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Tue Jul 04 17:22:16 BRT 2017
Empreendedorismo | INICIATIVA EMPREENDEDORA
Oito desafios dos negócios de alimentação fora do lar para 2016

Diante do cenário de crise no Brasil, os empreendedores do setor devem buscar mecanismos para atrair e manter os clientes. Conheça alguns.

· Atualizado em 04/07/2017
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Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, fechou o ano de 2015 em 10,67%. Com o forte aumento do custo de vida, os brasileiros têm modificado seus hábitos. Comer fora de casa é um deles.

A redução do poder de compra e o aumento do número de desempregados têm, cada vez mais, levado as pessoas a produzir em casa suas refeições. Diante desse cenário de crise, os pequenos negócios de alimentação fora do lar devem lançar mão de uma série de estratégias a fim de se manterem atraentes e competitivos.

É possível se adaptar ao momento e buscar formas de conservar a clientela e, inclusive, expandi-la. Conheça oito desafios que, se superados, podem ampliar o potencial das empresas do setor e as fazer atravessar o ano de 2016 sem perdas ocasionadas pela conjuntura econômica negativa.

1 - Ser mais produtivo e eficiente

Nesse momento, a revisão dos processos da empresa é uma das mais importantes necessidades. Quais pontos do negócio podem passar por melhorias? De quais maneiras é possível reduzir os custos, ajudando a melhorar as contas no final do mês?  

É preciso buscar meios para reduzir o desperdício e evitar custos desnecessários com água, energia e matéria-prima, por exemplo. Esses cuidados, no entanto, devem ser centrados no objetivo de ser mais produtivo e não devem comprometer a qualidade do serviço.

2 - Buscar produtos substitutos

O aumento do preço médio no setor de alimentos e bebidas foi de 12,03% em 2015. Com a elevação dos custos, também presente na energia e no aluguel, manter o preço e a qualidade dos seus produtos é uma das maiores dificuldades que os restaurantes enfrentam hoje.

Repassar para o cliente o aumento dos preços, muitas vezes, é necessário. No entanto, se for muito acentuado, há o risco de o cliente trocar seu restaurante por outro. Uma alternativa é substituir produtos ou incluir novas opções no cardápio, a fim de manter o ticket médio do consumidor.

Se, por exemplo, no seu estabelecimento o vinho de menor preço é vendido por R$ 60, mas hoje não dá mais lucro, passe a cobrar mais por ele e busque também um substituto que possa ser comercializado pelo mesmo valor. Diante do cenário, o cliente pode optar por manter o valor habitual do seu ticket médio escolhendo o novo vinho ou arcar com o aumento da garrafa habitual.

3 - Fortalecer a relação com a equipe e os fornecedores

Os fornecedores têm todo o interesse em continuar comercializando com seus clientes. Por isso, antes de substituí-los por outras opções que, eventualmente, não tenham o mesmo rigor de qualidade, é interessante buscar alternativas que tragam benefícios mútuos para a parceria.

Para restaurantes que compram carne, por exemplo, uma possibilidade de negociação é definir um formato de entrega de acordo com a sua necessidade de uso, como um corte específico ou uma embalagem diferente. A ideia é elencar maneiras de ganhar tempo e produtividade com determinados insumos, sem de fato substituí-los.

4 - Observar novas oportunidades e ficar atento às mudanças

É importante estar sempre atento aos modelos de negócios e canais de comercialização que surgem a todo momento. Com eles, podem vir novas alternativas para o seu empreendimento. Fazer parte de festivais gastronômicos ou ter edições do seu restaurante em formato de food truck é uma forte tendência do mercado, atraindo, sobretudo, o público jovem.

Também há diversos sites ou mesmo aplicativos que funcionam como plataformas de promoções. Utilizar esses serviços, ou até criar o seu formato, pode ser uma boa maneira de atrair clientes.

Facilite a busca por informações sobre o seu negócio, garantindo uma presença no meio virtual. Também não deixe de ficar atento aos comentários e recomendações compartilhados em redes sociais e blogs.

Além de funcionar como propaganda, eles servem ainda de termômetro para identificar os pontos que são bem recebidos pelos clientes e aqueles que podem melhorar.

5 - Preocupar-se com a segurança alimentar

Em momentos de crise, é imprescindível reduzir ao máximo situações que ofereçam risco ou tragam qualquer tipo de instabilidade para o negócio. Por isso, esteja ainda mais atento aos cuidados com a limpeza e a organização do seu restaurante, já que essa é também uma preocupação crescente dos consumidores – cada vez mais exigentes.

Para atestar a segurança alimentar do seu negócio, é importante garantir que ele atenda sempre às exigências da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 216 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A partir dela, o Programa Alimentos Seguros desenvolveu uma série de materiais com instruções sobre boas práticas e procedimentos que visam garantir a segurança dos alimentos e a satisfação dos consumidores. 

  • Confira aqui materiais sobre boas práticas de alimentação.

6 - Contribuir para a imagem da gastronomia local

Em tempos de globalização, há uma forte valorização de vivências locais e únicas, sobretudo no setor turístico. A experiência gastronômica pode oferecer essas lembranças e por isso, muitas vezes, é um dos principais atrativos dos mais diversos destinos turísticos de todo o mundo.

Como a gastronomia é um dos ativos da cultura popular que fazem parte do seu dia a dia, os empreendimentos que busquem esse diferencial, além de um público selecionado, que são os turistas, atenderão também à demanda dos consumidores locais.

Para trilhar esse caminho, não basta o uso de técnicas da cozinha regional, é necessário, sobretudo, o uso de produtos genuínos. Por isso, a valorização do pequeno produtor é a porta de entrada para os negócios com interesse nesse direcionamento.

7 - Associar-se a outros estabelecimentos

Em momentos difíceis, pode ser interessante buscar parcerias com outros negócios. Juntos, é possível apresentar um volume de encomenda maior e conseguir a redução dos preços ou negociar prazos melhores juntos aos fornecedores, por exemplo.

Além de positiva para o seu negócio, essa estratégia também traz ganhos para o fornecedor, que terá, então, um maior grupo de empresas para atender de forma unificada – o que pode significar melhorias especialmente na logística de entrega.

Realizar parcerias para promoções também é bastante útil. Fazer a refeição em um restaurante que serve almoço e gera desconto para outro que serve jantar e vice-versa é um exemplo de promoção que pode ampliar a clientela de ambos. A união faz a força!

  • Ações promocionais conjuntas e regularidade das compras

8 - Ser mais participativo no ambiente legal

Identificar burocracias que podem ser simplificadas para melhorar a performance da atividade também é uma forma de catalisar o crescimento do setor. No entanto, para que essas reformas no ambiente legal sejam alcançadas, é essencial participar das discussões realizadas, sobretudo, no âmbito do legislativo, seja local, seja federal.

Atualmente, no Congresso Nacional, por exemplo, estão em discussão diversos projetos de lei que impactam nos negócios de alimentação fora do lar. A inclusão da gastronomia entre os beneficiários da lei Rouanet e a regulamentação de food trucks e food bike são alguns deles. Busque associar-se a entidades representativas e participe das discussões em torno de novas proposituras legais.

Confira algumas ações:

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