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Mon Oct 17 10:07:43 BRT 2022
Empreendedorismo | EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA
Educação empreendedora na educação formal brasileira

Leia o artigo de Vânia Rego, analista do Sebrae, e conheça possibilidades concretas e simples sobre a inserção da educação empreendedora na educação formal.

· Atualizado em 17/10/2022
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Muitas têm sido as iniciativas para incluir, formalmente, a educação empreendedora no currículo da educação brasileira. Mas as tentativas não têm passado de intenções, em virtude de que há vários entendimentos acerca do assunto.

E por que tem sido tão difícil a inclusão da educação empreendedora no currículo da educação brasileira?

Primeiro, porque, ao falarmos em educação formal, não estamos nos referindo a um público específico, mas a várias faixas etárias atendidas por ela.

Para melhor exemplificar, abaixo está representado o esquema de acordo com o que prevê a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB nº 9.394/96, e suas respectivas idades regulares. Segundo o Art. 4º dessa Lei, a educação brasileira está dividida em dois níveis, Básico e Superior, organizados da seguinte forma:

                       

Já é pacificado entre muitos profissionais da área que crianças da Educação Infantil (creches e pré-escolas), tendo acesso a um processo de cuidados e ludicidade bem direcionado, serão adultos bem mais capazes e, portanto, prontos para empreender.

O Prêmio Nobel de Economia (2010), James Heckman, Professor na Universidade de Chicago, diz que:

“As primeiras impressões e experiências na vida preparam o terreno sobre o qual o conhecimento e as emoções vão se desenvolver mais tarde. Se essa base for frágil, as chances de sucesso cairão; se ela for sólida, vão disparar na mesma proporção. Países que não investem na primeira infância apresentam índices de criminalidade mais elevados, maiores taxas de gravidez na adolescência e de evasão no ensino médio e níveis menores de produtividade no mercado de trabalho, o que é fatal.”

Em sua defesa, Heckman não diz para que se invista na Educação Infantil com atividades específicas voltadas para o empreendedorismo, mas com uma abordagem plena para que a criança se desenvolva em todas as suas capacidades e, assim, contribua para o desenvolvimento do país.

Já no Ensino Fundamental, experiências de desenvolvimento de atividades voltadas às atitudes empreendedoras têm apresentado resultados surpreendentes nessa faixa etária, que vai dos 6 aos 14 anos.

As parcerias do Sebrae com escolas públicas e privadas - por meio de projetos como o Programa Nacional de Educação Empreendedora (PNEE) e o Jovens Empreendedores Primeiros Passos (JEPP) - são um exemplo disso. Enquanto o PNEE promove discussões mais amplas, o JEPP visa estimular a criatividade e a criticidade dos estudantes do Ensino Fundamental, incentivando comportamentos empreendedores e encorajando o protagonismo juvenil.

Para o Ensino Médio, especificamente, o Sebrae tem aplicado o Despertar, também pelo PNEE e por meio de parcerias com sistemas de ensino. Nessas parcerias, professores recebem formação e um conjunto de materiais didáticos que estimulam reflexões nos jovens sobre sua vida pessoal e profissional, tendo o empreendedorismo como temática central.

Em nenhum dos casos foi necessária a criação de disciplinas específicas. Promoveu-se, porém, a formação de professores para um trabalho transversal e interdisciplinar em que a educação empreendedora ocorre de forma natural ao longo da formação já estabelecida pelos currículos formais, tanto do Ensino Fundamental como do Ensino Médio.

Esses são alguns exemplos de como pode ocorrer a inclusão dessa temática na educação formal, mas não são os únicos. Até porque sabe-se que as escolas já estão sobrecarregadas das disciplinas formais, além de outros temas transversais indicados em documentos como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Não há divergências quanto à inclusão de disciplinas de Empreendedorismo em cursos ligados à Administração, na Educação Superior. Mas apenas isso não é suficiente, pois a necessidade de empreender não ocorre apenas com os profissionais desse setor.

Há um preconceito em relação a essa discussão nas outras áreas que precisa ser vencido - não, necessariamente, por meio de inclusão da disciplina, mas da temática, o que deve ocorrer ao longo da formação na Educação Superior.

O Sebrae desenvolveu palestras, disciplinas e atividades lúdicas de caráter educacional que podem ser aplicadas em qualquer curso. Há necessidade de que as IES - Instituições de Educação Superior - compreendam a importância dessa questão e a discutam nos momentos de elaboração e revisão de seus projetos pedagógicos.

Um país com a dimensão territorial, a diversidade e a riqueza cultural do Brasil não pode negligenciar a formação do seu povo no que diz respeito ao empreendedorismo. A capacidade criadora de quem empreende espontaneamente por oportunidade e por necessidade precisa ser potencializada.

Para tanto, faz-se necessário que profissionais ligados à temática do empreendedorismo sejam capazes de, respeitando os espaços escolares, abrir caminhos que despertem a capacidade de empreender em nossas crianças, jovens, adultos e até mesmo idosos que frequentam a educação formal brasileira.

Dialogar é o caminho! Legislar sobre a temática é uma consequência!

Vânia Rego é Mestra em Educação pela UnB, na área de confluência de Gestão e Políticas Públicas, analista do Sebrae, professora da SEEDF, sócia fundadora do Centro de Educação Paulo Freire de Ceilândia e Mãe pela Diversidade.


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