Cuide dos gastos com logística reversa, evitando devoluções e retornos de produtos com defeitos ou inadequados para o uso.

De acordo com pesquisa realizada pelo Conselho de Logística Reversa do Brasil (CLRB), com 188 empresas no Brasil, gastos com retorno de produtos chegam a 5% do faturamento, mas o número pode ser ainda maior.
Diante disso, este artigo tem o objetivo de chamar a atenção para os prejuízos causados às empresas, em vista dos custos e despesas com retorno e devoluções de produtos sem condições de uso – logística reversa de pós-venda.
Logística Reversa – o que é?
É a área da logística empresarial que trata do fluxo físico e das informações sobre o retorno ao ciclo produtivo e de comércio, de produtos de pós-venda não consumidos e de pós-consumo. Assim sendo, podemos considerar duas modalidades básicas de logística reversa, as quais descrevemos a seguir.
Logística reversa de pós-venda: trata dos produtos que retornam do mercado sem terem sido consumidos ou usados, por apresentarem defeitos, falhas ou inadequações, requerendo revisões, adaptações ou consertos.
Logística reversa de pós-consumo: direcionada aos produtos e materiais já consumidos, descartados ou usados, que deverão ser destinados à reciclagem, desmanche, remanufatura, reuso ou destinação especial em aterros sanitários ou outras formas definidas em lei.
Sem dúvida, a logística reversa no comércio eletrônico é um grande desafio e há necessidade de um maior gerenciamento em toda a cadeia produtiva.
O Conselho de Logística Reversa do Brasil (CLRB) realizou a pesquisa “Políticas de Logística Reversa” com 188 companhias brasileiras e constatou que metade delas gasta até 5% do faturamento com o retorno dos produtos.
Um outro levantamento, feito pela Reverse Logistics Association (RLA), apurou que os processos na área de logística reversa de pós-venda chegam a representar entre 3% e 25% do Produto Interno Bruto (PIB) de alguns países.
Nos Estados Unidos, por exemplo, estima-se que esses processos movimentem, no mínimo, US$ 360 bilhões anualmente.
Para o presidente da CLRB, Paulo Roberto Leite, não existe hoje uma correta mensuração desses processos na maior parte das corporações, então os percentuais podem ser até maiores. Ele revela que “Há um crescimento gradativo dos níveis de devolução na medida em que há um aumento da variedade de produtos disponíveis no mercado por diferentes setores”.
O alto percentual de custos e despesas relativas à logística reversa de pós-venda indica uma disfunção no processo de atendimento às necessidades e expectativas dos clientes, apontando para a atenção aos seguintes pontos:
- Qualidade, confiança e segurança nos processos produtivos;
- Qualidade dos materiais utilizados na fabricação;
- Evitar falhas, fazendo certo da primeira vez;
- Vender com atenção às reais necessidades dos clientes;
- Transportar com cuidados evitando danos aos produtos;
- Entregar exatamente o que promete;
- Cumprir prazos e evitar devoluções por atrasos nas entregas.
Logo, trata-se de um problema que requer a definição de estratégias, que sejam capazes de reduzir de forma significativa esses números indesejáveis para todos os empresários.
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