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Há uma linha de pensamento adotada por alguns empreendedores de sucesso que direciona grande parte do comportamento do empreendedor. O propósito para empreender dessas pessoas é definido como uma idealização de um mundo mais justo, onde as pessoas sejam respeitadas por suas escolhas, onde a natureza exuberante possa conviver harmonicamente com o progresso econômico e todos os oito bilhões de habitantes desse planeta possam viver plenamente.

Podemos até perceber que há atitudes permanentes e sinceras de que se cria um negócio como um desejo de ajudar as outras pessoas. Essas atitudes estão visíveis quando se encontra no perfil ideal de um empreendedor de sucesso as mesmas qualidades principais, tais como paixão pelo que faz, ética, inovação, propósito claro e definido para empreender. O interessante é que tudo isso pode estar incluído em sentimentos e valores mais profundos como generosidade, compaixão e empatia, palavras ligadas a sentimentos, ao lado mais sensível do ser humano.

Essas palavras mágicas ficam escondidas da maioria dos conteúdos sobre empreendedorismo, porque elas são vistas como fraqueza, sentimentalismo, sensibilidade exagerada, porque o empreendedor de sucesso é aquele que possui sucesso financeiro. A pergunta que se faz é: será que um não pode ser decorrente do outro? O êxito financeiro não será resultado de um propósito alinhado a valores humanos bem empreendidos?

Alguns autores consideram um erro as empresas focarem apenas no objetivo de guardar dinheiro. Outros, como os professores Kaplan e Norton, nos falam que os resultados empresariais devem ser alcançados em quatro dimensões de igual prioridade, tais como: 1) econômico-financeiro; 2) clientes; 3) processos internos; 4) aprendizado e crescimento. Outros autores, no entanto, já incluem a quinta dimensão, que se chama responsabilidade econômica social e ambiental, e, atualmente, a dimensão vinculada à governança empresarial, conceito que define que as empresas devem respeitar a ética e a moral da sociedade, evitando se envolver em negócios ilegais que provocam prejuízos à sociedade não somente pelo aspecto social e ambiental, mas também pelo respeito aos valores mais significativos da sociedade.

Isso configura empresas solidárias a todos e quaisquer personagens, pessoas, fundações, empresas, organizações não governamentais, entidades dos governos e da sociedade, que agem prontamente no sentido de construir um mundo onde todos vivam melhor. Essa solidariedade define o grande objetivo de qualquer empreendimento: a construção de um mundo pleno e justo para as pessoas viverem melhor. Esse modelo recebe o nome de empreendedorismo social e torna-se relevante a partir do ideal de que os negócios existem além do lucro financeiro, e o sucesso significa ter uma contribuição relevante para um mundo melhor.

Então, podemos definir de forma mais específica que o empreendedorismo social tem como um dos principais objetivos transformar a realidade atual em que as pessoas vivem ou pelo menos diminuir alguns impactos ocasionados pelos problemas enfrentados pela sociedade e envolvem áreas diversas como atendimento médico de qualidade para todos, falta de acesso a oportunidades de educação, meio ambiente, desemprego, exclusão de minorias, trabalho degradante, falta de respeito com a dignidade humana, empregos para grupos marginalizados, falta de moradias, alimentação e renda para sobrevivência, entre outras.

A principal retribuição que os idealizadores desses projetos buscam é a gratificação por participar de um empreendimento com alto grau de significado e de poder devolver à sociedade uma pequena parcela do que representa estar aqui neste planeta (leia o nosso e-book  Responsabilidade Social Empresarial). Saiba mais sobre o tema fazendo o nosso curso EaD Ética e integridade empresarial na prevenção da corrupção.

O Sebrae oferece esses e muitos outros conteúdos, ferramentas, cursos, palestras e consultoria para empreendedores que desejam se envolver em projetos sociais. Procure-nos!