Evento recebeu cinco mil visitantes já no primeiro dia de abertura, no Pavilhão de Carapina, município da Serra, região metropolitana de Vitória
Espaço de produtos capixabas na Feira do Empreendedor: pequenos negócios em alta (Foto/crédito - Divulgação/Sebrae/ES)
Iniciativa do Sebrae Espírito Santo, a Feira do Empreendedor recebeu cinco mil visitantes já no primeiro dia de abertura, em 12 de julho, no Pavilhão de Carapina, município da Serra, localizado na região metropolitana de Vitória. O evento segue até domingo (17), e integra as atividades programadas no estado para a celebração dos 50 anos do Sebrae.
“A Feira do Empreendedor que estamos realizando é do tamanho dos empreendedores do Espírito Santo, e busca atender a todas as demandas que vieram nos últimos anos, especialmente, durante a pandemia", ressalta o superintendente da instituição, Pedro Rigo. "O Sebrae acredita que empreender é para todos e está oferecendo essa feira como um presente de 50 anos do Sebrae para os empreendedores capixabas”.
A solenidade de abertura oficial contou com a presença de autoridades como o prefeito da Serra, Sérgio Vidigal, e o secretário de governo do Estado, Álvaro Duboc. Do Sebrae/ES, também participaram os diretores Luiz Toniato e José Eugênio Vieira, além do presidente do Conselho Deliberativo, Carlos André Oliveira.
O diretor de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, Eduardo Diogo, foi um dos oradores. “Participar deste momento é algo grandioso, de muita importância para o empreendedorismo. O que estamos fazendo agora, com a realização desta Feira do Empreendedor, pode e vai impactar a vida de muitos empreendedores e seus negócios, a curto, médio e longo prazo”, ele destacou.
No primeiro dia, houve ainda o lançamento do Canal Empreender, parceria do Sebrae Nacional com a Newco, empresa do Grupo Bandeirantes. Foi exibida uma mensagem do presidente do Sebrae, Carlos Melles.
Lançamento do Radar Sebrae
Ainda durante a abertura do evento, foi lançado o Radar Sebrae, uma ferramenta de inteligência que faz avaliações de mercado para a abertura de micro e pequenas empresas. Com a plataforma, é possível buscar melhores oportunidades, mais conhecimento sobre o mercado desejado, informações sobre melhores locais para suas firmas ou ideias de negócios de acordo com os parâmetros escolhidos. As respostas qualificadas oferecidas pela ferramenta aumentam a segurança do investimento.
A ferramenta promete ser uma facilitadora para quem já tem um negócio ou deseja abrir uma empresa. A partir da plataforma, o empreendedor pode ter acesso a indicadores importantes, aumentando sua taxa de sucesso.
Atualmente, 23% das empresas fecham suas portas antes de completarem dois anos de funcionamento, e a falta de conhecimento sobre o negócio é um dos principais motivos. O desconhecimento sobre concorrentes é uma realidade para 38% dos empreendedores, e esse número também não fica muito distante quando o assunto são os clientes. Mais de 46% não conhecem o perfil de clientes e 37% não fazem ideia de onde instalar o negócio.
“O Radar Sebrae é uma ferramenta muito importante para o desenvolvimento do empreendedorismo no nosso estado. Ela já está disponível para todo o Espírito Santo, presente nos 78 municípios capixabas. O empreendedor que deseja abrir negócios no estado, vai reduzir etapas com a possibilidade de fazer uma avaliação de mercado em uma plataforma inteligente e dinâmica, além de obter outras informações importantes, como presença digital e indicadores de gestão, entre outros”, destaca a gerente do Sebrae/ES, Adriana Rocha.
Todas as empresas registradas no estado estão automaticamente cadastradas na plataforma Radar Sebrae. Para ter acesso a ferramenta, o empreendedor ou potencial empreendedor deve acessar o site https://radarsebrae.com.br/ escolher a cidade onde deseja investir e iniciar as buscas.
Drones e outras atrações
O objetivo da feira é atender de maneira especializada todo tipo de empreendedor, desde aquele que já empreende até quem sonha em abrir o próprio negócio.
Com espaços diversificados, os visitantes podem se inspirar com os negócios modelo na alameda do empreendedorismo. Salão de beleza, Petshop e Loja de Moda fazem parte desses espaços, que contam com capacitações e atendimentos voltados para esses segmentos, além de aulas show e exposição de produtos.
A feira proporciona também atendimentos personalizados, com orientações alinhadas com o propósito de cada empreendedor. No Checkup Sebrae, o empreendedor recebe uma avaliação do negócio, independentemente do momento de jornada em que esteja, e poderá contratar produtos. O espaço também funcionará como um grande direcionador para o público da Feira. Já no Mundo MEI, as orientações e serviços estão voltados para os microempreendedores individuais.
A programação contempla palestras, cursos e oficinas, além de espaços que promovem a criatividade, inovação e networking entre empresas e empreendedores.
Os visitantes da feira também poderão conhecer mais sobre o universo dos drones e sua aplicação nos pequenos negócios, além de terem acesso a uma série de capacitações e orientações sobre legislação e boa utilização do equipamento, com foco em resultados.
“Ultimamente, os drones têm sido grandes aliados dos pequenos negócios, em especial na agroindústria, mas também tem aplicabilidade em vários outros segmentos. E este espaço tem o objetivo de apresentar aos empreendedores as possibilidades e a versatilidade oferecida por esses equipamentos que podem agregar valor ao negócio”, destaca a gerente Adriana Rocha.
Os diretores do Sebrae/ES Pedro Rigo (ao centro), Luiz Toniato e José Eugênio Vieira, na abertura da Feira do Empreendedor (Foto/crédito - Divulgação/Sebrae/ES)
Sobre o Sebrae 50+50
As atividades que marcam a celebração dos 50 anos do Sebrae giram em torno do tema “Criar o futuro é fazer história” e procuram mostrar a conexão da instituição com o Brasil. Denominada Projeto Sebrae 50+50, a iniciativa enfatiza as ações atuais nos três pilares da instituição: aprimorar a gestão empresarial, desenvolver um ambiente de negócios saudável e inovador para os pequenos negócios e promover a cultura empreendedora. Mostra também a evolução desde a fundação em 1972 até os dias de hoje, com um olhar para o futuro, ao mesmo tempo, voltado para os novos desafios do empreendedorismo no país.
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Abrir uma startup dá trabalho e muitos empreendedores não veem a hora de conquistar um aporte para poder expandir seus negócios. Mas, investimentos são baseados em critérios como confiança, retorno sobre o capital e o encaixe entre as estratégias do fundo e da empresa investida. Por isso, um investimento em early-stage (fase inicial) pode demorar mais do que você pensa. Cada investidor tem um timing próprio e um processo de avaliação diferente. No Brasil, existem quatro tipos mais comuns de investidores:1. Angels que atuam individualmente Também conhecidos como “investidores-anjo”, se tiverem boas referências do empreendedor e do projeto, podem levar de 2 a 8 semanas para investirem uma média de R$ 100 mil (ou até mais que isso, em alguns casos).2. Grupos de Angels Grupos de angels atuando em conjunto costumam avaliar projetos em fóruns semestrais. Aproveitando a janela de oportunidade e sendo aprovado para os fóruns na hora certa, você pode conseguir de R$ 200 mil a R$ 500 mil em até 3 meses.3. Fundos de capital semente com recursos privados (como a Astella ou Monashees): Os fundos com recursos privados geralmente definem suas próprias regras porque tem mais flexibilidade para negociar acordos junto aos seus diversos investidores. Alguns deles podem avaliar sua empresa, sumir por um tempo e reaparecer com uma proposta. Outros podem ajudá-lo a melhorar a empresa informalmente e, ao final de vários meses de interação constante, fazerem uma proposta formal de investimento para fechá-la em poucos dias. Fundos como esses tendem a fazer um primeiro aporte de R$ 200 mil a R$ 1 milhão em um período entre 3 a 6 meses para projetos realmente atrativos.4. Fundos de capital semente com capital público em sua composição (como a Confrapar e alguns fundos da FIR Capital) Nesse caso, os fundos têm regras específicas e investidores institucionais, aumentando a formalidade do processo de avaliação. Por isso, podem levar de 3 a 6 meses somente para avaliar se a empresa está apta a receber um investimento de entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões. Na média, projetos maduros recebem R$ 2 milhões em até 6 meses, contando 3 meses para avaliação e 3 meses migrando a empresa para a nova estrutura de capital. Como organizar seu contato com investidores Interagir com o tipo certo de investidor é importante porque traz conselhos relevantes e ajuda a medir a atratividade do seu projeto. Mesmo assim, essa prática deve ser muito bem gerenciada: o empreendedor não pode ficar muito tempo sem obter feedback, mas também não pode gastar tempo demais atendendo às demandas dos investidores. Também é importante ressaltar que a pior hora para conseguir investimentos é quando o dinheiro acaba, a ponto do projeto congelar ou mesmo morrer. Planeje-se para engrenar sua startup antes dessa hora chegar ou gerencie seu contato com os investidores certos para acioná-los na hora certa. Autor convidado: Yuri Gitahy, fundador da Aceleradora.