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Thu Feb 02 00:18:48 BRT 2023
Empreendedorismo | IDEIA DE NEGÓCIO
Invista no turismo espeleológico e desvende cavernas a seus clientes

Promover turismo espeleológico é um bom negócio, mas é preciso investir em planejamento e capacitação.

· Atualizado em 02/02/2023
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As cavernas escondem segredos que mexem com o imaginário de turistas do mundo todo. O nome que se dá a passeios por esses ambientes é turismo espeleológico, uma modalidade presente no turismo de aventura, religioso, arqueológico e antropológico. 

Visitar cavernas é sempre uma surpresa, que traz sensações como medo, curiosidade e deslumbramento. Esses ambientes convidam a nos conectar com a natureza e refletir sobre como viviam agrupamentos de humanos em outras épocas. Quem pratica turismo espeleológico garante: é impossível não se maravilhar ao visitar uma caverna. 

Por todas essas características, o turismo espeleológico é uma modalidade em crescimento. Promover visitas a esses patrimônios pode ser um bom negócio, mas é preciso investir em planejamento e capacitação para o desenvolvimento da prática segura e ambientalmente correta neste segmento. 

Turismo espeleológico: o que diz a lei

Na Constituição Federal de 1988, nos artigos 20 e 216, as cavernas são previstas como ambientes naturais. O Decreto Federal nº 99.556/1990, entretanto, elevou as chamadas cavidades naturais à categoria de Patrimônio Natural, e mais especificamente, Patrimônio Espeleológico, visando à proteção de cavernas, grutas e abismos. Para promover turismo sustentável nesses locais, é preciso conhecer as determinações legais  para garantir a preservação do meio ambiente e a segurança dos visitantes. 

Atualmente, existem no mundo cerca de 800 cavernas de uso turístico que são visitadas anualmente por 30 milhões de pessoas, sendo que a maior caverna conhecida do mundo está localizada na selva vietnamita, a Son Doong, um labirinto subterrâneo, escavado e erodido ao longo de milhões de anos. Essa caverna chega a 200 metros de altura em algumas áreas, o que equivale a um bloco de prédios com arranha-céus de 40 andares.

No Brasil, o Cadastro Nacional de Informações Espeleológicas do ICMBio categorizou 22.623 cavernas, mas apenas em torno de cem estão disponíveis para o uso turístico. De acordo com o instituto, Minas Gerais possui 10.570 cavernas, representando 46,72% do total existente no país. É, portanto, o estado brasileiro com o maior número de cavernas conhecidas. Em seguida, está o Pará com 2.858 (12,63%) e a Bahia, com 1.694 (7,49%). 

Explorar cavernas exige planejamento

O turismo espeleológico é uma alternativa considerada potencialmente sustentável e altamente rentável, mas explorar o segmento exige planejamento. O primeiro passo é estabelecer rotas seguras e conservacionistas, o que depende de conhecimento e uso consciente deste sensível ambiente. 

Outro ponto importante é a segurança, visto que há riscos associados à prática da espeleologia. Para ser espeleólogo ou guia de cavernas, há uma série de equipamentos e treinamentos específicos que incluem técnicas de primeiros socorros, resgate e salvamento. É preciso saber que a maior parte das cavidades está nas imediações de áreas com mata fechada e possuem rios ou lagos subterrâneos, o que torna a prática da espeleologia mais interessante, porém, perigosa.

 A prática da visitação em cavernas nunca deve ser realizada por pessoas desacompanhadas. Isto porque, de todos os riscos associados à atividade, o estar sozinho é o maior deles já que, em caso de acidente, o resgate é impossível. Ao decidir visitar uma caverna, além de estar em grupo e acompanhado por um ou mais guias que a conheçam, é importante avisar o Corpo de Bombeiros ou Policiais Florestais. São informações importantes a serem divulgadas: destino, previsão de retorno e número de pessoas. 

Como promover turismo espeleológico

O turismo em cavernas é uma opção de desenvolvimento sustentável. Entre as comunidades de turistas com interesse em explorar as cavidades naturais, estão os aventureiros, dispostos a fazer rapel, canyoning, mergulho ou escaladas radicais; os religiosos, que realizam cerimônias dentro das cavernas; e os turistas tradicionais, que muitas vezes deixam um rastro de lixo e depredações ao longo dos caminhos que percorrem.

Na Bahia, a Eco Valley é a operadora certificada para mostrar cavernas da região de Barreiras ao mundo, A empresa é pioneira em ecoturismo no oeste baiano e oferece passeios e expedições inesquecíveis para São Desidério. São cavernas, grutas, abismos, sumidouros, surgências e ressurgências de tirar o fôlego. É um mundo subterrâneo com rios, vida própria e resquícios de civilizações passadas com inscrições rupestres, presentes na área do sítio arqueológico.

Também na Bahia, algumas das cavernas mais exploradas pelo turismo de aventura no Brasil é a Gruta da Pratinha, em Iraquara (BA), que atrai um fluxo anual de 35 a 40 mil visitantes. 

 Em São Paulo, as cavernas da região do Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (Petar), no sul do estado, são bastante atrativas ao turismo. É em São Paulo também que encontramos a mais alta entrada de cavernas do Brasil, na Gruta Casa de Pedra, com 215 metros de altura. 

Em Minas Gerais está o mais profundo abismo (caverna vertical) em quartzito do planeta, a Caverna do Centenário, com 481 metros de profundidade. Na Gruta do Janelão, também em Minas,  é considerada uma das maiores cavernas  do mundo. No local, há gigantescos salões subterrâneos, cachoeiras com mais de 20 metros de queda, lagos com mais de 120 metros de profundidade e enormes espeleotemas, como a estalactite de 28 metros.

Algumas cavernas possuem acesso com iluminação artificial e proporcionam uma visitação por dentro da estrutura rochosa. É o caso da Gruta Rei do Mato, em Sete Lagoas (MG),  um local com mais conforto e segurança aos turistas, o que atrai também maior número de visitantes. 

O Brasil possui, ainda, a maior caverna conhecida em micaxisto, a Gruta dos Ecos, no Distrito Federal, com 1.380 metros de desenvolvimento e um magnífico lago subterrâneo que chega a atingir 300 metros de comprimento.

Já na cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul, a caverna Anhumas oferece o ambiente propício para a prática do rapel. 

O lema internacional da Espeleologia explicita a importância da conservação deste ambiente:  “De uma caverna nada se tira a não ser fotografias, nada se mata a não ser o tempo, nada se deixa a não ser pegadas, nos lugares certos”. Cada vez mais, o investimento em turismo ambientalmente correto abre oportunidades no Brasil. Invista em formação na espeleologia e desvende os segredos das cavernas com seus clientes.

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