Integrante do calendário oficial do cinquentenário da instituição, o Startup Summit 2022 trouxe novidades para fortalecer o ecossistema de inovação no Brasil
O diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick, no evento em Florianópolis: polo de referência vai dar suporte e empoderar os negócios inovadores (Foto/crédito: Divulgação/Sebrae)
Considerada a sexta cidade do país com melhor ambiente de negócios, Florianópolis (SC) foi palco do lançamento de duas novas soluções oferecidas pelo Sebrae: o Polo de Referência Sebrae em Startup e o Empretec Startups. As duas novidades foram anunciadas, na quinta-feira (4/8), durante o Startup Summit 2022, evento referência nacional em inovação e tecnologia. O evento integra o calendário oficial de celebrações do cinquentenário do Sebrae, fundada em 1972.
O diretor técnico do Sebrae Nacional, Bruno Quick, explicou que o Polo de Referência Sebrae em Startup será uma base para reunir o que há de melhor no que diz respeito na aceleração de negócios. “Fundos de investimentos, ordenamento jurídico, mapeamento de ecossistema, conexão com universidades, intercâmbios, observatório de maturidade. O Polo será um espaço para tratarmos e direcionarmos todos os esforços que possam dar suporte e empoderar os negócios inovadores”, afirmou.
Quick destacou ainda que, apesar de estar sediado em Santa Catarina, o hub de inovação irá manter conexões com todo ecossistema nacional, através dos Agentes Locais de Inovação (ALI). “Nós já temos mais de 120 pessoas altamente capacitadas monitorando o que há de mais novo e espetacular acontecendo dentro de startups. As equipes do Sebrae visitam regularmente eventos internacionais para buscar conhecimento. Vamos reunir tudo isso e apresentar a vocês através do Polo”, declarou.
O diretor técnico do Sebrae Santa Catarina, Luc Pinheiro, acrescentou que o Sebrae é uma das maiores aceleradoras de negócios de todo continente americano. Segundo ele, através do trabalho feito em todas as regionais é possível, por exemplo, mobilizar startups de todo país para estarem no Startup Summit, que reúne público de mais de cinco mil pessoas nesta edição.
“São mais de cinco anos de Startup Summit, outros dez anos de Startup SC, que fazem de Florianópolis um local propício para o desenvolvimento desse tipo de negócio. Para consagrar esse momento, lançamos essas duas soluções que vão agregar muito na história de sucesso de vocês”, observou Pinheiro.
Empretec Startup
Com expectativa de lançar a primeira turma já em outubro deste ano, o Empretec Startup é uma novidade elaborada pelo Sebrae, com a chancela da Organização Mundial das Nações Unidas (ONU). Originalmente, o programa é uma imersão de seis dias, nos quais o “empreteco” vivencia a experiência de ser um empreendedor, com todas as dores e desafios a serem enfrentados.
Durante o programa são trabalhadas as principais habilidades de um perfil empreendedor. No Brasil, além da versão tradicional, será ofertada o Empretec Startup, voltada para pessoas que desejam rever emoções, comportamentos e dinâmicas na gestão de uma startup. “As startups possuem processos e demandas diferentes das empresas tradicionais, sabendo disso, o Sebrae traz essa vertente do Empretec para atender o público específico das empresas de inovação e tecnologia”, recomendou Bruno Quick.
Sobre o Sebrae 50+50
As atividades que marcam a celebração dos 50 anos do Sebrae giram em torno do tema “Criar o futuro é fazer história” e procuram mostrar a conexão da instituição com o Brasil. Denominada Projeto Sebrae 50+50, a iniciativa enfatiza as ações atuais nos três pilares da instituição: aprimorar a gestão empresarial, desenvolver um ambiente de negócios saudável e inovador para os pequenos negócios e promover a cultura empreendedora. Mostra também a evolução desde a fundação em 1972 até os dias de hoje, com um olhar para o futuro, ao mesmo tempo, voltado para os novos desafios do empreendedorismo no país.
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Abrir uma startup dá trabalho e muitos empreendedores não veem a hora de conquistar um aporte para poder expandir seus negócios. Mas, investimentos são baseados em critérios como confiança, retorno sobre o capital e o encaixe entre as estratégias do fundo e da empresa investida. Por isso, um investimento em early-stage (fase inicial) pode demorar mais do que você pensa. Cada investidor tem um timing próprio e um processo de avaliação diferente. No Brasil, existem quatro tipos mais comuns de investidores:1. Angels que atuam individualmente Também conhecidos como “investidores-anjo”, se tiverem boas referências do empreendedor e do projeto, podem levar de 2 a 8 semanas para investirem uma média de R$ 100 mil (ou até mais que isso, em alguns casos).2. Grupos de Angels Grupos de angels atuando em conjunto costumam avaliar projetos em fóruns semestrais. Aproveitando a janela de oportunidade e sendo aprovado para os fóruns na hora certa, você pode conseguir de R$ 200 mil a R$ 500 mil em até 3 meses.3. Fundos de capital semente com recursos privados (como a Astella ou Monashees): Os fundos com recursos privados geralmente definem suas próprias regras porque tem mais flexibilidade para negociar acordos junto aos seus diversos investidores. Alguns deles podem avaliar sua empresa, sumir por um tempo e reaparecer com uma proposta. Outros podem ajudá-lo a melhorar a empresa informalmente e, ao final de vários meses de interação constante, fazerem uma proposta formal de investimento para fechá-la em poucos dias. Fundos como esses tendem a fazer um primeiro aporte de R$ 200 mil a R$ 1 milhão em um período entre 3 a 6 meses para projetos realmente atrativos.4. Fundos de capital semente com capital público em sua composição (como a Confrapar e alguns fundos da FIR Capital) Nesse caso, os fundos têm regras específicas e investidores institucionais, aumentando a formalidade do processo de avaliação. Por isso, podem levar de 3 a 6 meses somente para avaliar se a empresa está apta a receber um investimento de entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões. Na média, projetos maduros recebem R$ 2 milhões em até 6 meses, contando 3 meses para avaliação e 3 meses migrando a empresa para a nova estrutura de capital. Como organizar seu contato com investidores Interagir com o tipo certo de investidor é importante porque traz conselhos relevantes e ajuda a medir a atratividade do seu projeto. Mesmo assim, essa prática deve ser muito bem gerenciada: o empreendedor não pode ficar muito tempo sem obter feedback, mas também não pode gastar tempo demais atendendo às demandas dos investidores. Também é importante ressaltar que a pior hora para conseguir investimentos é quando o dinheiro acaba, a ponto do projeto congelar ou mesmo morrer. Planeje-se para engrenar sua startup antes dessa hora chegar ou gerencie seu contato com os investidores certos para acioná-los na hora certa. Autor convidado: Yuri Gitahy, fundador da Aceleradora.