Evento é um dos mais importantes da América Latina para o setor de inovação e integra o calendário de celebrações dos 50 anos do Sebrae ao longo de 2022
Auditório lotado em Florianópolis para realização do Startup Summit 2022: empreendedores focados na inovação (Foto/crédito: Divulgação/Sebrae)
Em sua quinta e maior edição, o Startup Summit contou com 5.800 participantes no evento presencial, realizado em Florianópolis (SC) e 25.000 inscrições para assistir às palestras online. A distribuição por estado foi a seguinte no presencial: Santa Catarina (3.100), São Paulo (714), Rio Grande do Sul (529), Paraná (413) e Minas Gerais (183). Iniciativa do Sebrae, o evento integra o calendário oficial de celebrações do cinquentenário da instituição, fundada em 1972.
Na abertura do evento, quinta-feira (4 de agosto), a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que completa 15 anos, o Marco Legal das Startups e o crescimento do número de Microempreendedores Individuais (MEI) foram destacados pelo presidente do Sebrae, Carlos Melles, como os principais avanços do país no sentido de melhorar o ambiente de negócios e favorecer a economia.
“Nos seus 50 anos de história, o Sebrae está lado a lado com a indústria, o comércio, o agronegócio e a inovação para servir. Somos como uma esteira, contribuímos com capacitação, investimentos e políticas públicas de fomento ao ecossistema de inovação para o Brasil não parar. Este evento já nos mostra muito do que somos capazes e do que vamos ter no futuro”, declarou Melles.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, parabenizou a iniciativa do Startup Summit. “O país precisa de transformação baseada em conhecimento, inclusão e, principalmente, compromisso com o desenvolvimento em todo o território nacional”, concluiu.
Ao agradecer os parceiros, o superintendente do Sebrae SC, Carlos Henrique Fonseca, destacou a importância da programação do evento este ano. “Contamos com uma parte para formação educacional, temos uma feira com várias empresas e estamos trabalhando na orientação com o capital empreendedor”, pontuou.
Rodrigo Rossoni, presidente da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif), enfatizou a grande oportunidade de participar do evento. “Estamos colocando à disposição do público um conteúdo rico para que todos possam fazer uma jornada empreendedora cada vez mais admirável pelo bem do nosso país”, lembrou.
“Com a ajuda desse evento, tenho certeza que os empreendedores e as startups podem ser de alguma forma uma alavanca de crescimento para seus estados e para o Brasil”, disse o presidente da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), Iomani Engelmann.
Parcerias
O evento realizado pelo Sebrae, em parceria com a Acate e com a Acif, já é referência quando se trata de inovação, tecnologia e novos modelos de negócios no Brasil.
Desde que começou a ser realizado, o Startup Summit já impactou mais de 30 mil pessoas diretamente. São empreendedores, idealizadores, investidores, catalisadores, autoridades, políticos, pesquisadores e especialistas em inovação e tecnologia que se reúnem para trocar conhecimento e fazer negócios. Na edição 2022, todos os ingressos presenciais se esgotaram antes de 30 dias para o evento começar.
Dados recentes levantados pelo Sebrae apontam que o mercado das startups está em plena ascensão no país, movimentando US$ 1,7 bilhão em investimentos captados no primeiro semestre de 2022. O número representa uma alta de 22% em relação ao aportado no mesmo período do ano passado.
Sobre o Sebrae 50+50
As atividades que marcam a celebração dos 50 anos do Sebrae giram em torno do tema “Criar o futuro é fazer história” e procuram mostrar a conexão da instituição com o Brasil. Denominada Projeto Sebrae 50+50, a iniciativa enfatiza as ações atuais nos três pilares da instituição: aprimorar a gestão empresarial, desenvolver um ambiente de negócios saudável e inovador para os pequenos negócios e promover a cultura empreendedora. Mostra também a evolução desde a fundação em 1972 até os dias de hoje, com um olhar para o futuro, ao mesmo tempo, voltado para os novos desafios do empreendedorismo no país.
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Abrir uma startup dá trabalho e muitos empreendedores não veem a hora de conquistar um aporte para poder expandir seus negócios. Mas, investimentos são baseados em critérios como confiança, retorno sobre o capital e o encaixe entre as estratégias do fundo e da empresa investida. Por isso, um investimento em early-stage (fase inicial) pode demorar mais do que você pensa. Cada investidor tem um timing próprio e um processo de avaliação diferente. No Brasil, existem quatro tipos mais comuns de investidores:1. Angels que atuam individualmente Também conhecidos como “investidores-anjo”, se tiverem boas referências do empreendedor e do projeto, podem levar de 2 a 8 semanas para investirem uma média de R$ 100 mil (ou até mais que isso, em alguns casos).2. Grupos de Angels Grupos de angels atuando em conjunto costumam avaliar projetos em fóruns semestrais. Aproveitando a janela de oportunidade e sendo aprovado para os fóruns na hora certa, você pode conseguir de R$ 200 mil a R$ 500 mil em até 3 meses.3. Fundos de capital semente com recursos privados (como a Astella ou Monashees): Os fundos com recursos privados geralmente definem suas próprias regras porque tem mais flexibilidade para negociar acordos junto aos seus diversos investidores. Alguns deles podem avaliar sua empresa, sumir por um tempo e reaparecer com uma proposta. Outros podem ajudá-lo a melhorar a empresa informalmente e, ao final de vários meses de interação constante, fazerem uma proposta formal de investimento para fechá-la em poucos dias. Fundos como esses tendem a fazer um primeiro aporte de R$ 200 mil a R$ 1 milhão em um período entre 3 a 6 meses para projetos realmente atrativos.4. Fundos de capital semente com capital público em sua composição (como a Confrapar e alguns fundos da FIR Capital) Nesse caso, os fundos têm regras específicas e investidores institucionais, aumentando a formalidade do processo de avaliação. Por isso, podem levar de 3 a 6 meses somente para avaliar se a empresa está apta a receber um investimento de entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões. Na média, projetos maduros recebem R$ 2 milhões em até 6 meses, contando 3 meses para avaliação e 3 meses migrando a empresa para a nova estrutura de capital. Como organizar seu contato com investidores Interagir com o tipo certo de investidor é importante porque traz conselhos relevantes e ajuda a medir a atratividade do seu projeto. Mesmo assim, essa prática deve ser muito bem gerenciada: o empreendedor não pode ficar muito tempo sem obter feedback, mas também não pode gastar tempo demais atendendo às demandas dos investidores. Também é importante ressaltar que a pior hora para conseguir investimentos é quando o dinheiro acaba, a ponto do projeto congelar ou mesmo morrer. Planeje-se para engrenar sua startup antes dessa hora chegar ou gerencie seu contato com os investidores certos para acioná-los na hora certa. Autor convidado: Yuri Gitahy, fundador da Aceleradora.