Por acaso você já ouviu falar sobre um tal de funil de inovação? Confira no artigo de Eduardo Andrade, vice-presidente de R&D e Growth da Embraco.
Muito se fala hoje que as empresas, quaisquer que sejam seus tamanhos, precisam inovar para sobreviver às constantes mudanças no mundo, em seus mercados e especialmente em sua concorrência. Por outro lado, em um mundo cada vez mais competitivo, não temos mais recursos – financeiros, humanos e tempo – para executar longos projetos de inovação, na confiança de sucesso, até que os novos produtos ou serviços cheguem ao mercado, para só então, eventualmente, falharem.
A chave é descobrir, o mais cedo possível, quais iniciativas têm mais chance de serem bem-sucedidas e quais vão apenas consumir recursos sem entregar o resultado esperado. Para isso, ajuda muito reduzir o tempo entre as decisões importantes de cada projeto de inovação, criando milestones e verificações intermediárias, com tomada de decisão da continuidade ou não do projeto. E, a cada intervalo desses, testar as variáveis, com experimentação e validações intermediárias. Mas como fazer isso?
Nas experimentações e nos protótipos, ajuda muito ter sempre mais de uma alternativa. Isso reduz a sensação de falha, a preocupação com eventuais punições pelo insucesso, além de tornar a discussão sempre mais honesta e transparente. Melhor qualidade nas informações para tomar decisões.
Aliás, os erros, diferentemente de negligência, são fundamentais para o aprendizado mais rápido e contínuo e também para reforçar a cultura de inovação. Se tivermos medo de errar, não arriscamos e, portanto, trabalhamos com hipóteses próximas às prováveis. A consequência disso é que não criamos inovação, mas soluções incrementais. O segredo é errar de forma rápida e barata.
Pensando nisso, há três variáveis importantes nos projetos de inovação:
- Qual é o problema a ser resolvido e por que ele é importante para seu cliente?
- Qual solução que melhor resolve o problema e diferencia sua empresa ao máximo da concorrência?
- Qual é a viabilidade dessa solução em termos de retornos financeiros para a empresa?
O primeiro desafio é ter essas questões bem definidas, com clareza e amplamente entendidas entre todos os envolvidos no projeto, mesmo que a inovação se inicie a partir de uma tecnologia nova e diferenciada, a qual acreditamos ter grande potencial de gerar valor a clientes e usuários.
Nesse caso ou em outros, nos quais iniciamos pelas necessidades não atendidas do mercado, a primeira pergunta que deve definir o seu projeto é qual problema quer resolver e por que ele é importante para seu cliente. Isso deve guiar a inovação, definindo seus requisitos e os parâmetros a serem obedecidos.
Com essas definições claras no projeto, um processo bem estruturado ajuda a aumentar a maturidade da inovação a cada etapa vencida. Seja um processo por funil, stagegates ou qualquer outro, o mais importante é que se reúnam as pessoas certas para revisar e tomar decisões sobre o projeto.
As perguntas mais críticas e de maior incerteza devem ser respondidas no início, porque são as que trazem maior risco ao sucesso da inovação. Há várias técnicas e metodologias para avaliar o mercado, como o interesse dos usuários, o desejo, a viabilidade tecnológica e financeira.
Apesar de não nos aprofundarmos nas metodologias neste artigo, vale reforçar que o entendimento correto dos usuários, seus hábitos e interesses são um diferencial não só no sucesso, mas também na velocidade e no custo das inovações.
Conhecer bem o problema a ser resolvido permite reduzir desperdícios de recursos na solução e ter atalhos (responsáveis) na execução para levar sua inovação mais rápido ao mercado. O “Design Centrado no Humano”, parte do Design Thinking, é um bom conteúdo nessa área.
Nas culturas latinas, como a brasileira, o envolvimento emocional é geralmente negligenciado nas relações profissionais, mas tem impacto relevante. Quando iniciamos um projeto ou empreendimento, criamos um laço emocional grande que, por vezes, não nos deixa ter a clareza e a isenção necessárias para avaliar a competência, a adequação e o potencial sucesso do projeto.
Para evitar que esse envolvimento prejudique nossa habilidade de antever problemas que possam inviabilizar o projeto, identificarmos essas questões mais cedo, com o objetivo de resolvermos as adversidades ou ainda interrompermos os projetos a um menor custo, algumas dicas simples podem ser úteis:
Accountability
Defina o responsável pelo projeto. Ainda que seja uma iniciativa multidisciplinar e que várias pessoas e áreas estejam envolvidas, tenha definido um “dono” claro. Não para penalizar alguém quando tudo der errado, mas para ter alguém claramente responsável por buscar as respostas para todas as perguntas importantes.
Comitês multifuncionais
Envolva várias áreas e stakeholders nos comitês de avaliação do projeto. Tenha pessoas que não estão envolvidas diretamente, com conhecimento profundo e técnico sobre o assunto. Um olhar com menos viés, de um prisma diferente e mais isento, traz perguntas extremamente importantes que por vezes passam despercebidas.
Revisões formais com milestones claros
Se você não tiver um processo bem definido de gestão de projetos, é importante definir claramente, na hora do planejamento, quais perguntas serão respondidas e em que sequência e prazo. E tenha disciplina no acompanhamento tanto dos prazos quanto das entregas.
Visão de negócios
Use o mesmo princípio do empreendedorismo e dos ciclos de capital de risco. Nas etapas iniciais de investigação, aloque orçamentos restritos para o projeto primeiro provar seu conceito, depois a demanda e assim por diante. Apenas autorize uma maior quantidade de recursos quando tiver respondido as principais perguntas que citamos no começo do artigo. Dali em diante é “só” disciplina de execução.
Com essas informações, você já pode começar a estruturar ou até mesmo a repensar o seu funil de inovação. Um bom planejamento vai ajudar você a inovar de maneira mais assertiva e organizada.
A relação entre produtividade e cultura inovadora pode parecer conflitante num primeiro momento. Na cultura de inovação, é importante que os colaboradores se sintam livres e sem muitas barreiras de processos e estruturas. Para a produtividade ou indicadores de eficiência, por outro lado, é importante que os colaboradores sigam regras, procedimentos e rotinas. É possível, porém, que a empresa una as duas coisas ou que seja uma empresa “ambidestra”.
Aprenda mais sobre o assunto no vídeo a seguir.
Feito em parceria com a Endeavor Brasil
Autoria: Eduardo Andrade, vice-presidente e R&D e Growth da Embraco.
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Conte com o cliente oculto para avaliar seu negócio
Empresas que desejam fazer uma análise de como seu cliente é tratado, e saber se os funcionários estão realizando um bom trabalho, e até mesmo se estão sendo leais costumam contratar um cliente oculto. Esse tipo de avaliação é feita por uma pessoa capacitada que finge ser um consumidor qualquer, mas que - na verdade - julgará a estrutura do seu negócio, seja ele uma loja física ou virtual. Confira a seguir como funciona, quais os procedimentos e as vantagens para sua empresa na contratação do cliente oculto.
October, 2024
D-Olho na Qualidade: 5S para os pequenos negócios
5S é uma metodologia de organização criada no Japão, visando simplificar procedimentos, otimizar recursos e tempo. O resultado é o melhor desempenho profissional e de serviços, com reflexo direto na satisfação de usuários e na produção.Originalmente, cada “S” corresponde a uma palavra japonesa que indica uma meta a ser atingida pelo empreendedor. Em português, os 5S significam: sensos de utilização, organização, limpeza, padronização e autodisciplina. Senso de utilização consiste em manter na área de trabalho apenas os utensílios essenciais para sua execução. Tudo o que for desnecessário deve ser descartado ou guardado. O uso do primeiro “S” provoca a redução de obstáculos e torna o trabalho mais ágil.O próximo passo é aperfeiçoar o senso de organização: deixe as ferramentas e os equipamentos dispostos em uma ordem que facilite o trabalho. Assim é possível evitar movimentos desnecessários.A seguir, vem o senso de limpeza. A empresa precisa ser limpa diariamente. Essa prática precisa ser adotada na rotina de produção e o melhor momento para fazer isso é após o expediente.Você, empresário, também pode adquirir senso de padronização. Imagine se o gosto da comida de um restaurante mudasse cada vez que um novo cozinheiro fosse contratado! Além disso, ao estabelecer um padrão, a quantidade de matéria-prima utilizada e o tempo gasto na fabricação são sempre os mesmos. Dessa forma, é possível evitar o desperdício.O último “S” corresponde ao senso de autodisciplina, que implica na constante observação das primeiras quatro metas.
October, 2024
Norma permite identificar cafés de qualidade
De acordo com a Norma de Qualidade Recomendável e Boas Práticas de Fabricação de Cafés Torrados em Grão e Cafés Torrados e Moídos, da Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), cafés com qualidade recomendável são aqueles constituídos de cafés arábica puros ou combinados com robusta/conillon, que atendam aos requisitos de qualidade global e aspecto segmentação do Programa de Qualidade do Café (PQC). Os cafés podem ser torrados em grão ou torrados e moídos. A partir dos critérios previstos na norma, adotou-se a seguinte classificação conforme o tipo de café: Tradicionais: qualidade recomendável para uso do Símbolo da Qualidade Tradicional Abic, constituídos de cafés arábica, robusta/conillon ou blendados, conforme o PQC. Superiores: qualidade recomendável para uso do Símbolo da Qualidade Superior Abic, constituídos de cafés arábica ou blendados com café robusta/conillon, que atendam aos requisitos característicos e de qualidade global da bebida, conforme o PQC. Gourmet: qualidade recomendável para uso do Símbolo da Qualidade Gourmet Abic, constituídos de café 100% arábica de origem única ou blendados, que atendam aos requisitos característicos e de qualidade global da bebida, conforme o PQC.
September, 2024
Normas técnicas para o setor automotivo
Para que as pequenas empresas do setor automotivo mantenham-se competitivas, são condições primordiais atender padrões cada vez mais elevados para produtos e serviços, além da qualidade e o atendimento a requisitos técnicos. Nesse sentido, o acordo firmado entre a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e o Sebrae possibilita que os pequenos empreendimentos também participem do processo de normalização e passem a usufruir dos benefícios das normas técnicas. Após breve cadastro na página da MPE no site da ABNT é possível adquirir normas técnicas brasileiras por 1/3 do preço de mercado ou, ainda, acessar algumas coleções gratuitas de normas técnicas. Todo o material está focado no produto e no processo. Desta forma, abre-se a possibilidade para que as pequenas empresas inovem e se tornem mais competitivas. Além das normas que orientam para procedimentos de reparo dos mais variados tipos de autopeças, os empreendedores encontram outros documentos como: ABNT NBR 12603:1992 – Geometria da suspensão de veículos rodoviários automotores – Terminologia; ABNT NBR 15296:2005 – Veículos rodoviários automotores – Peças – Vocabulário; ABNT NBR 15681:2009 – Veículos rodoviários automotores – Qualificação de mecânico de manutenção.
September, 2024
Quem não tem competência não se estabelece. Mas o que isso significa?
Competência é definida no dicionário como capacidade de resolver determinados problemas ou exercer certas funções; aptidão para um área de atividade específica. Descobrir onde se é mais competente é o passo inicial para escolher o caminho ideal para alcançar sucesso nos negócios. No universo dos negócios, o conjunto de competências deve estar alinhado à estratégia. Cada segmento, organização e função requer competências específicas, além das gerais, comuns a todos eles. Essas características que compõem o perfil profissional são chamadas de hard skills e soft skills. - Hard skills são competências relacionadas à capacidade técnica e funcional, compreendendo cursos, treinamentos e capacitações. - Soft skills são competências relacionadas ao modo de se comportar do profissional e à sua porção mais humana, ou seja, os seus relacionamentos interpessoais e a forma de lidar com o trabalho e as outras pessoas. O ideal é chegar ao equilíbrio desses dois tipos de competências para que se consiga qualificar e potencializar capacidades. Algumas características desejáveis em boa parte dos recrutamentos das empresas são: Organização. Trabalho em equipe. Liderança. Criatividade. Proatividade. Comprometimento. Inteligência emocional. Competências que são muito importantes e funcionam em vários contextos podem ser chamadas de essenciais, pois são imprescindíveis para o bom funcionamento do seu negócio.
June, 2024
Jornada MEI: "Sem competência, não se estabelece" - Significado
Competência é definida no dicionário como capacidade de resolver determinados problemas ou exercer certas funções; aptidão para um área de atividade específica. Descobrir onde se é mais competente é o passo inicial para escolher o caminho ideal para alcançar sucesso nos negócios. No universo dos negócios, o conjunto de competências deve estar alinhado à estratégia. Cada segmento, organização e função requer competências específicas, além das gerais, comuns a todos eles. Essas características que compõem o perfil profissional são chamadas de hard skills e soft skills. - Hard skills são competências relacionadas à capacidade técnica e funcional, compreendendo cursos, treinamentos e capacitações. - Soft skills são competências relacionadas ao modo de se comportar do profissional e à sua porção mais humana, ou seja, os seus relacionamentos interpessoais e a forma de lidar com o trabalho e as outras pessoas. O ideal é chegar ao equilíbrio desses dois tipos de competências para que se consiga qualificar e potencializar capacidades. Algumas características desejáveis em boa parte dos recrutamentos das empresas são: Organização. Trabalho em equipe. Liderança. Criatividade. Proatividade. Comprometimento. Inteligência emocional. Competências que são muito importantes e funcionam em vários contextos podem ser chamadas de essenciais, pois são imprescindíveis para o bom funcionamento do seu negócio.
June, 2024
Carnaval: hora de abrir alas para uma parceria com bons fornecedores
Ao longo do ano, existem muitas datas que ajudam a aumentar as vendas de sua empresa. Sem dúvida, o Carnaval é uma delas. Afinal, não é todo dia que as pessoas estão alegres, animadas e propensas a consumir. Contudo, mesmo com o clima colorido e festivo que, certamente, vai tomar conta da sua loja, é indispensável que você saiba preservar a qualidade da experiência de compra e escolher com sucesso os fornecedores mais ajustados ao seu negócio. Qualidade, preços justos e prazos adequados Assim, aproveite a onda do Carnaval, mas não se deixe levar pela euforia, as compras devem se manter em quantidade compatível com a realidade das vendas e, sobretudo, com a exigência de qualidade com a qual o seu consumidor está habituado. Esses itens devem ser muito bem pactuados com os fornecedores. Além disso, preços justos e prazos para pagamento adequados às necessidades de seu fluxo de caixa são também pontos importantes para que as vendas de Carnaval tragam bons resultados para a sua empresa. Critérios de avaliação dos fornecedores Na hora de bater o martelo na escolha do fornecedor para o Carnaval, é preciso definir quais são os critérios de avaliação que você vai utilizar. Veja os itens que precisam ser levados em conta: Qualidade: Verifique se os fornecedores estão oferecendo o produto ou serviço nas especificações técnicas exigidas por leis ou regulamentações. Capacidade de entrega: Certifique-se de que a capacidade produtiva ou de entrega atenderá suas necessidades e expectativas no menor tempo possível, sem prejudicar a qualidade dos produtos ou serviços. Distância: Considere a distância entre você e o fornecedor, fator que pode ser decisivo, caso você não tenha condições de manter estoque grande e precise fazer pedidos com prazo de entrega curto. Confiança: Pesquise histórico, reputação, estabilidade e saúde financeira dos fornecedores para reduzir riscos (cuidado com fornecedores de ocasião). Preços: Compare os preços com outros fornecedores e calcule se estão na média do mercado. Planejamento financeiro é essencial Para finalizar, saiba onde encontrar e como avaliar um potencial fornecedor, não só para esse carnaval, mas para todas as demais datas especiais do ano. E lembre-se de realizar um planejamento financeiro consistente e adequado aos seus objetivos para o carnaval de 2024. Feito isso, aproveite para comemorar as boas vendas e não se esqueça de também se divertir ao máximo neste Carnaval!
February, 2024
A importância da ESG na construção civil
Atualmente, as empresas estão cada vez mais preocupadas com a chamada “métrica” ESG. Mas, o que é isso? Das iniciais em inglês Environment, Social and Governance (Ambiente, Social e Governança), o conceito vem ganhando corpo nos últimos anos, integrando cada vez mais a agenda estratégica de empresas de diferentes setores, entre eles o da construção civil, como base para a tomada de decisões. O termo foi cunhado no ano de 2004 em uma publicação do Banco Mundial, em parceria com o Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) e instituições financeiras de nove países, chamada Who Cares Wins (Ganha quem se importa). Os critérios do ESG revelam até que ponto uma empresa trabalha em prol de objetivos sociais que vão além do papel de maximizar os lucros em nome de seus acionistas. O documento resultou de uma provocação do então secretário-geral da ONU Kofi Annan a cerca de 50 CEOs de grandes corporações financeiras do mundo. A proposta era obter respostas dos bancos e financeiras sobre como integrar os fatores ESG ao mercado de capitais. Dados divulgados em 2021 pela Global Sustainable Investment Alliance (colaboração de organizações associadas com foco em investimentos sustentáveis) mostram que cerca de US$ 30 trilhões de ativos globais sob gestão estão investidos hoje em estratégias associadas ao ESG. O tripé ESG passou a ser ainda mais valorizado em razão dos escândalos de corrupção em grandes empresas globais, além de graves acidentes ambientais causados por corporações. O mercado e as empresas perceberam que uma vez que empresas implementam sistemas de governança e incorporam em sua cultura e em suas operações uma visão mais responsável do papel da organização na sociedade, têm maiores chances de se manterem vivas no mercado a longo prazo. Segundo dados da Bloomberg, entre 2019 e 2020 foram injetados US$ 347 bilhões (cerca de R$ 1,8 trilhão) em fundos de investimento focados em ESG. Além disso, no mesmo período, mais de 700 novos fundos foram lançados globalmente para capturar o fluxo de capital no segmento ESG. De olho neste movimento, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) lançou em novembro a cartilha ESG no Segmento de Obras Industriais e Corporativas. O documento aborda tanto a importância do ESG para empresas em geral quanto para a indústria da construção civil. A cartilha também apresenta estratégias de mitigação de riscos; planejamento para curto, médio e longo prazos; os desafios e as oportunidades, além de estudos e pesquisas no Brasil sobre o setor. De acordo com a cartilha, as empresas do setor de construção civil estão passando por um momento de transição, no qual já começaram ou deverão começar a implantar o modelo ESG nos seus negócios. Os benefícios das empresas que incorporam a agenda ESG são muito claros. Quando uma obra é executada economizando combustíveis fósseis e recursos hídricos e reaproveitando materiais, a empresa traz uma grande contribuição para a preservação do meio ambiente e da sustentabilidade, além ver sua marca realçada e auferir ganhos financeiros. A cartilha revelou que 94% dos executivos brasileiros enxergam grandes oportunidades nas ações de ESG, mas 72% deles reconhecem que estão pouco ou nada familiarizados com a métrica ESG. Entre os entrevistados, 71% acreditam que o Estado deve estimular as empresas, para que elas sigam regras ambientalmente sustentáveis. Por fim, 73% dos empresários afirmam que ampliarão os investimentos em ESG nos próximos dois anos. O desempenho competente de ESG pode ser atrelado a uma boa performance praticamente em todas as questões empresariais, seja de operações, gestão de pessoas, tecnologia ou estratégia. A correlação é forte em todos os pilares, mas é ainda mais forte no aspecto econômico. As empresas que desenvolvem a gestão ESG terão resultados econômicos mais consistentes. Quanto mais uma empresa desenvolve aspectos de gestão ESG, mais ela cresce na parte econômica. Os dados mostram que para cada 1 ponto de melhoria em ESG, espera-se 1,72 de melhoria nos aspectos econômicos. No mundo contemporâneo, as empresas estão cada vez mais entendendo a necessidade de praticar a responsabilidade social e ambiental, ampliando a percepção de que essa busca pela sustentabilidade traz benefícios a toda a sociedade, mas também às próprias companhias que as fomentam.
October, 2023
E-book aborda atuação de empresas de impacto no mercado internacional
Você já ouviu falar nas “empresas de impacto”? São empreendimentos que atuam de acordo com a lógica de mercado, mas que buscam algo além do retorno financeiro: elas têm o compromisso de medir o impacto socioambiental gerado pela sua atividade principal, seja no produto ou serviço ofertado, seja no seu modo de operação. Os desafios e as oportunidades para empresas de impacto no mercado internacional são temas de um e-book (https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Arquivos/ImpactoPositivoCNISebrae.pdf) criado pelo Sebrae, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O e-book mostra as consequências dessa nova economia nos negócios, retratando o ecossistema brasileiro de impacto e comparando com o que ocorre nas principais economias do mundo. Também são abordadas quais certificações auxiliam no processo de estruturação das empresas e que atuam como diferenciais competitivos frente às empresas tradicionais. O estudo conta, ainda, com dicas de boas práticas e propõe atividades que devem ser adotadas pelas empresas para que os negócios sejam cada vez mais comprometidos com a evolução social e a perenidade do planeta. O objetivo do e-book é mostrar como as empresas de impacto positivo podem utilizar-se desse diferencial competitivo para alcançar o mercado internacional. De acordo com a pesquisa do Sebrae em parceria com a CNI, o conceito de impacto positivo tem como base os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), criados em 2012, no Brasil, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, no Rio de Janeiro. Os ODS têm a intenção de conduzir governos, empresas e sociedade para um mundo mais sustentável e inclusivo, servindo de orientação para os países superarem os desafios ambientais, políticos e econômicos mais urgentes. Eles trazem conceitos importantes, como Responsabilidade Social Corporativa, que é o conjunto de ações voluntárias de uma empresa em prol da sociedade, e ESG (Environmental, Social, Governance) ou ASG (Ambiental, Social e Governança), utilizados para designar práticas de mercado que consideram esses três aspectos centrais na medição da sustentabilidade e do impacto social de um investimento em uma empresa ou negócio. O compromisso com os critérios ESG aumentou 41% entre 2014 e 2016, totalizando US$ 8,4 trilhões em ativos, de acordo com o Global Sustainable Investment Alliance5 (GSIA). A demanda por analistas ESG no mercado de trabalho disparou e o ESG também se manifestou como desinvestimentos induzidos pelos critérios de impacto. Essa ameaça é fundamental para fazer as empresas levarem a sustentabilidade a sério. Já o conceito de valor compartilhado pode ser definido como políticas e práticas operacionais que aumentam a competitividade de uma empresa, ao mesmo tempo em que melhoram as condições socioeconômicas nas comunidades em que a empresa atua. Empresas de propósito A consciência sobre os impactos provocados pela revolução digital, que evidenciou as disparidades sociais e escancarou as consequências do aumento do consumo sobre o meio ambiente, despertou um novo modelo de negócio baseado no propósito. Empresas com propósito querem ser vetores de mudança na sociedade sem deixar de lado a rentabilidade. Assim foi criado o Setor Dois e Meio, uma referência ao fato de as empresas atuarem de acordo com características do segundo e terceiro setores. Esse novo comportamento de negócio motivou um novo comportamento de consumo, mais consciente e atento aos impactos gerados pelas empresas. Marcas passaram a gerir comunidades e a se relacionar com clientes como se fossem parceiros em suas atividades e o consumo passou a ser um ato de ativismo. As pessoas passaram a buscar marcas com propósitos alinhados aos seus. Conforme dados do e-book, um levantamento de 2019 mapeou a existência de 1.002 empresas de impacto no Brasil. A maioria está concentrada no Sudeste (62%). O Sul ocupa o segundo lugar (14%) e o Nordeste aparece com 11%. Em relação ao número de funcionários, 54% dos negócios de impacto empregam de duas a cinco pessoas, 30% empregam seis ou mais pessoas, 16% são compostos por apenas um empreendedor e 77% usam trabalhadores freelancers. Viabilizar mais empresas de propósito levará a mais modelos de operação testados e a mais casos de sucesso com impacto mensurado e resultado financeiro comprovado, atraindo mais investimentos e gerando um ciclo virtuoso e inspirador para novos empreendedores e investidores. E você, empreendedor, não pode ficar de fora dessa onda!
October, 2023
Adote práticas para diminuir resíduos na produção de moda
A sustentabilidade já chegou às prateleiras e é requisito importante na visão do consumidor. Se o seu negócio está no setor produtivo de moda, saiba que os rejeitos da produção podem ter destino ecologicamente correto. Além disso, medidas sustentáveis devem ser incorporadas às suas estratégias comerciais como forma de integrar a economia circular. A gestão correta de resíduos garante sustentabilidade ao processo produtivo e aumenta a competitividade, pois reaproveita restos, reduz custos e ganha a simpatia do público consumidor. “No Brasil, são geradas aproximadamente 170 mil toneladas de resíduos têxteis todos os anos e apenas 20% são reciclados. O resto, 135 mil toneladas, acaba nos aterros sanitários ou no meio ambiente. Dados do Sebrae e do relatório Fios da Moda ainda indicam que 80% dessas 170 mil toneladas são descartadas indevidamente.” Confira a seguir informações e dicas de como você pode adotar práticas sustentáveis. Legislação Reduzir as sobras da produção e dar a elas destino correto são ações fundamentais para que o seu empreendimento cumpra o compromisso social de manter e preservar o meio ambiente. Nesse sentido, o empreendedor alinha o negócio aos objetivos da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), que regulamenta e exige, dos setores público e privado, gerenciamento ambiental para os resíduos. Atualmente, ocorrem movimentações para que a lei incentive mais ações específicas no setor têxtil. Abaixo estão dicas para que a sua empresa siga a regulamentação da PNRS: Faça um diagnóstico do processo produtivo: verifique como são gerados os resíduos industriais, considerando quantidade e características físicas e químicas. Tenha apoio técnico: busque auxílio especializado para analisar como a geração de resíduos impacta a empresa e obtenha apoio jurídico para tomar decisões. Revise o processo produtivo: colabore na diminuição da geração de resíduos na fonte e avalie seu destino ambiental adequado. Crie ferramentas para identificação: apresente cada etapa do processo, incluindo seu manejo, coleta, transporte interno e armazenamento de resíduos. Troque equipamentos antigos: substitua-os por máquinas que consumam menos energia e sejam menos poluentes. Reaproveite resíduos: crie novas linhas de produtos sustentáveis para auxiliar no reaproveitamento interno de resíduos e recorra aos conceitos de upcycling e modelagem zero waste, ótimos para esse desenvolvimento. Recicle resíduos: doe os resíduos para quem recicla ou busque parceiros para a venda do material como alternativa para reciclar os rejeitos externamente. Planeje o gerenciamento dos resíduos: elabore o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Industriais (PGRSI). Reúna dados anuais: faça um relatório anual, coletando informações qualitativas e quantitativas sobre os resíduos gerados e sua destinação, e leve-o ao órgão ambiental competente. Esteja no Cadastro Técnico: preencha o Cadastro Técnico Federal, que alimenta o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR). Crie parcerias: junte-se a outras empresas do setor para facilitar o processo de adequação à legislação vigente. Padronize a gestão ambiental: escolha um modelo para orientar as atividades da empresa na busca de práticas mais sustentáveis. Gestão ambiental O seu negócio pode adotar diferentes modelos de gestão ambiental. Conheça e entenda os três abaixo: Produção mais Limpa (P+L): proposta com foco na reutilização de resíduos, uso de tecnologias, produção com menor consumo de matérias-primas e diminuição da geração de resíduos na fonte. Ecoeficiência: modelo que se caracteriza por liberar menos resíduos tóxicos e fazer uso eficiente da matéria-prima com a criação de produtos que demoram mais tempo para retornar à natureza. Ecodesign ou ecoplanejamento: planejamento para criar novos produtos com base em materiais alternativos ou reciclados, reduzir o consumo de energia no processo produtivo e facilitar a manutenção do produto. Vantagens Empresas que adotam a gestão ambiental como estratégia de negócio têm muitos benefícios. Além de garantir a preservação e a manutenção do meio ambiente, assumindo a responsabilidade pelo impacto que causa, a empresa diminui gastos de produção e atende aos padrões previstos na legislação ambiental. Linhas de financiamento também são outro ponto positivo, pois projetos relacionados à tecnologia ambiental têm acesso facilitado ao crédito. Saiba mais Confira o boletim Gestão de resíduos: mecanismos legais para os negócios do setor de moda. Entenda por que a boa gestão dos processos garante a qualidade do produto. Veja o artigo Pequenos negócios podem adotar práticas de gestão sustentável. Conheça o Centro Sebrae de Sustentabilidade e fique por dentro do assunto.
September, 2023
O que é ESG e como adotá-lo?
Sigla que significa Environmental, Social and Governance (ambiental, social e governança), foi lançada pela Organização das Nações Unidas, em 2005, com o relatório Who cares wins ou “Ganha quem se importa”. O documento aborda as iniciativas no sentido de promover sustentabilidade nessas três esferas e os impactos positivos para as empresas que as adotam. De lá para cá, esse conceito só fez crescer e passou a ser reconhecido como um aspecto necessário para a geração de melhores resultados a longo prazo e, consequentemente, maior sustentabilidade para as empresas. Neste e-book, você vai conhecer melhor os princípios do ESG e as recomendações práticas para que sua empresa adote medidas e se beneficie com a sustentabilidade. Boa leitura!
September, 2023
ESG: Energia renovável e eficiência energética
Diminuir custos com energia aumenta a competitividade das empresas e usar fontes renováveis contribui para implantar uma agenda ESG. Saiba mais sobre fontes alternativas e medidas de redução de desperdício de energia no e-book ESG, Energia renovável e eficiência energética.