Minissérie conta agora a história da empreendedora Gabriela Zolinger e sua kombucharia, como parte das atividades de celebração do cinquentenário do Sebrae
Gabriela Zolinger, da Amazô Kumbucha, trocou o trabalho como coordenadora pedagógica em uma escola por sua empresa e não se arrependeu (Foto/crédito - Gabriel Borino)
Na cidade de Vilhena/RO, a cerca de 800 km da capital, Porto Velho, a Expedição Sebrae 50+50 foi conhecer a história de um negócio jovem e promissor: a Amazô Kombucha, que em três anos, dobrou sua produção de bebida fermentada e gaseificada naturalmente, em três sabores (uva, frutas vermelhas e gengibre com limão siciliano).
Atualmente, são envasadas cerca de mil garrafas por mês, distribuídas em oito pontos de venda. Gabriela Zolinger, idealizadora da kombucharia, trocou o trabalho como coordenadora pedagógica em uma escola por sua empresa. E não se arrependeu.
A empresa distribui a bebida para oito pontos de venda na cidade e está trabalhando para ampliar a produção e também inserir ingredientes amazônicos no preparo, como o guaraná e o cupuaçu.
A Expedição Sebrae 50+50 está percorrendo o Brasil para mostrar empreendedores e empreendedoras que criam o futuro e fazem história, como parte das atividades da celebração do cinquentenário da instituição ao longo de 2022.
Gabriela explica como se faz a kombucha: “A base da fermentação é o chá verde adoçado, que por meio de uma cultura de bactérias e leveduras (scoby) realiza a transformação dos compostos do chá em nutrientes. Pode ser considerada uma bebida funcional, devido ao baixo teor calórico, ação antiinflamatória, fortalecimento da imunidade e regulação do sistema gástrico intestinal”.
A família da empresária, que hoje vive em um sítio no interior do estado, sempre cultivou a terra e o gosto por uma vida mais saudável. Quando teve seu filho, hoje com dois anos e meio, Gabriela decidiu se dedicar exclusivamente à maternidade. E, como costuma dizer, “quando nasceu uma mãe, nasceu também uma empreendedora”. Ela deixou o emprego com carteira assinada pra cuidar do filho, e, ao mesmo tempo, começou a estudar mais sobre os alimentos, pra cuidar melhor da introdução alimentar do pequeno.
Gabriela, que é técnica agrícola e também formada em Ciências Biológicas, descobriu em suas pesquisas o potencial da kombucha, uma bebida fermentada à base de chá e outros ingredientes. Com o apoio da mãe, começou a fazer o preparo em casa, pra consumo próprio, e percebeu uma melhora significativa em seu próprio organismo. Então, passou a pesquisar todos os processos de produção do alimento e seus benefícios para a saúde.
O início
Aos poucos, o que começou como uma produção caseira foi se tornando um negócio. “Eu presenteava amigos e familiares com a kombucha e comecei a ser estimulada a vender. Então, fui aprimorando a receita, fiz cursos, estudei a microbiologia que envolve a bebida e comecei as vendas, de maneira informal, para algumas pessoas”, relembra Gabriela.
Com o aumento da produção e a necessidade de estruturar e regularizar o negócio, Gabriela sentiu necessidade de procurar o Sebrae. Fez diversas capacitações em técnicas de venda, atendimento, planejamento estratégico, marketing e precificação. Também participou de eventos, como o Conexão Sebrae e a Rio Innovation Week, onde pode apresentar a kombucha, fechar negócios e estabelecer parcerias.
“O apoio do Sebrae foi fundamental pra que eu conseguisse implantar o meu negócio, no começo. E também pra crescer, agora. Com apoio do programa Inova Amazônia, meu objetivo é ampliar a capacidade de produção e investir em novos sabores e também em outras bebidas”, afirmou. Para a empreendedora, este é o início de uma promissora trajetória. “Estamos apenas começando e eu vejo, no futuro, ainda muito espaço para a kombucharia crescer e minha empresa se destacar cada vez mais”.
Números da Amazô
Linha do tempo
Sobre o Sebrae
Promove a cultura empreendedora, aprimora a gestão empresarial e desenvolve um ambiente de negócios saudável e inovador para os pequenos negócios brasileiros, que representam 99% dos empreendimentos do país, respondendo por quase 30% do PIB e 54% dos empregos formais. Esses pilares definem a atuação do Sebrae, uma das mais reconhecidas marcas no setor produtivo brasileiro. Em 2022, a instituição celebra seu cinquentenário com o Projeto Sebrae 50+50, que reúne atividades em torno do tema "Construir o futuro é fazer história". Dessa maneira, reforça seu compromisso na execução de projetos e parcerias, além de milhões de atendimentos e capacitações por ano, de forma gratuita. A instituição apoia o desenvolvimento de novos negócios, promovendo a melhoria das políticas públicas em favor do empreendedorismo, com atuação destacada no estímulo à competitividade. Com ampla capilaridade em todos os estados, o Sebrae contribui para a modernização constante dos pequenos negócios e para inclusão social, por meio da geração de emprego e renda.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias
Única kombucharia de Rondônia produz mais de mil garrafas da bebida por mês
Confira as fotos da Expedição Sebrae 50+50 no Flickr oficial do Sebrae
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Abrir uma startup dá trabalho e muitos empreendedores não veem a hora de conquistar um aporte para poder expandir seus negócios. Mas, investimentos são baseados em critérios como confiança, retorno sobre o capital e o encaixe entre as estratégias do fundo e da empresa investida. Por isso, um investimento em early-stage (fase inicial) pode demorar mais do que você pensa. Cada investidor tem um timing próprio e um processo de avaliação diferente. No Brasil, existem quatro tipos mais comuns de investidores:1. Angels que atuam individualmente Também conhecidos como “investidores-anjo”, se tiverem boas referências do empreendedor e do projeto, podem levar de 2 a 8 semanas para investirem uma média de R$ 100 mil (ou até mais que isso, em alguns casos).2. Grupos de Angels Grupos de angels atuando em conjunto costumam avaliar projetos em fóruns semestrais. Aproveitando a janela de oportunidade e sendo aprovado para os fóruns na hora certa, você pode conseguir de R$ 200 mil a R$ 500 mil em até 3 meses.3. Fundos de capital semente com recursos privados (como a Astella ou Monashees): Os fundos com recursos privados geralmente definem suas próprias regras porque tem mais flexibilidade para negociar acordos junto aos seus diversos investidores. Alguns deles podem avaliar sua empresa, sumir por um tempo e reaparecer com uma proposta. Outros podem ajudá-lo a melhorar a empresa informalmente e, ao final de vários meses de interação constante, fazerem uma proposta formal de investimento para fechá-la em poucos dias. Fundos como esses tendem a fazer um primeiro aporte de R$ 200 mil a R$ 1 milhão em um período entre 3 a 6 meses para projetos realmente atrativos.4. Fundos de capital semente com capital público em sua composição (como a Confrapar e alguns fundos da FIR Capital) Nesse caso, os fundos têm regras específicas e investidores institucionais, aumentando a formalidade do processo de avaliação. Por isso, podem levar de 3 a 6 meses somente para avaliar se a empresa está apta a receber um investimento de entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões. Na média, projetos maduros recebem R$ 2 milhões em até 6 meses, contando 3 meses para avaliação e 3 meses migrando a empresa para a nova estrutura de capital. Como organizar seu contato com investidores Interagir com o tipo certo de investidor é importante porque traz conselhos relevantes e ajuda a medir a atratividade do seu projeto. Mesmo assim, essa prática deve ser muito bem gerenciada: o empreendedor não pode ficar muito tempo sem obter feedback, mas também não pode gastar tempo demais atendendo às demandas dos investidores. Também é importante ressaltar que a pior hora para conseguir investimentos é quando o dinheiro acaba, a ponto do projeto congelar ou mesmo morrer. Planeje-se para engrenar sua startup antes dessa hora chegar ou gerencie seu contato com os investidores certos para acioná-los na hora certa. Autor convidado: Yuri Gitahy, fundador da Aceleradora.