Ao se deparar com alguma dificuldade financeira ou ter o desejo de expandir o seu negócio, é comum que você procure alternativas de crédito. Para te ajudar a planejar essa busca e a decidir a melhor opção, conheça os 5 passos que preparamos para você.
A primeira coisa antes de tomar o crédito é analisar a real necessidade. Será que não existe uma alternativa dentro da própria empresa? Como fazer uma promoção para conseguir um recurso adicional ou reduzir algum custo desnecessário? Se depois dessas análises você realmente precisar de crédito, siga nossas orientações.
É importante ter clareza do valor do financiamento e a finalidade do recurso pretendido. Você precisa comprar máquinas, equipamentos, matéria-prima ou fazer uma reforma? De acordo com a sua necessidade há uma linha de crédito mais adequada.
Em geral, duas situações podem levar você a pensar que a melhor solução é buscar empréstimo ou financiamento: dificuldades financeiras ou expansão dos negócios. No entanto, é preciso avaliar bem se essa saída é indicada, além de estar seguro antes da decisão. Apesar de muitas vezes se confundirem, financiamento e empréstimo são processos diferentes de tomada de dinheiro. No primeiro, há uma finalidade específica para o valor retirado da instituição financeira, normalmente para a aquisição de bens. Já no segundo, ele pode ser utilizado pelo empresário sem definição prévia. Neste texto e no vídeo abaixo daremos algumas orientações importantes para te auxiliar na decisão.
Fluxo de caixa é uma ferramenta de gestão financeira com a finalidade de apurar o saldo disponível em seu negócio para que haja sempre capital de giro na empresa, para aplicação, investimentos ou eventuais gastos. Com a utilização constante dessa ferramenta, você empresário poderá ter uma visão de curto, médio e até longo prazo da situação financeira da sua empresa. Para facilitar, disponibilizamos uma planilha detalhada para controle do fluxo de caixa. É importantíssimo que os dados sejam preenchidos com o maior nível de detalhe possível. Quanto mais dados, mais correta estará a planilha e, consequentemente, suas decisões. Atenção aos itens: Preciso reduzir minhas despesas urgentemente? e Indicativo de problema? Esses itens demonstram se você precisa tomar alguma atitude em relação às finanças da sua empresa a curto prazo. Precisar reduzir despesas urgentemente significa que suas despesas estão maiores que sua receita, mesmo quando o caixa ainda esteja positivo. Quanto o indicativo de problema estiver indicando SIM em algum mês específico, significa que seu caixa é negativo e você precisa de recursos na sua empresa. A primeira ação SEMPRE deve ser a de redução das despesas, elas precisam ser avaliadas com frequência, principalmente em momentos de crise onde o aumento de receitas é ainda mais difícil. Negocie com fornecedores, corte custos em despesas possíveis como água, energia, telecomunicações, etc. Verifique a possibilidade de pagar uma dívida que possui altas taxas de juros, substituindo por uma com taxa de juros menores, se for o caso. Todos os itens em cinza não podem ser alterados e em branco ou vermelho precisam ser preenchidos por você. Atenção ao item de Saldo anterior, ao final da planilha Fluxo de caixa, logo no primeiro mês. Esse é o valor que existe no caixa da sua empresa antes de você começar a controlar o fluxo de caixa, ou o valor que representa o fechamento do ano ou período anterior. Atenção: todos os valores da linha “Necessidade de capital de giro” são estimativas. Essa é a forma mais simples de calcular necessidade de capital de giro. O Sebrae informa que há várias outras para empresas que possuem balanços controlados com mais detalhe e por contadores. Qualquer decisão deve ser validada com o contador. Nessa planilha você também vai encontrar nosso simulador de parcela de empréstimo, com ela você saberá quanto vai custar a prestação do crédito a partir de alguns dados: Valor do empréstimo Taxa de juros Carência Prazo A partir desses dados, a planilha calculará quanto vai custar cada parcela do empréstimo e, com isso, você poderá projetar o cenário de despesas da sua empresa (na planilha de fluxo de caixa) e saber se esses custos podem ser absorvidos no curto, médio e longo prazo.Baixe a planilha:
Por que financiar? Por que existe a necessidade do financiamento? Esta é a primeira pergunta que você deve fazer antes de contratar ou não um empréstimo. Porque, antes de qualquer coisa, você precisa compreender os motivos que o levam a buscar financiamento.O desenvolvimento de um plano de negócio pode te ajudar a encontrar a resposta. Esse é o documento que organizará as informações para que você saiba se vai ou não tomar a decisão de solicitar o investimento. No plano de negócio, deve estar mensurado quais os valores dos investimentos fixos e de capital de giro, quais os resultados decorrentes, qual a origem e a aplicação dos recursos. Ainda assim, é claro que, por melhor que seja o plano de negócio, ele não garante a liberação de recursos pelo agente financeiro. Verificar as possibilidades de crédito é fator decisivo para um financiamento planejado. De quanto você precisa? Para saber, é preciso definir qual o montante de recursos de que a empresa efetivamente necessita. Para chegar ao montante dos recursos necessários, é fundamental detalhar as máquinas, os equipamentos, veículos, móveis e utensílios nos quais vai investir e quais os seus respectivos preços.Caso você não encontre uma boa razão para usar um empréstimo, deve evitá-lo! Como pagar? Você deve estudar bem o seu fluxo de caixa e verificar se existem recursos suficientes para amortizar a dívida a ser contraída. É preciso verificar, também, se o financiamento amplia o seu negócio e incrementa a sua lucratividade, de forma a cobrir a amortização das parcelas do empréstimo. O autofinanciamento é possível? O autofinanciamento é uma das formas de alavancar recursos para a atividade empresarial. Listamos aqui três possibilidades de autofinanciamento: Negociar prazos mais dilatados com fornecedores. Negociar prazos mais curtos com clientes. Reinvestir o lucro do negócio ao invés de retirá-lo. O financiamento adequado Verificar as possibilidades de crédito é fator decisivo para um financiamento planejado, que não impacte negativamente na rotina financeira da empresa. Pesquisar as alternativas de financiamento existentes e quais se encaixam nas necessidades do negócio é fundamental. Para começar, você deve procurar seu banco de relacionamento e conhecer as possibilidades de financiamento ou pesquisar no mercado financeiro as ofertas que melhor irão atendê-lo a curto, médio e longo prazo. Saiba mais Gostou das nossas dicas? Nós temos outros conteúdos para auxiliar você nessa jornada. Confira: Dicas para conseguir crédito para o seu negócio Descubra qual o melhor financiamento para o seu negócio O microcrédito é uma opção às necessidades de recursos financeiro para o MEI.
De acordo com a sua necessidade identifique as linhas de crédito mais adequadas e faça um comparativo entre elas. Compare limites, taxas de juros, carência e outros custos. Dessa forma, você saberá qual linha de crédito é mais vantajosa.
Quando se vai começar uma nova empresa no Brasil, é muito importante se certificar de que terá acesso a todos os apoios que governo e as iniciativas privadas poderão oferecer a fim de garantir um começo robusto para o seu negócio. Para várias pessoas, a parte mais difícil de se ter um negócio é o investimento para que ele possa se estabilizar. Tudo vai depender do tipo de negócio, mas sempre vai existir uma lista de coisas básicas para se preocupar. Talvez você precise de um lugar específico para o seu trabalho, necessitando reformar esse lugar, por exemplo, e ainda precisará adquirir algum maquinário ou equipamento básico. Coisas que você não conseguirá providenciar se não tiver um dinheiro mínimo para investir. Na realidade, muitas pessoas simplesmente não tem um dinheiro guardado para fazer esse tipo de investimento, principalmente em momentos de crise. É nessa situação que elas optam em procurar por um crédito em instituições financeiras. Porém, isso deve ser feito com bastante cautela, já que a contratação de crédito sem o devido cuidado pode gerar uma dívida que vai comprometer o lucro da empresa. Por esse motivo, o mais recomendado é sempre encontrar linhas de crédito específicas, como o Pronampe, por exemplo. Muitos não conhecem esse programa, mas o Pronampe é um dos grandes aliados das MEIs no processo de crescimento, e pode dar uma linha de crédito especial e facilitada para ajudar no início do negócio. Preparamos perguntas e respostas sobre o programa do governo que institui condições especiais para micro e pequenas empresas acessarem crédito, com a possibilidade de ter até 100% de garantia do Fundo Garantidor de Operações (FGO). O que é o PRONAMPE? A quem se destina o PRONAMPE? Há limite para concessão dos empréstimos? Qual a finalidade do crédito? Quais são as vantagens para MPE? Há restrições à utilização dos recursos? Existe alguma obrigatoriedade para a empresa? Existe um passo a passo? Quais são os pontos de atenção? Saiba Mais: Lei altera regras do Pronampe e aprimora o PEC Conheça o Pronampe
A pandemia do Coronavírus (COVID-19) veio para mudar a ordem mundial. Aqui no Brasil, além da preocupação em conter o avanço da propagação do vírus, há também a preocupação com os efeitos econômicos de curto e médio prazo, em especial para os pequenos negócios. Em meio à tanta informação que sai diariamente nos meios de comunicação, vamos tentar traduzir um pouco das medidas anunciadas pela Caixa Econômica Federal em 19/03/2020, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, em 22/03/2020, e pelo Banco Central em 23/02/2020. Caixa Econômica Federal Em março de 2022, o ministro da Economia Paulo Guedes anunciou um pacote de R$ 15 bilhões para auxiliar trabalhadores informais com um voucher, que poderão ser retirados por pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) para Programas Sociais do Governo Federal, desde que o beneficiário não receba nenhum benefício social, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A Caixa Econômica Federal, por sua vez anunciou também em março, um pacote de medidas de flexibilização de crédito e congelamento de cobrança de dívidas como uma forma de aliviar os impactos econômicos do Coronavírus, especialmente aos trabalhadores mais pobres. Aqui daremos destaque às medidas que estão direcionadas às pessoas jurídicas: Redução de juros de até 45% nas linhas de capital de giro, com taxas a partir de 0,57% a.m.; Disponibilização de carência de até 60 dias nas operações parceladas de capital de giro e renegociação; Disponibilização de linhas de crédito especiais, com até seis meses de carência, para empresas que atuam nos setores de comércio e prestação de serviços, mais afetadas pelo momento atual; Linhas de aquisição de máquinas e equipamentos, com taxas reduzidas e até 60 meses para pagamento; A Caixa Econômica também criou uma linha especial denominada Caixa Hospitais, com as seguintes características: Liberação de R$ 3 bilhões em orçamento em linhas destinadas a Santas Casas e Hospitais Filantrópicos que prestam serviço ao SUS, para reestruturação de dívidas e novos recursos; Taxa de juros de 0,80% a.m. para prazos de até 60 meses (redução de 14%); Taxa de juros de 0,87% a.m. para prazos de até 120 meses (redução de 23%); Prazo de pagamento de até 120 meses e carência de até seis meses. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES Também em março, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES, anunciou um conjunto de medidas de apoio ao combate ao Coronavírus que têm impacto e relevância para o mercado de crédito e a manutenção de empregos no país nesse momento de crise. A primeira medida destina R$ 20 bilhões de transferência dos recursos do PIS-PASEP para o FGTS com o objetivo de dar liquidez para o FGTS, o que impactará sobretudo as pessoas físicas, caso sejam aprovadas medidas de liberações de recursos para os trabalhadores formais. A segunda e terceiras medidas destinam, respectivamente, R$ 19 bilhões para renegociação de contratos nas operações diretas e R$ 11 bilhões para renegociação de contratos nas operações indiretas do BNDES. Esta renegociação prevê a suspensão integral do pagamento de principal e juros por 6 meses dos contratos. O valor da operação de renegociação será capitalizado ao final do contrato. Isso representa um alívio de caixa para as empresas com operações normais e adimplentes com essas operações. Por fim a quarta medida destina R$ 5 bilhões para a ampliação da oferta de crédito para MPME (médias, pequenas e microempresas) para novas operações de crédito com carência de 24 meses e prazo total de 60 meses. O limite por cliente será de R$ 70 milhões e as empresas não precisam especificar a destinação dos recursos. Com exceção da transferência dos recursos do PIS-PASEP para o FGTS que terá impacto sobre as pessoas físicas, as outras medidas pretendem atingir, segundo o BNDES, cerca de 150 mil empresas que geram 2 milhões de empregos. Vale lembrar que o BNDES, o Canal MPME, uma plataforma de solicitação de empréstimos e financiamento, que visa facilitar o acesso das micro, pequenas e médias empresas aos recursos do BNDES, os quais são em sua maioria disponibilizados por meio dos agentes financeiros repassadores. Banco Central do Brasil Em fevereiro, o Banco Central (BC) anunciou a liberação de R$ 135 bilhões ao sistema financeiro por meio de mudanças nas regras dos depósitos compulsórios das instituições financeiras. Entre as medidas anunciadas naquele mês e já implementadas destacamos a dispensa dos bancos e cooperativas de aumentarem o provisionamento no caso de repactuação de contratos por 6 meses. Essa medida tem como vantagens: Facilitar a renegociação de créditos de empresas e famílias; Manter as operações de crédito em curso, permitindo ajustes de fluxo de caixa. As Novas Medidas anunciadas em 23/02/2020 permitem ainda mais liquidez e segurança para o Sistema Financeiro Nacional suportar as demandas de novos créditos e renegociações que surgirão em decorrência dos efeitos da crise econômica esperada durante e após a pandemia do Coronavírus. O conjunto de medidas que vêm sendo adotadas pelo Banco Central objetivam: Manter o sistema bancário líquido e estável, para fazer frente aos desafios que se apresentam; Garantir um sistema capitalizado, para que o canal de crédito continue a funcionar com normalidade; Oferecer condições especiais para que bancos possam rolar as dívidas dos setores afetados pela crise – monitorando os créditos que saírem do Sistema Financeiro, com o intuito de evitar eventuais efeitos econômicos negativos; Garantir que o mercado de câmbio funcione com normalidade, sem problemas de liquidez; Manter as condições monetárias estimulantes, para que o crédito sirva como canal de impulso ao crescimento, sem prejuízo ao objetivo de manter a inflação controlada. No anúncio, o Presidente do Banco Central lembrou que essas medidas injetarão recursos no sistema financeiro nacional, sem precedentes na história. Durante a crise de 2008 a liberação de liquidez totalizou R$ 89 milhões, enquanto agora são estimados um montante de aproximadamente de R $135 milhões. Escrito por Equipe da Unidade de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae Nacional.
Atendendo ao apelo dos empresários, o governo federal anunciou nesta sexta-feira (27 de março) uma linha de crédito emergencial para financiar a folha de pagamento de pequenas empresas pelo período de dois meses, limitado até 2 salários mínimos. A previsão é que sejam beneficiadas pela medida 1,4 milhão de pequenas e médias empresas do país, num total de 2,2 milhões de pessoas. Quem terá direito e como será operacionalizado? A medida inclui as Pequenas Empresas com faturamento anual a partir de R$ 360 mil e será feita através de contrato específico entre as empresas e as instituições financeira. Segundo o Presidente do Banco Central: “O dinheiro vai direto para a folha de pagamento. A empresa fecha o contrato com o banco, mas o dinheiro vai direto para o funcionário. A empresa fica só com a dívida. Em aproximadamente uma ou duas semanas as instituições financeiras já terão condições de fazer a operação.” Todos os funcionários da empresa serão contemplados? O funcionário da empresa que recebe salário de até dois salários mínimos continuará a ter o mesmo rendimento. Entretanto, para os funcionários que ganham acima de dois salários, o financiamento ficará limitado a dois salários mínimos. No caso de um funcionário que ganhe, por exemplo, R$ 5 mil por mês, vai ficar a critério da empresa complementar o valor acima de dois salários mínimos. Fique ligado: O financiamento estará disponível para empresas com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões por ano; O dinheiro será exclusivo para folha de pagamento; A empresa terá 6 meses de carência e 36 meses para pagar o empréstimo; Os juros serão de 3,75% ao ano. As empresas que contratarem essa linha de crédito não poderão demitir funcionários pelo período de dois meses. Equipe da Unidade de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae Nacional.
Para obter crédito é importante que você não tenha nenhum tipo de restrição: impostos atrasados, débitos com uma instituição financeira ou até mesmo com contas de água, luz, telefone. Se tiver algum desses problemas, resolva primeiro, pois será bem difícil conseguir o crédito nessas condições.
Muitos novos empreendedores acabam passando por várias dificuldades, nos meses iniciais de abertura do negócio, por não planejarem corretamente. Além de ter ideias, encontrar um ponto comercial e conhecer os custos, planejar o futuro da empresa é essencial. Para evitar riscos futuros, a elaboração do plano de negócio é indispensável. O plano de negócios é o instrumento ideal para traçar um retrato do mercado, do produto e das atitudes do empreendedor. É por meio dele que você terá informações detalhadas do seu ramo, produtos e serviços, clientes, concorrentes, fornecedores e, principalmente, pontos fortes e fracos do negócio, contribuindo para a identificação da viabilidade de sua ideia e da gestão da empresa. O que é um plano de negócios? É um documento que descreve por escrito os objetivos de um negócio e quais passos devem ser dados para que esses objetivos sejam alcançados, diminuindo os riscos e as incertezas. Um plano de negócio permite identificar e restringir seus erros no papel, ao invés de cometê-los no mercado.
Reúna as informações e documentos dos passos 1, 2 e 3. Seria anotá-los num papel para não esquecer de alguma coisa. Dessa forma você estará bem mais preparado para uma negociação com a finalidade de obter crédito.