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Expansão de mercados para os pequenos negócios foi discutida em encontro do Sebrae por empresários, pesquisadores e gestores públicos em evento em Brasília
A coordenadora de Petróleo, Gás e Energia do Sebrae Rio de Janeiro, Maíra Campos: mercados promissores para os pequenos negócios (Foto/crédito: Erivelton Viana/Sebrae)
A inserção das micro e pequenas empresas na cadeia produtiva de petróleo e gás foi debatida no Energia 50+50, evento do Sebrae, nesta quarta-feira (10), em Brasília. O encontro reúne empresários, pesquisadores e gestores públicos referências no setor para discutirem as principais oportunidades e desafios da área. A iniciativa integra o calendário oficial das celebrações do cinquentenário da instituição, fundada em 1972.
A coordenadora de Petróleo, Gás e Energia do Sebrae Rio de Janeiro, Maíra Campos, afirmou que o Brasil tem condições de chegar à quinta posição no ranking mundial de produção de petróleo. Durante o painel “Atuação Sebrae no Offshore”, ela apresentou números que mostram o potencial do país nesse segmento.
“O Brasil é um território ideal para produção de petróleo, gás e energias renováveis, pois temos amplos espaços tanto em terra, quanto em mar. Hoje, estamos em nona posição no ranking mundial, mas podemos chegar ao quinto lugar até 2050. Setores como transportes, aviação e petroquímica impulsionam as demandas e criam diversas oportunidades de atuação para micro e pequenos negócios”, frisou.
O Polo Sebrae Offshore foi destacado por Maíra como um dos grandes hubs de inovação na área de petróleo e gás. Segundo ela, o polo conta com a atuação de oito estados, concentrando 118 campos produtores, somando 3,6 milhões de barris por dia, divididos em 37 projetos. “A lógica do polo de excelência é gerar negócios, buscar convergência, estimular a inovação e ampliar as soluções para o mercado”, acrescentou.
Sobre o Sebrae 50+50
As atividades que marcam a celebração dos 50 anos do Sebrae giram em torno do tema “Criar o futuro é fazer história” e procuram mostrar a conexão da instituição com o Brasil. Denominada Projeto Sebrae 50+50, a iniciativa enfatiza as ações atuais nos três pilares da instituição: aprimorar a gestão empresarial, desenvolver um ambiente de negócios saudável e inovador para os pequenos negócios e promover a cultura empreendedora. Mostra também a evolução desde a fundação em 1972 até os dias de hoje, com um olhar para o futuro, ao mesmo tempo, voltado para os novos desafios do empreendedorismo no país.
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Abrir uma startup dá trabalho e muitos empreendedores não veem a hora de conquistar um aporte para poder expandir seus negócios. Mas, investimentos são baseados em critérios como confiança, retorno sobre o capital e o encaixe entre as estratégias do fundo e da empresa investida. Por isso, um investimento em early-stage (fase inicial) pode demorar mais do que você pensa. Cada investidor tem um timing próprio e um processo de avaliação diferente. No Brasil, existem quatro tipos mais comuns de investidores:1. Angels que atuam individualmente Também conhecidos como “investidores-anjo”, se tiverem boas referências do empreendedor e do projeto, podem levar de 2 a 8 semanas para investirem uma média de R$ 100 mil (ou até mais que isso, em alguns casos).2. Grupos de Angels Grupos de angels atuando em conjunto costumam avaliar projetos em fóruns semestrais. Aproveitando a janela de oportunidade e sendo aprovado para os fóruns na hora certa, você pode conseguir de R$ 200 mil a R$ 500 mil em até 3 meses.3. Fundos de capital semente com recursos privados (como a Astella ou Monashees): Os fundos com recursos privados geralmente definem suas próprias regras porque tem mais flexibilidade para negociar acordos junto aos seus diversos investidores. Alguns deles podem avaliar sua empresa, sumir por um tempo e reaparecer com uma proposta. Outros podem ajudá-lo a melhorar a empresa informalmente e, ao final de vários meses de interação constante, fazerem uma proposta formal de investimento para fechá-la em poucos dias. Fundos como esses tendem a fazer um primeiro aporte de R$ 200 mil a R$ 1 milhão em um período entre 3 a 6 meses para projetos realmente atrativos.4. Fundos de capital semente com capital público em sua composição (como a Confrapar e alguns fundos da FIR Capital) Nesse caso, os fundos têm regras específicas e investidores institucionais, aumentando a formalidade do processo de avaliação. Por isso, podem levar de 3 a 6 meses somente para avaliar se a empresa está apta a receber um investimento de entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões. Na média, projetos maduros recebem R$ 2 milhões em até 6 meses, contando 3 meses para avaliação e 3 meses migrando a empresa para a nova estrutura de capital. Como organizar seu contato com investidores Interagir com o tipo certo de investidor é importante porque traz conselhos relevantes e ajuda a medir a atratividade do seu projeto. Mesmo assim, essa prática deve ser muito bem gerenciada: o empreendedor não pode ficar muito tempo sem obter feedback, mas também não pode gastar tempo demais atendendo às demandas dos investidores. Também é importante ressaltar que a pior hora para conseguir investimentos é quando o dinheiro acaba, a ponto do projeto congelar ou mesmo morrer. Planeje-se para engrenar sua startup antes dessa hora chegar ou gerencie seu contato com os investidores certos para acioná-los na hora certa. Autor convidado: Yuri Gitahy, fundador da Aceleradora.