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Wed Mar 29 12:45:18 BRT 2023
Empreendedorismo | COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR
Empreender é desafiar o impossível

Não temer os obstáculos aparentemente gigantescos e enfrentar os desafios pode ser uma ferramenta extremamente poderosa na hora de empreender.

· 18/01/2023 · Atualizado em 29/03/2023
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Um dos maiores autores de teatro do século passado, Jean Cocteau, disse o seguinte: “não sabia que era impossível, foi lá e fez”. Nada representa mais o espírito empreendedor do que essa famosa frase. Mas a realidade é que as pessoas, quando estão diante de obstáculos aparentemente assombrosos, adotam um comportamento mais de acordo com outra frase: “achou que era impossível, desistiu”.

O que realmente é impossível para você? Algumas observações que podemos retirar de “achar que era impossível” podem ser decorrentes de:

  1. Experiência do passado: uma vivência malsucedida e que foi atribuída a uma situação em que o empreendedor se sentiu impossibilitado de tomar uma decisão pode influenciar e até mesmo criar um vício de que situações semelhantes estão muito acima das nossas forças. Esse vício do passado gera um tremendo erro de avaliação. Os tempos mudam, e as soluções que eram impossíveis antes hoje podem ser resolvidas com tecnologias mais modernas ou mesmo com metodologias mais adequadas. A situação é igual apenas na mensagem que o cérebro recebeu, e a resposta mais imediata é fazer uma associação com a situação do passado, ocorrendo o medo de conviver com um novo fracasso. A resolução que surge imediatamente é: “não quero viver esse momento novamente, não quero sentir a mesma dor”, mas uma avaliação mais refletida pode mudar a percepção negativa e até mesmo transformar a resposta do cérebro.
  2. Aceitar o óbvio: o que parece impossível pode estar ancorado em informações distorcidas, que não sobrevivem a uma pesquisa mais detalhada. O primeiro olhar é sobre uma aparência, aquilo que surgiu no primeiro momento, e o aparente é uma falsa imagem da realidade, por isso é preciso testar essa primeira imagem. Para isso, pode ser utilizada uma metodologia chamada de “estressar a situação”, que significa pesquisar, refletir e perguntar o porquê, para olhar a situação pelos vários ângulos de observação depois trocar ideias, conversar com outras pessoas. Perder um pouco de tempo pode reservar surpresas agradáveis ou mesmo concluir que a imagem estava correta, então você fica em paz com a sua consciência, porque não tomou uma decisão de forma impulsiva.

Muhammad Yunus, economista e ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2006, como reconhecimento pelos seus trabalhos em prol do empreendedorismo de pequenos negócios através do Grameen Bank, é ele mesmo um enorme exemplo de alguém que desafiou o impossível. Quando ensinava economia na Universidade de Bangladesh, todos os dias, ao sair de sua casa e se dirigir para a Universidade, atravessava várias vilas muito pobres. Nesse trajeto diário, observava as mulheres sentadas à margem da rodovia fabricando cestas de vime.

Um dia resolveu levar alguns alunos para estudar como essas mulheres empreendiam e descobriu que a matéria-prima utilizada por elas era comprada de intermediários que exploravam financeiramente essas empreendedoras na forma da cobrança de juros extorsivos de taxas absurdas ou na forma de recebimento de uma parcela superior a 50% da produção diária. Ao estudar esse modelo, identificou que as empreendedoras eram tão dependentes desses capitalistas que jamais teriam a oportunidade de melhorar de vida, seja pelo valor correspondente aos juros, seja pela produção que teriam que devolver a esses financiadores, naquilo que chamo de “escravidão financeira”. 

Concluiu que, se fizesse um financiamento de US$ 200,00, mesmo aos juros praticados no mercado, quebraria essa escravidão financeira, e as mulheres poderiam fazer um reinvestimento maior em seus negócios, aumentando a sua lucratividade e, com isso, melhorando a qualidade de vida das suas famílias. Quando foi ao banco onde recebia o salário da Universidade, descobriu que essas empreendedoras não teriam acesso aos financiamentos bancários, então resolveu desafiar o óbvio fazendo um financiamento do seu próprio bolso, por meio de um modelo que ficou conhecido em todo o mundo como “crédito solidário”.

Com isso, além de transformar a vida dessas mulheres, ele criou o maior banco de crédito do mundo, com modelo replicado em vários países. Quando o seu banco foi inaugurado na China, ele riu da situação, porque em Bangladesh diziam que ele era comunista e na China que era capitalista.

O exemplo de Yunus nos inspira a reconhecer como pode ser poderosa para o surgimento e crescimento de um empreendimento de sucesso uma ferramenta concebida a partir do reconhecimento de que, por não saber que era impossível, simplesmente fez.

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