Nos últimos anos, o número de profissionais autônomos que optaram por formalizar sua atividade e abrir uma microempresa aumentou exponencialmente no Brasil.

De acordo com pesquisas do Sebrae, entre todos os negócios existentes no país, 99% deles equivalem a Microempresas (ME) e empresas de Pequeno Porte (EPP). Além disso, as pesquisas ainda indicam que esses tipos de negócios são responsáveis por mais de 50% de todos os empregos com carteira assinada.
Mas, qual é o perfil desses empreendedores?
Dados do DataSebrae mostram que:
Em termos de escolaridade, mais da metade dos microempresários (57%) chegaram ao nível superior. Esse resultado indica que esse público tem uma escolaridade acima da média brasileira (17%) e acima do observado entre os MEI.
Em termos das atividades mais comuns entre os microempresários, estão o comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios, e o comercio de produtos alimentícios - exercidas por mais de 470 mil microempreendedores (cerca de 10% do total de ME no Brasil). Entre as outras atividades mais frequentes estão lanchonetes e restaurantes (5,1%) e o comércio de peças e acessórios para veículos (2,2%).
A maioria dos microempresários opera o seu negócio em um estabelecimento comercial (66%), sendo que uma parcela importante (21%) tem na sua própria residência o seu local de trabalho. Em comparação ao MEI, a residência ainda é o principal local de funcionamento do negócio.
Quando questionados quanto ao principal motivo que os levou a se tornarem microempresários, as principais respostas foram ter conhecimento ou experiência na área em que empreenderam (45%) e vontade de abrir um negócio (27%). Importante observar que essa é uma situação diferente do que é observado entre os MEI, onde a vontade de ser independente e a necessidade de uma fonte de renda são os principais motivadores.
Antes de se tornarem microempresários, a maioria (54%) era empregado com carteira assinada. Interessante notar que essa situação é semelhante à encontrada entre os MEI, onde a maioria também tinha um emprego com carteira assinada antes de se tornarem empreendedores.
Quando questionados quanto ao principal motivo que os levou a se formalizarem, os microempresários citaram ter uma empresa formal (33%) e poder emitir nota fiscal (14%). Em relação a 2019, nota-se um aumento na opção “necessidade de obter ou aumentar a renda”.
Para aqueles que informaram que antes de se tornarem microempresários eram empreendedores informais, questionou-se por quanto tempo eles haviam permanecido na informalidade. Assim, 51% disseram que passaram mais de 7 anos nessa situação. O tempo médio que os empreendedores passaram na informalidade foi de 10 anos.
A maioria dos entrevistados relatou que a sua atividade como microempreendedor é a sua única fonte de renda (75%). Entre os MEI, a proporção daqueles que têm o empreendedorismo como única fonte de renda, é maior (78%).
Em média a família do microempresário tem o tamanho da família brasileira, ou seja, é composta por 3,3 pessoas. Resultado semelhante foi encontrado entre os MEI.
A maioria dos microempresários (84%) afirmou que ter um CNPJ proporcionou melhoria nas condições de compra junto a fornecedores. Essa situação é semelhante a observada entre o MEI.
A possibilidade de emitir nota fiscal facilita as vendas para outras empresas, já que pessoas jurídicas têm mais exigências no que diz respeito à compra de produtos e serviços do que pessoas físicas. Nota-se que 49% dos microempresários afirmaram que é frequente a venda de produtos e serviços para outras empresas.
Saiba mais
Se precisar, procure a ajuda especializada do Sebrae, no seu estado.
Fonte: https://datasebrae.com.br/perfil-do-microempresario/
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