Consultores do programa AgroNordeste explicam como passar o bastão mantendo a união, a paz e o sucesso do negócio.
Por trás de um grande negócio, há sempre um bom líder. Porém, quando se trata de empresas familiares, além de desempenhar o papel de gestor, o empreendedor precisa exercer também o papel de membro da família e, assim, interagir entre dois sistemas, mantendo-os conectados: família e negócio.
Mas como criar um plano de sucessão familiar? Para desenvolver a capacidade produtiva dos pequenos agricultores e criadores do Nordeste, o Sebrae, desde 2019, participa do AgroNordeste.
O programa tem o objetivo de reduzir as diferenças entre a pequena agricultura e a industrial, proporcionando inovação aos pequenos e médios produtores do Nordeste e do Norte de Minas Gerais, a fim de expandir negócios e gerar mais empregos e renda para essas regiões.
De acordo com o Portal do Desenvolvimento do Sebrae, a meta é beneficiar cerca de 25,5 mil pessoas, incluindo as que atuam em empreendimentos rurais, comércios, serviços, agroindústrias, associações e cooperativas.
Com o apoio do Sebrae, os pequenos empreendedores entendem que é possível aliar o conhecimento adquirido nas gerações passadas às inovações tecnológicas para intensificar o crescimento do negócio. “O nosso papel é trazer esse novo olhar e mostrar para eles que a agricultura continua sendo um ótimo negócio, e ele pode olhar para a propriedade dele de uma forma diferente, trazer resultados de uma nova gestão”, explica Clea Silveira, consultora do AgroNordeste Sebrae.
Desafios e soluções
Perpetuar a agricultura familiar é um dos maiores desafios encontrados no campo. Um dos papéis dos consultores do programa tem sido estimular o diálogo entre as gerações para entender qual será o futuro do negócio. “Muitas vezes, o filho tem vontade de continuar a atividade, porém o pai deseja que ele seja médico, advogado, ou que atue em outras áreas. Então, nós incentivamos o relacionamento. Se o herdeiro deseja continuar o negócio, incentivamos a comunicação para um bom planejamento de transição de gestão”, declara Antônio Rodrigo, do AgroNordeste Sebrae.
Outro desafio é fazer com que a tecnologia chegue às propriedades rurais para otimizar a produção, o tempo e a margem de lucro. Outro fator é a inacessibilidade às inovações tecnológicas, já que, muitas vezes, o agricultor fica na enxada e não consegue trazer soluções arrojadas para a propriedade. Por esses motivos, programas como o AgroNordeste têm tanta relevância. “O programa leva, para cada tipo de produtor, a tecnologia adequada para que trabalhe menos no que a máquina pode fazer e mais no que ela não pode fazer, que é a criatividade e gestão do negócio” pontua Mariana Sequiz, consultora do AgroNordeste.
Dicas
1. O primeiro passo para a sucessão familiar no agronegócio é ser flexível para que cada pessoa da família se sinta parte do negócio e, ao mesmo tempo, tenha seu perfil respeitado. Se o filho quer ser médico, por exemplo, é importante acolher essa escolha.
2. Membros da família não precisam executar as atividades da propriedade. Eles podem, por exemplo, atuar no marketing, divulgando o negócio e as produções pelas redes sociais. Se a propriedade participa de feiras locais, que tal divulgá-las?
3. O processo de sucessão passa por desejo, então seja uma fonte de inspiração e influencie com paixão, acreditando que o seu trabalho tem um propósito. Assim, os descendentes terão uma outra perspectiva sobre o seu ofício. Para conhecer mais sobre o tema, acesse o conteúdo completo aqui.
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