Projeto prevê melhorias de infraestrutura para varejistas de novos mercados e centros urbanos abandonados, a fim de aumentar competitividade e faturamento.
A evolução do comércio varejista vem sendo constante no Brasil e no mundo, trazendo mudanças significativas em termos de modelos e canais. Trata-se de um reflexo direto das transformações no comportamento do consumidor, que fez com que o desafio do varejo passasse a aumentar a percepção de valor de seus produtos e serviços para satisfazer necessidades, expectativas e desejos dos clientes, em um contexto no qual o ato de comprar é cada vez mais uma busca por experiências.
Simultaneamente a essas mudanças, o mercado de varejo no Brasil tem se tornado alvo de grandes corporações, com investimentos em amplos centros de compras, como shoppings, outlets e home centers. É um cenário que demanda aos lojistas de rua uma reorganização coletiva, com a finalidade de progredir na atratividade dos espaços em que estão inseridos, agregando facilidades e serviços relacionados ao conforto, à segurança e à comodidade.
Os projetos de revitalização de espaços comerciais propõem uma abordagem territorial capaz de criar um ambiente favorável à competitividade do comércio de rua em face dos desafios de manter e atrair consumidores. O sucesso desses projetos passa pela adesão e atuação sinérgica de diversos agentes de desenvolvimento, entre os quais a prefeitura municipal. Além disso, cabe destacar as diferentes realidades e configurações territoriais locais.
O projeto consiste em uma parceria entre o Sebrae, instituições públicas e privadas locais e os próprios empresários. Cada ator tem sua função.
- Prefeitura municipal: representada por suas diversas secretarias, tem como papel principal planejar e implantar as intervenções urbanas necessárias para a melhoria do espaço. A ela cabe o papel de encaminhar e buscar aprovação de projetos de atração e incentivo de investimentos, bem como de preservação do espaço.
- Entidades empresariais: associações comerciais, sindicatos patronais do comércio, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio), Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) apoiam a melhoria e a qualificação de empresários e colaboradores que trabalham na região, além de desenvolverem e estimularem a liderança empresarial, o empreendedorismo e a cultura da cooperação.
- Universidades e centros de pesquisa: podem contribuir com o conhecimento e a expertise na elaboração e análise de estudos e pesquisas direcionados ao ambiente físico, social e econômico que atingem o espaço comercial, além de serem instituições educacionais geradoras e disseminadoras de conhecimento.
- Instituições financeiras: contribuem com a disponibilidade de linhas de financiamento acessíveis e apropriadas à micro e pequena empresa.
- Lideranças empresariais: promovem a integração das empresas participantes, assegurando que o fluxo da informação entre empresas e parceiros ocorra de maneira contínua. Assim, fortalecem o espírito associativo, animam e facilitam o cumprimento das ações em cada uma das etapas do projeto.
- Sebrae: contribui com a articulação entre os atores envolvidos, com o aporte de profissionais com conhecimento técnico na metodologia de revitalização de espaços comerciais, com a disponibilização de produtos e serviços e com a coordenação e acompanhamento da implantação e execução do projeto ao longo de todo o período pactuado.
As ações para revitalizar espaços comerciais envolvem, portanto, agentes públicos e privados. Ao lado governamental, cabem as reformas estruturais e a fiscalização do cumprimento da legislação e da atuação dos serviços públicos. Ao lado empresarial, destinam-se a avaliação individual dos lojistas quanto à necessidade de mudança em seus estabelecimentos e a elaboração de ações que vão incrementar as atividades socioeconômicas na região, com apoio do Sebrae.
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