O sistema carrega a tese de que a soma dos pequenos torna um processo grande e competitivo. Com a soma de forças é possível fazer escala, diminuir preços na compra, e consequentemente ampliar mercado diluindo custos. Nesta linha, no próximo dia 2 de junho, com o apoio da Associação de Agroindústrias Alimentícias de Santa Catarina, a partir das 14h, no Mercado Público Municipal, será apresentado o modelo já em funcionamento da Cooperativa Saborense, (sabor+catarinense) criada e colocada em prática a partir de uma metodologia sugerida pelo Sebrae/SC.
O sistema não é novo. Teve início em meados de 2012, levando em conta, na época, uma das muitas crises vividas na suinocultura. Neste ano, segundo Wolmir de Souza, presidente da Cooperativa atualmente, era preciso fazer algo que pudesse beneficiar a cadeia produtiva, a partir do entendimento de que todos são dependentes um do outro. Foi então que chegaram ao conhecimento de um projeto inovador junto ao Sebrae, conhecido como Central de Negócios, o que possibilitou a abertura para compras de outros segmentos de proteína animal, bem como, itens básicos como papel para impressora, cartucho de tinta, óleo diesel e pneu para caminhão.
Com o tempo, as demandas foram suprindo as necessidades dos segmentos, fazendo com que o projeto desse certo. Porém, o começo foi difícil, e contava com apenas dez associados, ligados a dez personalidades jurídicas de pequenas e médias empresas. Atualmente, são em torno de 50 associados de boa parte do território catarinense, que formam a Saborense, sem fins lucrativos. “A composição é feita dos mais variados modelos de empresas e segmentos de produção, fortalecendo a marca e gerando um volume de negócios que varia de R$ 1 a 1,3 milhão ao mês”, ressalta o dirigente.
Wolmir Souza explica que o propósito é fazer com que a pequena empresa chegue direto na fonte produtora; lá no fornecedor; sem atravessadores. Por menor que seja o poder de barganha ou de compra, o empresário vai estar pagando o mesmo valor daquele que têm um poder maior. Ou seja, se ele comprar um saco de sal, ou cinco ou dez toneladas de sal, vai pagar o mesmo preço do fornecedor. “Isso porque, em larga escala, a gente consegue diminuir preços e comercializar individualmente para cada associado pelo preço do fabricante”, reforça.
Por fim, completa afirmando que a Cooperativa não utiliza o sistema de compra e venda, pois, ela não tem nada para vender, e sim, centraliza as demandas, em que cada empresa associada traz. E, a partir do volume de produtos é feita a pesquisa de preço, olhando também a qualidade e a segurança dentro dos propósitos dos associados. “Então esse é o desenho de todo cenário que nós vamos estar apresentando em Lages esta semana com o objetivo de criar um grupo na Região'', conclui Wolmir Souza.
Por Assessoria de Imprensa – Sebrae Serra
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