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Empreendedorismo | GESTÃO
A importância do gerenciamento de categorias no varejo

O gerenciamento de categorias é essencial no varejo para entender as necessidades do cliente, maximizar a rentabilidade, aumentar as vendas e fortalecer a marca

· 24/03/2023 · Atualizado em 12/04/2023
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Para te ajudar a entender a importância do gerenciamento de categorias no varejo, selecionamos as dicas do especialista Rubens Sant'Anna

Hoje, falaremos sobre o gerenciamento por categorias, uma disciplina relativamente nova no mercado nacional, porém, de grande utilidade, principalmente para o varejo. Atualmente, grandes redes estão cada vez mais perdendo clientes para o pequeno varejo, pois há uma migração do grande para o pequeno varejo. 

Isso ocorre porque o pequeno varejo está encontrando formas de se diferenciar do grande varejo, por meio de sua expertise e especialização. E como ele faz isso? Por meio do gerenciamento por categorias, onde ele sabe qual é o foco do seu negócio e faz uma seleção de produtos com exclusividade maior do que o grande varejo consegue entregar. Então, o pequeno varejo não está competindo tanto por preço. Os que estão crescendo no mercado são aqueles que estão entregando valor ao cliente, empregando conveniência. 

Mas, como é que o grande varejo pode reagir a isso? Fora a disputa com o pequeno varejo, o grande varejo, hoje, tem uma competição acirrada com o e-commerce, na ação em que a plataforma de compra digital no Brasil está crescendo muito rápido e vai crescer muito mais. Além disso, como é que o varejo pode se diferenciar? As grandes redes varejistas que atuam em muitas categorias têm apenas um caminho, que é realmente qualificar a experiência de compra, melhorando o sortimento de produtos. 

E isso vai exigir um trabalho de revisão do mix de sortimento e de todas as estratégias que ele vai adotar para dialogar com o shopper dentro do ponto de venda. Existe uma questão por trás disso: o varejo não consegue fazer sozinho, pois tem milhares de produtos cadastrados, centenas de categorias, e é basicamente impossível ser bom em tantas coisas ao mesmo tempo.

Então, o que é preciso é que o varejo se associe a alguns fornecedores, não é? Quem se associa a alguns fabricantes e, a partir dessa parceria, ele vai desenvolver o chamado de gerenciamento por categoria. No Brasil, existe um pouco de ressalva nesse processo porque o varejo não está habituado a compartilhar informação com o fornecedor. É um erro, pois é por meio da colaboração, por intermédio da informação compartilhada, que você vai conseguir desenvolver diferenciais estratégicos colaborando com seus parceiros. 

Mas, o que o gerenciamento de categorias propõe? Que as empresas busquem uma integração em nível vertical um pouco maior e, a partir do compartilhamento de informações, é muito importante mudar um pouquinho a mentalidade do varejo. O varejo precisa entender que não consegue sozinho desenvolver um trabalho tão qualificado, como a indústria poderia fazer parceria com ele, porque obviamente a indústria entende mais da categoria de produto que é vendido do que o varejo. 

Contudo, tem que ser um pouco mais aberto à troca de informações e, para isso, ele vai precisar, primeiro, eleger os capitães de categoria, à base de gerenciamento de categorias. É o varejo ter capitães de categoria, ou seja, fornecedores-chave por cada categoria estratégica, onde ele vai poder trocar essa informação. Tal capital de categoria vai ter acesso a diversas informações, inclusive, dados de sell-out, ou seja, os dados de venda que realmente estão acontecendo, não dados de sell-in, que é o que o fabricante sabe. Nos referimos ao lado do sell-out, à venda do chip count para o consumidor final, para o shopper. Dessa forma, é fácil perceber um toque, um pouquinho com o modelo mental das pessoas têm de que o varejo não pode compartilhar esse tipo de informação e, principalmente, o que é importante, é que nesse processo haja isenção.

Ou seja, o gerenciamento de categorias pela indústria não pode ser feito pela parte comercial. É preciso que a indústria desenvolva dentro da sua estrutura uma área para dar suporte a isso, dissociado da área comercial. Ela pode usar isso nas negociações e pode perder o objetivo do gerenciamento de categorias, que é realmente agregar valor. Portanto, é importante que a indústria esteja preparada.

Existem algumas etapas que você tem que usar para desenvolver o gerenciamento de categorias. A primeira etapa envolve uma avaliação da categoria. Essa avaliação é baseada no estudo do comportamento do shopper, onde você vai identificar qual é o entendimento que o shopper tem de uma categoria. Uma categoria não é um item, eu não posso dizer que uma categoria é, por exemplo, leite. 

Devemos entender que é um item no consumo matinal do shopper que está associado ao que ele vai consumir de manhã. A partir disso, leite é um item e aí a macrocategoria que é onde vai o gerenciamento, ela vai envolver todo o sortimento para atender essa demanda. O shopper não enxerga as categorias de produto como puro produto e enxerga por uso e faz associações na cabeça dele. Assim, tal avaliação do shopper e depois da avaliação da própria categoria, entendendo o papel dela no varejo, se é uma categoria de destino, conveniência ou sazonal, é fundamental. Depois que você fizer essa pressão, vem a parte dois, que é a recomendação.

Você definirá um sortimento, o plano grande de alta categoria, e, a partir disso, vai começar a trabalhar a exposição e a segmentação da categoria. Aí, você estará no nível 1-90, a mesma prateleira onde você vai começar a ver os produtos expostos e como eles vão estar divididos por fabricantes. Certo, não pense que o gerenciamento de categorias vai deixar você, varejista, na mão de um fornecedor. Isso não está certo. Na verdade, é o fornecedor que faz o gerenciamento de categoria para você e diz qual o mix ideal para a loja. Ele oferece e recomenda os concorrentes dele. Essa é a moral desse projeto. 

A seguir, a terceira fase de recenseamento de categorias e a mensuração é a implementação. Aqui, você faz a implementação e verifica a partir da implementação como está sendo o resultado. Se aqueles objetivos definidos na fase anterior estão sendo atingidos, você pode fazer pesquisas com shoppers para verificar o nível de satisfação dele diante daquilo que está sendo feito.

É óbvio que, no primeiro momento, o shopper pode estranhar porque está habituado a uma determinada oferta, mas você tem que entender que, às vezes, vale mais a pena perder um pouco de mercado para depois você entrar com um diferencial. Geralmente, o gerenciamento de categorias tem que ser realizado constantemente, e essa revisão é a última fase de gerenciamento de categorias, que é o monitoramento, quando você vai verificar o status, ver como é que está a resolução da execução e vai buscar as melhorias necessárias.

Aproveite e acesse o conteúdo que separamos para você:

Guia de Indicadores aplicados ao Varejo.

Gestão de compras e estoques.

Enfim, essas são as principais questões sobre a importância do gerenciamento de categorias no varejo. O Sebrae tem muitos vídeos, artigos e cursos que podem te ajudar. Acesse o site ou procure a agência mais próxima.

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