De janeiro a dezembro, uma extensa programação nacional e regional vai visitar o passado, mostrar os desafios do presente e apontar rumos para as próximas décadas
O ator Dan Stulbach, na apresentação da live do Projeto Sebrae 50+50: confiança no futuro (Foto/crédito - Charles Damasceno)
O Projeto Sebrae 50+50, destinado a celebrar o cinquentenário da instituição em 2022, foi lançado em 15/12/2021, em evento ao vivo na sede nacional em Brasília e transmitido online para colaboradores e parceiros em todo o país. De janeiro a dezembro, haverá uma série de ações e atividades que fazem parte de um calendário especial, com o tema “Criar o futuro é fazer história”.
A programação inclui a contribuição de todas as unidades regionais do Sebrae e a participação dos colaboradores. “São ações que contemplam o passado porque é necessário manter viva a memória; uma reflexão sobre o presente, porque o mundo mudou e muda o tempo todo; um desenho do que será o nosso futuro, pois essa construção só será possível com a participação de cada um”, explicou o mestre de cerimônia, o ator Dan Stulbach.
A abertura do evento coube ao presidente do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae, José Roberto Tadros. Ele ressaltou a vitoriosa trajetória de meio século de serviços prestados à causa da promoção do empreendedorismo, o apoio aos pequenos negócios e o engajamento no desenvolvimento do país.
“É o momento de renovar nosso compromisso com o micro e pequeno empreendedor brasileiro, nosso cliente, aquele herói anônimo que sonha, que acredita, que luta e persevera, que resiste e que vence”, José Roberto Tadros declarou.
O presidente do Sebrae, Carlos Melles, reforçou a importância do empreendedorismo e a responsabilidade do Sebrae em servir ao Brasil: “A saída desse país está no entusiasmo do empreendedorismo, que só dá certo, e o sonho só é realizado com a metodologia transformadora do Sebrae”.
Ele fez um pedido a todos os colaboradores. "Não deixem passar esses 50 anos. É o melhor que podemos fazer para a sociedade brasileira. É deixar que a sociedade conheça o que o Sebrae faz e fará pelo Brasil", disse Carlos Melles. "Os próximos 50 estão começando. Vamos todos dar as mãos, abraçar, energizar todos aqueles micro e pequenos empresários brasileiros, e vamos transformar o Sebrae nesse Sebrae que o Brasil precisa."
Em sua fala, o diretor de Administração e Finanças, Eduardo Diogo, ressaltou que é uma maravilha quando se vê que o empreendedor sai da "lógica do São Tomé, do ver para crer". "O empreendedor brasileiro inverte. Ele primeiro crê, acredita na ideia, na iniciativa e que vai ser exitoso", Eduardo Diogo comparou. "E ele coloca tudo dele ali dentro, para poder ver no momento seguinte a finalização de tudo isso."
O diretor Técnico do Sebrae, Bruno Quick, refletiu sobre a importância do cinquentenário. “O Sebrae não existe por acaso. Nosso trabalho existe para servir a uma causa que é basicamente a causa da liberdade, porque o empreendedor é um ser livre; da confiança de quem empreende; da alegria, de ter um sonho, acreditar nele e fazer tudo isso com amor”, pontuou. "Que venham os próximos 50 anos."
O presidente da Associação Brasileira dos Sebrae/Estaduais (Abase), Cláudio Mendonça, descreveu o orgulho de fazer parte da instituição. “O nosso propósito maior é o sucesso do outro, o sucesso dos pequenos negócios. É isso que para nós importa. É esse que para nós sobrevive e dá razão de nós acordarmos todos os dias e estarmos aqui", disse.
Além de depoimentos de colaboradores que fazem parte do Sistema Sebrae nas unidades espalhadas pelo Brasil, o evento apresentou uma retrospectiva do ano, com os principais resultados. Em um único mês de 2021, o Sebrae realizou mais de 12 milhões de atendimentos, o equivalente a todo o ano de 2010. Também foi ressaltada a capacidade de trabalho durante a pandemia, como a Educação a Distância que bateu recorde com quase 2,5 milhões de matrículas realizadas.
Com Agência Sebrae de Notícias (ASN)
Os dirigentes do Sebrae Eduardo Diogo, Carlos Melles e Bruno Quick, no evento: programação anunciada (Foto/crédito - Charles Damasceno)
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Abrir uma startup dá trabalho e muitos empreendedores não veem a hora de conquistar um aporte para poder expandir seus negócios. Mas, investimentos são baseados em critérios como confiança, retorno sobre o capital e o encaixe entre as estratégias do fundo e da empresa investida. Por isso, um investimento em early-stage (fase inicial) pode demorar mais do que você pensa. Cada investidor tem um timing próprio e um processo de avaliação diferente. No Brasil, existem quatro tipos mais comuns de investidores:1. Angels que atuam individualmente Também conhecidos como “investidores-anjo”, se tiverem boas referências do empreendedor e do projeto, podem levar de 2 a 8 semanas para investirem uma média de R$ 100 mil (ou até mais que isso, em alguns casos).2. Grupos de Angels Grupos de angels atuando em conjunto costumam avaliar projetos em fóruns semestrais. Aproveitando a janela de oportunidade e sendo aprovado para os fóruns na hora certa, você pode conseguir de R$ 200 mil a R$ 500 mil em até 3 meses.3. Fundos de capital semente com recursos privados (como a Astella ou Monashees): Os fundos com recursos privados geralmente definem suas próprias regras porque tem mais flexibilidade para negociar acordos junto aos seus diversos investidores. Alguns deles podem avaliar sua empresa, sumir por um tempo e reaparecer com uma proposta. Outros podem ajudá-lo a melhorar a empresa informalmente e, ao final de vários meses de interação constante, fazerem uma proposta formal de investimento para fechá-la em poucos dias. Fundos como esses tendem a fazer um primeiro aporte de R$ 200 mil a R$ 1 milhão em um período entre 3 a 6 meses para projetos realmente atrativos.4. Fundos de capital semente com capital público em sua composição (como a Confrapar e alguns fundos da FIR Capital) Nesse caso, os fundos têm regras específicas e investidores institucionais, aumentando a formalidade do processo de avaliação. Por isso, podem levar de 3 a 6 meses somente para avaliar se a empresa está apta a receber um investimento de entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões. Na média, projetos maduros recebem R$ 2 milhões em até 6 meses, contando 3 meses para avaliação e 3 meses migrando a empresa para a nova estrutura de capital. Como organizar seu contato com investidores Interagir com o tipo certo de investidor é importante porque traz conselhos relevantes e ajuda a medir a atratividade do seu projeto. Mesmo assim, essa prática deve ser muito bem gerenciada: o empreendedor não pode ficar muito tempo sem obter feedback, mas também não pode gastar tempo demais atendendo às demandas dos investidores. Também é importante ressaltar que a pior hora para conseguir investimentos é quando o dinheiro acaba, a ponto do projeto congelar ou mesmo morrer. Planeje-se para engrenar sua startup antes dessa hora chegar ou gerencie seu contato com os investidores certos para acioná-los na hora certa. Autor convidado: Yuri Gitahy, fundador da Aceleradora.