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Wed Jul 06 17:58:35 BRT 2022
Empreendedorismo | NEGÓCIO
Negócio da China, made in Brazil

A relação bilateral entre os países é crescente. A dominância é do agro, mas são muitos os setores para aproveitar esse mercado que gira na casa dos bilhões.

· Atualizado em 06/07/2022
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A parceria comercial entre Brasil e China segue forte mesmo diante dos percalços econômicos provocados pela pandemia. Nos três primeiros trimestres de 2021, o volume de comércio e mercadorias negociados atingiu US$ 125 bilhões, crescimento de 44% em relação ao mesmo período no ano anterior. Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com a instituição chinesa congênere, Academy of International Trade and Economic Cooperation (Caitec). Segundo o levantamento, a China importou US$ 87,3 bilhões em bens e serviços brasileiros, impulsionando principalmente o setor agrícola.

A força do agronegócio

Você empreendedor precisa ter em mente que a importação é um ramo de atuação possível e muito lucrativo. O Brasil é o maior fornecedor de produtos do agronegócio para a China, chegando ao índice de 20% de tudo o que o país asiático importa. Os carros-chefe são a soja em grãos e a carne, mas os números refletem uma grande transformação na dieta da emergente classe média chinesa: “o consumo de proteína animal quadruplicou nas últimas décadas”, explica Larissa Wachholz, ex-assessora do Ministério da Agricultura com mais de dez anos de experiência no mercado asiático. “A inserção de mais variedades de carnes na pauta exportadora mostra a diversificação desse mercado. Os chineses são consumidores curiosos e abertos a novidades. Vejo grande potencial para frutas e legumes processados, frutas, castanhas e mais”.

Como levar sua marca para a China?

Exportar para tão longe exige recursos financeiros. Todavia, segundo a especialista, o Brasil dispõe de muitas opções para atrair capital chinês, como os Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (FIAGROs). “É um bom instrumento para aproximar o agronegócio de seu maior comprador, criando novas fontes de recursos para o financiamento do setor. Uma exposição maior do capital chinês ao agro nacional certamente criará oportunidades comerciais adicionais e ajudará a perpetuar os canais de comércio já estabelecidos. Precisamos ir além do óbvio, fazer uso da capacidade de planejamento e visão de longo prazo da China para trabalharmos com eles na estruturação de novas cadeias produtivas e de novas formas de acessar o consumidor chinês”, defende Larissa Wachholz.

Global Trade Hub

Para este ano, está previsto o lançamento do Global Trade Hub, plataforma que proporcionará diversas facilidades para que o empreendedor possa realizar a exportação de seus produtos. O serviço, anunciado pelo governo federal, é mais uma ferramenta na estratégia do Plano Nacional de Cultura Exportadora (PNCE) desenvolvida pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) para incentivar o crescimento do comércio exterior.

A ideia é proporcionar ao empreendedor uma plataforma digital que automatize e reúna serviços diversos entre eles, análise de seu nível de maturidade de exportação, sendo assim capaz de criar uma estratégia de internacionalização baseada nesse resultado. A plataforma reunirá serviços que auxiliarão em cada fase da exportação, desde o pré-contrato até a logística. O autodiagnóstico do nível de maturidade de exportação de sua empresa se torna o conhecimento base para prosseguir com segurança e aproveitar as diversas vantagens que um modelo de negócios global proporciona.

Conheça o público

Para entender a mentalidade do consumidor chinês, está disponível on-line o webinar “As boas práticas de pequenas empresas na China, na Itália e no Brasil”. O conteúdo analisa como a crise ocasionada pela pandemia de Covid-19 impactou as tomadas de decisões rápidas para garantir a continuidade das empresas no mercado, especialmente em relação as exportações. Entre os assuntos abordados estão as formas de vender, produzir, atender o cliente, entregar a mercadoria e prestar os serviços tendo como eixos a criatividade, tecnologia e adaptação a mudanças por meio de exemplos práticos.

Comércio eletrônico

Novos meios de compras também precisam estar no radar. O comércio eletrônico pode ser uma plataforma valiosa para a promoção da imagem do Brasil como fornecedor de alimentos e bebidas para os chineses, sobretudo em produtos de nicho. É isso que outros países exportadores de alimentos e bebidas de alto valor agregado fazem, como a Alemanha com vinhos e a Nova Zelândia com carnes, lácteos e mel. Até 2024, cerca de 58% das vendas de varejo na China devem ocorrer via comércio eletrônico.

O documento "As Oportunidades e os Desafios para Empresas Brasileiras no Maior Mercado de E-Commerce do Mundo: a China", desenvolvido em parceria entre o Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Klabin, mapeia em plataformas de e-commerce do país asiático, os modelos de negócio disponíveis, os setores que podem ser explorados e os desafios a serem superados para a entrada nesse mercado.

Segundo a autora do estudo, Renata Thiébaut, "os chineses conhecem os produtos brasileiros. A tendência é de melhores oportunidades para o Brasil, porém, há desafios como a barreira cultural e o idioma. Por isso, não basta abrir uma loja on-line, tem que investir em marketing, mídia social e live streaming". De acordo com o estudo, os consumidores chineses têm procurado produtos alternativos, que contenham menos gordura e, portanto, menos calorias. Marcas brasileiras de carne, por exemplo, podem explorar "snacks" (lanches) ou versão carne-seca, em embalagens menores para serem transportadas mais facilmente, e versões magras, sem perder muito em proteínas e nutrientes. Há ainda oportunidades para vários produtos brasileiros como lácteos, café e outros. "Nossos produtos têm uma imagem positiva e atributos como sustentabilidade e saudabilidade. Há espaço para vários produtos explorarem essa imagem do Brasil, mas é um mercado extremamente competitivo. Por isso é importante conhecer o gosto do consumidor. Hoje o mundo está explorando essa brasilidade positiva e temos de aproveitar isso também", afirma.

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