Estudo feito pelo Sebrae e CNI mostra como as empresas de impacto positivo podem usar seu diferencial competitivo para alcançar o mercado internacional.

Você já ouviu falar nas “empresas de impacto”? São empreendimentos que atuam de acordo com a lógica de mercado, mas que buscam algo além do retorno financeiro: elas têm o compromisso de medir o impacto socioambiental gerado pela sua atividade principal, seja no produto ou serviço ofertado, seja no seu modo de operação.
Os desafios e as oportunidades para empresas de impacto no mercado internacional são temas de um e-book (https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Arquivos/ImpactoPositivoCNISebrae.pdf) criado pelo Sebrae, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O e-book mostra as consequências dessa nova economia nos negócios, retratando o ecossistema brasileiro de impacto e comparando com o que ocorre nas principais economias do mundo. Também são abordadas quais certificações auxiliam no processo de estruturação das empresas e que atuam como diferenciais competitivos frente às empresas tradicionais.
O estudo conta, ainda, com dicas de boas práticas e propõe atividades que devem ser adotadas pelas empresas para que os negócios sejam cada vez mais comprometidos com a evolução social e a perenidade do planeta. O objetivo do e-book é mostrar como as empresas de impacto positivo podem utilizar-se desse diferencial competitivo para alcançar o mercado internacional.
De acordo com a pesquisa do Sebrae em parceria com a CNI, o conceito de impacto positivo tem como base os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), criados em 2012, no Brasil, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, no Rio de Janeiro.
Os ODS têm a intenção de conduzir governos, empresas e sociedade para um mundo mais sustentável e inclusivo, servindo de orientação para os países superarem os desafios ambientais, políticos e econômicos mais urgentes.
Eles trazem conceitos importantes, como Responsabilidade Social Corporativa, que é o conjunto de ações voluntárias de uma empresa em prol da sociedade, e ESG (Environmental, Social, Governance) ou ASG (Ambiental, Social e Governança), utilizados para designar práticas de mercado que consideram esses três aspectos centrais na medição da sustentabilidade e do impacto social de um investimento em uma empresa ou negócio.
O compromisso com os critérios ESG aumentou 41% entre 2014 e 2016, totalizando US$ 8,4 trilhões em ativos, de acordo com o Global Sustainable Investment Alliance5 (GSIA).
A demanda por analistas ESG no mercado de trabalho disparou e o ESG também se manifestou como desinvestimentos induzidos pelos critérios de impacto. Essa ameaça é fundamental para fazer as empresas levarem a sustentabilidade a sério.
Já o conceito de valor compartilhado pode ser definido como políticas e práticas operacionais que aumentam a competitividade de uma empresa, ao mesmo tempo em que melhoram as condições socioeconômicas nas comunidades em que a empresa atua.
Empresas de propósito
A consciência sobre os impactos provocados pela revolução digital, que evidenciou as disparidades sociais e escancarou as consequências do aumento do consumo sobre o meio ambiente, despertou um novo modelo de negócio baseado no propósito.
Empresas com propósito querem ser vetores de mudança na sociedade sem deixar de lado a rentabilidade. Assim foi criado o Setor Dois e Meio, uma referência ao fato de as empresas atuarem de acordo com características do segundo e terceiro setores.
Esse novo comportamento de negócio motivou um novo comportamento de consumo, mais consciente e atento aos impactos gerados pelas empresas.
Marcas passaram a gerir comunidades e a se relacionar com clientes como se fossem parceiros em suas atividades e o consumo passou a ser um ato de ativismo. As pessoas passaram a buscar marcas com propósitos alinhados aos seus.
Conforme dados do e-book, um levantamento de 2019 mapeou a existência de 1.002 empresas de impacto no Brasil. A maioria está concentrada no Sudeste (62%). O Sul ocupa o segundo lugar (14%) e o Nordeste aparece com 11%.
Em relação ao número de funcionários, 54% dos negócios de impacto empregam de duas a cinco pessoas, 30% empregam seis ou mais pessoas, 16% são compostos por apenas um empreendedor e 77% usam trabalhadores freelancers.
Viabilizar mais empresas de propósito levará a mais modelos de operação testados e a mais casos de sucesso com impacto mensurado e resultado financeiro comprovado, atraindo mais investimentos e gerando um ciclo virtuoso e inspirador para novos empreendedores e investidores. E você, empreendedor, não pode ficar de fora dessa onda!
O Sebrae desenvolveu uma ferramenta para que as empresas pudessem avaliar seu desempenho e identificar os pontos de melhoria na aplicação das melhores práticas relacionadas às diretrizes de ESG, buscando assim potencializar o seu impacto positivo na sociedade e no meio ambiente. O teste é online, gratuito e super rápido. Você só precisa ter um cadastro (Conta Sebrae) com o CNPJ da sua empresa vinculado a ele.
Ao final das perguntas, você terá acesso a uma análise detalhada da situação da sua empresa e receberá recomendações personalizadas para evoluir nesse sentido. Clique no botão abaixo para começar agora mesmo:
Fazer diagnóstico
Participe das comunidades temáticas Sebrae no Telegram.
Acesse o portal de notícias Todo Dia Sebrae
Foi um prazer te ajudar :)