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Todo empreendedor deve conhecer a importância do planejamento para o sucesso de um empreendimento. Afinal, quem não se lembra da necessidade de fazer um plano de negócios?

Mas, assim como nas empresas em geral, diante de tantos obstáculos a serem superados, da rotina que transforma as pessoas em máquinas, de tantas horas de dedicação, das crises que surgem quase diariamente, a primeira estratégia de que se esquece é o seu planejamento.

E o plano de negócios, que devia ser um roteiro para uma jornada mais confortável e sem tantos sobressaltos, transforma-se em tarefa entediante, sufocante e que nada acrescenta, porque o que vale é sobreviver, é vender mais, é aumentar rapidamente a quantidade de clientes, isso sim vale a pena. Será?

Peter Drucker, famoso autor austríaco que contribuiu para as atuais teorias e práticas nas áreas de marketing e gestão devempresas, afirmou: “Planejamento de longo prazo não lida com decisões futuras, mas com um futuro de decisões presentes”.

E não há como negar a importância do planejamento, porém, se todos sabem e conhecem a importância do planejamento, por que o abandonam nas primeiras dificuldades?

Listamos a seguir algumas razões que fazem com que os empreendedores deixem de lado o planejamento, prejudicando o desenvolvimento e o sucesso dos negócios:

1. Aqui no Brasil tudo fica para a última hora: existe uma cultura entre os brasileiros de substituir a previsão e o planejamento pela improvisação. Para alguns, o planejamento exige tempo, que poderia ser utilizado em fazer atividades mais úteis, como vender e comprar, abordar clientes potenciais, e a justificativa é muito interessante: eu não planejo, porque as crises não estavam previstas no planejamento, então para que planejar se a prioridade é superar os problemas ocasionados por essas crises?
2. Planejar por obrigação: no Empretec - principal programa de formação de empreendedores do mundo, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), aqui no Brasil, desenvolvido exclusivamente pelo Sebrae -, aprendi que preciso fazer um Plano de Negócios, então são criadas as expectativas em que preciso aplicar o que aprendi, e nesse caso o que posso fazer sem muita dificuldade é fazer o plano de negócios. Qualquer planejamento exige pesquisa, identificar questões vitais, refletir sobre como posso alterar a minha realidade, fazer cálculos para comparar os investimentos financeiros necessários e aqueles que posso levantar, perder até algumas horas de sono para escrever, pesquisar, refazer. Então, não é mais simples fazer de qualquer jeito, sem perder muito tempo?      

Na filosofia oriental, fala-se sobre o longo caminho curto, que significa dedicar tempo para o planejamento, estudo, pesquisa e análise, e ganhar tempo na execução do plano.

Aqui no Brasil, temos o curto caminho longo, que significa que vamos dedicar pouco tempo ao planejamento, por isso, na execução, os erros vão ocorrendo e aquilo que poderia ser evitado com um bom planejamento vai consumindo o tempo do empreendedor. 

3. Planejamento muito bem-feito, mas com pouca aderência à realidade. Da mesma forma como alguns empreendedores procuram fazer um planejamento sem muita profundidade, outros acreditam que o plano tem que ser complexo, com apresentação impecável, com citações de vários autores, que devem apresentar o empreendedor como um grande especialista naquele negócio, e esquecem que os maiores resultados às vezes têm como origem ações muito simples, fáceis de serem implantadas e com custos absorvidos de acordo com a realidade da empresa. Se faz o planejamento como uma apresentação para fornecedores, bancos, grandes clientes, é mais uma peça de marketing do que um plano para ser executado, e o que ocorre? É um plano perfeito, como diz o velho ditado, “para inglês ver”.
4. Depois de feito, o planejamento vai para a gaveta! O plano é um orientador para o dia a dia do empreendedor, e deve ser motivo de pesquisa diária sobre as decisões que devem ser tomadas diariamente para melhorar o empreendimento e crescer. Se as soluções não foram pensadas na hora de planejar, todo momento é hora da revisão, para registrar novas soluções não pensadas, melhorar o aprendizado futuro e colocar no papel, como memória, os aprendizados que foram consequência dos erros de decisões não planejadas.
5. Planejamento é coisa pessoal. Não, o plano deve ser construído de forma conjunta, se o empreendedor tem sócios, colaboradores, é necessário envolver todas as pessoas na discussão, formalização, execução e revisão do planejamento. Um plano é mais rico, mais aderente à realidade quando envolve mais pessoas no processo de pensar e executar. É importante discutir as ideias sobre o plano com outras pessoas como familiares, clientes, outros empreendedores mais experientes e pessoas que possam orientar o empreendedor e a quem ele vai chamar de mentores.

Planejar é preciso! Planeje agora, junte pessoas, discuta com elas, aceite as críticas e as ideias, faça do seu plano um movimento dinâmico, que vai gerar bastante energia positiva para superar as dificuldades de sua jornada empreendedora.

Procure o Sebrae para conhecer conteúdos e ferramentas, realizar consultoria e cursos e tenha acesso a tudo o que você precisa para fazer um bom planejamento do seu negócio. Comece realizando os nossos cursos EaD: Bora empreender e Como elaborar um plano de negócio.