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Thu Oct 03 14:09:57 BRT 2019
Empreendedorismo | ABERTURA DE EMPRESA
Protótipo e MVP

O MVP serve para medir a viabilidade de um negócio. Conheça mais, neste artigo

· Atualizado em 03/10/2019
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Conceitos

Abrir uma empresa é um grande salto que pode mudar a carreira e o futuro de um empreendedor. É possível abrir os mais diversos tipos de empresa e quanto mais informação for coletada antes de dar o primeiro passo, mais preparado estará o seu fundador para que não hajam empecilhos ou imprevistos no novo negócio.

Dentre todas informações necessárias, existem algumas medidas para que a empresa evite erros técnicos, seja no produto ou serviço que se pretende comercializar, são elas o MVP e Protótipo.

Em uma primeira impressão o MVP (Minimum Viable Product, que pode ser traduzido como Produto Mínimo Viável – PMV) pode se assemelhar ou até mesmo ser confundido com o Protótipo. Ambos são fundamentais para transformar uma ideia em empresa de maneira certeira.

É necessário coletar dados para lançar algo no mercado, seja um produto ou serviço. O MPV leva seus fundadores para o caminho certo conforme recebe o feedback dos clientes, que trazem informações conforme a opinião e reação dos clientes em potencial.

Acredita-se que é preciso “falhar rápido para falhar melhor”. Esse pensamento defende a ideia de que é preciso experimentar e coletar dados para otimizar produtos e serviços.

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MVP

O MVP serve para medir a viabilidade de um negócio. São feitos testes com o público e ao receber o feedback são feitas alterações no desenvolvimento da empresa. O produto mínimo viável nada mais é uma versão simplificada do produto ou serviço fornecido, de uma maneira que possam ser feitos testes de mercado.

Para formar um MVP deve-se consideraras características mínimas e fundamentais para que o cliente consiga utilizar aquilo que a empresa fornece. Pega-se o modelo de negócio desejado em forma de protótipo e realiza-se testes para descobrir se ele é viável ou não. Estes testes resultam no desenvolvimento, transformação e lapidação da ideia inicial do empreendedor.

A necessidade de ser viável para uso se deve ao fato que serão feitos teste de aceitação do cliente utilizando o MPV. Essa medida serve para o aprendizado rápido do que fazer para que uma ideia se transforme em realidade. Para ser feito, precisa-se analisar as respostas do cliente. Com esse retorno são aplicadas melhorias no desenvolvimento da ideia inicial do empreendedor, até que se obtenha uma versão ideal do projeto da empresa.

O MPV vai se atualizando conforme as respostas dos clientes. Ele se modifica e se transforma a cada analise. É um ciclo sem fim, o produto é testado, com a opinião dos testadores ele se transforma e vai de novo para testes.

 

Porque utilizar o MVP

Recomenda-se o uso do Produto Mínimo Viável para economizar tempo no desenvolvimento do produto. A não utilizar o MVP, as empresas podem acabar gastando horas desenvolvendo algo que não irá agradar o cliente. Por isso é necessário levar em conta o feedback obtido na coleta de dados. Com ele, características indesejadas podem ser melhoradas antes de algo ser lançado no mercado, com isso se conquista uma aceitação maior do público.

Ao observar o MVP na prática, nota-se uma quantidade maior de aprendizado sobre como o cliente enxerga o produto ou serviço com menor esforço da equipe. São protótipos que podem existir na realidade e que podem ser testados no mercado.

O MVP é necessário para economizar dinheiro tentando descobrir se uma ideia vai atender a necessidade e resolver o problema do público. Ele deve representar o que a empresa deseja, alinhando as expectativas com a realidade.

 

 

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Protótipo

O protótipo tem a ver com a viabilidade técnica do serviço ou produto comercializado pelo negócio, que são melhorados através da coleta do feedback dos clientes. Ele se refere ao produto de maneira simplificada assim com o MPV. São levadas em conta as características mínimas do serviço ou produto, mas sem que necessariamente o cliente possa utilizá-lo. É apenas uma idealização e representação. O protótipo transforma a ideia em algo palpável e concreto.

De origem grega, a palavra protótipo vem de protótupus, que significa primeira forma. Existem os mais diversos tipos de protótipos, que variam do mais simples até ao mais fiel e elaborado. Encontra-se presente na arte, arquitetura, propagandas de marketing e outros ramos.

Como utilizar protótipo

Geralmente inicia-se transformando uma ideia em um protótipo de baixa fidelidade, que representa apenas o conceito inicial de uma empresa. Após adicionar mais informações, se constrói um protótipo com média fidelidade. A última versão costuma ter a representação mais parecida possível com aquilo que se quer produzir, ou seja, tem alta fidelidade com a solução final de um a empresa. 

O protótipo deve ser modelado até que seja possível alcançar um nível de condições mínimas para testes com o público. Um MVP é sempre um protótipo, mas nem sempre um protótipo é um MVP. O protótipo é um pouco mais cru, pois traz as características do resultado esperado, sem que necessariamente haja a viabilidade de construí-lo.

 

Porque utilizar o protótipo

O protótipo, mesmo que mais simples, deve ser passível de compreensão de toda equipe que esteja participando do processo de criação. Ele permite visualizar uma ideia mesmo antes de ser executada. Com ele é possível fazer alterações no produto, até que a empresa chegue no resultado esperado.

Deve ser utilizado para que não haja dúvidas nem espaços vazios na mente da equipe de trabalho e dos sócios. Permite que se crie um modelo unificado das características desejadas pelos responsáveis pelo produto ou serviço. O protótipo irá representar uma ideia de um jeito simples e compreensível para todos.

 

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Dicas

Você pode utilizar o mínimo viável para economizar tempo e dinheiro na hora de abrir uma empresa. Com isso a pesquisa de mercados e de concorrentes poderá ser avaliada da melhor forma pelos sócios, com um menor risco de fracasso. Imagine dois cenários:

  • Deseja-se abrir um escritório através de uma ideia e de como ele foi projetado. Foram gastos meses de planejamento e desenvolvimento para que esse escritório possa atender seu público-alvo. Existe o investimento no serviço fornecido, mas tudo foi feito de acordo como o idealizado. Ninguém aplicou testes de aprovação dos clientes, podendo haver a rejeição do público. 

  • Inicia-se o MVP testando o público alvo e fornecendo o serviço que será comercializado em forma de pesquisa. É utilizado o mínimo viável possível de dinheiro e tempo. Através dos testes feitos vão sendo realizadas melhorias no escritório e serviço. O projeto irá evoluindo conforme a aprovação do público, até chegar em uma versão final, baseada na opinião do público.

Certamente, a opção mais segura é aquela que leva em consideração o mínimo viável possível. Não há como prever o lançamento de uma ideia que não amadureceu e nem foi aplicada em forma de teste para o publico. O MVP permite a melhoria de uma ideia inicial, para que ela se molde naquilo que o mercado necessita.

Como abrir uma empresa com o mínimo viável

A primeira etapa é definir uma proposta de valor para a empresa. Para isso deve-se criar um motivo para que os clientes escolham seu produto e/ou serviço. Por exemplo: Deseja-se criar uma loja de sapatos online. Os produtos incluem os sapatos de todos os tamanhos, incluindo numerações menos comuns. Exemplo: uma loja de sapatos online que venda numerações abaixo de 34 e acima de 38.

O valor principal seria “oferecer sapatos para todos os tamanhos de pés”. Dentre os benefícios a loja irá fornecer: variedade, entrega rápida, preços baixos. Para o MVP é preciso definir essas características, confirmando seus benefícios da maneira mais simples o possível. Será preciso pensar:

  • Quantos modelos são necessários para que haja uma variedade?
  • Qual o prazo para a entrega ser considerada rápida?
  • Qual a média de preço para os sapatos serem baratos?

Depois disso é preciso identificar o público-alvo dessa loja e então colocá-la em teste. Neste caso, podemos considerar como target as pessoas com pés menores ou maiores do que o padrão. Eles serão os adotantes iniciais (ou Early Adopters), que irão testar as ideias e produtos, fornecendo opiniões para que a loja possa ser melhorada.
Na coleta de dados será possível identificar os pontos fracos e possíveis melhorias, saber se o cliente usaria ou não o produto e se efetuaria a compra.

Tenha uma equipe

A equipe escolhida precisará saber avaliar aquilo que será fornecido. No exemplo serão os sapatos vendidos pela loja online imaginária. Precisa-se de 3 pontos de vista diferentes, deve conter na sua equipe pessoas que entendam de:

  • Negócios – o produto é viável financeiramente?
  • Design thinking – como será utilizado o produto?
  • Engenharia do produto – é possível produzir o produto em escala?

 

Personas

Será preciso definir qual o público-alvo ideal. Recomenda-se criar 3 perfis de possíveis clientes ideais para o produto ou serviço que será ofertado. Dê nomes para essas pessoas, defina o gênero, classe social, idade, atividades de lazer, produtos que ele gosta e usa, desejos e ambições pessoais e outros.

Defina uma rotina para cada uma dessas pessoas. Para isso, descreva com precisão o que a pessoa faz da hora que acorda, até a hora que vai dormir. Pense em maneiras como a pessoa irá usar o produto ou serviço fornecido e comece a definir os detalhes.

Definir metas

Antes, corte aquilo que não será necessário ou eficaz para a comercialização de sua ideia. Defina as características do produto e o comportamento do público que você vai querer atingir. Exemplo: avalie qual vai ser a frequência de compras, quantos sapatos serão comprados por pessoa. Possíveis pontos e lojas físicas que deseja criar, etc.

Resultados

Os primeiros resultados que as pesquisas e testes do produto serão as principais informações do seu negócio, indicando o que deve ser mudado. Será possível medir custos e averiguar a viabilidade da ideia. É possível saber se o cliente irá adquirir, usar e quanto está disposto a pagar pelo que é fornecido.

Os primeiros resultados geralmente não serão muito animadores, mas é preciso deixar o medo de lado e testar ao máximo as variáveis da empresa. Inicialmente as chances de os resultados indicarem que seu negócio não é viável é alta. Quanto mais cedo forem feitos os testes, mais cedo poderá chegar no mínimo variável. Muitas mudanças podem ocorrer depois da ideia inicial e nada disso poderá ser previsto sem testes de mercado.


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