this is an h1

this is an h2

Mon Mar 27 13:54:24 BRT 2023
Empreendedorismo | COMÉRCIO
O lucrativo mercado da cerveja: saiba como empreender com sabor

Cervejas artesanais têm ganhado cada vez mais as prateleiras de supermercados e lojas especializadas. Saiba como aproveitar esta oportunidade de negócio.

· Atualizado em 27/03/2023
Imagem de destaque do artigo
FAVORITAR
Botão favoritar

O Brasil é um dos maiores consumidores de cerveja do mundo. A média anual de litros consumidos por habitante cresce a cada ano.

De acordo com dados de pesquisas realizadas pela Credit Suisse, Euromonitor e Statista, atualmente, o Brasil ocupa a terceira posição no ranking dos países que mais consomem cerveja no mundo. A primeira posição é ocupada China (27%) seguido dos Estados Unidos (13%) e depois o Brasil (7%).

 

Fonte: SINDICERV

Na última década, a produção de cerveja no Brasil cresceu impressionantes 64%, saltando de 8,2 bilhões para 13,3 bilhões de litros anuais, segundo dados do Sistema de Controle de Produção de Bebidas da Receita Federal (Sicobe).

O mercado da cerveja é um mercado em franca expansão: o Brasil é o terceiro maior produtor do mundo, atrás de Estados Unidos e China, e supera a Rússia e a Alemanha.

Mas enquanto a classe C opta pelas grandes marcas, as classes A e B buscam produtos que apresentem diferenciação, atributo fortemente encontrado nas cervejas artesanais.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), seu consumo é majoritariamente masculino, na faixa etária dos 18 aos 65 anos, mas mulheres de 30 a 65 também gostam de apreciar o sabor diferenciado desse tipo de bebida.

Cervejas especiais

Microcervejarias e importadoras estão ocupando um importante espaço no mercado nacional. Segundo a Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil), as chamadas cervejas especiais reúnem as artesanais, as importadas e as industriais de categoria “premium”.

Apesar de não existir uma definição legal específica, para ser considerada uma microcervejaria, a empresa deve produzir até 500 mil litros por mês, segundo a Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva).

Em geral, os produtores de cervejas artesanais não alcançam esse número, mas o ritmo de crescimento do setor vem aumentando consideravelmente nos últimos anos.

Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Brasil possui cerca de 1549 microcervejarias com registro no Mapa. As cervejas especiais representam apenas 4% do mercado nacional da bebida, segundo a CervBrasil.

  

Fonte: CervBrasil

O principal responsável pelo aumento do consumo de cerveja artesanal é a difusão entre os consumidores. O diretor da Escola Superior de Cerveja e Malte, Carlo Enrique Bressiane, explica que as pessoas estão entendendo a diferença entre as cervejas de massa e as artesanais.

“As artesanais são mais encorpadas, com mais cheiro e sabor, e oferecem uma experiência diferente, enquanto as de massa são feitas para refrescar”, explica o diretor. As cervejas artesanais, por sua vez, são mais caras do que as populares, o que ainda restringe o mercado para essa categoria.

A qualidade das duas é algo muito debatido entre os apreciadores. O chefe de operações da Cervejaria Urbana, André Leme Cancegliero, defende que as cervejas especiais oferecem mais prazer e informação para os consumidores. “Quando você conhece um pouco da cerveja artesanal, é difícil voltar para as tradicionais”, afirma.

No entanto, o filão das cervejas artesanais sofre com a falta de escala para competir com as cervejas de massa, ao passo que a carga tributária das duas é a mesma: ao redor de 56%.

Além do volume menor, as bebidas especiais costumam trabalhar com matérias-primas mais caras, muitas vezes importadas, o que faz com que o preço final seja mais de cinco vezes o cobrado pelas tradicionais.

Para reduzir essa diferença, os produtores iniciaram um movimento por uma tributação diferenciada para o segmento. Segundo Bressiane, o desafio era conseguir que as microcervejarias fossem enquadradas no Simples Nacional, regime para micro e pequenas empresas que exclui a produção de bebidas alcóolicas.

Outras oportunidades

Sabendo que este é um produto tão apreciado pelos brasileiros, existem várias opções de negócios envolvendo a cerveja.

Ser franqueado de uma marca já estabelecida é uma opção. Além de obter suporte da empresa franqueadora, o empreendedor começa o negócio com um produto que já tem penetração no mercado.

A expansão do segmento também vem alavancando negócios ao longo de toda a cadeia produtiva. Um dos setores em que isso é notável é o de distribuição, com a proliferação de quiosques e lojas especializadas.

Nos dois casos, destaca-se a MM Beer, rede paulistana de franquia de cervejas especiais com unidades espalhadas pelos estados do Brasil. Uma de suas inovações é a pareceria com microcervejeiros para a venda de produtos com rótulos especiais.

Já empresários de bares, restaurantes, pubs e afins podem aumentar o consumo desses produtos com a ampliação da carta de cervejas. Uma das alternativas para identificar os possíveis fornecedores é frequentar as feiras do setor, onde será possível conversar diretamente com produtores e estabelecer as novas parcerias.

No ambiente digital, surgem os negócios fundamentados em modelo de assinatura, no qual o cliente realiza a aquisição de determinado produto ou serviço por um período de tempo, cuja frequência pode ser bem variada: semanal, quinzenal, mensal, bimensal etc.

A comercialização de produtos “premium”, por intermédio desse modelo no canal eletrônico, tem encontrado boa receptividade por parte dos consumidores.

Casos de sucesso, principais desafios, boas práticas de produção e tendências internacionais

As microcervejarias situam-se num nicho de mercado especial: o de clientes que desejam consumir produtos diferenciados, exclusivos e de altíssima qualidade.

Para inovar nesse segmento, os fabricantes de cervejas artesanais priorizam a qualidade dos ingredientes e investem em insumos locais, promovendo a identidade do produto final e fortalecendo a região em que estão instalados.

As características das regiões brasileiras em relação a esse mercado são:

  • Sul e Sudeste: concentram o maior número de microcervejarias.
  • Centro-oeste: está ganhando destaque e já conta com um processo de expansão significativo.
  • Norte e Nordeste: menos significativas, porém, com grande possibilidade de expansão, apesar de o crescimento se dar de forma mais lenta.

É importante ressaltar que há cada vez mais consumidores dispostos a valorizar e apoiar as empresas locais. Esse público normalmente não gosta quando suas marcas preferidas se transformam em cervejas industrializadas e comerciais, perdendo suas características artesanais.

Portanto, é preciso que microcervejarias em ascensão fiquem atentas e tracem estratégias para que a identidade do produto não se perca.

Saiba mais

FAVORITAR
Botão favoritar

 

Participe das comunidades temáticas Sebrae no Telegram.



O conteúdo foi útil pra você? Sim Não
Obrigado!

Foi um prazer te ajudar :)

FAVORITAR
Botão favoritar
Precisa de ajuda?

Nós temos especialistas prontos para atender você e o seu negócio de forma online e gratuita.

Acesse agora

Posso ajudar?