa. Também não tem esses dados? Então pesquise estatísticas e referências gerais do comércio brasileiro para conseguir se planejar melhor. E não se esqueça de medir todas as suas ações da Black Friday deste ano para utilizá-las como base no ano seguinte. Além de comunicar preços e descontos, tenha um plano B para seu planejamento e lembre que hoje os consumidores valorizam empresas que ofereçam vantagens e comodidades. Traga novidades, conteúdos e experiências para gerar engajamento positivo entre sua marca e os consumidores, a curto, médio e longo prazo. E não se esqueça das ações vinculadas a propósitos sociais e iniciativas sustentáveis, pois elas são vistas pelos consumidores de maneira positiva. Leia também o artigo: Cliente fidelizado quer descontos na Black Friday e aproveite a data para vender mais e melhor.
Fri Oct 25 10:15:11 BRT 2024
Conheça o crédito direto e aumente suas vendas na Black Friday
Se você teve um baixo volume de vendas no primeiro semestre de 2024, a Black Friday é o momento ideal para potencializar suas vendas. Mas, antes de gerar expectativa de venda, prepare a sua empresa para esta data com organização e planejamento. Para vender mais, é preciso pensar em estratégias que consideram o cenário atual e atendam o maior número de clientes possível. Você já ouviu falar do crédito direto ao consumidor? O crédito direto ao consumidor (CDC) é um tipo de financiamento ou linha de crédito que facilita para os consumidores a aquisição de produtos ou serviços, de forma parcelada. Alternativa de compra O CDC pode ser feito tanto por uma instituição bancária como para uma instituição particular. O exemplo mais antigo e popular de CDC é quando o cliente vai a uma loja e compra algum item como um eletrodoméstico, por exemplo, para pagar pelo carnê. O carnê é um tipo de crédito ao consumidor. A principal caraterística dessa alternativa de compra é proporcionar ao comprador que leve a mercadoria antes do pagamento total pela compra. É um empréstimo parcelado no qual o produto ou serviço é pago mensalmente. Cuidados antes da venda Para o empreendedor, é fundamental que ele faça uma análise de crédito associada ao perfil do seu cliente. Vale consultar o Serasa para verificar se há dívidas ativas no nome do comprador, pedir referências e, até mesmo, acordar o número de parcelas e valor dos pagamentos. Cada instituição tem a sua política de contratação, cabe à gestão definir quais serão os seus critérios, assim como a sua tabela de juros. Crediários digitais Para substituir o velho carnê de papel, boa parte das empresas já adotou opções de crediários digitais. O cartão de crédito, por exemplo, é um dos melhores exemplos para explicar o CDC, pois ele permite a aquisição de bens de forma imediata e o pagamento parcelado. Além do cartão de crédito, hoje já existem opções como o boleto e o pix parcelado, disponíveis para empresas de grande, médio e pequeno porte. Vale a pena pensar em soluções adicionais para atrair o seu cliente. Vantagens e desvantagens Para o empreendedor, a maior vantagem é que facilitará as compras para o consumidor. Essa possibilidade tende a aumentar significativamente as vendas, ainda mais em um período de compras tão favorável quanto a Black Friday. O crédito direto ao consumidor também é uma forma de obter dinheiro para a aquisição de bens com menor burocracia. Com isso, o lojista aumenta o volume de vendas, proporciona taxas de juros reduzidas em detrimento de outras formas de pagamento, aumenta o número de parcelas e torna-se o principal mediador do recebimento do dinheiro. Apesar de ser um facilitador, o crediário também possui seus riscos ao empreendedor, o mais comum são os casos de inadimplência. O endividamento de clientes pode ser um fator determinante para o descumprimento das parcelas, o que reforça ainda mais a importância da análise de perfil do cliente.
Fri Oct 25 09:53:46 BRT 2024
Comparadores de preço e Black Friday: dupla de sucesso nas vendas
A última sexta-feira de novembro é marcada por um show de ofertas e promoções das lojas. A famosa Black Friday, neste ano, promete levar muitos consumidores às compras. Apesar da expectativa de compra ser alta, os consumidores estão cada vez mais conscientes antes de finalizar sua aquisição. Dados como preço, marca e informações dos produtos são os mais procurados por quem deseja fazer uma “comprinha”. E sabe qual é o grande aliado do consumidor no período de Black Friday? Os comparadores de preço! Já ouviu falar sobre esse termo? Não? Então, acompanhe o nosso artigo que nós, do Sebrae, vamos te explicar tudo que você precisa saber para potencializar as suas vendas. Sensibilidade ao preço Antes de conhecer as ferramentas de comparação de preço, você, empreendedor, precisa entender um conceito fundamental para o sucesso de vendas: a sensibilidade ao preço. Ela é um indicador que mostra até quanto o seu cliente está disposto a pagar por um produto. É claro que a maior parte dos consumidores busca por produtos de qualidade e menor custo. Mas, você sabia que a sensibilidade ao preço não pode estar relacionada apenas com o valor financeiro? Fatores que influenciam a sensibilidade ao preço Sim, é preciso avaliar outros fatores econômicos como a demanda, a procura e os índices inflacionários. Além disso, há uma metodologia criada pelo economista holandês, Van Westendorp, que pode ajudar a definir os preços de forma coerente e atrativa. Basicamente o empreendedor deve se fazer quatro perguntas, são elas: “A que preço o seu produto começa a parecer MUITO BARATO, a ponto de se questionar a sua qualidade?” “A que preço o seu produto começa a parecer BARATO, no sentido de ser uma pechincha’’? “A que preço o seu produto começa a ser classificado como CARO?” “A partir de que preço o seu produto começa a ser considerado MUITO CARO a ponto de se descartar a compra?” A metodologia chamada de Price Sensitivity Model – PSM (em português, “Modelo de sensibilidade de preço”) foi desenvolvida na década de 1970. Ela explica que o consumidor possui um preço mínimo e um preço máximo a pagar. Comparadores de preços E nada melhor para ajudar a comparar os preços do que uma plataforma própria para isso. Com os comparadores de preço, o cliente pode procurar por um produto e ver a quais preços ele está sendo oferecido por diferentes lojas para, então, formar a sua decisão de compra. Algumas das plataformas mais populares como o Google Shopping, Buscapé e Bondfaro permitem ainda que o consumidor selecione a categoria do produto, por preço, marca e loja. As plataformas costumam ser bem intuitivas, com uma barra de pesquisas e filtros que agilizam a busca. Vantagens dos comparadores de preços Para o consumidor, a vantagem é meio óbvia: ele terá um leque de alternativas para escolher em qual loja sua compra será mais viável. Mas, existem também ótimas vantagens para os lojistas, principalmente, em véspera de Black Friday. Como a plataforma reúne um compilado de lojas que fornecem o produto buscado, é uma grande oportunidade de divulgação gratuita da sua empresa. Para que os empreendedores possam destacar-se, confira algumas dicas de ouro do Sebrae: Use palavras-chave no título dos seus produtos; Opte por fretes que possuam um bom custo-benefício, caso haja a possibilidade de frete grátis para algumas localidades, também será um grande atrativo; Ofereça múltiplas formas de pagamento. Preparado para lucrar muito na Black Friday? Boas vendas!
Fri Oct 25 09:42:12 BRT 2024
Precificação de produtos venda mais que a concorrência na Black Friday
Com a chegada da Black Friday, a expectativa do empreendedor é de organizar sua empresa para aumentar suas vendas. E não é novidade que o consumidor da Black Friday não está interessado apenas em realizar compras, ele quer comprar com preços baixos! Para comercializar os seus produtos ou serviços a preços promocionais, é preciso desenvolver uma estratégia correta de precificação. O que é precificação? A precificação dos seus produtos ou serviços consiste em definir por qual preço (valor monetário) de mercado eles serão comercializados. Essa não é uma tarefa simples, visto que é preciso levar em conta fatores como os gastos da empresa, a satisfação do cliente, a concorrência e a rentabilidade do negócio. No que diz respeito à precificação, vamos compreender melhor algumas variáveis importantes às quais o empreendedor deve atentar-se: Já pensou perder essa oportunidade de potencializar o faturamento por não saber precificar os seus produtos para esta temporada? Ou pior, não ter uma noção básica de quantos produtos precisa vender para cobrir seus gastos. Então, é preciso encontrar o ponto de equilíbrio da sua empresa. Ponto de equilíbrio O ponto de equilíbrio representa um indicativo de segurança do seu negócio, o seu objetivo é igualar as receitas e os custos. Ou seja, vai mostrar ao empreendedor quanto ele precisa vender na Black Friday, por exemplo, para alcançar o equilíbrio com os gastos realizados. Para calcular o ponto de equilíbrio da sua empresa, faça o cálculo: Fórmula para calcular o ponto de equilíbrio: Ponto de equilíbrio = custos e despesas fixas + lucro mínimo ÷ margem de contribuição (receita – custos e despesas variáveis) Os prejuízos são identificados quando os resultados estão abaixo do ponto de equilíbrio. Vale ressaltar que o ponto de equilíbrio serve como referência. Caso seu negócio apresente baixa lucratividade, é possível reverter o cenário com estratégias para aumentar as vendas, ajustar os preços e reduzir os gastos. Viu só como saber precificar é essencial para o sucesso da sua loja? Se você ainda possui dúvidas sobre como definir o preço de venda e realizar uma gestão de finanças mais eficiente, acesse o curso gratuito do Sebrae sobre Gestão Financeira. A nossa central de relacionamento também está disponível para te auxiliar com consultorias, ligue 0800 570 0800.