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Empreendedorismo | DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Inclusão nos negócios e combate a injustiças sociais

Estimular pessoas de baixa renda à produção de bens e serviços é um dos caminhos para integrar essa população à base econômica no país.

· 14/10/2015 · Atualizado em 08/08/2023
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Negócios inclusivos são ações financeiramente viáveis e ambiental e socialmente responsáveis. Utilizam mecanismos de mercado para melhorar a qualidade de vida das pessoas mais vulneráveis socialmente, permitindo-lhes participar da cadeia de valor como fornecedores de matérias-primas, agentes que agregam valor a bens ou serviços, ou distribuidores de bens ou serviços, além de proporcionar-lhes acesso a serviços básicos essenciais de melhor qualidade ou a preços mais baixos e a produtos ou serviços que lhes proporcionem oportunidades de negócios.

São empreendimentos focados na redução de desigualdades sociais e oferecem mais qualidade de vida para pessoas em situação vulnerável, por meio da competitividade justa entre empresas, gerando empregabilidade.

Esse tipo de negócio preza pelo desenvolvimento financeiro alinhado com o progresso social, estimulando pessoas de baixa renda a produzir bens e serviços, inserindo-as na base econômica.

Estudo

A ideia surgiu após estudo do International Finance Corporation (IFC) e do World Resources Institute (WRI), realizado em 2007, que identificou haver cerca de quatro bilhões de pessoas no mundo sofrendo com problemas estruturais relacionados a saúde, educação, habitação e infraestrutura.

Essas pessoas formam a base da pirâmide econômica. Os negócios sociais enxergaram nelas oportunidade de empreender com responsabilidade social, oferecendo melhores condições de vida para essa parcela da população.

Como funciona

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) determina algumas abordagens necessárias para o engajamento do setor privado na inclusão social, divididas entre sem fins lucrativos, modelos híbridos e com fins lucrativos. São elas:

  • Responsabilidade social: a empresa realiza ações como doações e projetos tendo como objetivo apenas melhorar a qualidade de vida de uma comunidade (sem fins lucrativos);
  • Iniciativas de empreendedorismo social: estratégias comerciais que priorizam o bem-estar humano ao lucro (modelo híbrido);
  • Atividades de negócio inclusivo: integram a base da pirâmide ao core business, ou seja, ao centro do negócio, embora não tenha a viabilidade comercial como objetivo central (modelo híbrido);
  • Modelos de negócios inclusivos: a base da pirâmide é integrada ao negócio e tem a viabilidade comercial como centro (modelo híbrido);
  • Mainstream business: empresas que priorizam o lucro (com fins lucrativos), mas algumas já buscam se enquadrar em negócios inclusivos.

Há a consciência de que não basta fazer um trabalho focado apenas na redução da pobreza, mas também é preciso pensar em desenvolvimento sustentável.

Sendo assim, há 17 objetivos sustentáveis propostos: erradicação da pobreza; erradicar a fome; saúde de qualidade; educação de qualidade; igualdade de gênero; água potável e saneamento; energias renováveis e acessíveis; trabalho digno e crescimento econômico; indústria, inovação e infraestruturas; reduzir as desigualdades; cidades e comunidades sustentáveis; produção e consumo sustentáveis; ação climática; proteger a vida marinha; proteger a vida terrestre; paz, justiça e instituições eficazes; parcerias para implementação dos objetivos.

Desigualdades no Brasil

O Brasil teve grande avanço em direção à inclusão social e à qualidade de vida, porém, ainda há grandes níveis de desigualdades que se tornam desafios para os negócios inclusivos.

Um deles são as diferenças em relação ao acesso à educação, considerando que os mais jovens tiveram mais oportunidades de se escolarizar que os idosos. Além disso, jovens pobres e negros costumam ter menos acesso à escola que os brancos e ricos.

Comparando as regiões do país, o Nordeste oferece grande déficit quando comparado ao Sudeste, tanto em aspectos educacionais como econômicos.

A maior parte da população brasileira habita áreas urbanas, sendo que é na área rural onde concentram-se as famílias consideradas em situação de extrema pobreza.

Há, ainda, a discriminação de gênero, já que os homens possuem mais oportunidades de trabalho que as mulheres.

O mesmo vale para o racismo: a maioria das pessoas em situação de pobreza no Brasil são negras ou pardas.

Desafios

Os negócios sociais enfrentam algumas dificuldades no Brasil, principalmente no que diz respeito à infraestrutura e ao acesso a informações. Segundo o PNUD, destacam-se entre os desafios para esse tipo de atividade:

  • Acesso restrito a produtos ou serviços financeiros;
  • Falta de conhecimento e habilidade das pessoas;
  • Infraestrutura deficiente;
  • Falta de informações sobre os mecanismos (ecossistemas) de apoio;
  • Ambiente regulatório ineficiente;
  • Falta de informações sobre o mercado de baixa renda.

Para vencer esses desafios, é preciso trabalho unificado entre os mecanismos de apoio, o poder público e as empresas. É também importante que cada um busque criar suas próprias estratégias, adequadas à própria realidade.

Estratégias

O PNUD criou o Diamante do Ecossistema de Negócios Inclusivos, que envolve o poder público, as empresas privadas, as empresas de pessoas de renda baixa, organizações sociais, universidades, imprensa, entre outros.

Esse ecossistema traz quatro itens essenciais para os negócios inclusivos:

  • Informação: quando há instruções sobre como operar em mercados de menor renda;
  • Incentivos: são oferecidas recompensas e redução de custo para estimular empresas a se envolverem com comunidades da base;
  • Investimento: há apoio financeiro para que as empresas invistam em áreas de menor renda;
  • Implementação: são oferecidas alternativas de logística, operação, marketing e comunicação e serviços de apoio para que as empresas inclusivas comecem a funcionar.

Para potencializar essas estratégias, é preciso investir em projetos que facilitem o acesso à informação e buscar apoio de políticas públicas.

É comum que haja dificuldade para atrair investidores, a não ser no caso das startups, em que os donos investem no próprio empreendimento. Para as empresas de menor renda, há outras empresas, bancos, o governo, o terceiro setor e as organizações empresariais.

Para tornar a implementação possível, o Sebrae, o Senar e o Senai oferecem apoio por meio do Sistema S. O Sebrae oferece cursos de capacitação, inclusive, para quem quer investir em negócios sociais.

Saiba mais

 para aprofundar seus conhecimentos sobre conceito e características dos negócios sociais.

Conheça algumas soluções para produtores rurais e fique por dentro de iniciativas que valorizam o bem-estar da sociedade.

Confira publicação, organizada pelo PNUD, e entenda tudo sobre o assunto.


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