Relatório técnico 2016
Identificar o perfil socioeconômico e hábitos de consumo de turistas de Porto Velho, bem como seu nível de conhecimento sobre os serviços turísticos oferecidos.
Objetivos Específicos
- Identificar o perfil de potenciais clientes;
- Levantar oportunidades para ofertar serviços e produtos turísticos;
- Analisar viabilidade e delinear estratégias para divulgação de Porto Velho como destino turístico;
- Avaliar o nível de conhecimento dos turistas sobre serviços receptivos em Porto Velho;
- Conhecer os hábitos dos Turistas durante sua estadia em Porto Velho;
- Considerando a viabilidade identificada, caracterizar condicionantes para que os produtos receptivos tenham sucesso em sua implementação/manutenção; bem como seus pontos fortes e fracos, estratégias de precificação, logística e demais fatores críticos de competitividade;
- Levantar expectativas e interesses em conhecer roteiros tradicionais e/ou alternativos na cidade de Porto Velho.
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Perfil Socioeconômico e dos Pequenos Negócios em Vilhena
1.APRESENTAÇÃO As diretrizes que orientam o atendimento e o relacionamento no Sistema Sebrae são: Buscar a melhoria da competitividade de cada cliente, a partir da identificação de suas necessidades específicas. Buscar, por meio do atendimento segmentado, a elevação da competitividade de segmentos estratégicos que retratem tendências e oportunidades para os pequenos negócios e potenciais empresários. Definir e utilizar os critérios de segmentação do público e de estabelecimento de metas, de modo a favorecer a integração dos diversos atores do atendimento. Executar as diversas ações de atendimento e relacionamento de forma integrada, para que o cliente perceba o Sebrae como uma única instituição, que entrega conhecimento por meio de soluções compostas por produtos e serviços. Proporcionar atendimento presencial, especializado e personalizado. Priorizar o atendimento remoto para facilitar o acesso e o uso das soluções Sebrae pelo cliente. Avaliar de forma contínua os processos de atendimento e relacionamento, do ponto de vista de sua efetividade e qualidade, por meio de métricas e indicadores. Dessa forma, o levantamento de informações que caracterizem da melhor forma possível os pequenos negócios é fundamental para que o Sebrae alcance dois de seus objetivos estratégicos: “ter um atendimento de excelência com foco no resultado para o cliente” e “ter excelência no desenvolvimento de produtos, serviços e canais de comunicação e atendimento adequado aos segmentos de clientes”. Assim, este documento apresenta o resultado de pesquisas de dados secundários sobre Vilhena (RO) para subsidiar o planejamento de ações do Sebrae no município. 2.INDICADORES SOCIOECONÔMICOS Vilhena é um município brasileiro do estado de Rondônia, com população de 93.745 habitantes em 2016, conforme estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo o quarto município mais populoso de Rondônia e o 21º em densidade demográfica, com 8,1 habitantes/km². Localiza-se a 742 km de Porto Velho, capital do estado. O município de Vilhena possuía em 2013 um Produto Interno Bruto (PIB) no valor de R$ 2.168.426.000,00, com um PIB per capita no valor de R$ 24.148,09 (Gráfico 1). O Índice de Desenvolvimento Humano daquele município registrado em 2013 foi de 0,731 (Gráfico 2). O rendimento médio em 2010 por pessoa do estado foi de R$ 1.260,39 (Gráfico 3). A arrecadação total de impostos do município em 2013 foi pouco mais de R$ 197,6 milhões, sendo cerca de R$ 38,2 milhões de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e R$ 10,9 milhões de Imposto Sobre Serviço (ISS) (Gráfico 4). Conforme o relatório do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE (Tabela 1), o comércio foi o setor econômico que mais empregou em 2015 em Vilhena com 6.141 empregos, ou 31,2% dos empregos formais do município, seguido por: serviços, com 5.199 empregos (26,4%), indústria de transformação, com 3.302 empregos (16,8%), e administração pública, com 2.829 empregos (14,4%). Tabela 1 – Número de empregos formais em 2014 e 2015 no município de Vilhena por setor econômico. Setor Econômico 2014 % 2015 % 1 - Extrativa mineral 26 0,1% 27 0,1% 2 - Indústria de transformação 2.988 14,7% 3.302 16,8% 3 - Serviços industriais de utilidade pública 171 0,8% 178 0,9% 4 - Construção civil 1.503 7,4% 659 3,3% 5 - Comércio 6.061 29,8% 6.141 31,2% 6 - Serviços 5.399 26,5% 5.199 26,4% 7 - Administração pública 2.951 14,5% 2.829 14,4% 8 - Agropecuária, extração vegetal, caça e pesca 1.274 6,3% 1.361 6,9% Total 20.373 19.696 Fonte: Rais/MTE. O Sebrae atende o município de Vilhena por meio da Unidade Regional de Vilhena (URVLH), juntamente com outros seis municípios (Cabixi, Cerejeiras, Chupinguaia, Colorado do Oeste, Corumbiara e Pimenteiras do Oeste). O monitoramento da Lei Geral das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (MPE) indica que já foi implementada em Vilhena, conforme observado nos indicadores globais: uso do poder de compra – nota 7,65; desburocratização – nota 6,90; empreendedor individual – nota 8,20; e agente de desenvolvimento – nota 10,0. 3.AMBIENTE DOS PEQUENOS NEGÓCIOS De acordo com o Cadastro Sebrae de Empresas (CSE), em 2015 havia em Vilhena 4.514 pequenos negócios formalizados (com Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ ativo), dos quais 10,21% eram empresas de pequeno porte (EPP), 44,4% eram microempresas e 45,39% eram microempreendedores individuais (Gráfico 5 e Tabela 2). Quanto ao setor econômico, quase 0,6% pertencia ao agronegócio, pouco mais de 8% pertenciam à construção civil, praticamente 11% eram indústrias, quase 38% eram de serviços e pouco mais de 42% eram do comércio (Gráfico 6 e Tabela 2). Tabela 2 – Quantidade absoluta e percentual de pequenos negócios formalizados por porte e por setor econômico no município de Vilhena (RO). Porte Setor Total Geral Agropecuária Comércio Construção Civil Indústria Serviços EPP 4 0,9% 252 54,7% 26 5,6% 48 10,4% 131 28,4% 461 ME 15 0,7% 897 44,8% 103 5,1% 188 9,4% 801 40,0% 2.004 MEI 9 0,4% 759 37,0% 234 11,4% 271 13,2% 776 37,9% 2.049 Total Geral 28 0,6% 1.908 42,3% 363 8,0% 507 11,2% 1.708 37,8% 4.514 O CSE 2015 também revela que em Vilhena os segmentos econômicos com maior densidade de pequenos negócios são: outros serviços (22,6%), comércio varejista (13,1%), vestuário, calçados e acessórios (9,7%), alimentação fora do lar (8,4%), reparação veicular (7,8%) e beleza e estética (6,6%); todos com mais de 251 negócios formalizados, conforme Gráfico 7. Gráfico 7 – Distribuição dos pequenos negócios nos seguimentos econômicos no município de Vilhena Quanto ao tempo de abertura da empresa, ou seja, há quanto tempo a empresa foi formalizada, de maneira geral, os pequenos negócios de Vilhena distribuem-se da seguinte forma: 22,5% foram formalizados há menos de três anos; 58,2% foram abertos entre três e dez anos atrás; e 19,3% foram abertos há mais de dez anos. Os setores de comércio e de serviços são os que mais se mantêm ao longo do tempo no mercado, pois possuem percentualmente a maior quantidade de empresas com mais de dez anos, 10,1% e 6,5% respectivamente. O setor de serviços é o que mais se renova, pois possui percentualmente (9,2%) o maior número de empresas novas com menos de três anos. O setor de comércio também é crescente no município, conforme podemos observar na Tabela 3. Tabela 3 – Quantidade absoluta e percentual de pequenos negócios formalizados por tempo de abertura no município de Vilhena. Tempo de Abertura Agropecuária Comércio Construção Civil Indústria Serviços Total Geral 3 anos ou menos 7 368 119 107 415 1.016 3 a 10 anos 13 1.083 220 310 1.001 2.627 Mais de 10 anos 8 457 24 90 292 871 Total Geral 28 1.908 363 507 1.708 4.514 Fonte: Cadastro Sebrae de Empresas 2015 Quanto ao ano de abertura, percebe-se que houve um aumento crescente na abertura de pequenos negócios por ano no município de Vilhena, a partir de 2007 (Gráfico 8). Ressalta-se que o CSE 2015 apresenta o número de empresas cadastradas na Receita Federal até março de 2015, excluindo-se aquelas abertas depois dessa data e aquelas fechadas formalmente naquele órgão. Gráfico 8 - Evolução do número de pequenos negócios abertos ao ano em Vilhena entre 1997 e 2014 O número de microempreendedores individuais com sede em Vilhena cresceu em uma média de 427,6 novas formalizações por ano desde 2011 (Gráfico 9). Percebe-se um decréscimo no número de formalizações a partir de 2012 até 2014, com um considerável aumento em 2015. Segundo dados da Receita Federal, os pequenos negócios em Vilhena – que incluem microempresas e empresas de pequeno porte – faturaram mais de R$ 447,1 milhões em 2014, registrando um aumento de 4,7% em relação a 2013 (Gráfico 10). De acordo com o Censo Agrário 2006 do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), havia 726 agricultores familiares em Vilhena. Ainda segundo o MDA, em abril de 2015 havia 472 famílias assentadas em uma área reformada de 22.158 ha. Até aquela data foram emitidas 1.351 Declarações de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP) para pessoas físicas. Além disso, foram firmados 180 contratos no valor total de R$ 4.754.086 (média de R$ 26,4 mil por contrato). Em Vilhena a soja é o produto da lavoura que gerou maior valor em 2015, mais de R$ 115,4 milhões, seguido pelo milho, com R$ 95,3 milhões, e da mandioca, com R$ 4,8 milhões (Tabela 4). Entre os produtos de origem animal, o que gerou maior valor foi a produção de ovos no total de um pouco mais de R$34,8 milhões (Tabela 5). Tabela 4 – Área plantada, quantidade produzida, rendimento médio, valor da produção, por quilograma e por área plantada das lavouras no município de Vilhena em 2015. Produto das lavouras temporárias e permanentes Área plantada ou destinada à colheita (Hectares) Quantidade produzida (Toneladas) Rendimento médio da produção (Quilogramas por Hectare) Valor da produção (Mil Reais) Valor por quilograma de produto (R$ por quilograma) Valor por área plantada (R$ por hectare) Abacaxi 35 680 19.429 952 1,40 27,20 Arroz (em casca) 380 1.231 3.239 778 0,63 2,05 Banana (cacho) 25 233 9.320 364 1,56 14,56 Café (em grão) Total 9 5 556 19 3,80 2,11 Café (em grão) Canephora 9 5 556 19 3,80 2,11 Feijão (em grão) 20 8 400 22 2,75 1,10 Goiaba 3 20 6.667 50 2,50 16,67 Laranja 1 9 9.000 9 1,00 9,00 Limão 6 28 4.667 28 1,00 4,67 Mandioca 280 5.040 18.000 4.878 0,97 17,42 Milho (em grão) 42.050 252.125 5.996 95.328 0,38 2,27 Soja (em grão) 48.050 147.435 3.068 115.495 0,78 2,40 Tangerina 3 21 7.000 21 1,00 7,00 Tomate 23 391 17.000 782 2,00 34,00 Urucum (semente) 20 20 1.000 78 3,90 3,90 Total 90.914 218.823 Fonte: IBGE – Produção Agrícola Municipal Tabela 5 – Quantidade, valor da produção e valor por unidade de produtos de origem animal no município de Vilhena em 2015. Tipo de produto de origem animal Produção de origem animal Valor da produção (Mil Reais) Valor por unidade de produto (R$) Leite (Mil litros) 3.672 2.938 0,80 Ovos de galinha (Mil dúzias) 7.138 34.833 4,88 Mel de abelha (Quilogramas) 9.000 180 20,00 Jatuarana, piabanha e piracanjuba (Quilogramas) 43.752 329 7,52 Pacu e patinga (Quilogramas) 21.876 207 9,46 Pintado, cachara, cachapira e pintachara, surubim (Quilogramas) 36.460 456 12,51 Pirarucu (Quilogramas) 65.628 658 10,03 Tambaqui (Quilogramas) 561.484 3.380 6,02 Total 42.981 Fonte: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal 4.ANÁLISE DO DIAGNÓSTICO DO PROGRAMA NEGÓCIO A NEGÓCIO Os diagnósticos aplicados em microempreendedores individuais e microempresas pelos agentes do Programa Negócio a Negócio (NaN) incluíram 23 perguntas que abrangeram as áreas de Mercado, Operação e Finanças. As respostas a essas perguntas podiam ser “nunca”, “às vezes” e “sempre”. A análise da tabulação dos diagnósticos aplicados indica quais práticas de gestão são mais ou menos aplicadas pelos pequenos negócios, o que pode auxiliar a definição de soluções do Sebrae a serem oferecidas que tragam mais satisfação, aplicabilidade e efetividade. A análise dos diagnósticos aplicados entre março e novembro de 2016 em 200 pequenos negócios de Vilhena revelou que nos MEI o percentual médio de respostas “nunca” para as perguntas da área Operação foi 48,4% do total de respostas, da área de Finanças foi 81,1%, e da área de Mercado foi 53,6%, indicando que as práticas gerenciais nas áreas de Operação e Finanças são mais negligenciadas pelas empresas desse porte. Nas microempresas o diagnóstico revelou que em Vilhena o percentual de respostas “nunca” para as perguntas da área de Operação foi de 23,3%, enquanto que da área de Finanças foi 45,7%, e da área de Mercado, 41%.
Wed Jun 13 09:52:11 BRT 2018
Perfil Socioeconômico e dos Pequenos Negócios em Rolim de Moura
1.APRESENTAÇÃO As diretrizes que orientam o atendimento e o relacionamento no Sistema Sebrae são: Buscar a melhoria da competitividade de cada cliente a partir da identificação de suas necessidades específicas. Buscar, por meio do atendimento segmentado, a elevação da competitividade de segmentos estratégicos que retratem tendências e oportunidades para os pequenos negócios e potenciais empresários. Definir e utilizar os critérios de segmentação do público e de estabelecimento de metas, de modo a favorecer a integração dos diversos atores do atendimento. Executar as diversas ações de atendimento e relacionamento de forma integrada, para que o cliente perceba o Sebrae como uma única instituição, que entrega conhecimento por meio de soluções compostas por produtos e serviços. Proporcionar atendimento presencial, especializado e personalizado. Priorizar o atendimento remoto para facilitar o acesso e o uso das soluções Sebrae pelo cliente. Avaliar de forma contínua os processos de atendimento e relacionamento, do ponto de vista de sua efetividade e qualidade, por meio de métricas e indicadores. Dessa forma, o levantamento de informações que caracterizem da melhor forma possível os pequenos negócios é fundamental para que o Sebrae alcance dois de seus objetivos estratégicos: “ter um atendimento de excelência com foco no resultado para o cliente” e “ter excelência no desenvolvimento de produtos, serviços e canais de comunicação e atendimento adequado aos segmentos de clientes”. Assim, este documento apresenta o resultado de pesquisas de dados secundários sobre Rolim de Moura (RO) para subsidiar o planejamento de ações do Sebrae no município. 2.INDICADORES SOCIOECONÔMICOS Rolim de Moura é um município brasileiro do estado de Rondônia com população de 56.664 habitantes em 2016, conforme estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo o sexto município mais populoso de Rondônia e o primeiro em densidade demográfica, com 38,9 habitantes/km². Localiza-se a 452 km de Porto Velho, capital do estado. O município de Rolim de Moura possuía em 2014 um Produto Interno Bruto (PIB) no valor de R$ 1.015.124,00, com um PIB per capita de R$ 18.189,90 (Gráfico 1). O Índice de Desenvolvimento Humano do município registrado em 2013 foi de 0,7 (Gráfico 2). O rendimento médio por pessoa do estado, calculado em 2010, foi de R$ 1.058,97 (Gráfico 3). A arrecadação total de impostos do município em 2015 foi de R$ 108,4 milhões, sendo pouco mais de R$ 22,5 milhões de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e R$ 4,4 milhões de Imposto Sobre Serviços (ISS) (Gráfico 4). Conforme o relatório do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE (Tabela 1), o comércio foi o setor econômico que mais empregou em 2015 em Rolim de Moura, com 3.446 empregos ou 33,71% dos empregos formais do município, seguido por: indústria da transformação, com 2.227 (21,78%), serviços, com 1.701 (16,64%), e administração pública, com 1.577 (15,42%). Tabela 1 – Número de empregos formais em 2014 e 2015 no município de Rolim de Moura por setor econômico. Setor Econômico 2014 2015 1 - Extrativa mineral 6 0,05% 0 0,00% 2 - Indústria de transformação 3.322 29,97% 2.227 21,78% 3 - Serviços industriais de utilidade pública 9 0,08% 8 0,08% 4 - Construção civil 491 4,43% 960 9,39% 5 - Comércio 3.390 30,59% 3.446 33,71% 6 - Serviços 2.081 18,78% 1.701 16,64% 7 - Administração pública 1.510 13,62% 1.577 15,42% 8 - Agropecuária, extração vegetal, caça e pesca 274 2,47% 305 2,98% Total 11.083 10.224 Fonte: Rais/MTE. O Sebrae atende o município de Rolim de Moura por meio da Unidade Regional de Rolim de Moura (URROM), juntamente com outros nove municípios (Alta Floresta d’Oeste, Alto Alegre dos Parecis, Costa Marques, Nova Brasilândia d’Oeste, Novo Horizonte d’Oeste, Santa Luzia d’Oeste, São Francisco do Guaporé, São Miguel do Guaporé e Seringueiras). O monitoramento da Lei Geral das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (MPE) indica que já foi implementada em Rolim de Moura, conforme observado nos indicadores globais: uso do poder de compra – nota 9,58; desburocratização – nota 7,30; empreendedor individual – nota 6,20; e agente de desenvolvimento – nota 10,0. 3.AMBIENTE DOS PEQUENOS NEGÓCIOS De acordo com o Cadastro Sebrae de Empresas (CSE), em 2015 havia em Rolim de Moura 2.393 pequenos negócios formalizados (com Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ ativo), dos quais cerca de 9,8% eram empresas de pequeno porte (EPP), 37,69% microempresas e 52,57% microempreendedores individuais (Gráfico 5 e Tabela 1). Quanto ao setor econômico, menos de 0,4% pertencia ao agronegócio, mais de 8% pertenciam à construção civil, quase 15% eram indústrias, 30,63% eram de serviços e 46,18% do comércio (Gráfico 6 e Tabela 2). Tabela 2 – Quantidade absoluta e percentual de pequenos negócios formalizados por porte e por setor econômico no município de Rolim de Moura. Setor Porte Agropecuária Comércio Construção Civil Indústria Serviços Total Geral EPP 0 0,00% 144 61,80% 14 6,01% 32 13,73% 43 18,45% 233 ME 2 0,22% 471 52,22% 52 5,76% 114 12,64% 263 29,16% 902 MEI 7 0,56% 490 38,95% 126 10,02% 208 16,53% 427 33,94% 1.258 Total Geral 9 0,38% 1.105 46,18% 192 8,02% 354 14,79% 733 30,63% 2.393 O CSE 2015 também revela que em Rolim de Moura os segmentos econômicos com maior densidade de pequenos negócios são: comércio varejista (15,2%), outros serviços (13,6%), vestuário, calçados e acessórios (9,4%), alimentação fora do lar (8,5%), beleza e estética (6,6%) e reparação veicular (6%); todos com mais de 120 negócios formalizados, conforme Gráfico 7. Gráfico 7 – Distribuição de pequenos negócios nos seguimentos econômicos no município de Rolim de Moura Quanto ao tempo de abertura da empresa, ou seja, há quanto tempo a empresa foi formalizada, de maneira geral, os pequenos negócios de Rolim de Moura distribuem-se da seguinte forma: 24,4% foram formalizados há menos de três anos; 57,5% abertos entre três e dez anos atrás; e 18,1% funcionam há mais de dez anos. Os setores de comércio e de serviços são os que mais se mantêm ao longo do tempo no mercado, pois possuem percentualmente a maior quantidade de empresas com mais de dez anos: 10,9% e 3,6% respectivamente. O setor de comércio é o que mais se renova, pois possui percentualmente o maior número de empresas novas (9,8%), com menos de três anos. O setor de serviços também é crescente no município, conforme podemos observar na Tabela 3. Tabela 3 - Quantidade absoluta e percentual de pequenos negócios formalizados por tempo de abertura no município de Rolim de Moura. Tempo de Abertura Setor Total Geral Agropecuária Comércio Construção Civil Indústria Serviços Mais de 10 anos 5 235 70 86 188 584 3 a 10 anos 4 609 100 204 458 1.375 3 anos ou menos 0 261 22 64 87 434 Total Geral 9 1.105 192 354 733 2.393 Fonte: Cadastro Sebrae de Empresas 2015 Quanto ao ano de abertura, percebe-se que houve um aumento crescente na abertura de pequenos negócios por ano no município de Rolim de Moura a partir de 2007 (Gráfico 8). Observa-se que o CSE 2015 apresenta o número de empresas cadastradas na Receita Federal até março de 2015, excluindo-se aquelas abertas depois dessa data e aquelas fechadas formalmente naquele órgão. Gráfico 8 – Evolução do número de pequenos negócios abertos ao ano em Rolim de Moura entre 1997 e 2014 O número de microempreendedores individuais com sede em Rolim de Moura cresceu em uma média de 254,3 novas formalizações por ano desde 2011 (Gráfico 9). Segundo dados da Receita Federal, os pequenos negócios em Rolim de Moura – que incluem microempresas e empresas de pequeno porte – faturaram mais de R$ 220 milhões em 2014, registrando um aumento de 3,8% em relação a 2013 (Gráfico 10). De acordo com o Censo Agrário 2006 do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), havia 2.142 agricultores familiares em Rolim de Moura. Ainda segundo o MDA, em abril de 2015 foram emitidas 1.719 Declarações de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP) para pessoas físicas. Além disso, foram firmados 485 contratos no valor total de R$ 12.783.060 (média de R$ 26,4 mil por contrato). Em Rolim de Moura, a soja é o produto da lavoura que gerou maior valor em 2015, cerca de R$ 4,9 milhões, seguida pelo café, com R$ 4,4 milhões, e da mandioca, com R$ 3,8 milhões (Tabela 4). Entre os produtos de origem animal, a produção de leite foi a que gerou maior valor, no total de quase R$ 13,2 milhões (Tabela 5). Tabela 4 – Área plantada, quantidade produzida, rendimento médio, valor da produção, por quilograma e por área plantada das lavouras no município de Rolim de Moura em 2015. Produto Área plantada ou destinada à colheita (Hectares) Quantidade produzida (Toneladas) Rendimento médio da produção (Quilogramas por Hectare) Valor da produção (Mil Reais) Valor por quilograma de produto (R$ por quilograma) Valor por área plantada (R$ por hectare) Abacaxi 3 64 21.333 R$ 97,00 R$ 1,52 R$ 32.333,33 Arroz (em casca) 1.000 3.480 3.480 R$ 1.780,00 R$ 0,51 R$ 1.780,00 Banana (cacho) 80 743 9.288 R$ 896,00 R$ 1,21 R$ 11.200,00 Cacau (em amêndoa) 24 7 292 R$ 32,00 R$ 4,57 R$ 1.333,33 Café (em grão) Total 1.305 1.301 997 R$ 4.443,00 R$ 3,42 R$ 3.404,60 Café (em grão) Canephora 1.305 1.301 997 R$ 4.443,00 R$ 3,42 R$ 3.404,60 Cana-de-açúcar 5 340 68.000 R$ 55,00 R$ 0,16 R$ 11.000,00 Coco-da-baía 10 82 8.200 R$ 43,00 R$ 0,52 R$ 4.300,00 Feijão (em grão) 250 120 480 R$ 260,00 R$ 2,17 R$ 1.040,00 Goiaba 10 60 6.000 R$ 165,00 R$ 2,75 R$ 16.500,00 Laranja 79 715 9.051 R$ 858,00 R$ 1,20 R$ 10.860,76 Limão 10 45 4.500 R$ 56,00 R$ 1,24 R$ 5.600,00 Mamão 25 632 25.280 R$ 841,00 R$ 1,33 R$ 33.640,00 Mandioca 270 5.400 20.000 R$ 3.861,00 R$ 0,72 R$ 14.300,00 Maracujá 50 720 14.400 R$ 1.320,00 R$ 1,83 R$ 26.400,00 Melancia 5 75 15.000 R$ 78,00 R$ 1,04 R$ 15.600,00 Milho (em grão) 1.000 2.100 2.100 R$ 884,00 R$ 0,42 R$ 884,00 Soja (em grão) 2.000 5.000 2.500 R$ 4.940,00 R$ 0,99 R$ 2.470,00 Tomate 10 163 16.300 R$ 475,00 R$ 2,91 R$ 47.500,00 Total 7.441 R$ 31,92 Fonte: IBGE - Produção agrícola municipal Tabela 5 – Quantidade, valor da produção e valor por unidade de produtos de origem animal no município de Rolim de Moura em 2015. Tipo de produto de origem animal Produção de origem animal Valor da produção (Mil Reais) Valor por unidade de produto (R$) Leite (Mil litros) 17.155 13.209 0,77 Ovos de galinha (Mil dúzias) 2.290 10.742 4,69 Mel de abelha (Quilogramas) 8.430 157 18,62 Jatuarana, piabanha e piracanjuba (Quilogramas) 87.930 627 7,13 Pacu e patinga (Quilogramas) 43.965 399 9,08 Pintado, cachara, cachapira e pintachara, surubim (Quilogramas) 73.270 889 12,13 Pirarucu (Quilogramas) 131.895 1.270 9,63 Tambacu, tambatinga (Quilogramas) 76.100 658 8,65 Tambaqui (Quilogramas) 11.28.435 6.353 5,63 Alevinos (Milheiros) 1.305 3.619 2,77 Total 37.923 Fonte: IBGE – Produção pecuária municipal
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Perfil Socioeconômico e dos Pequenos Negócios em Cacoal
1. APRESENTAÇÃO As diretrizes que orientam o atendimento e o relacionamento no Sistema Sebrae são: Buscar a melhoria da competitividade de cada cliente, a partir da identificação de suas necessidades específicas. Buscar, por meio do atendimento segmentado, a elevação da competitividade de segmentos estratégicos que retratem tendências e oportunidades para os pequenos negócios e potenciais empresários. Definir e utilizar os critérios de segmentação do público e de estabelecimento de metas, de modo a favorecer a integração dos diversos atores do atendimento. Executar as diversas ações de atendimento e relacionamento de forma integrada, para que o cliente perceba o Sebrae como uma única instituição, que entrega conhecimento por meio de soluções compostas por produtos e serviços. Proporcionar atendimento presencial, especializado e personalizado. Priorizar o atendimento remoto para facilitar o acesso e o uso das soluções Sebrae pelo cliente. Avaliar de forma contínua os processos de atendimento e relacionamento, do ponto de vista de sua efetividade e qualidade, por meio de métricas e indicadores. Dessa forma, o levantamento de informações que caracterizem da melhor forma possível os pequenos negócios é fundamental para que o Sebrae alcance dois de seus objetivos estratégicos: “ter um atendimento de excelência com foco no resultado para o cliente” e “ter excelência no desenvolvimento de produtos, serviços e canais de comunicação e atendimento adequado aos segmentos de clientes”. Assim, este documento apresenta o resultado de pesquisas de dados secundários sobre Cacoal (RO) para subsidiar o planejamento de ações do Sebrae no município. 2. INDICADORES SOCIOECONÔMICOS Cacoal é um município brasileiro do estado de Rondônia, com população de 87.877 habitantes em 2016, conforme estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo o quinto município mais populoso de Rondônia e o terceiro em densidade demográfica, com 23,2 habitantes/km². Localiza-se a 445 km de Porto Velho, capital do estado. O município de Cacoal possuía em 2013 um Produto Interno Bruto (PIB) no valor de R$ 1.695.900.000,00, com um PIB per capita no valor de R$ 19.593,10 (Gráfico 1). O Índice de Desenvolvimento Humano daquele município registrado em 2013 foi de 0,718 (Gráfico 2). O rendimento médio em 2010 por pessoa do estado foi de R$ 1.268,63 (Gráfico 3). A arrecadação total de impostos do município em 2013 foi pouco mais de R$ 151 milhões, sendo cerca de R$ 32,3 milhões de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e R$ 9,5 milhões de Imposto Sobre Serviços (ISS) (Gráfico 4). Gráfico 4 – Recursos de ISS, ICMS e total de impostos arrecadados anualmente pelo município de Cacoal entre 2010 e 2013 Conforme o relatório do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE (Tabela 1), o comércio foi o setor econômico que mais empregou em 2015 em Cacoal, com 6.160 empregos ou 35% dos empregos formais do município, seguido por: serviços, com 4.988 empregos (28,3%), indústria de transformação, com 2.697 empregos (15,3%), e administração pública, com 1.978 empregos (11,2%). Tabela 1 – Número de empregos formais em 2014 e 2015 no município de Cacoal por setor econômico. Setor Econômico 2014 % 2015 % 1 – Extrativa mineral 65 0,4% 79 0,4% 2 – Indústria de transformação 2.646 14,9% 2.697 15,3% 3 – Serviços industriais de utilidade pública 108 0,6% 111 0,6% 4 – Construção civil 1.174 6,6% 1.101 6,3% 5 – Comércio 6.331 35,7% 6.160 35% 6 – Serviços 4.614 26% 4.988 28,3% 7 – Administração pública 2.181 12,3% 1.978 11,2% 8 – Agropecuária, extração vegetal, caça e pesca 610 3,4% 496 2,8% Total 17.729 17.610 Fonte: Rais/MTE. O monitoramento da Lei Geral das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (MPE) indica que já foi implementada em Cacoal, conforme observado nos indicadores globais: uso do poder de compra – nota 7,45; desburocratização – nota 8,40; empreendedor individual – nota 6,20; e agente de desenvolvimento – nota 8,30. 3. AMBIENTE DOS PEQUENOS NEGÓCIOS De acordo com o Cadastro Sebrae de Empresas (CSE), em 2015 havia em Cacoal 3.245 pequenos negócios formalizados (com Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ ativo), dos quais 10,6% eram empresas de pequeno porte (EPP), 43,42% microempresas e 45,98% microempreendedores individuais (Gráfico 5 e Tabela 2). Quanto ao setor econômico, pouco mais de 0,7% pertencia ao agronegócio, menos de 8% à construção civil, quase 13% eram indústrias, quase 33% eram de serviços e pouco mais de 46% do comércio (Gráfico 6 e Tabela 2). Tabela 2 – Quantidade absoluta e percentual de pequenos negócios formalizados por porte e por setor econômico no município de Cacoal (RO). Porte Setor Total Geral Agropecuária Comércio Construção Civil Indústria Serviços EPP 2 0,6% 209 60,8% 10 2,9% 44 12,8% 79 23,0% 344 ME 10 0,7% 688 48,8% 63 4,5% 174 12,3% 474 33,6% 1.409 MEI 13 0,9% 602 40,3% 177 11,9% 189 12,7% 511 34,2% 1.492 Total Geral 2 0,6% 209 60,8% 10 2,9% 44 12,8% 79 23,0% 344 O CSE 2015 também revela que em Cacoal os segmentos econômicos com maior densidade de pequenos negócios são: comércio varejista (14,5%), outros serviços (14%), vestuário, calçados e acessórios (12,3%), alimentação fora do lar (8,5%), beleza e estética (7,2%) e reparação veicular (5,5%); todos com mais de 140 negócios formalizados, conforme Gráfico 7. Gráfico 7 – Distribuição de pequenos negócios nos seguimentos econômicos no município de Cacoal Quanto ao tempo de abertura da empresa, ou seja, há quanto tempo a empresa foi formalizada, de maneira geral, os pequenos negócios de Cacoal distribuem-se da seguinte forma: 20,1% foram formalizados há menos de três anos; 58,7% foram abertos entre três e dez anos atrás; e 21,2% funcionam há mais de dez anos. Os setores de comércio e de serviços são os que mais se mantêm ao longo do tempo no mercado, pois possuem percentualmente a maior quantidade de empresas com mais de dez anos, 11,9% e 5,5% respectivamente. O setor de comércio é o que mais se renova, pois possui percentualmente (8,8%) o maior número de empresas novas com menos de três anos. O setor de serviços também é crescente no município, conforme podemos observar na Tabela 3. Tabela 3 – Quantidade absoluta e percentual de pequenos negócios formalizados por tempo de abertura no município de Cacoal. Tempo de Abertura Agropecuária Comércio Construção Civil Indústria Serviços Total Geral 3 anos ou menos 6 286 66 73 222 653 3 a 10 anos 14 828 167 231 664 1.904 Mais de 10 anos 5 385 17 103 178 688 Total Geral 25 1.499 250 407 1.064 3.245 Fonte: Cadastro Sebrae de Empresas 2015 Quanto ao ano de abertura, percebe-se que houve um aumento crescente na abertura de pequenos negócios por ano no município de Cacoal, a partir de 2007 (Gráfico 8). Ressalta-se que o CSE 2015 apresenta o número de empresas cadastradas na Receita Federal até março de 2015, excluindo-se aquelas abertas depois dessa data e aquelas que foram fechadas formalmente naquele órgão. Gráfico 8 – Evolução do número de pequenos negócios abertos ao ano em Cacoal entre 1997 e 2014 O número de microempreendedores individuais com sede em Cacoal cresceu em uma média de 307 novas formalizações por ano desde 2011 (Gráfico 9). Percebe-se um decréscimo no número de formalizações a partir do ano de 2012 até o de 2015, com um considerável aumento em 2016. Segundo dados da Receita Federal, os pequenos negócios em Cacoal, que incluem microempresas e empresas de pequeno porte, faturaram mais de R$ 372,3 milhões em 2014, registrando um aumento de 10,3% em relação a 2013 (Gráfico 10). De acordo com o Censo Agrário 2006 do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), havia 3.715 agricultores familiares em Cacoal. Ainda segundo o MDA, em abril de 2015 havia 84 famílias assentadas em uma área reformada de 486.137 ha. Até aquela data foram emitidas 2.761 Declarações de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP) para pessoas físicas. Além disso, foram firmados 679 contratos no valor total de R$ 22.692.897 (média de R$ 33,4 mil por contrato). Em Cacoal, o café Canephora é o produto da lavoura que gerou maior valor em 2015, cerca de R$ 40,5 milhões, seguido pela mandioca, com R$ 6,9 milhões, e da banana, com R$ 6,7 milhões (Tabela 4). Entre os produtos de origem animal, o que gerou maior valor foi a produção de leite, no total de pouco mais de R$ 23 milhões (Tabela 5). Tabela 4 – Área plantada, quantidade produzida, rendimento médio, valor da produção, por quilograma e por área plantada das lavouras no município de Cacoal em 2015. Produto das lavouras temporárias e permanentes Área plantada ou destinada à colheita (Hectares) Quantidade produzida (Toneladas) Rendimento médio da produção (Quilogramas por Hectare) Valor da produção (Mil Reais) Valor por quilograma de produto (R$ por quilograma) Valor por área plantada (R$ por hectare) Abacaxi 20 410 20.500 734,00 1,79 36.700,00 Arroz (em casca) 276 497 1.801 254,00 0,51 920,29 Banana (cacho) 435 5.220 12.000 6.786,00 1,30 15.600,00 Cacau (em amêndoa) 266 77 289 385,00 5,00 1.447,37 Café (em grão) Total 11.356 11.878 1.046 40.563,00 3,41 3.571,94 Café (em grão) Canephora 11.356 11.878 1.046 40.563,00 3,41 3.571,94 Cana-de-açúcar 10 680 68.000 105,00 0,15 10.500,00 Coco-da-baía 10 82 8.200 80,00 0,98 8.000,00 Feijão (em grão) 1.750 1.575 900 3.410,00 2,17 1.948,57 Goiaba 15 84 5.600 294,00 3,50 19.600,00 Guaraná (semente) 2 1 500 11,00 11,00 5.500,00 Laranja 35 380 10.857 437,00 1,15 12.485,71 Limão 30 135 4.500 186,00 1,38 6.200,00 Mamão 85 1.974 23.224 2.606,00 1,32 30.658,82 Mandioca 670 13.400 20.000 6.921,00 0,52 10.329,85 Maracujá 30 222 14.800 426,00 1,92 14.200,00 Melancia 15 225 15.000 205,00 0,91 13.666,67 Milho (em grão) 2.139 3.616 1.691 1.534,00 0,42 717,16 Palmito 25 24 960 43,00 1,79 1.720,00 Total 28.784 750,00 Fonte: IBGE – Produção Agrícola Municipal Tabela 5 – Quantidade, valor da produção e valor por unidade de produtos de origem animal no município de Cacoal em 2015. Tipo de produto de origem animal Produção de origem animal Valor da produção (Mil Reais) Valor por unidade de produto (R$) Leite (Mil litros) 30.124 23.195 0,77 Ovos de galinha (Mil dúzias) 1.670 7.832 4,69 Mel de abelha (Quilogramas) 10.860 203 18,69 Jatuarana, piabanha e piracanjuba (Quilogramas) 35.808 262 7,32 Pacu e patinga (Quilogramas) 17.904 166 9,27 Pintado, cachara, surubim (Quilogramas) 29.840 368 12,33 Pirarucu (Quilogramas) 53.720 528 9,83 Tambaqui (Quilogramas) 459.543 2.675 5,82 Total 35.229 Fonte: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal 4. ANÁLISE DO DIAGNÓSTICO DO PROGRAMA NEGÓCIO A NEGÓCIO Os diagnósticos aplicados em microempreendedores individuais e microempresas pelos agentes do Programa Negócio a Negócio (NaN) incluíram 23 perguntas que abrangeram as áreas de Mercado, Operação e Finanças. As respostas a essas perguntas podiam ser “nunca”, “às vezes” e “sempre”. A análise da tabulação dos diagnósticos aplicados indica quais práticas de gestão são mais ou menos aplicadas pelos pequenos negócios, o que pode auxiliar a definição de soluções do Sebrae a serem oferecidas que tragam mais satisfação, aplicabilidade e efetividade. A análise dos diagnósticos aplicados entre março e novembro de 2016 em 200 pequenos negócios de Cacoal revelou que nos MEI o percentual médio de respostas “nunca” para as perguntas da área Operação foi 60,1% do total de respostas, da área de Finanças foi 64,5%, e da área de Mercado foi 54,1%, indicando que as práticas gerenciais nas áreas de Operação e Finanças são mais negligenciadas pelas empresas desse porte. Nas microempresas o diagnóstico revelou que em Cacoal o percentual de respostas “nunca” para as perguntas da área de Operação foi de 53,8%, enquanto da área de Finanças foi 55%, e da área de Mercado, 56,7%. Gráfico 12 – Percentual de respostas ao diagnóstico do NaN na área de Operação dos microempreendedores individuais de Cacoal Gráfico 14 – Percentual de respostas ao diagnóstico do NaN na área de Mercado das microempresas de Cacoal Gráfico 15 – Percentual de respostas ao diagnóstico do NaN na área de Operação das microempresas de Cacoal Gráfico 16 – Percentual de respostas ao diagnóstico do NaN na área de Finanças das microempresas de Cacoal
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Perfil Socioeconômico e dos Pequenos Negócios em Pimenta Bueno
1.APRESENTAÇÃO As diretrizes que orientam o atendimento e o relacionamento no Sistema Sebrae são: Buscar a melhoria da competitividade de cada cliente a partir da identificação de suas necessidades específicas. Buscar, por meio do atendimento segmentado, a elevação da competitividade de segmentos estratégicos que retratem tendências e oportunidades para os pequenos negócios e potenciais empresários. Definir e utilizar os critérios de segmentação do público e de estabelecimento de metas, de modo a favorecer a integração dos diversos atores do atendimento. Executar as diversas ações de atendimento e relacionamento de forma integrada, para que o cliente perceba o Sebrae como uma única instituição que entrega conhecimento por meio de soluções compostas por produtos e serviços. Proporcionar atendimento presencial, especializado e personalizado. Priorizar o atendimento remoto para facilitar o acesso e o uso das soluções Sebrae pelo cliente. Avaliar de forma contínua os processos de atendimento e relacionamento, do ponto de vista de sua efetividade e qualidade, por meio de métricas e indicadores. Dessa forma, o levantamento de informações que caracterizem da melhor forma possível os pequenos negócios é fundamental para que o Sebrae alcance dois de seus objetivos estratégicos: “ter um atendimento de excelência com foco no resultado para o cliente” e “ter excelência no desenvolvimento de produtos, serviços e canais de comunicação e atendimento adequado aos segmentos de clientes”. Assim, este documento apresenta o resultado de pesquisas de dados secundários sobre Pimenta Bueno (RO) para subsidiar o planejamento de ações do Sebrae no município. 2.INDICADORES SOCIOECONÔMICOS Pimenta Bueno é um município brasileiro do estado de Rondônia com população de 37.786 habitantes em 2016, conforme estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo o sexto município mais populoso de Rondônia e o primeiro em densidade demográfica, com 6,05 habitantes/km². Localiza-se a 452 km de Porto Velho, capital do estado. O município de Pimenta Bueno possuía em 2014 um Produto Interno Bruto (PIB) no valor de R$ 852.455.000,00, com um PIB per capita de R$ 22.896,99 (Gráfico 1). O Índice de Desenvolvimento Humano do município registrado em 2013 foi de 0,71 (Gráfico 2). O rendimento médio por pessoa do estado, calculado em 2010, foi de R$ 1.203,19 (Gráfico 3). A arrecadação total de impostos do município em 2015 foi de R$ 80,8 milhões, sendo pouco mais de R$ 23 milhões de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e R$ 4,6 milhões de Imposto Sobre Serviços (ISS) (Gráfico 4). Conforme o relatório do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE (Tabela 1), o comércio foi o setor econômico que mais empregou em 2015 em Pimenta Bueno, com 3.228 empregos ou 34,06% dos empregos formais do município, seguido por indústria da transformação, com 2.491 (26,28%), serviços, com 1.612 (17,01%), e administração pública, com 1.168 (12,32%). Tabela 1 – Número de empregos formais em 2014 e 2015 no município de Pimenta Bueno por setor econômico. Setor Econômico 2014 2015 1 - Extrativa mineral 44 0,47% 36 0,38% 2 - Indústria de transformação 2.530 27,11% 2.491 26,28% 3 - Serviços industriais de utilidade pública 64 0,69% 150 1,58% 4 - Construção civil 204 2,19% 201 2,12% 5 - Comércio 3.210 34,40% 3.228 34,06% 6 - Serviços 1.605 17,20% 1.612 17,01% 7 - Administração pública 1.120 12,00% 1.168 12,32% 8 - Agropecuária, extração vegetal, caça e pesca 554 5,94% 592 6,25% Total 9.331 9.478 Fonte: Rais/MTE. O Sebrae atende o município de Pimenta Bueno por meio da Unidade Regional de Pimenta Bueno (URPBO), juntamente com outros quatro municípios (Espigão d’Oeste, Parecis, Primavera de Rondônia e São Felipe d’Oeste). O monitoramento da Lei Geral das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (MPE) indica que já foi implementada em Pimenta Bueno, conforme observado nos indicadores globais: uso do poder de compra – nota 8,71; desburocratização – nota 7,00; empreendedor individual – nota 6,80; e agente de desenvolvimento – nota 6,00. 3.AMBIENTE DOS PEQUENOS NEGÓCIOS De acordo com o Cadastro Sebrae de Empresas (CSE), em 2015 havia em Pimenta Bueno 1.778 pequenos negócios formalizados (com Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ ativo), dos quais cerca de 8,7% eram empresas de pequeno porte (EPP), 36,78% microempresas e 54,44% microempreendedores individuais (Gráfico 5 e Tabela 1). Quanto ao setor econômico, menos de 1% pertencia ao agronegócio, mais de 6% pertenciam à construção civil, quase 14% eram indústrias, 33,18% eram de serviços e 45,56%, do comércio (Gráfico 6 e Tabela 2). Tabela 2 – Quantidade absoluta e percentual de pequenos negócios formalizados por porte e por setor econômico no município de Pimenta Bueno. Setor Porte Agropecuária Comércio Construção Civil Indústria Serviços Total Geral EPP 2 1,28% 100 64,10% 5 3,21% 32 20,51% 17 10,90% 156 ME 6 0,92% 335 51,22% 21 3,21% 86 13,15% 206 31,50% 654 MEI 9 0,93% 375 38,74% 87 8,99% 130 13,43% 367 37,91% 968 Total Geral 17 0,96% 810 45,56% 113 6,36% 248 13,95% 590 33,18% 1.778 O CSE 2015 também revela que, em Pimenta Bueno, os segmentos econômicos com maior densidade de pequenos negócios são: comércio varejista (15,5%), alimentação fora do lar (12,9%), outros serviços (11,7%), vestuário, calçados e acessórios (10,9%), beleza e estética (7,9%) e reparação veicular (6,7%); todos com mais de 100 negócios formalizados, conforme Gráfico 7. Gráfico 7 – Distribuição de pequenos negócios nos seguimentos econômicos no município de Pimenta Bueno Quanto ao tempo de abertura da empresa, ou seja, há quanto tempo a empresa foi formalizada, de maneira geral, os pequenos negócios de Pimenta Bueno distribuem-se da seguinte forma: 20,6% foram formalizados há menos de três anos; 61,3% abertos entre três e dez anos atrás; e 18,1% funcionam há mais de dez anos. Os setores de comércio e serviços são os que mais se mantêm ao longo do tempo no mercado, pois possuem, percentualmente, a maior quantidade de empresas com mais de dez anos: 10,2% e 4,1% respectivamente. O setor de comércio é o que mais se renova, pois percentualmente possui o maior número de empresas novas (8,7%), com menos de três anos. O setor de serviços também é crescente no município, conforme podemos observar na Tabela 3. Tabela 3 – Quantidade absoluta e percentual de pequenos negócios formalizados por tempo de abertura no município de Pimenta Bueno. Tempo de abertura Setor Total Geral Agropecuária Comércio Construção Civil Indústria Serviços Mais de 10 anos 2 155 37 44 128 366 3 a 10 anos 11 473 68 149 389 1.090 3 anos ou menos 4 182 8 55 73 322 Total Geral 17 810 113 248 590 1.778 Fonte: Cadastro Sebrae de Empresas 2015 Quanto ao ano de abertura, percebe-se que houve um aumento crescente na abertura de pequenos negócios por ano no município de Pimenta Bueno a partir de 2007 (Gráfico 8). Observa-se que o CSE 2015 apresenta o número de empresas cadastradas na Receita Federal até março de 2015, excluindo aquelas abertas depois dessa data e aquelas fechadas formalmente naquele órgão. Gráfico 8 – Evolução do número de pequenos negócios abertos ao ano em Pimenta Bueno entre 1997 e 2014 O número de microempreendedores individuais com sede em Pimenta Bueno cresceu em uma média de 163,16 novas formalizações por ano desde 2011 (Gráfico 9). Segundo dados da Receita Federal, os pequenos negócios em Pimenta Bueno – que incluem microempresas e empresas de pequeno porte – faturaram mais de R$ 172,7 milhões em 2014, registrando um aumento de 6,3% em relação a 2013 (Gráfico 10). De acordo com o Censo Agrário 2006 do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), havia 804 agricultores familiares em Pimenta Bueno. Ainda segundo o MDA, em abril de 2015 foram emitidas 1.059 Declarações de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP) para pessoas físicas. Além disso, foram firmados 351 contratos no valor total de R$ 6.813.319,00 (média de R$ 19,4 mil por contrato). Em Pimenta Bueno, a mandioca é o produto da lavoura que gerou maior valor em 2015, cerca de R$ 5,3 milhões, seguida pela melancia, com R$ 1,5 milhão, e da cana-de-açúcar, com R$ 1,01 milhão (Tabela 4). Entre os produtos de origem animal, a produção de leite foi a que gerou maior valor, no total de quase R$ 5,7 milhões (Tabela 5). Tabela 4 – Área plantada, quantidade produzida, rendimento médio, valor da produção por quilograma e por área plantada das lavouras no município de Pimenta Bueno em 2015. Produto Área plantada ou destinada à colheita (Hectares) Quantidade produzida (Toneladas) Rendimento médio da produção (Quilogramas por Hectare) Valor da produção (Mil Reais) Valor por quilograma de produto (R$ por quilograma) Valor por área plantada (R$ por hectare) Abacaxi 30 594 19.800 R$ 980,00 R$ 1,65 R$ 32.666,67 Arroz (em casca) 1 1 1.000 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 Banana (cacho) 78 723 9.269 R$ 868,00 R$ 1,20 R$ 11.128,21 Cacau (em amêndoa) 4 2 500 R$ 9,00 R$ 4,50 R$ 2.250,00 Café (em grão) Total 98 126 1.286 R$ 460,00 R$ 3,65 R$ 4.693,88 Café (em grão) Canephora 98 126 1.286 R$ 460,00 R$ 3,65 R$ 4.693,88 Cana-de-açúcar 100 6.500 65.000 R$ 1.014,00 R$ 0,16 R$ 10.140,00 Feijão (em grão) 25 18 720 R$ 39,00 R$ 2,17 R$ 1.560,00 Goiaba 2 12 6.000 R$ 32,00 R$ 2,67 R$ 16.000,00 Laranja 8 52 8.667 R$ 69,00 R$ 1,33 R$ 8.625,00 Mamão 1 25 25.000 R$ 31,00 R$ 1,24 R$ 31.000,00 Mandioca 440 7.040 16.000 R$ 5.335,00 R$ 0,76 R$ 12.125,00 Maracujá 1 15 15.000 R$ 35,00 R$ 2,33 R$ 35.000,00 Melancia 100 1.480 14.800 R$ 1.576,00 R$ 1,06 R$ 15.760,00 Milho (em grão) 416 873 2.099 R$ 318,00 R$ 0,36 R$ 764,42 Soja (em grão) 187 471 2.519 R$ 466,00 R$ 0,99 R$ 2.491,98 Tangerina 5 35 7.000 R$ 62,00 R$ 1,77 R$ 12.400,00 Tomate 4 64 16.000 R$ 193,00 R$ 3,02 R$ 48.250,00 Urucum (semente) 2 2 1.000 R$ 8,00 R$ 4,00 R$ 4.000,00 Uva 9 75 8.333 R$ 315,00 R$ 4,20 R$ 35.000,00 Total 1.609 R$ 40,70 Fonte: IBGE – Produção agrícola municipal Tabela 5 – Quantidade, valor da produção e valor por unidade de produtos de origem animal no município de Pimenta Bueno em 2015. Tipo de produto de origem animal Produção de origem animal Valor da produção (Mil Reais) Valor por unidade de produto (R$) Leite (Mil litros) 7.500 5.775 0,77 Ovos de galinha (Mil dúzias) 207 972 4,70 Mel de abelha (Quilogramas) 2.980 56 18,79 Jatuarana, piabanha e piracanjuba (Quilogramas) 68.625 502 7,32 Pacu e patinga (Quilogramas) 34.312 318 9,27 Pintado, cachara, cachapira e pintachara, surubim (Quilogramas) 57.187 704 12,31 Pirarucu (Quilogramas) 102.937 1.010 9,81 Tambacu, tambatinga (Quilogramas) 19.100 163 8,53 Tambaqui (Quilogramas) 880.687 5.117 5,81 Alevinos (Milheiros) 5.873 34.063 5,80 Total 48.680 Fonte: IBGE – Produção pecuária municipal 4.ANÁLISE DO DIAGNÓSTICO DO PROGRAMA NEGÓCIO A NEGÓCIO Os diagnósticos aplicados em microempreendedores individuais e microempresas pelos agentes do Programa Negócio a Negócio (NaN) incluíram 23 perguntas que abrangeram as áreas de Mercado, Operação e Finanças. As respostas a essas perguntas podiam ser “nunca”, “às vezes” e “sempre”. A análise da tabulação dos diagnósticos aplicados indica quais práticas de gestão são mais ou menos aplicadas pelos pequenos negócios, o que pode auxiliar a definição de soluções do Sebrae a serem oferecidas que tragam mais satisfação, aplicabilidade e efetividade. A análise dos diagnósticos aplicados entre março e novembro de 2016 em 125 pequenos negócios de Pimenta Bueno revelou que nos MEI o percentual médio de respostas “nunca” para as perguntas da área Operação foi 32,7% do total de respostas, da área de Finanças foi 66,3%, e da área de Mercado foi 50%, indicando que as práticas gerenciais nas áreas de Mercado e Finanças são mais negligenciadas pelas empresas desse porte. Nas microempresas o diagnóstico revelou que em Vilhena o percentual de respostas “nunca” para as perguntas da área de Operação foi de 19,8%, enquanto da área de Finanças foi 38% e da área de Mercado, 31,5%.
Wed Jun 13 09:52:11 BRT 2018
Perfil Socioeconômico e dos Pequenos Negócios em Ji-Paraná
1.APRESENTAÇÃO As diretrizes que orientam o atendimento e o relacionamento no Sistema Sebrae são: Buscar a melhoria da competitividade de cada cliente, a partir da identificação de suas necessidades específicas. Buscar, por meio do atendimento segmentado, a elevação da competitividade de segmentos estratégicos que retratem tendências e oportunidades para os pequenos negócios e potenciais empresários. Definir e utilizar os critérios de segmentação do público e de estabelecimento de metas, de modo a favorecer a integração dos diversos atores do atendimento. Executar as diversas ações de atendimento e relacionamento de forma integrada, para que o cliente perceba o Sebrae como uma única instituição, que entrega conhecimento por meio de soluções compostas por produtos e serviços. Proporcionar atendimento presencial, especializado e personalizado. Priorizar o atendimento remoto para facilitar o acesso e o uso das soluções Sebrae pelo cliente. Avaliar de forma contínua os processos de atendimento e relacionamento, do ponto de vista de sua efetividade e qualidade, por meio de métricas e indicadores. Dessa forma, o levantamento de informações que caracterizem da melhor forma possível os pequenos negócios é fundamental para que o Sebrae alcance dois de seus objetivos estratégicos: “ter um atendimento de excelência com foco no resultado para o cliente” e “ter excelência no desenvolvimento de produtos, serviços e canais de comunicação e atendimento adequado aos segmentos de clientes”. Assim, este documento apresenta o resultado de pesquisas de dados secundários sobre Ji-Paraná(RO) para subsidiar o planejamento de ações do Sebrae no município. 2.INDICADORES SOCIOECONÔMICOS Ji-Paraná é um município brasileiro do estado de Rondônia, com população de 131.560 habitantes em 2016, conforme estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo o segundo município mais populoso de Rondônia e o quinto em densidade demográfica, com 19,1 habitantes/km². Localiza-se a 363 km de Porto Velho, capital do estado. O município de Ji-Paraná possuía em 2013 um Produto Interno Bruto (PIB) no valor de R$ 2.684.653.000,00, com um PIB per capita no valor de R$ 20.772,30 (Gráfico 1). O Índice de Desenvolvimento Humano daquele município registrado em 2013 foi de 0,714 (Gráfico 2). O rendimento médio em 2010 por pessoa do estado foi de R$ 1.241,65 (Gráfico 3). A arrecadação total de impostos do município em 2013 foi de R$ 196,3 milhões, sendo pouco mais de R$ 41,6 milhões de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e R$ 14,4 milhões de Imposto Sobre Serviços (ISS) (Gráfico 4). Gráfico 4 – Recursos de ISS, ICMS e total de impostos arrecadados anualmente pelo município de Ji-Paraná entre 2010 e 2013 Conforme o relatório do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE (Tabela 1), o comércio foi o setor econômico que mais empregou em 2015 em Ji-Paraná com 10.302 empregos, ou 37,2% dos empregos formais do município, seguido por: serviços, com 7.229 empregos (26,1%), indústria de transformação, com 4.465 empregos (16,1%), e administração pública, com 3.074 empregos (11,1%). Tabela 1 – Número de empregos formais em 2014 e 2015 no município de Ji-Paraná por setor econômico. Setor Econômico 2014 % 2015 % 1 – Extrativa mineral 104 0,4% 88 0,3% 2 – Indústria de transformação 4.746 17,0% 4.465 16,1% 3 – Serviços industriais de utilidade pública 205 0,7% 217 0,8% 4 – Construção civil 1.576 5,7% 1.604 5,8% 5 – Comércio 10.409 37,4% 10.302 37,2% 6 – Serviços 7.051 25,3% 7.229 26,1% 7 – Administração pública 3.044 10,9% 3.074 11,1% 8 – Agropecuária, extração vegetal, caça e pesca 703 2,5% 716 2,6% Total 27.838 27.695 Fonte: Rais/MTE. O Sebrae atende o município de Ji-Paraná por meio da Unidade Regional de Ji-Paraná (URJPR), juntamente com outros quatro municípios (Jaru, Ouro Preto do Oeste, Governador Jorge Teixeira, Teixeirópolis, Vale do Paraíso, Mirante da Serra, Urupá e Nova União). O monitoramento da Lei Geral das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (MPE) indica que já foi implementada em Ji-Paraná, conforme observado nos indicadores globais: uso do poder de compra – nota 6,52; desburocratização – nota 6,40; empreendedor individual – nota 5,10; e agente de desenvolvimento – nota 6,30. 3. AMBIENTE DOS PEQUENOS NEGÓCIOS De acordo com o Cadastro Sebrae de Empresas (CSE), em 2015 havia em Ji-Paraná 5.661 pequenos negócios formalizados (com Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ ativo), dos quais cerca de 9,6% eram empresas de pequeno porte (EPP), 41,1% eram microempresas e 49,2% eram microempreendedores individuais (Gráfico 5 e Tabela 2). Quanto ao setor econômico, pouco mais de 0,5% pertencia ao agronegócio, menos de 8% pertenciam à construção civil, quase 13% eram indústrias, 32% eram de serviços e um pouco mais de 47% eram do comércio (Gráfico 6 e Tabela 2). Tabela 2 – Quantidade absoluta e percentual de pequenos negócios formalizados por porte e por setor econômico no município de Ji-Paraná. Porte Setor Total Geral Agropecuária Comércio Construção Civil Indústria Serviços EPP 3 0,55% 328 60,07% 27 4,95% 67 12,27% 121 22,16% 546 ME 13 0,56% 1.231 52,90% 121 5,20% 245 10,53% 717 30,81% 2.327 MEI 20 0,72% 1.120 40,17% 279 10,01% 412 14,78% 957 34,33% 2.788 Total Geral 36 2.679 427 724 1.795 5.661 O CSE 2015 também revela que em Ji-Paraná os segmentos econômicos com maior densidade de pequenos negócios são: outros serviços (15,6%), comércio varejista (15,5%), e vestuário, calçados e acessórios (11,8%), alimentação fora do lar (8%), beleza e estética (7,9%) e reparação veicular (5,9%); todos com mais de 200 negócios formalizados, conforme Gráfico 7. Gráfico 7 – Distribuição dos pequenos negócios nos seguimentos econômicos no município de Ji-Paraná Fonte: Cadastro Sebrae de Empresas 2015 Quanto ao tempo de abertura da empresa, ou seja, há quanto tempo a empresa foi formalizada, de maneira geral, os pequenos negócios de Ji-Paraná distribuem-se da seguinte forma: 21,1% foram formalizados há menos de três anos; 59,9% foram abertos entre três e dez anos atrás; e 19% foram abertos há mais de dez anos. Os setores de comércio e de serviços são os que mais se mantêm ao longo do tempo no mercado, pois possuem percentualmente a maior quantidade de empresas com mais de dez anos, 11,4% e 4,4% respectivamente. O setor de comércio é o que mais se renova, pois possui percentualmente (9,5%) o maior número de empresas novas com menos de três anos. O setor de serviços também é crescente no município, conforme podemos observar na Tabela 3. Tabela 3 – Quantidade absoluta e percentual de pequenos negócios formalizados por tempo de abertura no município de Ji-Paraná. Tempo de Abertura Agropecuária Comércio Construção Civil Indústria Serviços Total Geral 3 anos ou menos 7 540 124 132 392 1.195 10 anos até 3 anos 21 1.492 262 459 1.156 3.390 Mais de 10 anos 8 647 41 133 247 1.076 Total Geral 36 2.679 427 724 1.795 5.661 Fonte: Cadastro Sebrae de Empresas 2015 Quanto ao ano de abertura, percebe-se que houve um aumento crescente na abertura de pequenos negócios por ano no município de Ji-Paraná, a partir de 2009 (Gráfico 8). Ressalta-se que o CSE 2015 apresenta o número de empresas cadastradas na Receita Federal até março de 2015, excluindo-se aquelas abertas depois dessa data e aquelas fechadas formalmente naquele órgão. Gráfico 8 – Evolução do número de pequenos negócios abertos ao ano em Ji-Paraná entre 1997 e 2014 O número de microempreendedores individuais com sede em Ji-Paraná cresceu em uma média de 520 novas formalizações por ano desde 2011 (Gráfico 9). Percebe-se um decréscimo no número de formalizações a partir do ano de 2012 até o de 2015, com um leve aumento em 2016. Gráfico 9 – Quantidade de Microempreendedores Individuais formalizados com sede em Ji-Paraná entre 2011 e 2016 Segundo dados da Receita Federal, os pequenos negócios em Ji-Paraná – que incluem microempresas e empresas de pequeno porte – faturaram mais de R$ 559,6 milhões em 2014, registrando um aumento de 10,9% em relação a 2013 (Gráfico 10). Gráfico 10 – Faturamento das ME e EPP com sede em Ji-Paraná entre 2010 e 2014 De acordo com o Censo Agrário 2006 do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), havia 1.968 agricultores familiares em Ji-Paraná. Ainda segundo o MDA, em abril de 2015 havia 319 famílias assentadas em uma área reformada de 11.135 ha. Até aquela data foram emitidas 1.562 Declarações de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP) para pessoas físicas. Além disso, foram firmados 478 contratos no valor total de R$ 16.454.575 (média de R$ 34,4 mil por contrato). Em Ji-Paraná a mandioca é o produto da lavoura que gerou maior valor em 2015, cerca de R$ 6,025 milhões, seguida pelo café Canephora, com R$ 2,9 milhões, e do maracujá, com R$ 1,2 milhões (Tabela 4). Entre os produtos de origem animal, o que gerou maior valor foi a produção de tambaqui, no total de quase R$ 11 milhões (Tabela 5). Tabela 4 – Área plantada, quantidade produzida, rendimento médio, valor da produção, por quilograma e por área plantada das lavouras no município de Ji-Paraná em 2015. Produtos das lavouras temporárias e permanentes Área plantada ou destinada à colheita (Hectares) Quantidade produzida (Toneladas) Rendimento médio da produção (Quilogramas por Hectare) Valor da produção (Mil Reais) Valor por quilograma de produto (R$ por quilograma) Valor por área plantada (R$ por hectare) Abacaxi 6 108 18.000 R$ 130,00 R$ 1,20 R$ 21.666,67 Arroz (em casca) 10 18 1.800 R$ 11,00 R$ 0,61 R$ 1.100,00 Banana (cacho) 101 820 8.119 R$ 970,00 R$ 1,18 R$ 9.603,96 Borracha (látex coagulado) 113 82 726 R$ 139,00 R$ 1,70 R$ 1.230,09 Cacau (em amêndoa) 245 50 204 R$ 264,00 R$ 5,28 R$ 1.077,55 Café (em grão) Total 1.100 792 720 R$ 2.890,00 R$ 3,65 R$ 2.627,27 Café (em grão) Canephora 1.100 792 720 R$ 2.890,00 R$ 3,65 R$ 2.627,27 Cana-de-açúcar 38 1.358 61.727 R$ 204,00 R$ 0,15 R$ 5.368,42 Coco-da-baía 4 8 8.000 R$ 4,00 R$ 0,50 R$ 1.000,00 Goiaba 1 9 9.000 R$ 20,00 R$ 2,22 R$ 20.000,00 Laranja 7 49 8.167 R$ 54,00 R$ 1,10 R$ 7.714,29 Limão 19 93 4.895 R$ 96,00 R$ 1,03 R$ 5.052,63 Mamão 17 430 25.294 R$ 611,00 R$ 1,42 R$ 35.941,18 Mandioca 434 7.812 18.000 R$ 6.025,00 R$ 0,77 R$ 13.882,49 Maracujá 35 500 14.286 R$ 1.150,00 R$ 2,30 R$ 32.857,14 Melancia 36 540 15.000 R$ 448,00 R$ 0,83 R$ 12.444,44 Milho (em grão) 600 1.080 1.800 R$ 368,00 R$ 0,34 R$ 613,33 Tomate 9 155 17.222 R$ 233,00 R$ 1,50 R$ 25.888,89 Total 3.875 R$ 16.507,00 Fonte: IBGE – Produção Agrícola Municipal Tabela 5 – Quantidade, valor da produção e valor por unidade de produtos de origem animal no município de Ji-Paraná em 2015. Tipo de produto de origem animal Produção de origem animal Valor da produção (Mil Reais) Valor por unidade de produto (R$) Leite (Mil litros) 30.090 22.568 0,75 Ovos de galinha (Mil dúzias) 361 1.894 5,25 Mel de abelha (Quilogramas) 370 7 18,92 Jatuarana, piracanjuba (Quilogramas) 161.088 1.231 7,64 Pacu e patinga (Quilogramas) 80.544 772 9,58 Pintado, surubim (Quilogramas) 134.240 1.697 12,64 Pirarucu (Quilogramas) 310.948 3.153 10,14 Tambaqui (Quilogramas) 1.762.041 10.819 6,14 Total 42.141 Fonte: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal 4. ANÁLISE DO DIAGNÓSTICO DO PROGRAMA NEGÓCIO A NEGÓCIO Os diagnósticos aplicados em microempreendedores individuais e microempresas pelos agentes do Programa Negócio a Negócio (NaN) incluíram 23 perguntas que abrangeram as áreas de Mercado, Operação e Finanças. As respostas a essas perguntas podiam ser “nunca”, “às vezes” e “sempre”. A análise da tabulação dos diagnósticos aplicados indica quais práticas de gestão são mais ou menos aplicadas pelos pequenos negócios, o que pode auxiliar a definição de soluções do Sebrae a serem oferecidas que tragam mais satisfação, aplicabilidade e efetividade. A análise dos diagnósticos aplicados entre março e novembro de 2016 em 200 pequenos negócios de Ji-Paraná revelou que nos MEI o percentual médio de respostas “nunca” para as perguntas da área Operação foi 41,7% do total de respostas, da área de Finanças foi 38%, e da área de Mercado foi 24,9%, indicando que as práticas gerenciais nas áreas de Operação e Finanças são mais negligenciadas pelas empresas desse porte. Nas microempresas o diagnóstico revelou que em Ji-Paraná o percentual de respostas “nunca” para as perguntas da área de Operação foi de 24,6%, enquanto que da área de Finanças foi 20,8%, e da área de Mercado, 19,4%. Gráfico 11 – Percentual de respostas ao diagnóstico do NaN na área de Mercado dos microempreendedores individuais de Ji-Paraná Fonte: Sebrae/RO Gráfico 12 – Percentual de respostas ao diagnóstico do NaN na área de Operação dos microempreendedores individuais de Ji-Paraná Gráfico 13 – Percentual de respostas ao diagnóstico do NaN na área de FINANÇAS dos microempreendedores individuais de Ji-Paraná Gráfico 14 – Percentual de respostas ao diagnóstico do NaN na área de Mercado das microempresas de Ji-Paraná Gráfico 15 – Percentual de respostas ao diagnóstico do NaN na área de Operação das microempresas de Ji-Paraná Gráfico 16 – Percentual de respostas ao diagnóstico do NaN na área de Finanças das microempresas de Ji-Paraná
Wed Jun 13 09:52:11 BRT 2018
Perfil das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte 2018
Não há dúvidas de que as Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) são degrande importância para o país e podemos citar alguns dados que comprovam isso: representamcerca de 98,5% do total de empresas privadas, respondem por 27% do PIB e são responsáveispor 54% do total de empregos formais existentes no país, ou seja, empregam mais trabalhadorescom carteira assinada que as médias e grandes empresas. Não por acaso, mereceram um Lei específica, a Lei 123/2006, que estabeleceu um novo estatutopara as microempresas e empresas de pequeno porte. Também conhecida como “Lei Geral dasMicroempresas e Empresas de Pequeno Porte” ou simplesmente “Lei Geral”, a Lei 123/2006concedeu a esse nicho de empresas um tratamento diferenciado, o que têm contribuído para ocrescimento dessas empresas e, certamente, para o aumento de suas taxas de sobrevivência ecompetitividade. Clique no link abaixo e baixe em PDF a pesquisa, feito em abril de 2018.
Mon May 07 18:05:12 BRT 2018
Cadeia produtiva da piscicultura em Rondônia
Em O livro negro, do escritor turco Orthan Pamuk, um dos personagens fornece o seguinte conselho a seu interlocutor: “Jamais sente-se para escrever antes de ter encontrado a primeira frase do artigo.” 1 Introdução: onde estamos? Rondônia é o maior produtor brasileiro de tambaqui e pirarucu em tanque escavado, tendo como principais polos o Vale do Jamari e a Região Central. Segundo pesquisa realizada pelo Sebrae/RO em 2011, o estado produziu 39.700 toneladas de tambaqui e 1.300 de pirarucu (Sebrae Agronegócios, 2015). Naquele ano havia 2.600 produtores e 6.700 hectares de lâminas d’água licenciadas (SEDAM, 2016). O consumo local foi de 3,5 toneladas. Ainda de acordo com a pesquisa, a comercialização dessa produção representou um faturamento de R$ 160 milhões para o setor, sendo Manaus o principal mercado consumidor. Em 2014, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) estimou que foram produzidas 71 mil toneladas de peixe em 11,9 mil hectares de lâmina d’água, um aumento na produção de mais de 78% em relação a 2013. Isso representou um faturamento da ordem de R$ 248 milhões. Entre 2010 e 2015 o crescimento da produção foi de 400%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apresentamos a seguir dados sobre a produção estimada para 2017 da piscicultura do estado de Rondônia, a partir de informações da SEAGRI-RO (2017), o qual mostra a produção total e unitária, desagregada por duas classes de dimensão de lâmina de água. Quadro 1: Produção estimada da piscicultura do Estado de Rondônia para 2017 Explorações aquícolas Lâmina d’água = Área Alagada Produção Total Produção unitária Dimensão Nº (ha) (ton) (ton/ha) < 5 ha de lâmina de água 35.5803 22.162,00 63.383 2,86 > ou = 5 ha [LM1] de lâmina de água 4.157 14.902,50 90.157 6,05 Total Geral 39.737 37.064,50 153.540 4,45 Fonte: Portal do Peixe (SEAGRI-RO, 2017) Observa-se que a produção (ton/ha) estimada para o ano de 2017 em Rondônia, comparada entre produtores que possuem explorações com reservatórios superiores a 5 ha de área alagada (lâmina d’água) e os que exploram comercialmente áreas menores que o limite estabelecido na Lei nº 3.437/2014 para o licenciamento obrigatório, é 2,12 vezes superior (Rondônia, 2014). 2 A origem dos números Os dados anteriormente apresentados, nesta que poderia se chamar fase I da cadeia produtiva da piscicultura rondoniense ou “da porteira para dentro das propriedades”, são resultado de um conjunto de fatores representados pelas condições naturais propícias para a atividade, como água abundante e de boa qualidade, topografia plana das propriedades (Becker, 2001) e forte atuação das instituições públicas e privadas nos últimos 16 anos, mediante execução de programas de escavação de tanques, doação de alevinos, assistência técnica, desburocratização do processo de obtenção das licenças ambientais, capacitação em gestão e acesso ao mercado (SEAGRI-RO, 2017). Vale mencionar a concessão de incentivos fiscais para instalação e/ou ampliação de fábricas de ração e frigoríficos. Além disso, outro fator que tem impulsionado a atividade é a existência de mercado consumidor aquecido na região de Manaus, onde se encontra o maior consumo per capita/ano de pescado do Brasil (com 40 kg, enquanto no país o índice médio é de 14,5 kg), segundo dados da Food and Agriculture Organization of the United Nations de 2014 (FAO, 2014). 3 Os desafios: para onde devemos ir? Com a pujança da “fase I”, se faz necessário refletir sobre a fase II da cadeia produtiva, que pode ser chamada “da porteira para fora das propriedades”, que compreende avançar no desenvolvimento dos elos seguintes da cadeia, na desafiadora etapa de agregar valor ao pescado mediante implantação de novas plantas frigoríficas e ampliação de mercados para novos produtos, como costela e banda de tambaqui sem espinha, lombo, filé e manta de pirarucu. No longo prazo, seguindo a tendência mundial de busca de conveniência e praticidade pelo consumidor final, há que se atuar na sofisticação desses cortes e ofertá-los com temperos e preparos que os deixem prontos para irem da gôndola para o forno ou para o fogão do consumidor final (Kotler, 2011). O desafio contempla, também, a formulação e fabricação de ração específica para pirarucu, redução de preços de importantes insumos (como a própria ração, que pode representar até 60% do custo da produção), além do elevado valor de alevino de pirarucu, que é comercializado entre R$ 0,50 e R$ 0,80 por centímetro. São fatores que, se trabalhados, poderão contrabalançar a logística desfavorável de escoamento e contribuir para tornar o setor mais competitivo. Quando se fala em conquista de mercado, pode-se adotar a estratégia de marketing baseada nos 4 P (Produto, Preço, Praça e Promoção) ou mix de marketing de Philip Kotler, modelo para apoiar a conquista e permanência em mercados (Kotler, 2000). Mesmo levando-se em conta que os dois frigoríficos atualmente em operação no estado de Rondônia ofertam alguns dos produtos mencionados, pesquisas recentes elaboradas pelo Sebrae apontam que ainda há um amplo mercado a ser atendido nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e até no exterior, tanto para peixe in natura como para cortes sofisticados para a média e alta gastronomia. Essa seria uma alternativa para iniciar o processo de redução da perigosa dependência do mercado de Manaus. No entanto, há que se alertar para o fato de que sem certificação das boas práticas de recria, engorda, abate, processamento, armazenagem e transporte, grandes redes de supermercados não comprarão o produto. Para se ter uma ideia do grau de exigência, essas empresas chegam a exigir laudo de análise da água dos tanques, composição da ração e seu local de armazenagem, além de examinar o grau de concentração de antibióticos na carne do peixe (Näslund e Johnsson, 2014). Uma organização de defesa do consumidor publicou em sua revista de março testes em pescados e detectou metais pesados em merluza, pescada e atum. No filé congelado de polaca do Alasca havia 30% de gelo, quando a legislação permite no máximo 20%. É nesse cenário que produtores e frigoríficos devem atuar (Proteste, 2017). 4 A trilha para a consolidação da cadeia produtiva da piscicultura de Rondônia Se a produção de peixe no estado tem crescido de forma exponencial nos últimos anos, é preciso cuidar de aspectos como agregação de valor, logística e mercado para escoar a produção, afinal, tão importante quanto produzir é vender. E isto significa acessar mercados e conquistar clientes, sejam eles redes de supermercados, atacadistas, frigoríficos ou restaurantes. Assim, faz-se necessário implantar ações de curto, médio e longo prazo, no sentido de o produto ingressar em nichos tanto locais como em outras regiões do país[gab2] . Isso pode ser feito mediante articulação com as redes de supermercados, restaurantes e produtores, em parceria com a Associação dos Supermercados de Rondônia, a Associação Brasileira de Bares, Restaurantes e Lanchonetes, o Sebrae, o governo do estado e prefeituras para promover semestralmente, nesses estabelecimentos, workshops de gastronomia, onde seriam realizados cursos de boas práticas de preparo de cortes e elaboração de pratos à base de pescado, com degustação nos pontos de vendas. A ação precisa ser apoiada por campanha de marketing e divulgação na imprensa. Outro mercado local potencial para produtos com valor agregado é o de compras governamentais para instituições de ensino estaduais e municipais. Segundo a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Rondônia possui 240 mil alunos matriculados em 439 escolas. Por lei, as refeições nas escolas devem ser servidas com peixe duas vezes por semana. A Seduc tem orçamento de quase R$ 3 milhões para aquisição do produto (Costa e Fernandes, 2016). A introdução de peixe na merenda escolar é um forte componente no esforço de criar um melhor hábito de consumo em gerações futuras. Os produtos para esse nicho seriam fabricados com carne mecanicamente separada (CMS), gerada pelo processamento de cortes como filés, mantas e costelas, contribuindo para a eficiência produtiva dos frigoríficos. Precisamos criar uma cultura de consumo do pescado, notadamente nas cidades do eixo da BR-364 com transbordamento para outras cidades. Ações como estas podem ser o caminho. Os eventos estaduais funcionariam como pilotos, para repeti-los com maior complexidade e sofisticação em capitais como São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro no segundo ano após a realização em Rondônia. O projeto nessas capitais pode ser executado anualmente, durante três ou quatro anos, com forte estratégia de marketing, incluindo elaboração de livros de receitas, degustações em pontos de vendas, encarte em revistas de bairros e incorporação do conceito “Amazônia/Sustentabilidade”, pois se trata de produto com origem conhecida, e não de pesca predatória. O resultado seria o aumento da demanda pelo pescado rondoniense, provocando atração de novos investimentos logísticos e em frigoríficos. No entanto para essa estratégia funcionar, é preciso que haja uma fina sintonia entre o fornecimento de pescado para os frigoríficos (que precisam recebê-lo em quantidade, qualidade e prazo previstos no seu planejamento de produção, para que consigam processá-lo) e atendimento aos requisitos do cliente. Seria o just in time da cadeia produtiva (Kotler, 2011). Um eventual desacerto entre o fornecimento dos produtores aos frigoríficos e destes para os distribuidores e redes de supermercados colocará todo esforço por água abaixo, gerando consequências danosas para a credibilidade da cadeia. Daí a necessidade de os atores envolvidos terem consciência do papel de cada um no processo. Isso passa por escolha criteriosa dos produtores, planejamento da produção e despesca nas propriedades, negociação transparente e cumprimento dos contratos entre piscicultores e frigoríficos. O Sebrae/RO e parceiros estão iniciando um projeto nesse sentido, para atender cem produtores que respondem por quase 60% da produção em Rondônia. 5 Pontos para reflexão Quem tiver a intensão de empreender nesse novo momento da aquicultura rondoniense deve elaborar um bom planejamento que contemple as seguintes questões: necessidade de identificar e quantificar o mercado consumidor no estado e/ou fora dele, conhecer os canais de distribuição do produto, volume de demanda para peixe in natura e/ou processado, a que preços poderão ser comercializados e o nível de concorrência, entre outros. É preciso lembrar que a concorrência maior será com espécies mais conhecidas, como panga, salmão, tilápia, bacalhau, merluza e outras, e, além disso, definir o posicionamento do pescado rondoniense: se irá competir em diferenciação, preço ou segmentação, lembrando ser a sustentabilidade do produto (peixe autóctone) e a preocupação dos piscicultores de Rondônia com a sustentabilidade do ecossistema amazônico, fortes diferenciais de marketing deste produto. O investidor deve conhecer e se adequar à política de aquisição dos clientes no que diz respeito a quesitos como sanidade, nutrição, processamento e transporte do produto e, claro, preço. Com essas informações, é necessário planejar o volume a ser ofertado, conhecer o custo de produção e de logística e incorporar conceitos de planejamento e controle da produção. Ou seja, nessa nova fase, profissionalização é a palavra-chave. Por fim, pode-se afirmar que encontrar mercado para a produção é fundamental. Mas é preciso que o piscicultor/investidor reflita sobre o que foi apresentado aqui e busque alternativas para se adequar às exigências desse mercado, sejam quanto a qualidade, preços, prazos ou volume. O governo, as entidades de produtores e os órgãos de apoio têm importante papel nesse processo, contribuindo para o aumento da competitividade da piscicultura de Rondônia de modo sustentável.
Wed Sep 20 10:57:18 BRT 2017
Estratégia de acesso a mercado para a piscicultura de Rondônia
Escrever um artigo, uma poesia ou um livro é uma atividade de garimpagem de palavras no meio de 435 mil delas. O desafio é produzir um texto objetivo e claro que atraia a atenção do leitor. Essa atividade é dura, é muito mais transpiração que inspiração. 1 - Introdução Depois de se consolidar como o principal produtor de tambaqui e pirarucu em tanque escavado do Brasil, Rondônia enfrenta o desafio de implantação de estratégia de agregação de valor para o pescado e busca de mercado para novos produtos. Isso está ocorrendo mediante incentivos para instalação de plantas frigoríficas e realização de parceria com frigoríficos de pescado em outros estados. Propõe-se, aqui, uma reflexão sobre o fato que ações desenvolvidas na cadeia produtiva da piscicultura devam ser um desdobramento da sinalização do mercado, incluindo: desenvolvimento de cortes; adequação de embalagens; adequação de preços dos produtos, considerando o quanto os clientes estão dispostos a pagar; volume de compra; e, principalmente, o lançamento e consolidação da marca do peixe natural de Rondônia, como uma associação à sustentabilidade da Amazônia. É isso que se configura “ter foco no cliente e no mercado”, direcionando a tomada de decisão nas pisciculturas e nos frigoríficos. Sem a pretensão de esgotar o assunto, este texto apresenta uma proposta de estratégia de acesso ao mercado para o pescado rondoniense baseada nos 4 Ps do marketing. 2 - Os 4 Ps do marketing ou mix de marketing Em seu livro Marketing para o século XXI, Philip Kotler relembra os 4 Ps (produto, preço, praça e promoção) e discute outros Ps sugeridos pelos profissionais das áreas de marketing e vendas. Alguns autores acrescentam, além dos 4 Ps, outros dois: pessoas e paixão. Levando-se em conta que nos dias de hoje se busca a fidelização do cliente e que o processo de compra é puro relacionamento e interatividade entre o vendedor e o comprador, esses dois Ps fazem sentido. No entanto, sem desconsiderar a importância deles, neste texto nos ateremos aos 4 Ps já consagrados (KOTLER, 1999). 3 - Os 4 Ps como ferramentas de acesso ao mercado para o pescado de Rondônia Na abordagem mercadológica para o pescado rondoniense deve-se ter como referência esses 4 Ps do marketing. O modelo orienta a conquista e manutenção de mercados, sendo importante ferramenta de apoio para a superação dos novos desafios para a piscicultura de Rondônia. Produto – Deve-se saber qual produto o mercado está disposto a adquirir e em quais quantidades e condições. A demanda seria por peixe in natura e/ou beneficiado? Este item envolve a percepção pelo cliente de aspectos tangíveis, como o preço, e intangíveis, como a atribuição de valor. O valor para o cliente é uma combinação de percepções criada por ele a partir do momento em que deseja adquirir um produto até o término da experiência, incluindo fatores como facilidade para encontrar o produto, manuseio da embalagem, preparo do produto e serviço de pós-venda. No caso do pescado, o cliente está disposto a comprar tambaqui, merluza, pangasius (panga) ou tilápia? Trata-se de cliente classe A ou B (que prefere um produto mais nobre como salmão, robalo, atum ou pirarucu)? O que fará com que ele escolha um ou outro alimento? Na verdade, aspectos racionais, como preço, e emocionais, como benefícios percebidos, é que vão balizar a sua tomada de decisão. Preço – É quanto o produto ou serviço vale para o cliente. Sua função é gerar receita para o frigorífico ou para a piscicultura. Deve ser suficientemente alto para gerar lucro, mas não tanto a ponto de desestimular o comprador. No entanto, não deve ser muito baixo, para não depreciar o produto. O preço é fator estratégico de posicionamento do produto. O montante a ser cobrado dos clientes vai depender dos custos de produção, perfil do consumidor, volume adquirido e valor agregado. Agregar valor é tornar o produto diferenciado para o cliente, é fazer com que o comprador se disponha a pagar mais pelo produto, possibilitando maior margem de lucro. O consumidor julga se um produto é caro ou barato pela percepção dos benefícios recebidos na aquisição. Se o produto custa mais do que vale, será percebido como caro. Se custar menos do que vale, será considerado barato. Esses e outros aspectos devem ser levados em conta no momento de se definir a política de preço para o pescado de Rondônia, classificado como saboroso e de alto poder nutricional, quer seja tambaqui ou pirarucu, in natura ou processado, lombo ou filé (se processado), banda com ou sem espinha. Tudo em resposta às preferências do “senhor consumidor”. Praça – É onde o produto será disponibilizado para os consumidores. Envolve logística e canais de distribuição para fazer com que o produto chegue ao cliente. Os canais de distribuição podem ser feiras de pescado, distribuidores, redes de supermercados ou atacadistas. Esse P é estratégico, pois é por meio dele que o cliente terá acesso ao produto. Alguns questionamentos nesse contexto são importantes: qual é o melhor canal para o pescado rondoniense? Serão os distribuidores a ligar produtores, frigoríficos e redes de supermercados ou de fast food e restaurantes? É preciso iniciar uma estratégia para colocar peixe in natura na Ceagesp, que movimenta 250 toneladas/dia do produto? E para o peixe beneficiado (lombo, filé, costela, manta), qual canal usar? Supermercados premium para o tambaqui? Boutiques e empórios de carnes para o pirarucu ou o canal Horeca (hotéis, restaurantes e cafés)? A disponibilidade do produto certo, no local correto e no momento adequado, associada ao preço justo são fatores cruciais para a decisão de compra do consumidor (KOTLER, 2011; MEIJER et al., 2015). Promoção – Esse elemento tem o objetivo de informar aos clientes a existência do produto, suas vantagens e onde ele pode ser encontrado. Uma comunicação efetiva é fundamental nesse processo, bem como a criação de uma marca forte que “se fixe” no subconsciente do consumidor. No caso do tambaqui e pirarucu, pode-se incorporar o conceito de peixes cultivados de forma sustentável, contribuindo para a preservação dos cardumes naturais dos rios da Amazônia, bem como associar a manutenção da fauna nativa aos processos produtivos, desenvolvidos conforme os parâmetros mundiais de boas práticas de produção, assegurados por certificações obtidas de organizações internacionais de acreditação (FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS, 2014; MARSCHKE; WILKINGS, 2014). Importantes ferramentas de promoção do pescado rondoniense podem ser a participação em feiras de alimentação como a Fispal e a promoção de festivais gastronômicos nas principais cidades de Rondônia e em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Essas ações precisam ser apoiadas com forte estratégia de marketing, incluindo distribuição de folhetos com receitas, publicidade em revistas especializadas, entrevista com chefs renomados e outros. 4 - Conclusão O desafio é firmar uma marca própria dos peixes rondonienses que associe qualidade, sabor e sustentabilidade na Amazônia, e inverter o pensamento vigente, no qual o piscicultor produz e depois sai em busca de mercado para vender a produção. A ordem mais adequada seria partir do mercado para a piscicultura e para o frigorífico. É o mercado que deve sinalizar o que e em qual quantidade o produtor deve produzir, o que e como o frigorífico processará e em qual preço o produto será negociado. Com essas informações, os produtores e os frigoríficos podem planejar com maior segurança os investimentos em curto, médio e longo prazo, bem como o volume a ser produzido e qual espécie deverá ser priorizada no cultivo e no processamento. Espera-se que essa proposta contribua para a tomada de decisões corretas, elevando a piscicultura rondoniense a novos patamares de competitividade.
Wed Sep 20 10:47:41 BRT 2017
Perfil Socioeconômico e dos Pequenos Negócios em Ariquemes
1.APRESENTAÇÃO As diretrizes que orientam o atendimento e o relacionamento no Sistema Sebrae são: Buscar a melhoria da competitividade de cada cliente, a partir da identificação de suas necessidades específicas. Buscar, por meio do atendimento segmentado, a elevação da competitividade de segmentos estratégicos que retratem tendências e oportunidades para os pequenos negócios e potenciais empresários. Definir e utilizar os critérios de segmentação do público e de estabelecimento de metas, de modo a favorecer a integração dos diversos atores do atendimento. Executar as diversas ações de atendimento e relacionamento de forma integrada, para que o cliente perceba o Sebrae como uma única instituição, que entrega conhecimento por meio de soluções compostas por produtos e serviços. Proporcionar atendimento presencial, especializado e personalizado. Priorizar o atendimento remoto para facilitar o acesso e o uso das soluções Sebrae pelo cliente. Avaliar de forma contínua os processos de atendimento e relacionamento, do ponto de vista de sua efetividade e qualidade, por meio de métricas e indicadores. Dessa forma, o levantamento de informações que caracterizem da melhor forma possível os pequenos negócios é fundamental para que o Sebrae alcance dois de seus objetivos estratégicos: “ter um atendimento de excelência com foco no resultado para o cliente” e “ter excelência no desenvolvimento de produtos, serviços e canais de comunicação e atendimento adequado aos segmentos de clientes”. Assim, este documento apresenta o resultado de pesquisas de dados secundários sobre Ariquemes (RO) para subsidiar o planejamento de ações do Sebrae no município. 2.INDICADORES SOCIOECONÔMICOS Ariquemes é um município brasileiro do estado de Rondônia, com população de 105.896 habitantes em 2016, conforme estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo o terceiro município mais populoso de Rondônia e o segundo em densidade demográfica, com 23,9 habitantes/km². Localiza-se a 199 km de Porto Velho, capital do estado. O município de Ariquemes possuía em 2014 um Produto Interno Bruto (PIB) no valor de R$ 1.967.587.000,00, com um PIB per capita no valor de R$ 19.128,79 (Gráfico 1). O Índice de Desenvolvimento Humano daquele município registrado em 2013 foi de 0,702 (Gráfico 2). O rendimento médio calculado em 2010 por pessoa do estado foi de R$ 1.207,58 (Gráfico 3). A arrecadação total de impostos do município em 2013 foi de R$ 185,2 milhões, sendo pouco mais de R$ 37,8 milhões de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e R$ 11,6 milhões de Imposto Sobre Serviço (ISS) (Gráfico 4). Gráfico 4 – Recursos de ISS, ICMS e total de impostos arrecadados anualmente pelo município Ariquemes entre 2010 e 2013 Conforme o relatório do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE (Tabela 1), o comércio foi o setor econômico que mais empregou em 2015 em Ariquemes, com 6.955 empregos ou 37% dos empregos formais do município, seguido por: serviços, com 4.547 empregos (24,2%), indústria de transformação, com 2.584 empregos (13,8%), e administração pública, com 2.525 empregos (13,5%). Tabela 1 – Número de empregos formais em 2014 e 2015 no município de Ariquemes por setor econômico. Setor Econômico 2014 2015 1 – Extrativa mineral 683 (3,52%) 392 (2,09%) 2 – Indústria de transformação 2.854 (14,72%) 2.584 (13,77%) 3 – Serviços industriais de utilidade pública 38 (0,20%) 15 (0,08%) 4 – Construção civil 1.154 (5,95%) 630 (3,36%) 5 – Comércio 6.832 (35,23%) 6.955 (37,07%) 6 – Serviços 4.359 (22,48%) 4.547 (24,24%) 7 – Administração pública 2.467 (12,72%) 2.525 (13,46%) 8 – Agropecuária, extração vegetal, caça e pesca 1.005 (5,18%) 1.113 (5,93%) Total 19.392 (100,00%) 18.761 (100,00%) Fonte Rais/MTE. O Sebrae atende o município de Ariquemes por meio da Unidade Regional de Ariquemes (URARI), juntamente com outros dez municípios (Alto Paraíso, Buritis, Cacaulândia, Campo Novo de Rondônia, Cujubim, Machadinho d`Oeste, Monte Negro, Rio Crespo, Theobroma e Vale do Anari). O monitoramento da Lei Geral das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (MPE) indica que já foi implementada em Ariquemes, conforme observado nos indicadores globais: uso do poder de compra – nota 8,09; desburocratização – nota 8,0; empreendedor individual – nota 8,4; e agente de desenvolvimento – nota 10,0. 3.AMBIENTE DOS PEQUENOS NEGÓCIOS De acordo com o Cadastro Sebrae de Empresas (CSE), em 2015 havia em Ariquemes 4.727 pequenos negócios formalizados (com Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ ativo), dos quais cerca de 8,8% eram empresas de pequeno porte (EPP), 35% eram microempresas e 56,2% eram microempreendedores individuais (Gráfico 5 e Tabela 1). Quanto ao setor econômico, menos de 1% pertencia ao agronegócio, mais de 7% à construção civil, quase 12% eram indústrias, 35% eram de serviços e 45% do comércio (Gráfico 6 e Tabela 2). Tabela 2 – Quantidade absoluta e percentual de pequenos negócios formalizados por porte e por setor econômico no município de Ariquemes. Setor Porte Agropecuária Comércio Construção Civil Indústria Serviços Total Geral EPP 5 1,20% 253 60,82% 17 4,09% 64 15,38% 77 18,51% 416 ME 21 1,27% 840 50,76% 69 4,17% 230 13,90% 495 29,91% 1.655 MEI 20 0,75% 1.032 38,86% 264 9,94% 268 10,09% 1.072 40,36% 2.656 Total Geral 46 0,97% 2.125 44,95% 350 7,40% 562 11,89% 1.644 34,78% 4.727 O CSE 2015 também revela que em Ariquemes os segmentos econômicos com maior densidade de pequenos negócios são: outros serviços (18,5%), comércio varejista (16,7%), vestuário, calçados e acessórios (12,3%), alimentação fora do lar (10,1%), beleza e estética (7%) e reparação veicular (5,4%); todos com mais de 200 negócios formalizados, conforme Gráfico 7. Gráfico 7 – Distribuição de pequenos negócios nos seguimentos econômicos no município de Ariquemes Quanto ao tempo de abertura da empresa, ou seja, há quanto tempo a empresa foi formalizada, de maneira geral, os pequenos negócios de Ariquemes distribuem-se da seguinte forma: 23,1% foram formalizados há menos de três anos; 60,3% foram abertos entre três e dez anos atrás; e 16,6% foram abertos há mais de dez anos. Os setores de comércio e de indústria são os que mais se mantêm ao longo do tempo no mercado, pois possuem percentualmente a maior quantidade de empresas com mais de dez anos, 20,1% e 20,6%, respectivamente. O setor de agropecuária é o que mais se renova, pois possui percentualmente o maior número de empresas novas 41,3%, com menos de três anos. O setor de serviços também é crescente no município, conforme podemos observar na Tabela 3. Tabela 3 – Quantidade absoluta e percentual de pequenos negócios formalizados por tempo de abertura no município de Ariquemes. Tempo de abertura Setor Total Geral Agropecuária Comércio Construção Civil Indústria Serviços Mais de 10 anos 7 428 27 116 205 783 3 a 10 anos 20 1.237 208 337 1.051 2.853 3 anos ou menos 19 460 115 109 388 1.091 Total Geral 46 2.125 350 562 1.644 4.727 Fonte: Cadastro Sebrae de Empresas 2015 Quanto ao ano de abertura, percebe-se que houve um aumento crescente na abertura de pequenos negócios por ano no município de Ariquemes, a partir de 2009 (Gráfico 8). Observa-se que o CSE 2015 apresenta o número de empresas cadastradas na Receita Federal até março de 2015, excluindo-se aquelas abertas depois dessa data e aquelas fechadas formalmente naquele órgão. Gráfico 8 – Evolução do número de pequenos negócios abertos ao ano em Ariquemes entre 1997 e 2014 O número de microempreendedores individuais com sede em Ariquemes cresceu em uma média de 441 novas formalizações por ano desde 2011 (Gráfico 9). Percebe-se um decréscimo no número de formalizações a partir de 2012 até 2015. Segundo dados da Receita Federal, os pequenos negócios em Ariquemes, que incluem microempresas e empresas de pequeno porte, faturaram mais de R$ 460,1 milhões em 2014, registrando um aumento de 13,4% em relação a 2013 (Gráfico 10). De acordo com o Censo Agrário 2006 do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), havia 2.491 agricultores familiares em Ariquemes. Ainda segundo o MDA, em abril de 2015 havia 3.715 famílias assentadas em uma área reformada de 943.806 ha. Até aquela data foram emitidas 1.606 Declarações de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP) para pessoas físicas. Além disso, foram firmados 541 contratos no valor total de R$ 16.702.706 (média de R$ 30,9 mil por contrato). Em Ariquemes a banana é o produto da lavoura que gerou maior valor em 2015, cerca de R$ 6,15 milhões, seguida pela soja, com R$ 5,8 milhões, e do cacau, com R$ 4,8 milhões (Tabela 4). Entre os produtos de origem animal, o que gerou maior valor foi a produção de tambaqui, no total de quase R$ 50 (Tabela 5). Tabela 4 – Área plantada, quantidade produzida, rendimento médio, valor da produção, por quilograma e por área plantada das lavouras no município de Ariquemes em 2015. Produto das lavouras temporárias e permanentes Área plantada ou destinada à colheita (Hectares) Quantidade produzida (Toneladas) Rendimento médio da produção (Quilogramas por Hectare) Valor da produção (Mil Reais) Valor por quilograma de produto (R$ por quilograma) Valor por área plantada (R$ por hectare) Abacaxi 20 380 19.000 R$ 1.520,00 4,00 R$ 76.000,00 Arroz (em casca) 1.360 4.488 3.300 R$ 2.842,00 0,63 R$ 2.089,71 Banana (cacho) 250 5.000 20.000 R$ 6.150,00 1,23 R$ 24.600,00 Cacau (em amêndoa) 1.394 841 603 R$ 4.794,00 5,70 R$ 3.439,02 Café (em grão) Total 605 508 840 R$ 1.524,00 3,00 R$ 2.519,01 Café (em grão) Canephora 605 508 840 R$ 1.524,00 3,00 R$ 2.519,01 Cana-de-açúcar 10 690 69.000 R$ 112,00 0,16 R$ 11.200,00 Coco-da-baía 5 42 8.400 R$ 38,00 0,90 R$ 7.600,00 Feijão (em grão) 30 11 367 R$ 28,00 2,55 R$ 933,33 Guaraná (semente) 3 2 667 R$ 24,00 12,00 R$ 8.000,00 Limão 2 10 5.000 R$ 15,00 1,50 R$ 7.500,00 Mandioca 330 9.900 30.000 R$ 4.070,00 0,41 R$ 12.333,33 Melancia 20 320 16.000 R$ 320,00 1,00 R$ 16.000,00 Milho (em grão) 710 2.446 3.519 R$ 815,00 0,33 R$ 1.147,89 Soja (em grão) 2.243 7.402 3.300 R$ 5.798,00 0,78 R$ 2.584,93 Urucum (semente) 3 2 667 R$ 8,00 4,00 R$ 2.666,67 Total 7.590 R$ 29.582,00 Fonte: IBGE – Produção Agrícola Municipal Tabela 5 – Quantidade, valor da produção e valor por unidade de produtos de origem animal no município de Ariquemes em 2015. Tipo de produto de origem animal Produção de origem animal Valor da produção (Mil Reais) Valor por unidade de produto (R$) Leite (Mil litros) 14.451 10.838,00 0,75 Ovos de galinha (Mil dúzias) 332 1.495,00 4,50 Mel de abelha (Quilogramas) 1.000 20,00 20,00 Jatuarana e piracanjuba (Quilogramas) 686.389 4.887,00 7,12 Pacu e patinga (Quilogramas) 17.073 155,00 9,08 Pintado, surubim (Quilogramas) 571.991 6.955,00 12,15 Pirarucu (Quilogramas) 1.029.584 9.905,00 9,60 Tambaqui (Quilogramas) 8.808.669 49.857,00 5,66 Total - 84.112,00 - Fonte: IBGE – Produção Pecuária Municipal 4. ANÁLISE DO DIAGNÓSTICO DO PROGRAMA NEGÓCIO A NEGÓCIO Os diagnósticos aplicados em microempreendedores individuais e microempresas pelos agentes do Programa Negócio a Negócio (NaN) incluíram 23 perguntas que abrangeram as áreas de Mercado, Operação e Finanças. As respostas a essas perguntas podiam ser “nunca”, “às vezes” e “sempre”. A análise da tabulação dos diagnósticos aplicados indica quais práticas de gestão são mais ou menos aplicadas pelos pequenos negócios, o que pode auxiliar a definição de soluções do Sebrae a serem oferecidas que tragam mais satisfação, aplicabilidade e efetividade. A análise dos diagnósticos aplicados entre março e novembro de 2016 em 48 pequenos negócios de Ariquemes revelou que nos MEI o percentual médio de respostas “nunca” para as perguntas da área Finanças foi 42,9% do total de respostas, da área de Operação foi 42,8%, e da área de Mercado foi 15,1%, indicando que as práticas gerenciais nas áreas de Finanças e Operação são mais negligenciadas pelas empresas desse porte. Nas microempresas não parece ser diferente, pois no diagnóstico aplicado nas empresas desse porte em Ariquemes o percentual de respostas “nunca” para as perguntas da área de Finanças foi 20,1%, enquanto que da área de Operação foi de 22,3%, e da área de Mercado, 7,6%. Gráfico 11 – Percentual de respostas ao diagnóstico do NaN na área de Mercado dos microempreendedores individuais de Ariquemes Gráfico 12 – Percentual de respostas ao diagnóstico do NaN na área de Operações dos microempreendedores individuais de Ariquemes Gráfico 13 – Percentual de respostas ao diagnóstico do NaN na área de Finanças dos microempreendedores individuais de Ariquemes Gráfico 14 – Percentual de respostas ao diagnóstico do NaN na área de Mercado das microempresas de Ariquemes Gráfico 15 – Percentual de respostas ao diagnóstico do NaN na área de Operação das microempresas de Ariquemes Gráfico 16 – Percentual de respostas ao diagnóstico do NaN na área de Finanças das microempresas de Ariquemes
Thu Aug 17 20:16:32 BRT 2017
Estratégia de relacionamento do Sebrae
Escrever um artigo, uma poesia ou um livro é uma atividade de garimpagem de palavras no meio de 435 mil delas. O desafio é produzir um texto objetivo e claro que atraia a atenção do leitor. Essa atividade é dura. É muito mais transpiração que inspiração. 1 Introdução Rondônia possui uma vocação natural para o pequeno agronegócio. Segundo o censo do IBGE, em 2016 eram 75 mil pequenos produtores rurais espalhadas pelo estado. Nesse universo estão 22 mil produtores de café e cerca de três mil piscicultores. São números expressivos de clientes* que o Sebrae/RO já atende ou deve atender mediante implementação de estratégias para ampliar esse relacionamento nos próximos anos, por meio de parcerias com o governo do estado, prefeituras, sindicatos rurais, associações e cooperativas de produtores. O atendimento deve ter como referencial o Direcionamento Estratégico do Sebrae e sua Política de Atendimento e Relacionamento, adotada em 2016, cujo objetivo é “nortear as ações de aprimoramento dos macroprocessos de atendimento e relacionamento com os clientes”. O Planejamento Plurianual (PPA) 2016-2019 do Sebrae/RO contém 11 projetos de atendimento coletivos, sendo um deles o Piscicultura no Estado de Rondônia, que vem apoiando 100 piscicultores, e, outro, o Cafeicultura de Rondônia (CAC), com 300 produtores, ambos em parceria com associações de produtores, a Empresa Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater/RO), o governo do estado, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e outras instituições. Este texto pretende analisar a atuação do Sebrae/RO nos dois projetos citados, considerando sua Política de Atendimento e Relacionamento com o Cliente, e sugerir uma estratégia de relacionamento com os pequenos negócios rurais das cadeias produtivas do peixe e do café atendidas pela instituição. 2 Análise da atuação do Sebrae/RO e proposição de estratégia de relacionamento com os pequenos negócios rurais das cadeias produtivas do peixe e do café O relacionamento do Sebrae/RO com seus clientes é pautado pelos seguintes objetivos estratégicos: ter excelência no atendimento, com foco no resultado para o cliente; potencializar um ambiente favorável para o desenvolvimento dos pequenos negócios; e promover a educação empreendedora. Por sua vez, as diretrizes estratégicas que orientam o atendimento e o relacionamento no Sistema Sebrae são: melhorar a competitividade de cada cliente a partir da identificação de suas necessidades; buscar a elevação da competitividade de segmentos estratégicos por meio do atendimento segmentado; e executar as ações de atendimento e relacionamento de forma integrada, para que o cliente perceba o Sebrae como única instituição que entrega conhecimento de forma remota e presencial no estado. Os segmentos da cafeicultura e da piscicultura foram escolhidos para serem contemplados com projetos por serem representativos no agronegócio rondoniense e pela existência de governança na cadeia, com protagonismo de parceiros como o governo do Estado, prefeituras e entidades de produtores. A seguir, sugere-se estratégia de relacionamento com os pequenos negócios das cadeias produtivas do café e do peixe em Rondônia, tendo como parâmetro a Política de Atendimento e Relacionamento do Sistema Sebrae. 2.1 Conhecimento do público-alvo das cadeias produtivas do peixe e do café Conquista e fidelização pressupõem que a organização conheça as necessidades do cliente melhor do que ele mesmo. É preciso identificá-lo, estudá-lo e compreender suas necessidades explícitas e implícitas, possibilitando um adequado atendimento que não só resolva problemas, mas que gere reconhecimento, recomendação e fidelização. Nesse processo, o cadastro completo do cliente é vital. O Sebrae/RO deve aprofundar seu conhecimento sobre o perfil e as demandas da clientela do segmento de cafeicultores e piscicultores como forma de ser mais efetivo no cumprimento de sua missão e de seu direcionamento estratégico. Para isso, é fundamental o uso sistemático de pesquisa de satisfação, a correta alocação de pessoal qualificado para o atendimento presencial e remoto com habilidades em construir relacionamentos, e implantação de um Customer Relationship Management (CRM – Gestão de Relacionamento com o Cliente). Precisa-se ofertar portfólio atualizado de soluções, seja na área de tecnologia, de gestão da propriedade ou de acesso a mercados. É com esse viés empresarial que a propriedade rural aumentará sua eficiência produtiva e se tornará mais competitiva no estado e fora dele. 2.2 A segmentação do cliente do Sebrae e os fatores de competitividade empresarial Segmentar é identificar, selecionar e priorizar grupos de clientes para oferecer-lhes soluções específicas por meio de canais adequados. Essas ações devem contribuir para atender as demandas e ter como desdobramentos a fidelização do cliente e a construção de relacionamentos duradouros com ele. É conveniente que o Sebrae/RO continue o processo de segmentação desses 300 cafeicultores e dos 100 piscicultores ora atendidos para aprofundar o conhecimento de suas reais necessidades, visando ofertar soluções efetivas para suas demandas e gerando valor para a instituição. Uma questão relevante que os formuladores de estratégia de atendimento precisam ter em mente é a compreensão dos fatores de competitividade das empresas, que são: empresarial (são fatores de domínio da empresa como marketing, produtividade e qualidade); estrutural (diz respeito à competitividade do segmento em relação ao setor ou cadeia produtiva) e sistêmica (que ocorre tanto no ambiente interno do país quanto no cenário internacional, produzindo impactos no dia a dia da organização). Sua análise poderá reduzir substancialmente equívocos na escolha de grupos de clientes a serem atendidos, de soluções ofertadas e de projetos propostos nos PPA futuros. 2.3 Aferição da efetividade das ações dos projetos Piscicultura no Estado de Rondônia e CAC A verificação da efetividade das ações dos projetos objeto dessa análise deve ser parte da estratégia de relacionamento do Sebrae/RO. Os dois projetos aqui tratados estão estruturados em três eixos de atuação: gestão das propriedades, melhorias das tecnologias de produção e acesso a mercados, cabendo perguntar como está sendo aferida a efetividade das ações oriundas desses eixos. Somente através da pesquisa que verifica o atingimento dos resultados dos projetos (T0, T1, T2)? Ou há um canal estruturado de relacionamento direto com os produtores, possibilitando mensuração mais ampla? Nesse contexto é fundamental o papel da Central de Relacionamento, que pode apoiar o gestor do projeto no monitoramento e no feedback dos resultados das ações realizadas e do nível de satisfação da clientela. Outra área importante é a Ouvidoria, que representa o cliente, colhendo elogios e reclamações que podem ser usadas como correção de estratégias. 3 O papel das redes sociais Pesquisa realizada pelo Sebrae Nacional em 2017 sobre o uso da tecnologia da informação no agronegócio aponta que 70% dos produtores rurais acessam a internet, sendo o celular o aparelho utilizado pela maioria, seja em casa ou na propriedade, e 79% dos produtores acessam a internet diariamente. São números que merecem atenção por parte de gestores e coordenadores dos projetos no sentido de utilizar essas ferramentas não só para ofertar produtos e agendar reuniões, mas para melhorar o relacionamento com essa clientela, checando a efetividade das ações executadas e, como consequência, gerar fidelização, sonho de toda organização. 4 Conclusão Espera-se que essa reflexão contribua para o atendimento diferenciado e a construção de relacionamentos duradouros com os que procuram o Sebrae/RO, quer sejam nosso público-alvo, parceiros, ou, especificamente, os clientes atendidos nas cadeias produtivas da piscicultura e da cafeicultura em Rondônia, elevando a competitividade, a sustentabilidade e a valorização dos negócios desses pequenos produtores. *Cliente: parcela do público-alvo com o qual o Sebrae interagiu na entrega de conhecimento, gerando valor tanto para essa parcela quanto para a instituição, com a possibilidade de estabelecer um relacionamento.
Thu Aug 10 14:39:59 BRT 2017
Como transformar uma empresa em inteligência coletiva?
As empresas enquadradas na “estupidez coletiva” podem ser descritas como aquelas que desconsideram a importância do conhecimento e das competências essenciais como recursos intangíveis primordiais para sua estratégia, e que, portanto, relegam a esses ativos invisíveis pouca ou nenhuma relevância na construção de sua vantagem competitiva. Obviamente, empresas enquadradas na categoria “inteligência coletiva” agem de forma contrária às empresas enquadradas na “estupidez coletiva”, destinando maior importância ao conhecimento e às competências, estimulando o seu desenvolvimento na busca de maior competitividade. Assim, o desafio proposto no título deste artigo passa necessariamente pela valorização dos recursos invisíveis e intangíveis da organização, que são mais difíceis de imitar, transferir, comprar, vender ou substituir. Como afirmam Fleury e Oliveira (2001, p. 18), ativos invisíveis, como o conhecimento organizacional, não podem ser negociados ou facilmente replicados por competidores, à medida que estão fortemente enraizados na história e na cultura da organização. Tais ativos são acumulados lentamente ao longo do tempo. Quanto mais específico à empresa for o ativo, mais durável ele será, e mais difícil será para os competidores imitá-lo. Isso confere ao conhecimento da empresa o caráter de ativo estratégico. Portanto, no atual mercado globalizado e de constantes transformações, a organização que deseja tornar-se mais competitiva e proporcionar um benefício particular para os clientes, por meio de produtos, serviços e processos de gestão inovadores, deve dar atenção especial aos processos de aprendizagem que desenvolvam o conjunto de conhecimentos tácitos e coletivos, resultando em suas competências essenciais, constituindo-se de sua vantagem competitiva. Assim, os programas de gestão do conhecimento passam a exercer papel estratégico nas organizações. Terra (2005) afirma que o capital humano, formado pelos valores e normas individuais e organizacionais, bem como pelas competências, habilidades e atitudes de cada funcionário, é a “mola propulsora” da geração de conhecimentos e geração de valor nas empresas. Isso significa, por sua vez, reconhecer as necessidades de estimular a motivação intrínseca, o estabelecimento de contatos pessoais, análise de diferentes perspectivas, abertura para a efetiva comunicação e para o aprendizado por meio de experiências, tentativas e erros individuais. Portanto, conduzir uma empresa da “estupidez coletiva” para a “inteligência coletiva” implica em acreditar e estimular no ser humano a sua capacidade de geração de valor, individual e coletiva, e conduzi-la para o alcance de sua missão estratégica, por meio da gestão do conhecimento e de suas competências essenciais.
Mon Jul 17 17:32:57 BRT 2017
O papel dos gestores nas empresas que aprendem
A necessidade de tornar as companhias mais competitivas por meio da aprendizagem organizacional tem exigido dos gestores a percepção quanto a forma como os funcionários aprendem, e como desenvolvem e disseminam esse aprendizado. Isso é fundamental para que o conhecimento de interesse da empresa possa ser amplamente compartilhado, estimulando a criatividade e a inovação, gerando competitividade. Organizações que aprendem podem ser definidas como aquelas que valorizam e desenvolvem as competências essenciais que geram valor para os clientes. Nas empresas em que a aprendizagem é valorizada, essa prática faz parte da sua cultura, sua estratégia e maneira de fazer o conhecimento chegar até as pessoas que podem fazer a diferença para o sucesso do negócio. Nesse sentido, o papel dos gestores nessas organizações vai além de estimular a aprendizagem de seus subordinados. Cada funcionário tem formas diferentes de aprender e de disseminar esse aprendizado, e o gestor deve ficar atento para perceber quais práticas facilitam a comunicação entre os subordinados, para que o desenvolvimento deles possa ser potencializado. Estimular o aprendizado dos colaboradores por meio do incentivo à educação contínua e profissional tem sido um método utilizado nas organizações, visando elevar a capacidade de gerar soluções que agreguem maior competitividade. Para isso, programas de desenvolvimento profissional oferecem vantagens para que funcionários busquem seu aperfeiçoamento contínuo, por meio de cursos superiores de graduação e pós-graduação, por exemplo. No entanto, além do estímulo formal à aprendizagem individual, as organizações que aprendem, em especial os seus gestores, têm ido além do aprendizado, oferecendo um ambiente propício ao processo de aprendizagem organizacional, permitindo que a interação de conhecimentos individualizados possa gerar soluções inovadoras para a empresa e seus clientes. Mais do que isso, os gestores dessas organizações procuram se envolver no processo de criação dessas soluções, auxiliando seus subordinados a transpor os obstáculos que surgem no caminho e apoiando-os na medida do possível. Além do incentivo e envolvimento no processo de aprendizagem, os gestores das instituições que aprendem, promovem o devido reconhecimento e recompensa aos colaboradores que se permitem ir além do “mais do mesmo” e se arriscam em busca de inovações. Portanto, a era do gestor que “sempre” tem a melhor solução ficou para trás, e nas empresas que aprendem continuamente os gestores são mais do que apoiadores, são coadjuvantes do processo de criar, inovar e gerar valor para os seus clientes, estimulando a comunicação e a aprendizagem individual e coletiva, incentivando o intraempreendedorismo e reconhecendo os méritos dos seus colaboradores.