Organizar o estoque e planejar as compras é essencial para a saúde financeira da sua empresa
Todo empreendedor enfrenta desafios diários. Entre os mais importantes está a gestão de estoque e compras. Quanto adquirir de cada produto? Como organizar um orçamento que evite desperdícios e que garanta que não faltem insumos e mercadorias no dia a dia da empresa?
Alguns negócios fazem compras diariamente, enquanto outros optam por esquemas semanais ou mensais. E há também aqueles que preferem garantir insumos para todo o semestre ou mesmo para o ano inteiro, complementando o estoque quando necessário.
Algumas frases conhecidas tentam dar o melhor caminho, como “compre a maior quantidade possível para economizar no frete” ou “só compre o essencial, sem desperdícios”. Essas inúmeras estratégias tradicionais, contudo, são muitas vezes replicadas sem se parar para pensar nas reais vantagens – ou desvantagens – de serem adotadas.
Portanto, empreendedor que ainda tem dúvidas sobre quanto comprar de cada produto e com qual frequência realizar as reposições, este artigo é para você.
Tipos de estoque
Existem algumas formas de classificar o estoque. Conheça algumas: estoque de reserva; estoque consignado; estoque sazonal; estoque terceirizado; estoque inativo.
O importante aqui, porém, não é classificar o estoque levando em conta suas especificidades, mas sim sua finalidade. Dessa forma, vamos separá-lo em dois grupos:
- Estoque de insumos, também chamado de estoque de matérias-primas
O estoque de matérias-primas existe para manter o fluxo de produção. Muitas vezes, basta faltar um insumo para comprometer toda a produção e acarretar prejuízo financeiro para a companhia. E não são somente as fábricas que se encaixam nesse perfil; empresas de serviços também podem ser afetadas. Um salão de beleza sem xampu ou esmaltes, por exemplo, tende a ter suas vendas seriamente afetadas.
- Estoque de produtos acabados, também chamado estoque de produtos prontos para venda ou estoque de comercialização
A falta de estoque de produtos prontos para comercialização também gera prejuízos financeiros para a empresa, pois ela poderá perder vendas por não ter o produto disponível.
Saiba mais sobre gestão de estoque com este artigo do Sebrae
Quanto comprar?
Para saber quanto comprar, devemos primeiro dimensionar a quantidade necessária de cada produto. É aqui que há uma pequena diferença entre os estoques de insumos e de produtos acabados.
O de insumos deve levar em consideração: quantidade do insumo em estoque; quantidade necessária do insumo; tempo de entrega do fornecedor; espaço disponível para armazenagem; data de validade do insumo, no caso de perecíveis.
Já no caso de produtos acabados, devemos levar em consideração: expectativa de vendas (por vezes é bastante incerta); quantidade existente do produto acabado; data de validade do produto; espaço disponível para armazenagem.
Produção e expectativa de vendas
O setor de produção deve estar atento à expectativa de venda, que varia em determinados períodos do ano. Existem casos em que a produção deve aumentar meses antes da venda, para atender a uma alta demanda sazonal, como a da Black Friday e do Natal, por exemplo.
Por outro lado, um restaurante geralmente confecciona seu produto minutos antes do consumo e, por isso, não há porque se planejar com tanta antecedência, até porque muitas das matérias-primas utilizadas podem ter prazos curtos de validade.
Exemplo ilustrativo
Abaixo segue um exemplo que descreve a gestão de estoque e o orçamento de compras de um restaurante self-service, mas que também pode ser usado como modelo adaptável ao seu negócio. Confira:
Restaurante self-service
Imagine um restaurante self-service que esteja planejando suas compras. É preciso adquirir os seguintes insumos: carnes, grãos, folhas, legumes e vegetais e bebidas. Faremos o planejamento ponderando um futuro de uma a quatro semanas.
Vamos preparar o orçamento de compra
Carne: quantidade existente em estoque: 50 kg; espaço disponível para armazenagem: 500 kg; quantidade necessária do insumo (por semana): 50 kg; tempo de entrega do fornecedor: 7 dias; data de validade do insumo: 6 meses.
Nesse caso, como há espaço disponível para armazenar o insumo, o prazo de validade permite estocá-lo por até 6 meses e a entrega é semanal, podemos comprar 50 kg de carne, suficiente para uma semana, ou 200 kg de carne, suficiente para um mês.
Grãos: quantidade existente em estoque: 200 kg de arroz e 250 kg de feijão; espaço disponível para armazenagem: 1.000 kg de grãos; quantidade necessária do insumo por semana: 100 kg de arroz e 100 kg de feijão; tempo de entrega do fornecedor: 7 dias; data de validade do insumo, no caso de insumos perecíveis: 12 meses.
No caso dos grãos, a data de validade permite fazer um estoque grande, mas o espaço para armazenamento é limitado. Como a entrega é realizada toda semana, a quantidade atual de arroz e feijão é suficiente. Contudo, caso deseje comprar o suficiente para um mês, basta completar o estoque até atingir 400 kg de arroz e 400 kg de feijão.
Folhas, legumes e vegetais: quantidade existente em estoque: 5 kg de folhas e 40 kg de legumes e verduras; espaço disponível para armazenagem: 600 kg de folhas, legumes e vegetais; quantidade necessária do insumo por semana: 10 kg de folhas e 50 kg de legumes e verduras; tempo de entrega do fornecedor: 3/4 dias; data de validade do insumo, no caso de insumos perecíveis: 4 para folhas e 10 dias para legumes e verduras.
Neste caso, a data de validade não permite fazer um estoque superior a quatro dias para as folhas e dez para os legumes e verduras, apesar de haver espaço para armazenamento. Como a entrega é realizada duas vezes na semana, podemos comprar 5 kg de folhas na segunda e 5 kg na sexta, suficientes para atender à necessidade com uma pequena sobra, e 50 kg de legumes e vegetais uma vez na semana ou 25 kg duas vezes na semana, quantidade igualmente suficiente para atender à demanda.
Bebidas: quantidade existente em estoque: 50 do refrigerante A, 40 do B e 30 de suco C; espaço disponível para armazenagem: 800 latas; quantidade necessária por semana: 200 do refrigerante A, 120 do B e 80 de suco; tempo de entrega do fornecedor: 7 dias; data de validade do produto: 12 meses.
Diferentemente da carne, dos grãos, das folhas, dos legumes e dos vegetais, as bebidas em lata não são insumos, são produtos acabados. A lógica, porém, é a mesma: a data de validade e o espaço permitem fazer um estoque superior a duas semanas e até superior a um mês. Como a entrega é realizada uma vez a cada sete dias, podemos comprar 100 latas do refrigerante A, 60 do B e 40 de suco, suficiente para duas semanas, ou 200 do A, 120 do B e 80 de suco, suficientes para quatro semanas.
Orçamento de compra
Agora que já temos a quantidade semanal necessária de insumos e produtos, basta adicionar o valor de compra de cada e multiplicar pelo preço de compra, conforme ilustrado abaixo (orçamento para uma semana e para um mês):
Observações sobre o exemplo acima:
- Como a entrega demora uma semana (7 dias), a quantidade existente será consumida até que as novas compras sejam entregues. Sempre compre com uma semana de antecedência, à exceção das folhas;
- As folhas, por serem muito perecíveis, devem ser compradas duas vezes na semana. O valor do seu orçamento semanal e mensal não sofre alteração, apenas a quantidade de compras e entregas.
Para informações sobre capital de giro para manter seu negócio funcionando e custear as suas compras, leia o artigo que preparamos para você.
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Domicílio Judicial Eletrônico: o que é e como fazer o seu cadastro
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Mon Jul 08 17:06:14 BRT 2024
Como emitir e pagar a guia DAS-MEI
A principal obrigação do MEI é pagar a “mensalidade” do MEI todos os meses, no dia 20. É muito importante esse pagamento, pois é através dele que você terá acesso aos seus benefícios previdenciários. Às vezes, nos deparamos com uma pessoa MEI que diz coisas assim: “ah... eu não paguei porque não tive tempo de ir na Sala do Empreendedor ou no Sebrae para emitir minha guia e eu não sabia como fazer isso”. Pois neste artigo vamos mostrar como é simples emitir a guia DAS-MEI. Inicialmente precisamos dizer que o MEI tem muitas opções para realizar a quitação das suas parcelas mensais. Aquela que consideramos a melhor opção é o débito automático. O MEI só precisa autorizar uma vez, e o débito ocorre automaticamente todos os meses, bastando controlar para garantir que tenha saldo suficiente no dia 20 de cada mês. Para isso, o microempreendedor precisa ter conta em nome do MEI ou mesmo de sua pessoa física (conta de terceiros não é aceita) em um dos bancos conveniados: 001 - Banco do Brasil S/A003 - Banco da Amazônia S/A004 - Banco do Nordeste do Brasil S/A021 - Banco Banestes S/A033 - Banco Santander (Brasil) S/A041 - Banco do Estado do Rio Grande do Sul S/A047 - Banco do Estado de Sergipe S/A070 - Banco de Brasília S/A104 - Caixa Econômica Federal237 - Banco Bradesco S/A341 - Itaú Unibanco S/A389 - Banco Mercantil do Brasil S/A748 - Banco Cooperativo Sicredi S/A756 - Banco Cooperativo do Brasil S/A Como esta lista é dinâmica e a qualquer momento pode ocorrer a inclusão de novos bancos, ou até a exclusão de algum, sugerimos a consulta quando tiver o interesse. Essa opção é formalizada no Portal do Simples Nacional, sendo necessário que o MEI tenha cadastrado o seu código de acesso. Outra opção é efetuar o pagamento on-line das guias DAS-MEI. Neste caso, precisa ter uma conta pessoa física ou jurídica no Banco do Brasil e, no dia em que desejar pagar, acessar o Portal do Empreendedor e escolher a opção pagamento on-line. Finalmente, temos a opção de gerar a guia DAS-MEI tanto pelo Portal do Empreendedor como pelo app MEI, da Receita Federal, ou pelo app Meu Sebrae, disponibilizado pelo Sebrae. Após gerar a guia DAS-MEI, você poderá escolher a forma de efetuar o pagamento conforme as opções descritas abaixo: Imprimir a DAS-MEI, se dirigir a uma lotérica ou agência bancária e realizar o pagamento; Utilizar o QR Code gerado e realizar o pagamento pelo internet banking ou pelo aplicativo do seu banco por meio de Pix; Utilizar o código de barras e pagar pelo internet banking ou pelo aplicativo do seu banco. Abaixo descrevemos algumas opções para você gerar/emitir a sua guia DAS-MEI. Passo a passo fácil pelo app Meu Sebrae Primeiro, você deve entrar na sua loja de aplicativos, App Store ou Play Store, e baixar o app Meu Sebrae. Com o app aberto, clique em criar conta; depois informe o seu CPF, seu nome, seu e-mail e sua data de nascimento. Para finalizar, escolha uma senha para acessar o aplicativo. Digite a senha mais uma vez para confirmar. Pronto, você estará cadastrado. Agora, na tela inicial do aplicativo, você deve clicar em “Serviços” e depois em “Serviços MEI”; em seguida, clique em “Pagamento de Contribuição Mensal” e em “Boleto de Pagamento”; em seguida, clique na opção “Cadastrar nova empresa” e, finalmente, informe o seu CNPJ. Agora é só escolher o ano da contribuição e o mês vigente e baixar o boleto da DAS. De forma simples e rápida, você gerou a guia DAS-MEI. Agora é só salvar e escolher a maneira que mais lhe convier para efetuar o pagamento: pelo QR Code com Pix; imprimir o boleto e ir a uma lotérica ou agência bancária para pagar; com o código de barras, pagar pelo internet banking ou app de seu banco. Passo a passo pelo app MEI da Receita Federal Na loja de aplicativos, App Store ou Play Store, baixe o app MEI. Na tela inicial do aplicativo, inserir o CNPJ, escolher a opção “Emitir DAS”; selecionar o ano e o mês para o qual você quer emitir a guia DAS; ela estará disponível e tem opção de exibir/salvar/compartilhar ou copiar o QR Code para pagar por meio de Pix. Passo a passo para emissão da guia DAS-MEI pelo Portal do Empreendedor Entre no Portal do Empreendedor na plataforma gov.br; Clique na guia “Já Sou MEI”; Depois em “Pagamento da Contribuição Mensal (DAS)”; Em seguida em “Boleto de Pagamento”; Preencha o CNPJ da sua empresa e clique em continuar; Clique em “Emitir Guia de Pagamento (DAS)”; Em “Informe o Ano-Calendário”, selecione o ano e clique em “OK”; Selecione o(s) mês(es) do ano que você deseja gerar o(s) boleto(s); Informe a data em que você deseja pagar o boleto e clique em “Apurar/Gerar DAS” (se for antes do vencimento ou se estiver vencido e deseja pagar no próprio dia da emissão não precisa preencher); Aparecerá na tela a mensagem “Os documentos DAS foram gerados com sucesso!” Clique em “Imprimir/Visualizar PDF”; Após a visualização, você pode imprimir, salvar ou compartilhar a guia DAS ou pagar conforme uma das modalidades já explicadas acima. Qualquer uma das formas descritas é segura e garante ao MEI estar com a sua obrigação em dia. Importante! O Sebrae está sempre disponível para ajudar o MEI e os micro e pequenos empreendedores em geral em todas essas etapas com consultorias e cursos on-line ou presenciais, muitos deles de forma gratuita. O empreendedor pode esclarecer dúvidas, buscar ideias e se qualificar em qualquer área que precise procurando cursos e consultores do Sebrae. É só acessar www.sebrae.com.br. Saiba mais: Portal do Sebrae: Cursos gratuitos on-line: O que você quer aprender hoje? Veja o que você precisa saber antes de virar MEI e quais são as principais obrigações do MEI após a formalização. Portal do Empreendedor: Pagamento da Contribuição Mensal (DAS); Emissão da Guia DAS-MEI. FONTES:1. Atenção ao novo valor de contribuição do MEI!2. MEI terá novo valor de contribuição3. Como emitir a guia DAS em menos de 1 minuto4. O que acontece se você formalizar seu MEI e não pagar mensalmente as guias do DAS?