Terceirizar pesquisas para estudantes pode ser interessante para reduzir custos, aumentar a tecnologia e fomentar projetos criativos.
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A velha história de como tirar as ideias do papel é o clichê que assombra a vida de quase todo empreendedor. Projetos inovadores pipocam na cabeça, mas falta braço e tecnologia para vê-los crescer, já que, para isso, é necessário um altíssimo investimento em estrutura e pesquisas.
Mas você já parou para pensar que, com certeza, existem diversas pessoas interessadas em ajudar a desenvolver seu projeto?
Imagine que, no ano de 1994, havia um dentista incomodado com os procedimentos comuns para os tratamentos dentários. Pensando em como aumentar o conforto de seus pacientes, ele começou a buscar formas de produzir equipamentos menos agressivos no fundo de seu consultório.
Toda a produção era em pequena escala e artesanal. Em pouco tempo, Roberto, o dentista de quem estamos falando, já tinha certeza de que o produto era pra lá de bacana. Nessa mesma época, uma amiga próxima sofreu um acidente e estava desempregada. Para ajudá-la, Roberto sugeriu que ela comercializasse sua invenção. E lá foi a moça bater de porta em porta para gerar renda.
Após três semanas, veio o susto: ela estava ganhando até mais do que o próprio Roberto.
Foi quando ele começou a levar o negócio a sério e a aumentar a escala de produção. Assim ele criou a Angelus, desenvolveu mais produtos e conquistou clientes. Depois de cinco anos, uma coisa era fato: seus produtos, ainda que simples, funcionavam - o que demonstrava que ele estava no caminho certo. Mas, mesmo assim, ainda faltava alguma coisa, já que o produto tinha baixo valor agregado e a empresa tinha crescimento lento. Ele percebeu, então, que não dava mais para continuar produzindo sem tecnologia.
Foi nesse momento que ele apresentou sua proposta para universidades e descobriu que muitos estudantes queriam poder ter em mãos aquele projeto inovador - e que também pode ser o seu - para mandar bala nas pesquisas.
Mas o que é possível ganhar com isso?
Funciona assim: empresas que não estão dispostas a investir em equipamentos e tecnologia suficientes para manter uma estrutura de pesquisa internamente fazem uma parceria com universidades interessadas em ampliar seu campo de pesquisa, desenvolver seus estudantes (de doutorandos a graduandos, com exceção de quem está nos anos iniciais) e aumentar sua linha de crédito para realizar pesquisas. Dessa forma, fica interessante para os dois lados. E foi exatamente isso que Roberto fez.
O dentista levou a Angelus, sua empresa até então pequena, para ser desenvolvida no Centro Tecnológico da Aeronáutica (CTA), na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e no Centro Técnico da Votorantim Cimentos. Foram esses os primeiros centros de estudo a abraçar sua pesquisa e a viabilizar o desenvolvimento de seus produtos.
Veja, a seguir, algumas vantagens da parceria entre universidades e empresas:
Localização dos melhores talentos
Ao criar projetos em parceria com universidades, as empresas têm a possibilidade de ter acesso aos universitários mais dedicados, os chamados “pontos fora da curva”, conseguindo ter resultados mesmo durante a pesquisa. Além disso, elas têm a possibilidade de recrutar talentos como colaboradores.
Qualificação dos profissionais
Os colaboradores da empresa passam a ter a oportunidade de se atualizar e de trocar experiências com a comunidade acadêmica, elevando a sua competitividade. A troca de ideias e os esforços em conjunto contribuem também para reciclar os conhecimentos de quem está já está fora da universidade.
Acesso a metodologias e a modelos de negócios inovadores
As empresas passam a ter acesso aos mais recentes resultados de pesquisas e a novas metodologias no seu segmento de atuação. É, portanto, uma via de mão dupla: enquanto as empresas oferecem às universidades insights de negócios na prática, os alunos contribuem com conhecimentos já testados ou com novas possibilidades e invenções.
Acesso aos laboratórios de inovação das universidades
Diversas universidades já contam com laboratórios 100% dedicados à inovação, representando espaços com condições e tecnologia própria para o desenvolvimento de ideias, prototipação, testes e criações.
Papelada que vale a pena preencher
É importante que você saiba que o caso da Angelus tinha uma dificuldade bem peculiar: a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) era, e ainda é, muito rigorosa com o tipo de produto desenvolvido por ela. Além disso, naquela época, a parceria entre universidades e empresas não era permitida, mas Roberto conseguiu criar alguns produtos com as universidades num processo ainda bem rígido, enfrentando muita burocracia. A partir de 2005, o cenário começou a mudar e vem sendo atualizado.
Foi promulgada uma série de leis e decretos que facilitam essa possibilidade. Hoje em dia, algumas universidades têm um Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) que tem como um dos seus objetivos aproximar universidades e empresas. “Mesmo assim, ainda é algo novo e burocrático. Apesar dos NITs mais antigos terem algo em torno de cinco ou seis anos, ainda não estão muito consolidados. Se existe um ponto negativo nesse tipo de relação, se chama burocracia, porque a universidade não tem a mesma pressa que a empresa”, explica César Bellinati, Diretor de P&D da Angelus.
A história de Roberto Alcântara foi de sucesso extremo. Hoje, ele exporta para mais de 65 países, além de incentivar pesquisas com 5% de seu faturamento anual. Mas ele não é um caso à parte. Na Europa e nos Estados Unidos, a técnica já é praticada com muito sucesso. Aqui no Brasil, empresas como Braskem, Tramontina e Petrobras já se beneficiaram desse tipo de parceria.
De acordo com César, a Angelus compete no mercado pela diferenciação dos seus produtos, e a parceria com as universidades foi e tem sido fundamental para que a estratégia tenha sucesso:
“Nós temos um departamento de P&D com pessoas mestres e doutores que vieram de universidades de renome aqui no Brasil, e o bacana é que ter uma faculdade relacionada à empresa traz valor ao negócio. Então, perante o cenário mundial, é uma parceria que agrega uma forte credibilidade à marca”.
Quem paga por isso?
O diretor também explica que, quando o assunto é inovação, o risco é muito alto, já que não há muito bem como prever a reação do mercado após o lançamento do produto. Além disso, gastar rios de dinheiro em estrutura para conduzir essas pesquisas dentro da empresa não é algo tão fácil para um pequeno ou médio negócio que quer inovar. Por essa razão, é necessário aproveitar os recursos existentes no mercado.
As formas de financiamento da pesquisa são variáveis e dependem de cada caso. Elas podem ser reembolsáveis (empréstimos com baixas taxas de juros), não reembolsáveis (com a maioria dos recursos sendo financiada por terceiros, como BNDES, CNPq e FAPESP) ou de capital de risco (quando investidores aplicam o dinheiro com o objetivo de possuírem participação no capital social da empresa).
Se você se interessou pela estratégia e quer dar uma olhada em como funcionam os termos, a USP disponibiliza um manual sobre parcerias entre empresas e universidades.
A burocracia pode ser desafiadora, mas é válido considerar enfrentá-la. Ter profissionais de qualidade trabalhando ao seu lado, reduzir custos, poder contar com o auxílio das diversas modalidades de financiamentos disponíveis e, no final, poder transformar tecnologia em valor agregado para seu produto é uma proposta que vale a pena tentar explorar.
Conteúdo produzido em parceria com a Endeavor Brasil.
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Julho, 2024
Como emitir e pagar a guia DAS-MEI
A principal obrigação do MEI é pagar a “mensalidade” do MEI todos os meses, no dia 20. É muito importante esse pagamento, pois é através dele que você terá acesso aos seus benefícios previdenciários. Às vezes, nos deparamos com uma pessoa MEI que diz coisas assim: “ah... eu não paguei porque não tive tempo de ir na Sala do Empreendedor ou no Sebrae para emitir minha guia e eu não sabia como fazer isso”. Pois neste artigo vamos mostrar como é simples emitir a guia DAS-MEI. Inicialmente precisamos dizer que o MEI tem muitas opções para realizar a quitação das suas parcelas mensais. Aquela que consideramos a melhor opção é o débito automático. O MEI só precisa autorizar uma vez, e o débito ocorre automaticamente todos os meses, bastando controlar para garantir que tenha saldo suficiente no dia 20 de cada mês. Para isso, o microempreendedor precisa ter conta em nome do MEI ou mesmo de sua pessoa física (conta de terceiros não é aceita) em um dos bancos conveniados: 001 - Banco do Brasil S/A003 - Banco da Amazônia S/A004 - Banco do Nordeste do Brasil S/A021 - Banco Banestes S/A033 - Banco Santander (Brasil) S/A041 - Banco do Estado do Rio Grande do Sul S/A047 - Banco do Estado de Sergipe S/A070 - Banco de Brasília S/A104 - Caixa Econômica Federal237 - Banco Bradesco S/A341 - Itaú Unibanco S/A389 - Banco Mercantil do Brasil S/A748 - Banco Cooperativo Sicredi S/A756 - Banco Cooperativo do Brasil S/A Como esta lista é dinâmica e a qualquer momento pode ocorrer a inclusão de novos bancos, ou até a exclusão de algum, sugerimos a consulta quando tiver o interesse. Essa opção é formalizada no Portal do Simples Nacional, sendo necessário que o MEI tenha cadastrado o seu código de acesso. Outra opção é efetuar o pagamento on-line das guias DAS-MEI. Neste caso, precisa ter uma conta pessoa física ou jurídica no Banco do Brasil e, no dia em que desejar pagar, acessar o Portal do Empreendedor e escolher a opção pagamento on-line. Finalmente, temos a opção de gerar a guia DAS-MEI tanto pelo Portal do Empreendedor como pelo app MEI, da Receita Federal, ou pelo app Meu Sebrae, disponibilizado pelo Sebrae. Após gerar a guia DAS-MEI, você poderá escolher a forma de efetuar o pagamento conforme as opções descritas abaixo: Imprimir a DAS-MEI, se dirigir a uma lotérica ou agência bancária e realizar o pagamento; Utilizar o QR Code gerado e realizar o pagamento pelo internet banking ou pelo aplicativo do seu banco por meio de Pix; Utilizar o código de barras e pagar pelo internet banking ou pelo aplicativo do seu banco. Abaixo descrevemos algumas opções para você gerar/emitir a sua guia DAS-MEI. Passo a passo fácil pelo app Meu Sebrae Primeiro, você deve entrar na sua loja de aplicativos, App Store ou Play Store, e baixar o app Meu Sebrae. Com o app aberto, clique em criar conta; depois informe o seu CPF, seu nome, seu e-mail e sua data de nascimento. Para finalizar, escolha uma senha para acessar o aplicativo. Digite a senha mais uma vez para confirmar. Pronto, você estará cadastrado. Agora, na tela inicial do aplicativo, você deve clicar em “Serviços” e depois em “Serviços MEI”; em seguida, clique em “Pagamento de Contribuição Mensal” e em “Boleto de Pagamento”; em seguida, clique na opção “Cadastrar nova empresa” e, finalmente, informe o seu CNPJ. Agora é só escolher o ano da contribuição e o mês vigente e baixar o boleto da DAS. De forma simples e rápida, você gerou a guia DAS-MEI. Agora é só salvar e escolher a maneira que mais lhe convier para efetuar o pagamento: pelo QR Code com Pix; imprimir o boleto e ir a uma lotérica ou agência bancária para pagar; com o código de barras, pagar pelo internet banking ou app de seu banco. Passo a passo pelo app MEI da Receita Federal Na loja de aplicativos, App Store ou Play Store, baixe o app MEI. Na tela inicial do aplicativo, inserir o CNPJ, escolher a opção “Emitir DAS”; selecionar o ano e o mês para o qual você quer emitir a guia DAS; ela estará disponível e tem opção de exibir/salvar/compartilhar ou copiar o QR Code para pagar por meio de Pix. Passo a passo para emissão da guia DAS-MEI pelo Portal do Empreendedor Entre no Portal do Empreendedor na plataforma gov.br; Clique na guia “Já Sou MEI”; Depois em “Pagamento da Contribuição Mensal (DAS)”; Em seguida em “Boleto de Pagamento”; Preencha o CNPJ da sua empresa e clique em continuar; Clique em “Emitir Guia de Pagamento (DAS)”; Em “Informe o Ano-Calendário”, selecione o ano e clique em “OK”; Selecione o(s) mês(es) do ano que você deseja gerar o(s) boleto(s); Informe a data em que você deseja pagar o boleto e clique em “Apurar/Gerar DAS” (se for antes do vencimento ou se estiver vencido e deseja pagar no próprio dia da emissão não precisa preencher); Aparecerá na tela a mensagem “Os documentos DAS foram gerados com sucesso!” Clique em “Imprimir/Visualizar PDF”; Após a visualização, você pode imprimir, salvar ou compartilhar a guia DAS ou pagar conforme uma das modalidades já explicadas acima. Qualquer uma das formas descritas é segura e garante ao MEI estar com a sua obrigação em dia. Importante! O Sebrae está sempre disponível para ajudar o MEI e os micro e pequenos empreendedores em geral em todas essas etapas com consultorias e cursos on-line ou presenciais, muitos deles de forma gratuita. O empreendedor pode esclarecer dúvidas, buscar ideias e se qualificar em qualquer área que precise procurando cursos e consultores do Sebrae. É só acessar www.sebrae.com.br. Saiba mais: Portal do Sebrae: Cursos gratuitos on-line: O que você quer aprender hoje? Veja o que você precisa saber antes de virar MEI e quais são as principais obrigações do MEI após a formalização. Portal do Empreendedor: Pagamento da Contribuição Mensal (DAS); Emissão da Guia DAS-MEI. FONTES:1. Atenção ao novo valor de contribuição do MEI!2. MEI terá novo valor de contribuição3. Como emitir a guia DAS em menos de 1 minuto4. O que acontece se você formalizar seu MEI e não pagar mensalmente as guias do DAS?
Julho, 2024
Domicílio Judicial Eletrônico: o que é e como fazer o seu cadastro
Você sabia que todas as empresas privadas, incluindo as micro e pequenas empresas (MPEs), precisam se cadastrar no Domicílio Judicial Eletrônico para receber citações e intimações judiciais? A exigência de fazer o cadastramento está no art. 246, caput e § 1°, do CPC/2015. Se você já tem um endereço eletrônico cadastrado na Redesim, não se preocupe: o CNJ usará esse endereço para enviar as comunicações. Prazo para cadastramento voluntário Fique atento! O prazo para o cadastramento voluntário termina em 30 de setembro de 2024. Depois dessa data, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) fará o cadastramento de forma automática, utilizando os dados da Receita Federal. Como se cadastrar no sistema 1. Acesso ao Sistema: Visite o portal do CNJ e procure pela seção de Domicílio Judicial Eletrônico. 2. Você pode acessar pelo sistema ou através do portal gov.br. 3. Aceite o termo de adesão e confira o e-mail por meio do qual irá receber as comunicações. 4. Cadastro: Preencha o formulário de cadastro com os dados da sua empresa, seguindo as instruções. 5. Confirmação: Verifique os dados e confirme o cadastro. 6. Utilização: Acesse o sistema regularmente para acompanhar e responder a citações e intimações recebidas. O que acontece se eu não usar o sistema? Não atualizar seu cadastro ou não usar a ferramenta pode trazer problemas. Você pode perder prazos processuais e até sofrer penalidades. Empresas que não confirmarem o recebimento de citações no prazo legal, sem justificativa, podem receber multa de até 5% do valor da causa por ato atentatório à dignidade da Justiça (conforme § 1º-C do Art. 246 do CPC). Não deixe para a última hora! Faça seu cadastramento no Domicílio Judicial Eletrônico e evite problemas e multas!