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Um grupo de empreendedores amazonenses tem sido destaque no Web Summit em Portugal pela inovação e tecnologia desenvolvida para beneficiar a Amazônia. As startups AeroRiver e Chemical Inovação, apoiadas pelo Sebrae Amazonas, são oriundas do programa Inova Amazônia e participaram do evento internacional que ocorreu em Lisboa desde o dia 13 até o dia 16 de novembro. Os empreendimentos apresentam soluções nos segmentos de Impacto Socioambiental, Logística e Saúde e Bem-estar.

A startup amazonense AeroRiver esteve entre as empresas em destaque no evento, com o projeto inovador denominado “barco voador”. A aeronave tem capacidade de transporte de dez passageiros ou o equivalente a uma tonelada em carga, com velocidade de cruzeiro em torno de 150 km/h. Além disso, o veículo emite menos O2 do que embarcações e aeronaves.

“Nosso objetivo maior é resolver problemas logísticos na Região Amazônica. Estar em um evento como esse, viabiliza conexões com possíveis investidores e parceiros, ampliando o alcance da AeroRiver”, ressalta o engenheiro aeronáutico e sócio da startup, Lucas Guimarães.

Além de conectar a empresa ao ecossistema global de inovação, os sócios estão em diálogo com agentes governamentais e discutindo negociações com fundos de investimento internacionais, buscando recursos financeiros para a escala e certificação da primeira versão funcional do veículo, para iniciar os testes de voo na Amazônia.

“O apoio do Sebrae tem sido fundamental. Através do Inova Amazônia participamos de diversos eventos com a instituição, ganhando assim relevância e fortalecimento no desenvolvimento da nossa empresa. O Web Summit, sendo um evento de referência mundial, oferece diferencial para oportunidades de negócio e consolida nossa posição no mercado”, enfatizou o co-fundador da AeroRiver, Tulio Condé.

Outra startup que recebeu notoriedade internacional é a Chemical Inovação, responsável por desenvolver o aplicativo ‘Marai’, que mensura a qualidade da água.
A CEO, Elaine Pires, afirma que a missão da empresa é impactar positivamente a sociedade, a economia e o meio ambiente.

“A oportunidade que o Sebrae nos dá é que além de trazer visibilidade para uma startup amazonense, passamos a entender o quanto nosso mercado pode atender diversos países, como a África, Japão, Estônia e que o nosso negócio tem chances reais com o mercado internacional”, disse Elaine.

A tecnologia da Chemical Inovação é disponibilizada de duas formas: por meio de assinatura para atender a indústrias, órgãos fiscalizadores e profissionais ambientais na realização de diagnósticos seguros e práticos; e por meio de acesso liberado para a sociedade, a fim de ser um instrumento de ensino e educação ambiental.

Para a Superintendente do Sebrae Amazonas, Ananda Carvalho Normando Pessôa, é fundamental que as startups possam escalar seus negócios e acessar mercados globais.

“A participação das startups atendidas pelo Sebrae no Web Summit Lisboa oportuniza o networking e a exposição internacional necessários para que possam dar os próximos passos. Estamos muito felizes em evidenciar o interesse global de investidores e clientes nas startups do Amazonas, tanto na Chemical quanto na Aeroriver, ambas participantes do Programa Inova Amazônia no Sebrae”, afirma Ananda.

A Diretora Técnica da Instituição, Lamisse Said da Silva Cavalcanti, também repercutiu a evidência que as empresas amazonenses receberam durante o evento.
“Estamos muito felizes com os destaques que as startups estão recebendo e principalmente pelas articulações e investimentos que elas estão captando ao longo do Web Summit. Esse é o propósito do Sebrae, fazer com que os produtos delas sejam escaláveis e possam se tornar grandes empresas brasileiras para o mundo.”

A maior conferência de tecnologia do mundo estimou a participação de cerca de 71 mil participantes, contando com mais de 2.600 startups confirmadas, um terço das quais lideradas por mulheres, representando mais de 85 países. Foram listados mais de 900 investidores, mais de 300 parceiros e mais de 6.000 voluntários.

Entre os assuntos discutidos, este ano, está a “Inteligência Artificial”, não só na vertente da sua aplicação numa série de indústrias, como nos desafios à forma como está a ser desenvolvida e implementada. O segundo tema é aquele que mais apoquenta as startups e investidores, que é o “Acesso a Capital”. O terceiro e último está relacionado com a “Regulação”, no seu impacto na inovação e na proteção de utilizadores e na forma como é abordada por EUA e Europa.

O programa Inova Amazônia, apresentado pelo Sebrae no Web Summit, visa impulsionar pequenos negócios e startups alinhados à bioeconomia. O Sebrae já investiu R$ 23 milhões em ações como aceleração, bolsas, eventos e missões internacionais no Inova Amazônia.

O Inova abrange diversos setores, incluindo agricultura, alimentos, bioplásticos, cosméticos, energia verde, e outros, atualmente acelerando 229 empresas na região.