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Empreendedorismo | ECONOMIA SOCIAL
Etnoturismo: comunidade indígena Raposa Serra do Sol

Comunidade indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, tem apostado no etnoturismo como fonte de renda e desenvolvimento local.

· 09/03/2023 · Atualizado em 14/07/2023
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O etnoturismo propicia aos viajantes conhecerem de perto a cultura, os costumes, as tradições e a gastronomia de um determinado povo. Esse segmento do turismo tem sido muito praticado em comunidades indígenas e é uma importante fonte de renda e desenvolvimento, em especial para a Comunidade Raposa Serra do Sol, em Roraima.

Desde 2019 o etnoturismo é praticado nesta região e com o trabalho de conscientização feito principalmente pelos moradores sobre a importância do turismo para o desenvolvimento local, a comunidade tem ganhado cada vez mais destaque entre os destinos turísticos do estado.

Terra Indígena Raposa Serra do Sol

Em Roraima, a área da Raposa Serra do Sol está localizada nos municípios de Normandia, Pacaraima e Uiramutã, entre os rios Surumu, Tacutu, Contigo, Maú e a fronteira com a Venezuela. É habitada por cinco povos indígenas: Ingarikó, Macuxi, Patamona, Taurepang e Wapichana, que juntos dividem um território de 1.747.464 hectares.

De acordo com informações do Instituto Socioambiental (ISA), 26.048 pessoas vivem nestas terras e há, no momento, 6 projetos de desenvolvimento na região:

  • Bovinocultura em Comunidades Indígenas de Normandia (início em 2018)
  • Centros de Manejo de Bovinocultura (início em 2020)
  • Formação Superior de Professores Indígenas em Roraima (início em 2000)
  • Planos de Gestão Territorial e Ambiental em Terras Indígenas e Roraima (início em 2019)
  • Projeto Chuva na Roça (início em 2010)
  • Unidades Produtivas de Aquicultura em comunidades indígenas na Terra Indígena Raposa Serra do Sol (início em 2018)

Tradições e Crenças

Os povos da Raposa Serra do Sol tradicionalmente caçam, cultivam e pescam. Alguns criam rebanhos de gado na região do cerrado e outros animais domésticos. Durante os meses de verão seco eles aproveitam para construir e reparar suas casas, feitas a partir do uso do barro, madeira e folhas de palmeira.

O grupo mais numeroso que vive na Raposa Serra do Sol são os Macuxi. Esse povo acredita que eles e seus vizinhos, os Ingarikó, são descendentes dos filhos do sol, que deixaram para eles o dom do fogo, mas também as doenças e as dificuldades da natureza.

Conforme o ISA (Instituto Socioambiental), para os povos indígenas da Amazônia Caribenha, de tradição karib - especialmente os macuxi, taurepang e ingarikó -, Macunaíma, filho de Wei, o Sol, forjou, num tempo antigo, o mundo como é hoje, conforme revelam as tradições orais compartilhadas por esses grupos. Mesmo hoje professando a fé cristã eles mantêm suas tradições e os turistas que visitam as comunidades indígenas sempre ouvirá muitas histórias sobre Macunaíma, Jurupari, Canaimé, e os espíritos da natureza.

A região abriga lugares sagrados desses povos, como o Lago Caracaranã, o Lago da Raposa (Maikan Ku’pî), a Cachoeira da Raposa, bem como os sítios onde os antepassados estão sepultados em urnas funerárias de cerâmica.

O arremesso de arco e flecha é um dos mais importantes símbolos dos povos originários do Brasil, além de ser usado para caçar, pescar e se divertir, esse instrumento tem um sentido mais profundo e milenar, o de alcançar os sonhos.

Outra tradição importante da cultura material da etnia Macuxi, habitantes majoritários da comunidade Raposa I, é o trabalho em cerâmica. As famosas e belas panelas de barro feitas pelas mulheres Macuxi encantam turistas do mundo todo.

A parixara é a representação da alegria em forma de dança. Para a festa, pintam-se com a energia do urucum, vestem-se, cantam e dançam. Hoje, muitas comunidades apresentam a parixara para dar boas-vindas aos visitantes.

Culinária típica

A base alimentar dos povos indígenas no Brasil é a farinha de mandioca e o beiju e para produzi-los são necessários diferentes saberes. É preciso conhecer o cultivo da mandioca, qual a melhor época para plantar, qual o melhor local e como plantar.

As bebidas típicas, também consideradas como alimento, são o caxiri e o pajuaru. Com diferentes modos de preparo, as bebidas levam ingredientes diversos como a folha de bananeira e da maniva, assim como a combinação da batata roxa com a mandioca.

O símbolo da culinária Macuxi é a damurida. O prato é um ensopado de peixe (que também pode ser feito com carne de caça ou galinha) bastante condimentado. O segredo do prato está no caldo, que contém um molho de tucupi bem apurado e bastante pimenta.

Turismo na comunidade

Os segmentos turísticos que se destacam na comunidade são o etnoturismo, o turismo de base comunitária e o ecoturismo. Independentemente do tipo praticado, o visitante terá a oportunidade de conhecer as tradições, as histórias, as lendas, a culinária e as bebidas, como a damurida e o pajuaru. 

Nos roteiros ecoturísticos, o turista conhece as cachoeiras, toma banho em lagos e trilhas nas regiões serranas, podendo vivenciar o dia a dia da comunidade numa imersão bem realista de como eles vivem.

O contato com os costumes locais é feito através de palestra de acolhimento, oficinas de confecção de panelas de barro, artesanato e culinária típica, confraternização com música e danças, pinturas corporais, arremesso de arco e flecha, trilhas nas serras, acesso às cachoeiras, igarapés e lagos. A experiência é única e enriquecedora!

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