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Planejamento | ESTRATÉGIA COMPETITIVA
Como as lições do mercado de games são aplicadas pelas grandes marcas

Em busca de ampliar seus resultados, diversas empresas trouxeram inovações inspiradas nos modelos da indústria de jogos.

· 25/07/2017 · Atualizado em 11/11/2022

O tempo e o dinheiro investidos em busca de inovações tendem a impactar muito as empresas, principalmente os pequenos negócios. Sempre vai existir a chance de fazer os seus projetos melhorarem e, às vezes, até subir a níveis surpreendentes. Assim como sempre vai existir a possibilidade de o retorno não compensar o esforço.

Pensando nisso, grandes marcas optaram por diminuir os riscos aprendendo com quem já possui um ótimo resultado, a indústria de jogos. Essa indústria tem tamanha força: apenas em 2017 é previsto que movimente em torno de 100 bilhões de dólares ao redor do mundo, resultado que vem sendo construído há mais de 40 anos no mercado.

E esse resultado vai além da movimentação financeira. Pode-se dizer que, nos dias de hoje, os jogos são o formato de mídia com maior poder de engajamento no mundo.

Experiências e novos usos

Confira como os grandes players estão aplicando as boas práticas da indústria de jogos em seus negócios:

Reconhecimento pelo resultado

Imagine, por um instante, a tecnologia que existia no ano de 1978, ano em que um dos grandes clássicos dos jogos eletrônicos nasceu, o Space Invaders. Esse jogo se baseava unicamente em abater naves alienígenas vindas do espaço e se tornou uma grande febre na época. Mas não foi apenas a sua premissa e o seu gameplay que deixaram o jogo tão famoso, ele foi o primeiro jogo a incluir um sistema de HIGH-SCORE, no qual o melhor resultado fica em destaque durante todo o jogo.

Space Invaders, lançado em 1978

Esse recurso, apesar de simples, gerou uma grande vontade nos jogadores de sempre superarem o recorde atual, mesmo quando esse resultado era próprio. Alcançar esse objetivo trazia um grande sentimento de satisfação para os jogadores da época. Deu tão certo que foi duplicado por vários outros jogos atuais, por exemplo, em cada fase do Angry Birds.

Angry Birds, lançado em 2009

Com base nesse conceito, o Airbnb lançou o programa Superhost. Pautando-se na avaliação dos hospedes, número de cancelamento, taxa de respostas e quantidade de vezes que hospedou alguém através do Airbnb, os anfitriões podem se qualificar para serem Superhosts. Sempre que um cliente interessado visitar o perfil, vai ser possível ver um selo que atesta a qualidade do serviço. Além disso, o Airbnb trata o Superhost com um grau maior de relevância, oferecendo suporte exclusivo, novidades antecipadas e ofertas de cupons de viagens.

Existiam outras formas de reconhecer o resultado dos jogadores antigamente, a citada acima com o Space Invaders gerava uma grande exposição, mas o jogador não tinha como guardar um registro da pontuação alcançada, esse registro ficava restrito àquela máquina. Por conta disso a Activision criou diversas medalhas físicas. Graças a essas medalhas, os jogadores podiam colecionar conquistas e expô-las, e essa busca por medalhas também ajudou a movimentar um grande número de jogadores.

Coleção de medalhas físicas da Activision 

Hoje em dia esse sistema ainda existe, mas graças a internet as medalhas são virtuais, o alcance é mundial e podem ser obtidas em diversos sistemas de jogos online como por exemplo: Xbox Live, Steam e PSN.

Sistema similar foi pensado e desenvolvido pela Mozilla ao criar o Open Badges. Nele você não vai registrar que alcançou 99 vidas no seu jogo favorito, mas vai substituir os tão conhecidos certificados de papel por conquistas e medalhas referentes a habilidades adquiridas, seja por meio de cursos, trabalhos voluntários, oficinas ou qualquer outro meio que possa capacitar uma pessoa. Isso não vai apenas “organizar” os seus certificados em um local único, você pode compartilhar suas medalhas nas redes sociais e seu banco de medalhas fica aberto para contratantes interessados que também terão facilidade para encontrar uma mão de obra especializada.

Uma nova forma de contar histórias

Um grupo de amigos, fãs de história medieval e mitologias no geral, cansado de simplesmente ouvir e contar histórias de maneira tradicional, decide se juntar ao redor de uma mesa e cada um deve interpretar um personagem dentro da história. Um deles vai agir como narrador da história, mas ele não controla a decisão de cada personagem e nem o rumo que a história vai levar. Com isso, nasce o RPG de mesa, um jogo onde cada jogador vai interpretar um personagem e durante o decorrer da história as ações serão definidas assim como o resultado final.

Tempos depois, em 1980, foi lançado pela Atari o primeiro jogo eletrônico de RPG, o Adventure, onde, assim como o RPG de mesa, o jogador interage e vivencia a história no lugar de simplesmente ler ou escutar alguém contar ela. Hoje em dia esse formato de contar ou viver a história é amplamente utilizado em franquias como Final Fantasy ou Dragon Quest, ambos produzidos Square Enix.

A Netflix, seguindo o mesmo princípio, lançou uma animação interativa, nela você não vai simplesmente acompanhar a história linearmente como estamos acostumados, todas as decisões que influenciam a história, assim como nos jogos de RPG, são tomadas por quem está controlando o personagem. Graças a isso, a história que você presenciou vai ser diferente daquela que outras pessoas irão assistir, deixando-a muito mais atrativa.

As Aventuras do Gato de Botas é a primeira animação interativa da Netflix

Um novo uso para hardwares

Desde o ano de 1975, computadores têm se tornado cada vez mais acessíveis e populares. Isso aconteceu devido ao custo e ao tamanho extremamente reduzidos se comparados com os grandes mainframes que eram utilizados nas empresas. Porém, um dos métodos utilizados para deixar a tecnologia mais acessível foi diminuir a capacidade/qualidade do hardware existente deixando-o em um nível que atendia a necessidade de uma maioria.

As pessoas que gostavam de jogar em seus PCs não faziam parte dessa maioria. Por conta disso, os jogos para PC eram muito básicos e não possuíam uma capacidade gráfica muito avançada se comparados com os consoles (videogames pessoais) e arcades, apesar de o público ser interessado em consumir produtos e, principalmente, pagar por eles.

A indústria de jogos da época percebeu esse potencial e começou a produzir então placas de vídeo dedicadas que eram vendidas a parte. Com elas o potencial dos jogos criados para computadores teve um crescimento tanto em variedade quanto em qualidade, fazendo com que as placas se tornassem um sonho de consumo dos gamers da época.

A principal característica dessas placas de vídeos é um poder de processamento muito superior ao processador que todo computador possui, e que, normalmente, é focado para produzir gráficos mais avançados. Essa atividade se baseia principalmente em um conjunto de cálculos matemáticos complexos que resultam em uma imagem gráfica que no final será apresentada em seu monitor. Utilizando esse mesmo princípio, mudando o resultado final, diversas marcas, como a Google, começou a utilizar esse processamento avançado para realizar atividades de inteligência artificial.

Essas empresas possuem um grande volume de dados que transitam por seus servidores e serviços que muitas vezes são fornecidos de forma gratuita para os usuários. A maneira que eles monetizam o seu serviço é por meio de pequenas informações que são extraídas a partir desse mundo de dados que eles recebem.

A inteligência artificial atua justamente para filtrar o que é importante. Por exemplo, ao descobrir que você gosta de comer fora em uma região próxima ao seu trabalho toda sexta-feira durante a noite, eles conseguem te propor restaurantes da região, o que aumenta as chances de conversão.

Ou através de um e-mail que uma companhia de voo te enviou o seu smartphone já sabe e te lembra do dia da sua viagem, da hora, do portão de embarque e até mesmo se o transito até o aeroporto está congestionado.

Gamificando a educação

Imagine a seguinte situação: sua empresa atualizou diversos processos buscando otimizar os resultados, mas você percebeu que a sua equipe precisa de um treinamento para que ela se atualize sobre como a empresa vai atuar. Na hora de aplicar o treinamento a você recebe vários comentários como: “não tenho tempo para isso” ou “isso é realmente necessário?”.

Essa falta de engajamento acontece em vários casos: escolas, trabalho, academias, terapias etc. Para resolver isso, diversos estudiosos buscaram nos jogos uma maneira de trazer a atenção e o interesse das pessoas por atividades que normalmente teriam uma alta taxa de desistência e até mesmo baixa taxa de adesão.

Dentro dos jogos, é comum você ver crianças e até mesmo adultos ficarem focados por horas nas mais diversas atividades e, tudo isso, graças à mecânicas que são aplicadas dentro deles, como: feedbacks que indicam se está indo no caminho correto, reconhecimento a cada conquista, exposição do resultado para todos ao seu redor, entre outros.

Essa ideia de misturar mecânicas dos jogos dentro de atividades da vida real é conhecida como gamificação ou ludificação e tem se tornado uma ótima opção para qualquer equipe que deseja engajar os envolvidos em uma atividade que normalmente não têm alcançado os resultados desejados.

Provavelmente, mesmo sem querer, você já deve ter participado desse processo, empresas muito conhecidas utilizam a gamificação, às vezes de maneira sutil como o Waze e outras de maneira mais expressiva como o Duolingo ou o Nike Run Club.

O Waze mudou a forma de como utilizamos o GPS e para conseguir entrar no mercado. O aplicativo reconhecia os usuários que mais ajudavam a preencher os mapas, por quantidade de uso, alertar tráfegos pesados, vias interditadas, acidentes e outros avisos importantes aos motoristas com troféus e avatares. Informações que eram repassadas para os outros usuários, criando uma colaboração entre eles. 

Waze e seu sistema de recompensas

O Duolingo transformou o aprendizado de uma nova língua em um jogo. Cada atividade, por menor que fosse, fornecia um feedback. Toda vez que se conclui uma trilha você pode compartilhar a sua evolução, recebe pontuação e medalhas por cada progresso realizado. Tudo isso para potencializar o aprendizado de uma nova língua.

Já o Nike Run Club fez com que várias pessoas fossem às ruas para correr. Ele registra o seu percurso e publica nas redes sociais o seu progresso, o que gera naturalmente uma competição saudável entre amigos, que começavam a correr e comparar os resultados.

Aplique no seu negócio

Que tal começar a observar seu próprio negócio com um olhar diferente? Cada empresa tem o seu potencial de inovação, basta analisar com cuidado.

Aprenda a desenvolver ações inovadoras na sua gestão e saiba como elas podem contribuir para o seu negócio.


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