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Fri Jan 20 17:10:20 BRT 2023
Organização | PRODUÇÃO
Caprinovinocultura: conheça o processo do nascimento ao frigorífico

Saiba quais são os procedimentos da pecuária de corte para a exportação de caprinos e ovinos ao mercado de consumo.

· 10/01/2023 · Atualizado em 20/01/2023
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Para o produtor rural que trabalha com a caprinocultura (manejo de cabras) e ovinocultura (manejo de ovelhas), é preciso ter um conhecimento de como funciona o mercado. A compreensão resulta na melhor execução desta modalidade da agropecuária, tão importante para a economia do país.

caprinovinocultura é a união das duas atividades (caprinocultura e ovinocultura) e demanda a mesma atenção. A maior parte da criação de caprinos e ovinos se concentra no nordeste brasileiro, onde gera grandes oportunidades de emprego e fonte de renda. 

Para auxiliar o produtor do campo, o Sebrae te explica o processo completo do nascimento dos animais até a sua condução ao frigorífico. Vamos lá?

Tudo começa com o planejamento 

Antes, é importante que o pequeno produtor tenha um planejamento para poder conduzir o negócio da caprinovinocultura. O primeiro aspecto é certificar ao produtor o conhecimento de mercado, que será a base para a sua atuação. Ou seja, para quem ele vai vender? O que precisa ser feito antes da venda? Quais cuidados ele deve ter com cada animal?

Quando o produtor planeja as suas ações, ele viabiliza oportunidades de crescimento não só para o seu negócio, como também para os seus fornecedores. Uma vez que ao oferecer produtos de forma regular ao mercado, ele irá garantir uma cadeia de empregos relacionada à agropecuária.

Além disso, o planejamento também colabora com o desenvolvimento sustentável da atividade. Ele proporciona uma segurança alimentar de qualidade, ambientalmente justa e socialmente correta que pensa no presente e também nas gerações futuras.

Quais são as vantagens do planejamento para o produtor?

Ao seguir um cronograma e uma organização, o empreendedor do campo tem uma venda garantida, com preços que sejam justos e peso correto dos animais. O manejo da produção também será mais tranquilo, porque você sabe o que fazer e como conduzir os animais do rebanho. 

Com a possibilidade do potencial crescimento de vendas, é observada a necessidade de profissionalização do produtor com algumas ações, dentro da área da caprinovinocultura. São elas:

  • Controle zootécnico do rebanho  Técnica de gerenciamento em que o produtor faz anotações sobre a sua criação, produção e reprodução de animais. Por exemplo: Quantas cabeças de cabra possui? Qual é o estágio de cada uma delas? Qual é o seu período de reprodução? Todas estão aptas para a venda? Esse controle ajuda o agricultor na tomada de decisões.
  • Controle da unidade produtiva (UP)  Esse controle é mais relacionado à área de finanças. É uma medida para que o produtor saiba quais são as suas receitas (ganhos) e quais são as suas despesas (gastos). Válido ressaltar que os gastos não podem ser inferiores aos ganhos e o empreendedor deve anotar tudo, desde a ração que ele compra para alimentar os animais no estábulo, até os gastos com insumos para a manutenção do pasto, entre outros.
  • Criação de lotes para comercialização – Esse ponto é muito importante para a organização primária do produtor e para a sua futura comercialização. Separe as cabras/ovelhas por idade, peso e qualidade. Se você iniciar essa prática desde o nascimento do animal, torna-se muito mais fácil conduzir o rebanho. Por exemplo, quando for vender um lote de cabras, poderá vender um lote igualitário (todas com a mesma idade, a mesma faixa de peso e a mesma qualidade para o abate), isso é muito mais lucrativo.
  • Cooperativa com outros produtores rurais – Quando você se associa com outros trabalhadores do ramo, é possível participar de uma cooperativa. É uma decisão vantajosa, já que um dos benefícios da cooperativa é fornecer insumos aos seus cooperados. Essa organização é muito favorável, principalmente para o produtor que, por algum motivo, precise solicitar o crédito rural ao Banco do Nordeste, o maior banco de desenvolvimento regional da América Latina. 

Comece pela qualidade

Preze pela qualidade do seu rebanho com os cuidados corretos, a técnica de cuidados com os rebanhos é chamada de manejo. Os principais manejos são o manejo alimentar – onde os animais recebem a ração e toda a atenção quanto a sua dieta nutricional; manejo sanitário – cuida das condições de vida dos animais, seja no quesito ambiente ou com ações como limpeza, vacinação, entre outros; manejo reprodutivo – responsável pelo planejamento da reprodução (quantas e quais vezes no ano) ou reprodução artificial e melhoramento genético como consequência de todo o tratamento recebido pelos animais antes de sua procriação.

Sabe outro aspecto que é muito importante? A qualidade da água que o produtor oferece para o bando! Parece simples, porém a água suja, impura ou imprópria para o consumo é um veículo para doenças atingirem os animais. Portanto, a água disponibilizada dentro do chiqueiro deve ser limpa e sem contaminações.

Do pré-parto ao desmame 

Pré parto – O período conhecido como pré-parto de ovinos e caprinos é o terço final da gestação do animal, ou seja, os últimos 50 dias. Nessa fase, é muito importante que você separe as fêmeas prenhas do restante do rebanho para oferecer um cuidado especial a elas.

Se você, como dono do bando, demorou a perceber a “gravidez” das cabras e ovelhas e não teve os devidos cuidados desde o início da gestação, não se preocupe! Os 50 dias finais são o período em que a cria tem o maior desenvolvimento, é o momento ideal para fazer a correção e oferecer uma alimentação suplementar para os animais atingirem o peso esperado.

Cuidados no parto – Mantenha o curral limpo na hora do parto para evitar a proliferação de doenças ou contaminações. Após o nascimento da cria, corte o seu umbigo e passe iodo para tornar o processo de cicatrização mais rápido e, na sequência, identifique-as e pese cada uma. 

Além de, claro, fornecer água limpa para as novas crias e as demais poderem beber. Saiba que as crias precisam de água, não apenas do “leite materno”. Essa hidratação contribui, inclusive, para o ganho de peso saudável. 

Suplementação alimentar e desmame – Se você possui dúvidas de como fazer a suplementação alimentar, preste atenção nestas dicas do Sebrae, em parceria com a empresa nordestina Capricom – Frigorífico e Consultoria

  • Crias até o 15º dia precisam receber suplementação com concentrado;
  • Crias em currais ou piquetes berçários devem ter um ritmo de mamadas controlado pelo produtor rural;
  • Ração básica para crias: farelo de milho ou sorgo, farelo de soja, sal mineral e calcário calcítico. 

A suplementação para rebanhos comerciais pode ser feita com silagem de milho e os demais itens recomendados. Mas, caso não seja um rebanho comercial, procure um zootecnista, e ele te fará a recomendação adequada. Vale destacar que os 90 dias iniciais são responsáveis por 40% do peso da cria. 

As crias devem estar em cocho privativo, os chamados “creep feedings”, que são basicamente uma área isolada dos demais e pode ser construída de forma simples, com paletes mesmo. 

Desmame – O desmame pode ser feito com 45 dias de nascimento, porém, de acordo com a observação da Capricom, os melhores resultados em vendas são com crias desmamadas com 70 dias de nascimento.

Após o desmame, o empreendedor tem duas opções: vender o animal de imediato ou engordar o animal para vender depois. Independente da escolha, é necessário analisar se ela é viável para a realidade do seu negócio.

Por exemplo, se você decidir ficar com o animal para engordá-lo, é preciso uma disponibilidade de infraestrutura. Haverá comida suficiente para alimentar todas as crias novas? Terá espaço? 

Além do mais, qual o custo-benefício da sua decisão? É melhor para o seu empreendimento engordar os animais para aumentar o seu valor de mercado ou vender após o desmame para garantir a qualidade de sua produção? Pense na sua estratégia comercial!

Caso a decisão seja pela engorda, a cria deverá ser alimentada com uma ração concentrada por aproximadamente 60 dias. O período servirá para melhorar a sua carcaça para o abate. 

Pesagem de abate para caprinos

  • De 10 a 15 dias de nascimento – A cria deverá ter uma amamentação exclusiva, que objetiva ganhar de três a quatro quilos, cada.
  • De 15 a 90 dias de nascimento – A cria deverá estar em seu cocho privativo, com alimentação suplementar, que objetiva ganhar de 15 a 18 quilos, cada.
  • De 90 a 180 dias de nascimento – A cria passa pelo período da engorda, onde ganha de 28 a 32 quilos e, ao final dos 180 dias, estará no ponto de abate ideal.

Pesagem de abate para ovinos

  • De 10 a 15 dias de nascimento – A cria deverá ter uma amamentação exclusiva, que objetiva ganhar de cinco a seis quilos, cada.
  • De 15 a 90 dias de nascimento – A cria deverá estar em seu cocho privativo, com alimentação suplementar, que objetiva ganhar de 17 a 21 quilos, cada.
  • De 90 a 150 dias de nascimento – A cria passa pelo período da engorda, onde ganha de 30 a 35 quilos e ao final dos 150 dias estará no ponto de abate ideal.

Quais são as vantagens para o frigorífico?

Após o abate, o animal poderá ser direcionado ao frigorífico. E agora que você conhece todo o processo “do nascimento ao frigorífico”, entenda quais são as vantagens para o frigorífico e para o mercado de comercialização de todo esse processo: 

  • Regularidade de oferta de animais: Fornecedores saberão quais são as quantidades que podem demandar dos produtores;
  • Animais padronizados e de qualidade: Tamanho das peças padronizadas em pesagem e qualidade, o animal estará saudável e com a gordura esperada. 
  • Melhora a condição comercial: Devido à frequência de produção e comercialização dentro dos parâmetros de qualidade.
  • Aumenta o número de colaboradores contratados: Para que cada etapa seja executada com eficiência. 

Para conhecer os procedimentos de entrega para o frigorífico e mais detalhes sobre a pecuária de corte, assista o vídeo completo do programa Quintas do Agro – Pecuária de Corte: Do Nascimento ao Frigorífico.


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