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Os números oficiais impressionam: existem, no Brasil, 1.331.826 atividades relacionadas a negócios de beleza, o que inclui os setores de serviço, indústria e comércio. Deste total, a maior parte se concentra nos serviços de beleza registrados nos CNAEs 9602-5/01 que englobam as atividades de cabeleireiros, manicure e pedicure e o CNAE 9602-5/02 relativo às atividades de estética e outros serviços de cuidados com a beleza. Estes são dados do DataSebrae, obtidos no início de dezembro de 2022.

Apesar de a pandemia ter impactado o segmento de salões de beleza, o setor conseguiu se recuperar em tempo recorde. De acordo com dados econômicos divulgados pela CNN Brasil, com base na Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, as atividades englobadas na categoria “outros serviços”, da qual fazem parte os salões de beleza, tiveram crescimento de 4,8% no segundo trimestre de 2022.

Os estados brasileiros com maior número de negócios de beleza ativos são: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. As cidades com maior densidade de negócios são São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, consecutivamente.

Entre os municípios brasileiros que possuem o maior número de negócios de beleza por quilômetro quadrado estão: São João do Meriti (RJ), Taboão da Serra (SP) e Diadema (SP).

Apesar da alta da inflação e do consequente aumento dos custos (água, energia e produtos), os seis primeiros meses de 2022 registraram o maior número de formalizações nesse setor desde 2019. Segundo levantamento feito pelo Sebrae, a partir de dados do Cadastro Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), o primeiro semestre de 2022 teve a abertura de 109,4 mil CNPJ, superando todos os semestres de 2021, 2020 e 2019.

Assim, o segmento continua entre os três que mais abrem empresas, ficando atrás somente do comércio varejista de roupas e o de promoção de vendas.

O setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos registrou crescimento próximo de 10% nas vendas ex-factory no primeiro semestre de 2022, em relação ao mesmo período de 2021, segundo a Abihpec – Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal Perfumaria e Cosméticos. Isto é reflexo do desempenho positivo das vendas em todos os segmentos que compõem o mercado de HPPC. 

Segundo a Abihpec, o mercado tem se mostrado positivo, em especial em relação a cosméticos. Um dos grandes destaques é a categoria de maquiagem como um todo (isso inclui maquiagem para unhas, boca, rosto, olhos e multifuncional), que cresceu 20% no período, em comparação ao 1º semestre de 2021. 

A Abihpec ressalta o enorme potencial inovador brasileiro que, segundo dados da Mintel, lançou 7.368 produtos de hgiene pessoal, perfumaria e cosméticos, ultrapassando a China e conquistando a segunda posição no ranking mundial.  João Carlos Basilio da Silva, Presidente Executivo da entidade, aponta isto como  uma demonstração inequívoca, da agilidade da indústria em entender o mercado e oferecer produtos que atendam aos interesses do consumidor.

Clientes

Segundo dados obtidos pelo Data Nubank, plataforma de análises sobre finanças do Nubank, o gasto médio dos clientes do banco em salões de beleza foi de R $90,40 por mês ao longo de 2020. Clientes que se identificaram como mulheres gastaram cerca de R$ 110,40, enquanto os que se identificaram como homens gastaram R$ 67,10. A frequência média de ida aos salões de beleza foi idêntica nos dois grupos: uma vez ao mês.

Outros estudos estimam que 1,5% do orçamento do brasileiro atualmente destina-se ao consumo de serviços e produtos relacionados ao universo da beleza, como cabeleireiro e manicure.

Salões de beleza

Este é um segmento de bastante visibilidade, mas que tem grandes desafios como a falta de mão de obra e um cenário de concorrência acirrada. Pesquisa da Beauty Fair Summit com proprietários e clientes de salões de beleza aponta que grande parte da freguesia deixou de ser fiel e passou a procurar mais de um negócio desse tipo. Ainda assim, 54% dos clientes ainda frequentam o mesmo salão de beleza antes da pandemia.

Entre os principais motivos apontados pelos clientes para justificar essa mudança de preferência estão:

• A busca por preços melhores;
• Salões de beleza mais próximos da residência;
• Saída de um profissional conhecido;
• Fechamento do estabelecimento.

O ambiente competitivo, por sinal, é um dos principais desafios que empresários do segmento enfrentam. Um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor mostrou que os preços praticados em diferentes estabelecimentos que prestam serviços de beleza podem variar em até 92%. 

Os números acima mostram a pujança do mercado de beleza.

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