Os pequenos negócios maranhenses abriram 68,5% das vagas de empregos formais criados no estado em abril deste ano. As informações fazem parte de um levantamento feito pelo Sebrae com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta quarta-feira (7).
Quase três em cada quatro novos empregos com carteira assinada que foram criados no Maranhão foram abertos por Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP).
Ao todo, foram abertos 2220 novos empregos com carteira assinada no Maranhão, dos quais 1.510 vagas foram abertas por MPEs, enquanto as médias e grandes empresas abriram 732 vagas formais. Nesta conta, ainda entram os resultados apurados pela Administração Pública (125 empregos novos); dos CPFs (83 vagas fechadas) e empresas e instituições sem fins lucrativos (82 empregos fechados). “As MPEs representam 95% das empresas registradas no Maranhão e os números do Caged só confirmam a pujança dos pequenos negócios para nossa economia”, comentou o diretor técnico do Sebrae, Mauro Borralho.
No acumulado do ano, as MPEs também abriram a maior parte das novas vagas formais de trabalho. Segundo o levantamento do Caged, de janeiro a abril, foram criados 6.816 novas vagas formais e dessas 4.943 empregos com carteira assinada foram criados pela MPEs, o que significa que os pequenos negócios são responsáveis pela criação de 72,5% dos novos empregos formais no estado.
Dentre os setores da economia maranhense, o destaque ficou para o setor de Serviços que responde pela criação de 3.475 novas vagas, seguido pelo Comércio que abriu 1020 vagas e pela Agropecuária, que criou 698 empregos formais.
Tendência
Os dados referentes ao Brasil mostram que o Maranhão seguiu a tendência nacional, uma vez que os pequenos negócios continuam na posição de protagonistas em relação aos empregos gerados no país, pois 76% dos postos de trabalho criados em abril foram desse segmento. Do total de 180 mil novas vagas, 136,3 mil estavam nas micro e pequenas empresas contra 33,8 mil nas de médio e pequeno porte. A Administração Pública foi responsável por 4,6 mil.
“Mais uma vez, o segmento mostra a sua importância para a redução do desemprego e fome no país. Após o impulsionamento de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano, a expectativa é que o resultado seja ainda melhor nos próximos meses e que um número maior de novos postos seja criado”, comenta o presidente do Sebrae, Décio Lima.
Os pequenos negócios de todos os setores analisados apresentaram saldo positivo. O setor de Serviços foi a principal força motora de empregos do país, apresentando um total de 69,4 mil novas vagas, ou seja, seis a cada dez novos postos surgiram nesse setor. A Construção ficou na segunda posição, com 25,1 mil; seguida pelo Comércio, com 24,5 mil empregos; Indústria da Transformação, com 11,3 mil; Agropecuária, com 4,2 mil; Extrativa Mineral, com 886; e Serviços industriais de utilidade pública (SIUP), com 794.